19/04/2021

BONSUCESSO PERDE PARA O FLU EM AMISTOSO E TEM SÉRIE DE DUELOS COM A PORTUGUESA NA BASE

Bonsucesso perde para Sub-20 do Fluminense em Xerém
Foto: Divulgação

O técnico João Santos teve a primeira grande oportunidade para analisar os jogadores do time profissional, que estão treinando no Bonsucesso, visando a disputa da Copa Rio e da Série B2 de 2021. Após convite do Fluminense, o Rubro-Anil enfrentou a molecada de Xerém, no último sábado, e perdeu por 4 a 0. Gabryel Martins, duas vezes, Cardinoti e David Lopez fizeram os gols. O time sub-20 tricolor abriu vantagem de 3 a 0 ainda no primeiro tempo.

Carlos Chaves, diretor de logística e planejamento do Bonsuça, foi quem recebeu o convite para o amistoso e aproveitou a visita ao CT do Fluminense para estreitar relações com os atuais responsáveis pelas categorias de base para futuras parcerias. O time das Laranjeiras se prepara para a disputa do Campeonato Brasileiro e do Carioca Sub-20 que começam em breve.

Carlos Chaves posa na entrada do CT de Xerém antes do amistoso contra o Sub-20
Foto: Divulgação


BASE EM AÇÃO

Pela Copa União, o Bonsucesso esteve em campo em cinco categorias nos últimos dias. Pelo Sub-15, na última sexta-feira, o Leão da Leopoldina perdeu por 3 a 0 para a Academia de Futebol Campo Grande. Isaque, duas vezes, e Ryan fizeram os gols. Com cinco jogos, o Rubro-Anil é o 3º colocado no Grupo B com seis pontos. O Trops lidera com nove (três jogos) e o São Gonçalo é o vice-líder com sete (quatro jogos).

O domingo reservou o duelo entre o Bonsucesso e o Flexeiros/Portuguesa em quatro categorias, na Teixeira de Castro. Pelo Sub-11, o Rubro-Anil foi goleado por 8 a 1, na 3ª rodada. Guilherme Sampaio e Yan, duas vezes cada, Bryan, Igor Barreto e Guilherme Delarue além de Pedro Cruz (contra) fizeram os gols da Lusa.  Lucas Gomes descontou. Com o resultado, o Bonsuça é o 5º colocado com três pontos. O Serrano é o líder com nove. 

No Sub-12, a Portuguesa também venceu, porém, por 2 a 1. William e Arthur Debossam (contra) fizeram os gols do time da Ilha do Governador. O próprio Debossam descontou para o Bonsucesso. O clube é o 3º colocado com quatro pontos em três jogos. O Bangu lidera com sete e o São Cristóvão é o segundo colocado com seis.  

No sub-13, o Bonsucesso obteve sua única vitória. Bateu a Portuguesa por 1 a 0. Kaique Correira fez o gol do jogo. O resultado deixa o time na sétima posição com três pontos em três partidas. O Serrano lidera com quatro em dois jogos. 

Já no Sub-14, as equipes não saíram do empate por 1 a  1. Victor Minarine marcou para a Lusa e Guilherme Andrade fez para o Bonsuça. O Rubro-Anil é o quatro colocado com quatro pontos após a 3ª rodada. O Bangu é o líder com nove em quatro partidas.

Trabalho de aquecimento do time principal do Bonsucesso no CT de Xerém
Vídeo: Divulgação

17/04/2021

ARY AMÂNCIO NECESSITA DE PRÓTESE E FAMÍLIA INICIA VAQUINHA VIRTUAL

Ary Amâncio necessita de ajuda para se locomover novamente
Foto: Arquivo Pessoal 

A família do ex-presidente Ary Amâncio está realizando uma 'vaquinha' virtual para arrecadar fundos ao dirigente, que amputou a perna direita em 2019 devido à diabetes e, desde então, se afastou das atividades no Bonsucesso. De acordo com a ação da filha Alba Valéria, Ary necessita de R$12.200,00 para financiar a prótese para voltar a andar. Até o momento, 16 pessoas ajudaram com uma arrecadação total de R$1.990,00.

Ary Amâncio, de 79 anos, teve três mandatos no clube e foi vice-presidente do Conselho Gestor na 'Era Zeca Simões'. Entre suas passagens pelo Bonsuça, ele conquistou a Série C de 2003 e a inédita Copa Rio, em 2019.

No último mandato, Ary dedicou-se ao baile da terceira idade, porém foi duramente criticado pela deterioração da própria sede social e do agravamento dos problemas políticos e administrativos do clube após ser eleito sob intervenção judicial em 2017.

Até hoje, o fim do seu mandato (2 de setembro de 2020) causa uma briga interna entre sócios para confirmar se realmente as eleições eram válidas apenas na primeira quinzena de dezembro, seguindo um artigo do Estatuto, ou se deveriam ser realizadas de acordo com a decisão do desembargador Mário Neto e que conta com a anuência da FERJ.

Quem puder e quiser ajudar o ex-presidente Ary Amâncio, basta clicar aqui.

Alba Valéria ao lado do pai e ex-presidente do Bonsucesso
Foto: Arquivo Pessoal

16/04/2021

GRUPO 'POR UM NOVO BONSUCESSO' SE SENSIBILIZA, DOA UNIFORME PARA LEILÃO E IDOLO VISITA MIKE TYSON

Júlio Galvão esteve na casa de Mike Tyson para autografar a camisa que será leiloada
Foto: Fanáticos pelo Cesso

Os sócios do grupo de oposição 'Por Um Novo Bonsucesso' se sensibilizaram com a trajetória de vida de Enéas de Andrade, o Mike Tyson, ex-maqueiro do Maracanã, após a diretoria do clube não doar nenhum uniforme para o leilão solidário e sequer enviar um representante ao evento organizado pelo Museu da Pelada, na última terça-feira, no Maior do Mundo. O Bonsucesso foi a única ausência entre os 12 times mais tradicionais do Rio de Janeiro, todos representados por ex-jogadores. 

Para reparar imediatamente a falha da diretoria rubro-anil, os sócios recolheram autógrafos do ex-zagueiro Hélio e do ex-goleiro Júlio Galvão (integrantes da lista dos 100 maiores jogadores do centenário do Bonsucesso) e fizeram a doação da camisa para ajudar o ex-funcionário do Maracanã, que passa por dificuldades financeiras e perdeu a visão devido o glaucoma. 

Além da singela ajuda, a reportagem do Fanáticos pelo Cesso acompanhou a visita de Júlio Galvão (campeão da Segunda Divisão pelo Bonsuça em 1984) até a casa de Enéas de Andrade, que mora a poucos quilômetros da Teixeira de Castro. Além de presenteá-lo com um novo uniforme e autografar a camisa na presença de Mike Tyson, presenciamos várias histórias da lenda viva do 'Velho Maracanã'.

"O Maracanã me deixou famoso. Às vezes, me sentia até o dono do estádio. Participei de muitos eventos, concertos e shows internacionais lá. Eu tinha muita moral. Quando acabavam os jogos, eu esperava do lado de fora do Maracanã para pegar uma carona às vezes e ficava cercado para dar muitos autógrafos. Era popstar. Se eu não tivesse esse problema eu estaria no Maracanã até hoje. Poderia ser chefe dos maqueiros", disse Enéas de Andrade, de 80 anos.


Presente no evento que ocorreu essa semana no Maracanã, Mike Tyson não escondeu a felicidade de ser lembrado e reconhecido pelos serviços prestados. O ex-maqueiro ainda relembrou a amizade com os ex-jogadores e ídolos.

"Foi muito bacana. Conhecia todos os jogadores que foram me homenagear. Faltou apenas o Zico, que não está no Rio de Janeiro e o Roberto (Dinamite). Adoro eles dois. Igual a eles não tem. O Dinamite me ligou essa semana. O Adílio também estava no Maracanã. É um cara sensacional. O Zico tinha uma confiança em mim muito grande. Batia papo com o Edu na varanda da casa dele. Me perguntava quem eu era para viver aquilo tudo. Achava que vivia um sonho."

Enéas de Andrade, o Mike Tyson, relembrou uma passagem que ele considera marcante com o Galinho de Quintino.

"Eu já fiz a segurança para o Zico. Uma vez, estava olhando o carro dele e chegaram uns caras destinados a roubar. Eles me falaram que iam levar o veículo. Quando eu disse que o carro era do Zico, eles saíram correndo", disse reconhecendo o respeito que os bandidos tinham pelo camisa 10 do Flamengo.

Enéas que começou colocando as bandeiras no entorno do campo antes de ser maqueiro, demonstrou muita gratidão pelo ex-narrador Januário de Oliveira que o batizou com o apelido de Mike Tyson.

"Tenho muito respeito pelo Januário de Oliveira. Adorava quando ele dizia: 'está lá um corpo estendido no chão'. Era minha hora de atuar", disse Enéas que já esteve no Programa do Chacrinha para participar de um concurso.

"Concorri ao prêmio de homem negro mais bonito do Brasil. Não queria ir, mas acabei convencido a participar do Programa do Chacrinha. Me inscrevi e fiquei com o segundo lugar."

Fora do Maracanã desde as obras para a Copa do Mundo de 2014, Enéas de Andrade ainda aguarda uma homenagem dos administradores do estádio e sai em defesa do antigo Maraca.

"A SUDERJ me prometeu uma homenagem, mas não fizeram nada. Trabalhei por mais de 30 anos no Maracanã. Vamos aguardar se alguma coisa acontece após o fim da pandemia. Hoje, o Maracanã está diferente. É só luxo. Um Fla-Flu antigamente era especial. Era uma linda festa. A geral era a coisa mais linda. Foram vários craques que passaram por lá. O interessante do estádio era o portão 18. Sabe por que? Falava para muitos: 'Me espera no portão 18'. Coloquei muito 'geraldino', 'carona' para dentro. Era porteira aberta. A geral era o maior barato!"

Companheiro do pai, Mauro de Andrade, filho único de Mike Tyson, recordou os momentos ao lado dele no Maracanã.

"Com 10 anos eu era gandula. Quando não estava no campo, meu pai me deixava nas cadeiras assistindo os jogos enquanto ele trabalhava. Meu pai é Vasco e eu sou Flamengo. Eu fui mais inteligente (risos). Peguei a época do Zico. O espetáculo era diferente."

Mike Tyson posa com a camisa doada pelos sócios do grupo "Por Um Novo Bonsucesso"
Foto: Fanáticos pelo Cesso

Durante cerca de 1h da visita, Mike Tyson reviveu grandes momentos da sua profissão que ele tanto se dedicou e agradeceu pela gratidão dos sócios e ex-jogadores do Bonsucesso.

"Foi muito especial e bacana essa visita. Espero que vocês voltem mais. Adoro o Bonsucesso. Acompanhava muito os jogos lá. Não perdia nenhum jogo do Bonsucesso e do Olaria, mas na Teixeira de Castro era melhor", brincou Enéas de Andrade.

Hélio mandou um recado especial para o Mike Tyson e espera que o leilão ajude o ex-maqueiro nesse momento.

"Queria agradecer a oportunidade de participar e presentear junto ao grupo que está fazendo essa homenagem ao Enéas, o famoso Mike Tyson. É um grande prazer e orgulho contribuir e participar dessa homenagem a ele. Um grande abraço e muitas felicidades. O Bonsucesso está presente. Estava fora naquele dia, mas está sempre no seu coração" (veja o vídeo abaixo).

Hélio autografou a camisa do Bonsucesso e mandou um mensagem especial a Mike Tyson
Vídeo: Fanáticos pelo Cesso

Júlio Galvão ficou emocionado por rever Mike Tyson e poder contribuir com carinho com esse momento tão duro que atravessa aquele que tanto auxiliou os jogadores em campo.

"É muito especial a gente prestigiar quem tanto nos ajudou. Ainda mais em uma situação como essa que ele atravessa. Fico lisonjeado com a oportunidade de ter feito essa visita e ter assinado a camisa na presença dele. Como eu era goleiro, acabei não precisando do auxílio do Enéas, mas ele era um espetáculo à parte no Maracanã (risos)".

As camisas dos clubes participantes do evento já estão disponíveis no site Memorabília do Esporte com lances em até 15 dias. 

15/04/2021

BONSUCESSO MANTÉM DÍVIDA COM O OLARIA POR ALUGUEL DA BARIRI E W.O GEROU MULTA DE R$8 MIL AO CLUBE



Seis meses após o fatídico W.O para o Artsul, pela Série B1 de 2020, a mancha na história do Bonsucesso ainda dá o que falar nos bastidores. Após a entrevista com o torcedor César Augusto (confira aqui), que confidenciou o constrangimento da cobrança da FERJ a ele (torcedor) pelo pagamento das despesas do jogo, o Fanáticos pelo Cesso apurou que o clube ainda não quitou o aluguel da Bariri junto ao Olaria.

Conversamos com um funcionário da antiga administração do Olaria, que confirmou a dívida até hoje. Em contato com o atual presidente do clube, Lenivaldo Gomes informou que o valor segue pendente, porém, não soube especificar a quantia exata após a transição de gestão com a morte do ex-presidente Augusto Pinto Monteiro, o Pintinho. 

À época, o então vice-presidente do Bonsucesso, Nilton Bittar, procurou o Fanáticos pelo Cesso para apresentar o comprovante de pagamento das taxas da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (R$2.520,00) no dia seguinte ao W.O, mas o Bonsucesso acabou sendo punido pelo TJD-RJ mesmo assim. 

2ª Comissão Disciplinar do TJD-RJ puniu o Bonsucesso em R$8 mil
Foto: Divulgação/TJD-RJ

Como o time não entrou em campo, o clube foi denunciado no tribunal e multado em R$8 mil. Segundo a entidade, a diretoria também não quitou a taxa de arbitragem. 

Pelo W.O. o Bonsucesso foi incurso no artigo 203 do CBJD (deixar de disputar, sem justa causa, partida, prova ou o equivalente na respectiva modalidade, ou dar causa à sua não realização ou à sua suspensão). Pelo não pagamento dos árbitros o clube foi denunciado nos termos do artigo 191 III do CBJD (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento: de regulamento, geral ou especial, de competição).

O Bonsucesso se manifestou nos autos esclarecendo que houve encerramento de contrato com antiga gestora, sendo necessário estabelecer novo acordo com uma nova gestora, que vem atrasando o salário dos atletas. Os jogadores se reuniram e decidiram não entrar em campo como forma de protesto. No dia do julgamento (10 de novembro de 2020), na Segunda Comissão Disciplinar do TJD-RJ, o clube não mandou defesa.

A Comissão entendeu que a manifestação do Bonsucesso foi um atestado de culpa e puniu o clube em R$ 4 mil para cada artigo, totalizando multa de R$ 8 mil.

Desde essa partida contra o Artsul, o Bonsucesso decidiu mandar definitivamente seus jogos pela Série B1 no estádio Joaquim Flores, em Nilópolis.

Os dirigentes do Bonsucesso não se manifestam ao Fanáticos pelo Cesso.

14/04/2021

BONSUCESSO É O ÚNICO DESFALQUE EM CERIMÔNIA EM PROL A MIKE TYSON, EX-MAQUEIRO DO MARACANÃ

Lulinha entregou a camisa do Olaria durante cerimônia no Maracanã
Foto: Divulgação/Maracanã

O Bonsucesso foi o único clube ausente, nesta terça-feira, na linda cerimônia organizada pelo Museu da Pelada, no Maracanã, em prol de Mike Tyson, ex-maqueiro, que se dedicou por 30 anos pela profissão no estádio. Aos 80 anos, Enéas de Andrade convive com sérios problemas financeiros e de saúde já que apresenta perda de visão devido ao glaucoma.

No evento de ontem (13), 11 dos 12 clubes mais tradicionais do Rio de Janeiro enviaram ex-jogadores para um emocionado reencontro e doaram camisas dos seus respectivos times para serem leiloadas como parte de uma simbólica ajuda a Mike Tayson, que ganhou esse apelido do narrador Januário de Oliveira pela vitalidade nos arranques no gramado para socorrer os atletas entre 1980 a 2010.

Adilio (Flamengo), Duilio (Fluminense), Ernâni (Vasco), Paulo Cezar Caju (Botafogo), Moreno (America), Ado (Bangu), Lulinha (Olaria), Gilberto Coroa (Madureira), Marquinho (Portuguesa), Jorge Badu (São Cristóvão) e Pingo (Campo Grande) foram os representantes dos clubes.

Enéas de Andrade foi segurança do Banco Nacional e maqueiro do antigo Maracanã
Foto: Divulgação/Maracanã

Um dos organizadores do evento, André Luiz Pereira Nunes lamentou a ausência do Bonsucesso na campanha:

"Esses ex-atletas abrilhantaram o evento que infelizmente não contou com a presença do Bonsucesso. Contava com o clube. Tinha um representante, o Lulinha, mas não tinha a camisa. O uniforme era muito importante. Uma pena", disse André relembrando que Lulinha foi jogador e técnico do Bonsucesso, mas simbolizou o rival Olaria no evento. 

Os organizadores da cerimônia entraram em contato com Nilton Bittar, mas o dirigente do Bonsuça alegou de última hora que não poderia ir ao Maracanã porque estaria no sepultamento do torcedor Aureo Villalba. O Fanáticos pelo Cesso, porém, apurou que Niltinho não esteve no Cemitério da Ordem do Carmo, no Caju. O clube apenas colocou a bandeira a meio-mastro para prestar a última homenagem ao sócio.

Algumas camisas dos clubes participantes do evento já estão disponíveis no site Memorabília do Esporte com lances em até 15 dias.

Parabéns pela iniciativa do Museu da Pelada e bola fora da diretoria do Bonsucesso! Confira abaixo o vídeo que conta a história do querido Mike Tyson:

13/04/2021

BENEMÉRITOS TENTAM NOVA CARTADA CONTRA NILTON BITTAR NO TJ-RJ

Dois meses depois, beneméritos ingressam com nova ação no TJ-RJ
Foto: Reprodução/Arte (Fanáticos pelo Cesso)

Os beneméritos do Bonsucesso tentam uma nova cartada na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, os sócios protocolaram uma nova petição pedindo o afastamento de Nilton Bittar e uma intervenção imediata para novas eleições.

Após o juiz Ricardo Cyfer negar o pedido de tutela antecipada em fevereiro, os beneméritos apresentaram novas provas ao magistrado e aguardam a apreciação. Eles indicaram a falta de balanço financeiro no clube desde 2018, o que imputa diretamente na inelegibilidade por 10 anos, segundo o artigo 23 da Lei Pelé.

Os sócios se apegam ao texto que diz: 'Independentemente de previsão estatutária, é obrigatório o afastamento preventivo e imediato dos dirigentes, eleitos ou nomeados, caso incorram em qualquer das hipóteses do inciso II do caput deste artigo, assegurados o processo regular e a ampla defesa para a destituição. (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015)'.

A alegação é de que os balanços jamais foram apresentados ao Conselho Fiscal e nunca passaram por aprovação da Assembleia nos dois anos anteriores, descumprindo o próprio Estatuto. 

Os beneméritos também apresentaram documentos da investigação da Delegacia de Defraudações, que apura supostas irregularidades em exames de COVID-19 no Carioca da B1 de 2020. A petição aponta para o depoimento do ex-coordenador médico do Bonsucesso, Antonio Carlos Naine, que negou que as assinaturas nos atestados após a 5ª rodada da Taça Santos Dumont sejam dele (leia aqui).

Foi apresentado também a oitiva de Nilton Bittar, que conforme trouxemos nesta segunda-feira, disse não ter conhecimento das diretrizes sanitárias da FERJ no combate a propagação e transmissão do novo coronavírus durante suas competições. 

A petição ainda aponta que Nilton Bittar tentou 'jogar a culpa para o Presidente Ary Amâncio que estava afastado do clube por ter perdido a perna em decorrência da Diabetes grave que possui'. Os beneméritos também indicam as exigências do RCPC-RJ, que ainda não aprovou a ata das eleições realizadas em dezembro.

Os beneméritos apresentaram ainda as cartas do Diretor-Jurídico da FERJ, Wlademir Monje, e do Procurador Sandro Trindade, que corroboram com a nulidade do mandato sem a documentação necessária para aprovação do clube nas competições esportivas da entidade.

Por ora, o Bonsucesso está impedido de disputar a Copa Rio e a Série B2 sem a figura de um presidente reconhecido em cartório e na FERJ.

RÉUS PERDEM PRAZO PARA RESPOSTA AO JUIZ RICARDO CYFER

Após indeferir o pedido de tutela provisória para anular as eleições, o juiz Ricardo Cyfer exigiu que Ary Amâncio se pronuncia-se já que o ex-dirigente se absteve de esclarecimentos na ação. O magistrado também cobrou elucidação de Nilton Bittar, após o mesmo apresentar procurações em nome dele e do Bonsucesso e posteriormente, apenas dele. Os prazos já foram expirados sem justificativa dos mesmos.

'TÁ NO LIVRO' COM PAULO JORGE #02

Jogadores do Bonsucesso e Fluminense se confraternizam após o amistoso
Foto: Reprodução


Por: Paulo Jorge
 

"NO CAMINHO TINHA UMA PEDRA..."

O Bonsucesso F.C sempre foi uma pedra no sapato dos grandes do Rio. Em 1941, numa tarde de muita chuva, no lendário estádio das Laranjeiras, o rubro-anil do subúrbio arrancou um empate com o Fluminense por 1 a 1, em amistoso, inclusive terminando o primeiro tempo à frente do placar. O gol foi marcado pelo ponteiro Lindo. Além dele, Affonsinho, Herreira e Dias III foram outros destaques do clube na partida.

Nesse ano no Carioca, o Fluminense sagrou-se campeão e o Bonsucesso terminou em último de 10 equipes com duas vitórias, 4 empates e 12 derrotas. Foram 28 gols marcados e 51 sofridos.

Fonte: Jornal dos Sports

"O CRACK DA SEMANA"


Eunápio de Queiroz, ex-ponta-esquerda do Bonsucesso, foi escolhido o craque da semana da revista "Globo Esportivo" em 1941. Ele começou no Juvenil do Fluminense, mas em 1940 ingressou no quadro do Bonsuça, onde se destacou e assumiu a titularidade entre os profissionais. Nascido em 1922, Eunápio dividia sua vida de jogador de futebol com a profissão de bancário no início do último século.

Fonte: Globo Esportivo/Biblioteca Nacional

Estou iniciando esse novo projeto em conjunto com a página 'Fanáticos pelo Cesso', onde iremos resgatar a história do clube e mostrar a todos os suburbanos como foi, é e sempre será esse maravilhoso clube que precisa muito de ajuda. Quem quiser acompanhar o meu trabalho, basta acessar o perfil no instagram: @historyprofpaulo 

12/04/2021

NILTON BITTAR CONFIRMA MANDATO SUB JUDICE E DIZ NÃO CONHECER DIRETRIZES DA FERJ CONTRA A COVID

Nilton Bittar recebe o troféu de campeão da Copa Rio 2019
Foto: Úrsula Nery/FERJ 

O Fanáticos pelo Cesso divulga com exclusividade o depoimento de Nilton Bittar na Polícia Civil, em 2 de fevereiro. A Delegacia de Defraudações entrou na fase final da investigação sobre as supostas irregularidades administrativas no Bonsucesso além da veracidade dos atestados de COVID-19 apresentados à FERJ, durante a disputa da Série B1 do Campeonato Carioca do ano passado.

Considerado presidente eleito após o pleito realizado no fim de 2020, mesmo sob desconfiança de sócios que apontaram falhas no processo, Bittar acabou se contradizendo na oitiva. Inicialmente, ele confirmou que a presidência está sub judice, mas em seguida, garantiu ser o presidente, de fato, desde o dia 12 de dezembro de 2020, data da eleição.

Bittar informou à Polícia Civil que o mandato de Ary Amâncio se perpetuou entre 3 de setembro de 2017 até 11 de dezembro de 2020, ou seja, com as eleições ocorrendo um dia após o último mandato. O dirigente se defendeu das acusações de irregularidade no pleito apontando que a decisão judicial protocolada pela 12ª Câmara Cível não informava a nova data das eleições. Segundo Niltinho, a agremiação seguiu o que determina o estatuto do clube, 'que é o poder maior da entidade'.

O dirigente afirmou que o mandato ainda não tinha sido atualizado na FERJ porque a ata da eleição encontrava-se no cartório de títulos há dez dias e os documentos estavam em análise. Cabe ressaltar que até hoje, o RCPC-RJ ainda faz exigências para regularizar a chapa.

Nilton Bittar também foi questionado sobre os exames e laudos médicos da COVID-19 para participação da Série B1 do Estadual. Ele negou que soubesse das diretrizes sanitárias impostas pela FERJ. O dirigente ainda relatou que não tinha conhecimento que para participar de campeonatos oficiais da entidade, todos os jogadores deveriam realizar testes e apresentá-los posteriormente à FERJ. Niltinho relatou que não tinha conhecimento de quem era o responsável pelos exames no elenco também. 

Em outro trecho, Nilton Bittar informou que o Departamento de Futebol é totalmente terceirizado e que não sabia informar o nome da empresa responsável pela gestão do carro-chefe do Bonsucesso. Niltinho ainda se eximiu da assinatura do acordo com os novos gestores e avisou que o ex-presidente Ary Amâncio Pereira foi quem autorizou o contrato.

À época, Nilton Bittar se colocou à disposição para apresentar uma cópia do contrato à Polícia Civil no prazo de cinco dias, o que foi feito. Ele ainda disse não ter conhecimento do laboratório que realizou a coleta de material para testes de COVID-19 nos jogadores e manteve a postura ao ser indagado sobre o médico responsável pela avaliação dos diagnósticos no clube. 

A Delegacia de Defraudações já ouviu a funcionária Solange Lione e o atual gestor do futebol, José Agnaldo Sena. Clique e confira abaixo o depoimento de Nilton Bittar à Polícia Civil.


10/04/2021

FERJ DEFINE OS GRUPOS DA SÉRIE A2 DO CAMPEONATO CARIOCA DE 2021


O caminho será longo até lá, mas o Bonsucesso deve ficar atento às divisões superiores. Logo, a FERJ definiu nesta semana a Série A2 do Campeonato Carioca. No Conselho Arbitral, na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, com a presença de representantes dos clubes, definiu-se a tabela, grupos e o início da competição. Dividida em dois grupos, com seis clubes cada, a Série A2 está prevista para começar no dia 5 de junho.

No Conselho Arbitral, comandado pelo diretor de competições, Marcelo Vianna, pelo procurador geral, Sandro Trindade, e pelo diretor de marketing, Leonardo Ferraz, foi abordado ainda o protocolo de segurança contra COVID.

O Campeonato será disputado em três fases: Taça Santos Dumont (1º Turno), Taça Corcovado (2º Turno) e Turno Final. Caso uma única associação seja campeã da Taça Santos Dumont e da Taça Corcovado, e uma ou mais associações tenham obtido maior número de pontos do que a campeã, no somatório de pontos das partidas dos Grupos A e B da Taça Santos Dumont e Taça Corcovado, a final será realizada entre a campeã dos dois turnos e a associação que tenha obtido o maior número de pontos ganhos do que a campeã.

Confira abaixo os grupos:

Grupo A: Cabofriense, Duque de Caxias, Gonçalense, Artsul, Americano e Friburguense;
Grupo B: America, Descenso da A, Sampaio Corrêa, Goytacaz, Maricá e Angra dos Reis.

Rodada de abertura da Taça Santos Dumont:

Cabofriense x Friburguense
Duque de Caxias x Americano
America x Angra dos Reis
Descenso A x Maricá
Sampaio Corrêa x Goytacaz
Gonçalense x Artsul

09/04/2021

FANÁTICO, CÉSAR AUGUSTO NÃO MEDE ESFORÇOS PARA TORCER PELO CESSO: "VOU DE CARONA, JEGUE E CARROÇA"

César Augusto abraçado com a bandeira no Engenhão durante a final  da Copa Rio
Foto: João Carlos Gomes

O Bonsucesso vivenciou um dos piores capítulos da sua história no ano passado ao ser rebaixado para a 4ª Divisão, mas até pouco tempo, o clube se sagrava campeão inédito da Copa Rio sobre a Portuguesa, no Engenhão, por 1 a 0, em 2019. Quem esteve ao lado do clube em todos os momentos e é um 'fanático' de carteirinha é César Augusto, de 59 anos. Sócio rubro-anil há décadas, o torcedor já viveu bons e maus momentos acompanhando o centenário time em diversas partes dos 43.696 km² de extensão do Rio de Janeiro.

César Augusto, que não mede esforços nem mesmo na pandemia para acompanhar o Bonsucesso (acredite se quiser), concedeu uma entrevista exclusiva ao Fanáticos pelo Cesso e contou muitas boas histórias dessa relação com o Bonsuça que vai muito além do futebol. Para César, o Bonsucesso é como um filho e faz parte do seu dia a dia. 

"Eu tinha carro, moto e ia do meu jeito, mas perdi a habilitação após uma blitz da Lei Seca. Agora, vou de carona, ônibus, trem, jegue, carroça...", disse um bem humorado torcedor.

Personagem da reportagem da TV Globo na Copa Rio, César Augusto também foi protagonista da dor de ter sido testemunha ocular do W.O para o Artsul, na Bariri, dias após o aniversário do Bonsucesso de 107 anos. Esse episódio ele considera uma das maiores manchas da história.

"Fui ao clube no dia anterior porque sabia que o antigo gestor tinha atrasado os pagamentos. Estava um disse me disse danado. Vi alguns jogadores um dia antes da partida na Teixeira de Castro conversando com um funcionário. Não cheguei perto porque não me dizia respeito. Sou apenas torcedor. Na saída, perguntei a um deles se teria jogo. Ele me respondeu que sim porque tinham se comprometido a ir. Mas, no dia da partida, um amigo do clube me avisou que o time não entraria em campo. Achei muito estranho porque ajudei a descarregar o material da delegação na Bariri. Na porta do vestiário, um dos atletas que esteve no estádio brincou comigo: 'Quer jogar? Tem chuteira, short e camisa...'. Pensei comigo que isso não poderia ser sério. Saí do vestiário e fui para a cabine porque tinha sido convidado para comentar o jogo por uma rádio web. O tempo foi passando e realmente veio o W.O. Foi a página mais triste que eu vi do Bonsucesso."

César Augusto ainda viveu um episódio curioso nesse 'jogo' já que foi cobrado pela FERJ quanto aos custos da realização do confronto.

"No final, ainda passei constrangimento. Uma funcionária da FERJ veio me cobrar despesas, mas eu não tinha nada a ver com isso. Posteriormente, o clube pagou, mas eu não era dirigente. Sempre fui torcedor. Quem deveria pagar tinha ido embora. Até os responsáveis pelo Olaria me contaram que o Bonsucesso não havia quitado o aluguel do campo. É tudo muito triste."

César sente uma ponta de frustração e indignação até hoje ao relembrar o episódio na Bariri.

"Acompanho o Bonsucesso há muitos anos. Sabemos que o Bonsucesso é um time de bairro e com gestões muito mal feitas, porém, é um clube bem localizado e que está na paixão de muitas pessoas. Saí da arquibancada vendo que tudo estava acabando. Me aborreci muito. É o fundo do poço um W.O. O antigo gestor cometeu um erro imensurável. Ele deixou de pagar jogadores que dependiam daquele salário. Ouvi de um jogador que ele estava trabalhando em obras para colocar o sustento na sua casa já que o clube estava atrasando salários. O pior é que ninguém colocou a cara para responder. Só transferem a culpa. A culpa é da presidência, sim."

Um ano antes, César Augusto tinha motivos para comemorar. Em uma campanha surpreendente, o Bonsucesso levantou o troféu da Copa Rio após derrubar outros favoritos ao título durante a trajetória até a final, no Nilton Santos, o Engenhão. O rubro-anil sempre foi otimista em acreditar ser possível conquistar aquela taça e levá-la para à Teixeira de Castro. 

"Quando o Caio foi expulso e o Emerson (zagueiro) pegou três pênaltis contra o Maricá, nas quartas de final, eu percebi que estávamos com muita sorte. Passamos pelo Boavista também nas penalidades. Depois daquela semifinal ninguém tiraria o nosso título. No dia da final, eu nem dormi direito. Chego até a me... (chora) É muita emoção. Fomos de ônibus para o estádio. Muita gente mesmo. Fomos em peso. Estava muito contente com aquele momento. A Portuguesa estava melhor  no jogo, mas vencemos com um golaço do Denilson acertando a forquilha. Já torci muito para o Bonsucesso nos acessos, mas esse foi o ponto alto da história. Foi algo inédito. Uma emoção fora do comum."

César acompanha o jogo do Bonsucesso na Bariri
Foto: Arquivo Pessoal

César Augusto só lamenta a pouca importância dada pelos dirigentes ao título inédito logo após a conquista.

"Por incrível que pareça, os meninos da torcida fecharam a Teixeira de Castro comemorando o título, mas o clube campeão da Copa Rio estava completamente fechado como se nada tivesse acontecido. Uma conquista memorável, que daria direito a Copa do Brasil, e os caras não abriram o Bonsucesso para nada. O mínimo era abrir a nossa sede para comemorar. Tivemos que comemorar em um bar em frente como se fosse um time de pelada. É inacreditável", salientou.

César Augusto não esconde que a sua paixão pelo Bonsucesso vem desde pequeno e que jamais mediu esforços para estar na arquibancada, por algumas vezes, até mesmo sozinho, mas sempre uma voz ativa para apoiar os jogadores em campo.

"Eu fui morar em Bonsucesso ainda criança. Meus avôs eram daqui. O primeiro estádio que eu entrei foi a Teixeira de Castro. Eu ia a jogos do Merci (supermercado que hoje é o Guanabara) na sexta-feira à noite só pra você ter uma noção do tempo que eu prestigio o clube. Quando eu era menino, os coleguinhas me sacaneavam por eu ser Bonsucesso. Então, como meu tio era Vasco, passei a dizer que era cruzmaltino. Mas, eu não saio da minha casa para ver o Vasco. Saio só para ver o Bonsucesso. Já estive em muitos locais. O último (jogo) foi em Avelar, em Paty do Alferes. Minha paixão é grande e por várias décadas. Já fui a todos os locais: Casemiro de Abreu, Resende, Itaperuna, Cardoso Moreira, Campos... Tudo muito longe (risos)."

César também tem histórias curiosas e até mesmo engraçadas para acompanhar o Bonsucesso nos quatro cantos do estado. 

"Fui uma vez com a delegação quando era adolescente e tive que empurrar o ônibus do Bonsucesso que enguiçou após um jogo contra o Campo Grande, no Italo Del Cima. Era um ônibus de carreira. Saltou todo mundo para empurrar. Apesar do fato inusitado, foi uma farra", disse já recordando de outra lembrança.

"Passamos um sufoco maior contra o Audax. na Sendolândia. Foi uma chuva horrível que pegamos porque os donos da casa não deixaram a gente ir para uma parte coberta. Foi uma tempestade inacreditável. Foi um sufoco a nível de torcer."

César Augusto também sempre foi reconhecido pelas torcidas de massa do Rio de Janeiro e enfatizou que sempre foi bem recebido por todos devido sua paixão pelo clube do bairro.

"Fui assistir Vasco e Bonsucesso com a nossa camisa no meio deles. Levei dois sacos de papel picado. Quando o time entrou, joguei papel picado para o alto. O pessoal ria e me aplaudia. Outros me chamaram de maluco, bêbado... Eu era e sempre fui fanático pelo Bonsucesso."

Em 2015, César relembrou outra passagem da ansiedade em chegar cedo aos estádios para acompanhar cada detalhe da preparação do time para os jogos.

"Fui assistir um jogo Botafogo e Bonsucesso, no Engenhão (derrota por 4 a 0, em 2015) e ao chegar na bilheteria me deparei com a funcionária cochilando. Não entendi bem porque e ela me explicou que minha esposa e eu éramos os primeiros a comprar um ingresso como visitante naquele dia. Botafoguenses me pararam para tirar fotos comigo. Eu sempre prestigiei os jogos com a minha bandeira. Passei inúmeras vezes no meio da torcida do Flamengo e jamais tive problema com torcedor. Pelo contrário. Sempre brincava que não queria brigar com eles."

César Augusto ao lado da esposa Angela
Foto: Arquivo Pessoal

Há mais de dez anos com a inseparável Ângela, César Augusto carrega a esposa para assistir os jogos do Bonsucesso.

"Nós já fomos para rodoviária para esperar um ônibus rumo a Cabo Frio para uma partida às 9 e 30 da noite. Fui com minha esposa. Ela sempre me acompanhou. Ela gosta muito. Minha mãe também já foi comigo aos estádios", disse o filho da dona Maria do Céu.

Uma de suas alegrias era acompanhar as partidas no estádio Leônidas da Silva, que está fechado desde 2014 para partidas oficiais. Ele lembra muito bem como era torcer atrás do gol à esquerda da arquibancada social.

"Fazíamos uma algazarra atrás do gol. O Cortez, do Grêmio, e o William Barbio, ex-Vasco, já sofreram aqui no Leônidas da Silva quando estavam no Nova Iguaçu, por exemplo. Sempre sacaneávamos os goleiros durante o jogo. Tinha goleiro que pedia por favor para pararmos com as brincadeiras. Uma vez, sacaneamos um jogador adversário que tinha uma bunda enorme. De tanto a gente zoar, ele abaixou o calção pro lado da arquibancada. Ele caiu na gargalhada durante o jogo. Era uma diversão. Muita gente também entrava na pilha. Um goleiro saiu correndo atrás de mim para me agredir. Ele tinha sido barrado porque atuou mal contra a gente. No jogo seguinte, na entrada do time, ele me viu quando gritei que ele não agarrava nada. Foi o suficiente para ele vir na minha direção. Estou correndo até agora na Teixeira de Castro. Se ele me pegasse eu estava ferrado!"

Ciente de todos os problemas que atravessa o Bonsucesso, César Augusto não abandona o clube e promete acompanhar novamente o time na Série B2 e na Copa Rio, mesmo se for preciso enfrentar a pandemia novamente e não acredita que a centenária agremiação esteja caminhando para o seu fim. 

"Acabar não acaba porque há apaixonados pelo clube. O problema é a gestão. Até hoje, você paga a mensalidade no papelzinho. Não é bobagem. Não digo que falta capacidade, mas sim, condição de comandar o Bonsucesso. São presidentes que entram pela janela e não conhecem nada do clube. São gestores que prometem e não cumprem. O momento é muito conturbado. Eu estive na eleição e vi o quão difícil tem sido todas as movimentações internas. Meu nome não estava na lista de aptos a voto. Sou sócio adimplente há décadas. Jeito tem, mas precisa colocar pessoas com capacidade", concluiu.

Confira abaixo o emocionante relato de César Augusto na transmissão da Rádio Jovem Carioca, durante o jogo do W.O entre Bonsucesso x Artsul, pela Série B1 de 2020:

08/04/2021

PROCURADOR DA FERJ RESPONDE BENEMÉRITOS: "O BONSUCESSO NÃO APRESENTOU ATA REGISTRADA"

Sandro Trindade é procurador da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro
Foto: Úrsula Nery/FERJ

A vida não anda fácil na Teixeira de Castro para Nilton Bittar. A FERJ mantém-se em compasso de espera quanto à ata da eleição presidencial para que o clube dispute as competições oficiais em 2021. Após a resposta concedida pelo diretor-jurídico Wlademir Monje aos beneméritos, desta vez, o procurador-geral Sandro Trindade também se posicionou via e-mail aos torcedores.

O Fanáticos pelo Cesso teve acesso à carta divulgada pelo representante jurídico da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, que reafirma o posicionamento anterior e endossa a ausência de documentação que comprove a regularidade do atual mandato. Confira abaixo:

"Prezados, bom dia 

Complementando o aludido pelo Dr. Wlademir, vimos atestar que até o presente momento o Bonsucesso FC não apresentou à FERJ uma ata de eleição devidamente registrada indicando um novo mandatário para o período subsequente ao mandado do Sr. Ary Amâncio.

Vale registrar que o Bonsucesso FC possui plenas condições de dirimir suas questões internas de forma administrativa ou judicial, observada sua autonomia constitucional (artigo 217 da CF) e seu Estatuto. 

Neste sentido, a FERJ permanecerá no aguardo da indicação regular do novo mandatário do clube.

Atenciosamente,

Sandro Trindade
Procurador-Geral da FERJ" 

Veja o que representa o artigo 217 da Constituição Federal:

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;

IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

§ 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.

§ 3º O poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social.

Os beneméritos do Bonsucesso tem conversado internamente sobre ações que possam contribuir para a transparência do imbróglio político no clube. O RCPC-RJ voltará a funcionar a partir da próxima sexta-feira com o fim do decreto municipal de combate à COVID-19. Por ora, o Bonsucesso está impedido de disputar as competições oficiais organizadas pela FERJ sem a figura de um presidente. A demora para regularizar a ata da eleição tem causado fissuras no relacionamento interno de dirigentes do clube, que já ameaçam a amigos mais próximos deixar o Conselho Gestor, caso a situação não seja resolvida em breve.

06/04/2021

JURÍDICO DA FERJ CONFIRMA QUE BONSUCESSO ESTÁ SEM PRESIDENTE


O Departamento Jurídico da FERJ ratificou o não reconhecimento do mandato de Nilton Bittar após sete meses da eleição no Bonsucesso, considerada fora do prazo por muitos sócios que reivindicam uma intervenção. O Fanáticos pelo Cesso teve acesso exclusivo a resposta do Diretor-Jurídico da entidade, Vlademir Monje e do Procurador Sandro Trindade aos beneméritos do clube que pediram providências da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.

A FERJ se absteve de julgar o mérito e através dos representantes por e-mail, dispensou intervir na agremiação, que luta para ter a ata da eleição registrada no RCPC-RJ e posteriormente, na entidade esportiva. Confira abaixo a íntegra do comunicado enviado pela FERJ aos beneméritos:

"Prezados,

Em resposta às colocações feitas via e-mail em 02 de abril de 2021 relacionadas a eventuais irregularidades na administração do Bonsucesso FC, entendemos que não compete à FERJ adotar medida tão contundente como a intervenção, especialmente quando a agremiação possui um estatuto em vigor que, certamente, conta com dispositivos que regulem situações de instabilidade como as que foram relatadas.

Acreditamos que os membros dos Poderes do clube devam encontrar um caminho que leve ao restabelecimento da ordem administrava do tradicional clube, recorrendo à Justiça, se assim entenderem, inclusive para a decretação de interventor judicial para coordenar eventual processo eleitoral, se for o caso.

A Federação de Futebol acatará as decisões emanadas da Justiça, deixando claro que seu estatuto exige que clubes e Ligas filiados apresentem atas devidamente registradas por Cartórios de Pessoas Jurídicas e que o não cumprimento deste requisito faz como que seus associados fiquem em situação irregular e com seus direitos estatutários e desportivos suspensos.

Em relação ao Bonsucesso FC, especificamente, há a necessidade do clube apresentar documento registrado que ateste a regularização de seus mandatários. Esperamos que o clube apresente-se em condições regulares até o início da próxima competição obrigatória da qual deverá participar.

Vlademir Monje"

Na década de 80, o Bonsucesso chegou a sofrer uma rápida intervenção da FERJ sob responsabilidade de Luiz Desiderati, ex-dirigente da entidade. Beneméritos do Rubro-Anil e demais sócios tentam agora a todo custo o amparo legal para que novas eleições sejam proclamadas.

Enquanto as ações no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não chegam ao fim, Nilton Bittar mantém as rédeas no Bonsucesso e se apoia no gestor do futebol José Agnaldo Sena, que tem assumido as contas e apostado na reformulação da base e no trabalho embrionário para montagem do elenco que tentará retornar à Série B1. A inscrição do elenco, entretanto, necessita do reconhecimento do presidente  na FERJ. A Copa Rio começa em agosto e a 4ª Divisão, em setembro.

BONSUCESSO ULTRAPASSA FRONTEIRA E GANHA 'FANÁTICO' NA ARGENTINA


O centenário Bonsucesso cruzou a fronteira com a Argentina e conquistou um coração 'hermano', que tem difundido todas as informações do clube em espanhol. Com similaridades ao San Lorenzo, o jornalista e torcedor do rubro-anil de Mar Del Plata, Pablo Del Bianco se encantou com o Bonsuça ao descobrir toda a história do clube da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fundado em 2018, o 'Bonsucesso Desde Argentina' é uma página no Facebook que traduz todo o noticiário do clube carioca para os fãs do Leão da Leopoldina, espalhados pela América do Sul, que predominantemente falam espanhol.

Mas como surgiu essa paixão pelo nosso clube?! O Fanáticos pelo Cesso foi atrás de Pablo para conhecer essa ligação que vai muito além das cores que unem os dois times.

"Conheci o Bonsucesso por uma mera casualidade. Estava projetando visitar o Rio de Janeiro e acabei me deparando com um estádio que tinha as cores azul e vermelho, que são as mesmas cores do San Lorenzo, meu clube aqui na Argentina. Adorei o estádio e comecei a pesquisar. Me identifiquei com o clube e o bairro de Bonsucesso. Daí, começou essa paixão desde 2017", disse Pablo.

Encantado com o Rubro-Anil, Pablo Del Bianco citou as semelhanças com o San Lorenzo que fazem os clubes se tornarem coirmãos.

"As semelhanças não ficam apenas nas cores. Possuem as listrar verticais e é uma equipe de bairro, assim com o San Lorenzo. Talvez seja a característica mais acentuada. São bairros importantes em cada cidade. Bonsucesso é um bairro tradicional no Rio de Janeiro assim como San Lorenzo, em Buenos Aires. Outra semelhança atual é que o Bonsucesso não pode jogar em sua casa e o time argentino também ficou muito tempo sem atuar no seu estádio. Em 1979, perdemos nosso local e ficamos até 1995 atuando em outras sedes", afirmou Pablo.

Atualmente, o San Lorenzo joga no Estádio Pedro Bidegain, o Gasômetro, com capacidade para até 47 mil pessoas.

Pablo reconhece que na Argentina os 'hermanos' estão mais adaptados a outros nomes de clubes cariocas, mas a sua paixão pelo Bonsucesso faz expandir o nome do Leão da Leopoldina por toda a Buenos Aires.

"Os argentinos mais apaixonados por futebol sabem quem é o Bonsucesso, entretanto, os mais conhecidos são Flamengo e Vasco da Gama além de Fluminense e Botafogo. Também conhecem outras equipes de São Paulo e Belo Horizonte. Em um segundo escalão no Rio, estão o próprio Bonsucesso, Olaria, America, Portuguesa, Madureira... São clubes tradicionais que eles identificam. Não perco nenhum jogo do Bonsucesso."    

Pablo Del Bianco revelou que já esteve no Rio de Janeiro, mas ainda não conseguiu visitar à Teixeira de Castro.

"Já estive no Rio há muito tempo. Era criança e foi em 1981. Tinha apenas cinco anos quando fui a cidade com minha família. Tenho poucas recordações. Espero visitar com meus filhos. É um dos grandes objetivos da minha vida. É uma visita obrigatória ir à Zona Norte e conhecer o estádio Leônidas da Silva. Espero que até lá, o Bonsucesso já esteja jogando em casa. Torço para voltar à Série A. É um grande caminho porque está na 4ª Divisão. Quero conhecer pessoalmente meus amigos do Bonsucesso. Quero ver nossa torcida rubro-anil. Ficaria encantado", projetou.

Por que criar essa página dedicada as informações do Bonsucesso como um verdadeiro tradutor? Pablo Del Bianco explicou ao Fanáticos.

"A decisão de criar a página parte da união de duas paixões. A primeira que me despertou pelo Bonsucesso e suas histórias. Sou jornalista esportivo e gostaria que o clube fosse ainda mais conhecido na Argentina. Queria criar um canal de informações no nosso idioma, o espanhol. Por isso, criei o canal em 2018. São três anos e estou muito contente com a aceitação que tivemos. Os irmãos cariocas nos aceitaram com muito afeto também", disse o criador da página 'Bonsucesso Desde Argentina'.

Nos gramados brasileiros, Leônidas da Silva foi um dos maiores craques que já tivemos, porém, Pablo Del Bianco 'puxou a sardinha' para os argentinos.

"Para mim Maradona é o maior jogador de todos os tempos. Sou 'Maradoniano'. Vivi 1986, a Copa do Mundo do México. Foi o momento que mais desfrutei com 10 anos de idade. Vi também o Mundial de 1990. Foram os dois melhores mundiais do Maradona. Seus últimos dias foram muito tristes. Ele segue sendo o meu ídolo. Quanto ao San Lorenzo, considero Silas o maior jogador da nossa história. Ele foi campeão em 1995. Romagnoli também é outra fera. Foi campeão em 2001 e 2002", citou.

O Bonsucesso só volta a campo a partir de agosto. Enquanto isso, estaremos na torcida pelo San Lorenzo, que enfrenta o Santos, hoje à noite, às 21h30, no Gasômetro, pela abertura da 3ª Fase da Pré-Libertadores.

Se não for pedir muito, que o Papa Francisco, torcedor declarado do San Lorenzo, também nos abençoe.

Acompanhe o 'Bonsucesso Desde Argentina' pelo Facebook e também no Twitter pelo @CessoDesdeARG.

05/04/2021

CRIA DO BONSUCESSO, CHAY É UM DOS DESTAQUES DA LUSA NO CARIOCA

Chay foi uma das revelações do Bonsucesso e deixou o clube cedo rumo à Ásia
Foto: Arquivo Pessoal

O Bonsucesso se caracterizou ao longo das últimas décadas como celeiro de bons jogadores. Um dos últimos a surgir no clube foi o atacante Chayene, atualmente na Portuguesa. Autor de dois gols (sobre o Fluminense e Botafogo) no Carioca, o jogador vem despertando o interesse de outros clubes em mais uma boa temporada pela Lusa.

Chay, como é atualmente chamado, deixou a Teixeira de Castro muito cedo rumo à Ásia. Após participar da Série B do Carioca em 2020, ele foi contratado pelo Muangthong United, da Tailândia.

"Fui (para o Bonsucesso) através de um amigo, que considero um irmão. Ele jogava lá e surgiu essa oportunidade de me levar para ser avaliado. Fui aprovado e foi uma passagem muito bacana. Comecei a me destacar e ficava intercalando entre os profissionais e os juniores. Foi um período de muita aprendizagem", afirmou Chay em entrevista exclusiva à Rádio Globo/CBN

O atacante era um dos destaques da campanha do Bonsucesso, que terminou a Primeira Fase da Segunda Divisão do Estadual na 2ª posição do Grupo B, com 26 pontos, dois a menos que o Sendas. Ele ainda defendeu o Songkhla FC, antes de voltar para o Muangthong United. Passou ainda pelo Esan United e Buriram FC até chegar ao Kedah FA, da Malásia, em 2012.

"Após me destacar no Bonsucesso, fui perguntado pelo ex-preparador do clube, Leonardo Neiva, se tinha o interesse de jogar no exterior. Ele tinha ido para Mianmar e foi quem intermediou a minha ida para o Muangthong United, onde assinei contrato por três anos", afirmou.

Chay foi campeão pelo Flamengo no Fut7
Foto: Arquivo Pessoal

Chay trouxe uma informação reveladora para explicar o motivo da sua volta ao Brasil após duas temporadas na Ásia. Segundo ele, um acidente no Rio de Janeiro custou a sua continuidade no exterior.

"Foi uma decisão que poucas pessoas sabem. Eu recebi uma nova proposta e sai da Tailândia para o Kedah FA, da Malásia. Nesse período, vim para o Brasil. Eles me deram 15 dias de férias porque o calendário na Malásia e na Tailândia são diferentes. Queria aproveitar esse período para me revigorar e rever minha família, mas acabei sofrendo um acidente de bala perdida no terceiro dia de descanso no Rio. Isso prejudicou meu rendimento porque não alcancei meu auge físico para poder ajudar o (novo) clube. O treinador não estava com muita paciência. Em comum acordo, acabamos rescindido. Essa rescisão demorou a sair e a janela acabou fechando na Tailândia, onde eu tinha outras propostas. Voltei para o Brasil, isso me desanimou, coloquei na cabeça que eu não queria mais porque era injusto, mas o processo de adaptação lá foi bem tranquilo. Estava há dois anos e meio e a decisão de voltar foi apenas pelo desânimo como fui tratado", desabafou Chay.

O ex-jogador do Bonsucesso sempre foi considerado promissor, porém essa dificuldade na carreira após ser mais uma vítima da violência no Rio de Janeiro fez o atacante refugar nos seus sonhos.

"Fiquei realmente desanimado com o futebol. Não tinha empresário, logo após, fechei com uma empresa, mas como o mercado tailandês não estava tão em alta, foi tudo se tornando ainda mais difícil pra mim. O que aparecia não era interessante e o tempo foi passando, diferente do que eu apostava", afirmou.

Chay é um dos destaques da Portuguesa com dois gols no Carioca
Foto: Nathan Diniz / AAP

Sem chances no campo, Chay apostou no Fut7, e na modalidade do society, ele se tornou um dos principais nomes com as camisas do Flamengo, Fluminense e Botafogo nos quatro anos seguintes. O sucesso o levou até a Seleção Brasileira, onde foi campeão da Copa América e do Mundial.

"O Fut7 nunca passou pela minha cabeça. Sempre joguei futebol de campo e desde menino só pensava nisso. Aprendi muito o que é o comprometimento tático e jogo curto. Foram as coisas que eu trouxe comigo", disse na entrevista à Rádio Globo/CBN.

Após o período na categoria, Chay aceitou o convite do Bela Vista, da 3ª Divisão do Rio, em 2017, para voltar aos gramados. Em seis jogos, foram quatro gols, o que rapidamente o levou para o Mogi Mirim, no ano seguinte. Apesar das boas atuações, o atleta não conseguiu evitar a queda do time paulista para a Série A3.

Chay foi campeão da Taça Santos  Dumont pelo America em 2019
Foto: Arquivo Pessoal

Após uma passagem pelo Rio Branco-AC, Chay voltou ao Rio de Janeiro para defender o America, em 2019. No Alvirrubro, o atacante foi campeão da Taça Santos Dumont e vice-campeão da Série B1 do Carioca. Logo depois, Chay chegou à Portuguesa, da Ilha do Governador, e tem sido um dos principais nomes nas duas edições da Série A do Estadual. Em 2020, foi o artilheiro do time com quatro gols. Já em 2021, ele soma dois.

"A Portuguesa foi um divisor de águas na minha vida. Você fica naquele período desacreditado, mas o clube acreditou em mim. As coisas aconteceram e seguem acontecendo. O clube é muito importante pra mim. Almejo voos altos o tempo todo. Trabalho forte a minha mente diariamente pra isso. Me vejo vestindo a camisa de um clube de mais visibilidade. Hoje, me sinto mais preparado e qualificado para isso. Espero meu momento", afirmou o atacante de 30 anos.