27/11/2020

EXCLUSIVO: NEY BARRETO CONTA BASTIDORES DA SAÍDA DO BONSUCESSO: "NÃO RECEBI 1 REAL"

Ney Barreto comandou o Bonsucesso em quatro jogos na B1
Fotos: João Carlos Gomes/Divulgação/Bonsucesso

Ao longo da Série B1, o Bonsucesso teve quatro treinadores. A temporada era audaciosa após o título da Copa Rio em 2019. Ney Barreto, de 44 anos, ex-técnico do America, foi chamado para liderar o projeto que visava o retorno à elite do futebol carioca após o rebaixamento em 2018. Porém, o trabalho foi interrompido depois de sérios problemas financeiros e administrativos enfrentados ao longo de 45 dias. A comissão técnica esteve à frente do time em apenas quatro rodadas da Taça Santos Dumont e somou seis dos oito pontos do Rubro-Anil durante todo o Estadual.

Ney Barreto concedeu entrevista exclusiva ao Blog Fanáticos pelo Cesso contando os bastidores da derrocada do clube nas mãos do ex-gestor Bruno Carvalho, que deixou o Bonsuça com dívidas após não cumprir acordos com jogadores e funcionários, que acabaram sendo demitidos no início da competição.

"Fiquei um pouco triste e decepcionado por tudo que aconteceu. Enfrentei o Bonsucesso no ano passado. Foi o clube que tivemos jogos direto pelo acesso. Sabíamos da força do clube mesmo o America bem forte. Quando recebi o convite pelo (Luciano) Portela, fiquei muito feliz. Seria uma oportunidade de trabalhar em uma segunda equipe tradicional e com camisa além de ser uma divisão de acesso, mas as coisas acabaram não saindo como a gente esperava", disse.

Ney Barreto explicou qual foi o projeto apresentado pelo Bonsucesso e quais acordos acabaram não sendo cumpridos até a saída de toda a comissão técnica e jogadores às vésperas do aniversário de 107 da instituição.

"Tinham prometido as melhores condições de trabalho. Nos levaram para fazer a pré-temporada em Pinheiral, então, isso dava uma credibilidade porque sabíamos que era um local com estrutura grande. Inicialmente o planejamento foi bem feito. Conseguimos trazer jogadores importantes sem salários altos, mas que acreditavam naquela montagem de elenco. Era uma grande equipe, entretanto, acabou se deteriorando no meio do processo. Estávamos trabalhando para subir para a 1ª Divisão", afirmou antes de trazer um fato constrangedor já na Teixeira de Castro.

"Voltamos para o Rio de Janeiro, mas já tivemos problema na primeira atividade com a falta de água para hidratação dos jogadores. O treinamento começou atrasado por causa disso. Durante o trabalho, quando fui beber água, percebi que não tinha mais para ninguém. Tive que interromper o treino pelo meio porque não tinha como continuar o trabalho com um Sol forte e sem água. Ali começou a ter uma preocupação maior, mas seguíamos motivados. Quando se aproximou o primeiro mês de trabalho começamos a ficar atentos com os salários já que estavam faltando coisas. Tentamos contratar o Thiago Correa, mas o clube acabou não pagando a transferência e ele foi para o Serra Macaense. Tudo isso foi começando a criar um clima de apreensão. Disputamos quatro jogos. Dos oito pontos obtidos no Estadual, seis foram com a gente."

Ney Barreto explicou que toda a comissão técnica foi demitida e detalhou como foi comunicado que não permaneceria à frente do Bonsucesso.

"Em hora nenhuma eu afirmei que pedi pra sair. Fomos demitidos. Por lei, eu não poderia ser desligado. Eu estava operado (Ney sofreu um acidente em um dia de folga e precisou ser afastado temporariamente). Quando eu ia retornar, fui comunicado que não precisava mais. Na verdade, eu estava impossibilitado de voltar até o dia 2 de janeiro. Mesmo assim, eu iria voltar antes. Fui comunicado pelo supervisor no dia 11 de outubro, por volta de uma hora da tarde, que toda a comissão técnica estava fora dos planos. Sou apenas funcionário. Tive que aceitar, mas é bom que se diga que não recebemos 1 real durante os 45 dias que estivemos lá", frisou.

Longe dos holofotes da elite do futebol carioca, Ney Barreto trouxe a realidade de muitos clubes das divisões inferiores e revelou que o acordo com o Bonsucesso foi 'de boca' com a promessa de colocar as cláusulas no papel durante a disputa da Série B1.

"Tudo foi verbal. Foi dito que logo após iriam ver o contrato. Não assinamos nada, mas temos as publicações do próprio clube além das súmulas dos jogos que comprovam que estávamos empregados. Até na nossa dispensa, isso foi divulgado pela imprensa. Não sei a situação dos jogadores, mas como eles precisam dar entrada na Federação, acredito que seja diferente", disse o ex-treinador que cobrou uma mudança de norma na FERJ.

"É uma falha. Faço parte de um grupo de treinadores, conversamos muito sobre isso. Depois da nossa saída, o clube teve outros quatro técnicos. Não sei se algum deles recebeu, mas eu não recebi nada. Isso também deveria acabar. Para contratar qualquer outro, deveria chegar ao menos em um acordo com aquele que saiu. Isso precisa partir de Sindicatos. Não pode ser isolado. A gente trabalha e quer receber."

Apesar da gestão do futebol pertencer a Bruno Carvalho, dono da H Carvalho, Ney Barreto afirmou que foi contratado pelo Bonsucesso.

"Não conheci o dono da empresa. Fui contratado pelo clube. Fui convidado pelo clube", disse antes de comentar o fatídico WO que o Bonsucesso sofreu logo após a sua saída.

"Eu saí no domingo e tive várias manifestações dos atletas. Eles estavam insatisfeitos com os salários atrasados. O responsável pela H Carvalho chegou a nos comunicar que tudo seria colocado em dia, mas eles decidiram que não entrariam em campo. Não foi solidariedade a mim. Eles não atuaram porque não receberam. Estava indo de mal a pior. É fácil dizer que os jogadores não poderiam fazer isso. O clube pode ficar sem pagar? Os profissionais não podem tomar atitude? Não me pareceu nada orquestrado antes. No jogo seguinte, que corria o risco de um novo WO e sanções, alguns jogadores foram lá e atuaram. Não sei que tipo de acordo foi feito, mas nesse jogo (contra o Artsul), eles não entraram em campo porque não tinham recebido."

O ex-treinador do clube afirmou que nunca existiu contato com o presidente administrativo Ary Amâncio durante o imbróglio financeiro e citou outros dirigentes como responsáveis pela comunicação interna no rubro-anil.

"O nosso interlocutor direto era o Luciano Portela, diretor de futebol, que também foi demitido junto. Nunca falei com o Ary (Amâncio). Falei com o Marcelo Salgado apenas duas vezes. Em uma dessas conversas eu disse que estava preocupado com essa questão salarial. Ele afirmou: 'estamos dando um jeito aqui para acertar tudo'. Foram palavras dele. Quem também aparecia lá era o Nilton Bittar, vice-presidente. Ele dizia que a situação estava difícil. Sempre foi esse papo. Mas, oficialmente ninguém explicou a situação. Eram mais reclamações do que satisfações. O torcedor precisa entender que os jogadores e os membros da comissão técnica não são mercenários. Não existe ninguém que trabalha no futebol sem se dedicar. É preciso dar nome aos bois."

Livre no mercado, Ney Barreto fez projeções para a próxima temporada, mas não descarta um retorno futuro ao Bonsucesso.

"Estou estudando. É um momento complicado no final de ano. Estou fazendo cursos e buscando novos conhecimentos além de lives com diversos profissionais. Quero voltar a trabalhar. Estou esperando um convite. Quem sabe no futuro voltar ao Bonsucesso. Como a coisa aconteceu não foi legal. Esperava ajudar o clube numa retomada. Não posso dizer que fiquei devendo porque o trabalho não aconteceu. Mas, fiquei triste e isso me incomoda. Tínhamos potencial em um clube de tradição. Estou vendo o que pode acontecer."

Esperando novos desafios, o técnico comentou se aprova a nova formatação do Campeonato Carioca que terá 12 clubes em cada divisão.

"Quando recebi o calendário do próximo ano, vi que é uma coisa que poderia ser melhor ajustada. Procuramos o Sindicato dos Atletas já que é um interesse em comum e debatemos se algumas divisões poderiam correr em paralelo para evitar que o jogador saia de um campeonato e dispute outro. Esperamos ter uma conversa também no Sindicato dos Treinadores para levar sugestões à FERJ. Quem sabe a C seja sub-21 e uma melhor distribuição ao longo do ano", finalizou.

26/11/2020

BONSUCESSO FOI PIONEIRO NO FUTEBOL FEMININO E CAMPEÃO INVICTO EM 1983 NO JUVENIL

Jogadoras comemoram o título carioca invicto da categoria juvenil na Teixeira de Castro
Foto: Armando Gonçalves/Revista Passarela/ 1984

Colaborador: George Joaquim/Folha Rubro-Anil

O futebol feminino surgiu no Brasil em meados da década de 20 no século passado no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Longe dos grandes clubes, as mulheres praticavam o esporte mais popular do mundo nas comunidades, porém, sempre houve um preconceito muito grande ao classificar a modalidade como masculina justificando-se pela violência.

Em 1941, o Governo proibiu a atividade para as mulheres sem citar diretamente o futebol. Já na ditadura, em 1965, o regime militar tornou a proibição expressa pelo CND, através da Deliberação nº. 7: “Não é permitida a prática feminina de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo, halterofilismo e beisebol.”

Apenas em 1979, o futebol voltou a ser permitido para as mulheres. Quatro anos depois, em 1983, a modalidade foi regulamentada. A partir de então, elas começavam a escrever uma nova página. No Rio de Janeiro, existiam duas categorias: juvenil (até 18 anos) e adulta (maiores de 18 anos). O Radar, fundado em 1932, era o 'papa-títulos'. O clube com sede em Copacabana faturou todos os torneios estaduais entre 1983, ano da criação, até 1988. Com exceção de um na categoria juvenil...


Da esquerda para a direita, atletas em pé: Pequena, Liana, Vânia, Batata, Osana, Elane, Vera, Karl, Cristina. Agachadas: Suzete, Toy, Gleydi, Miriam, Denise, Rita e Fátima. Foto: Armando Gonçalves/Revista Passarela/ 1984.

Nesse mesmo período de ressurgimento do futebol feminino, o Bonsucesso também abraçou as meninas e abriu espaço para elas, sendo um dos pioneiros no país. Em 1983, na categoria juvenil, as 'Leoas da Leopoldina' conquistaram o troféu de forma invicta em uma competição que contou com a participação do America, Botafogo, Radar, São Cristóvão e Bangu.

Na categoria adulta, o Bonsucesso terminou em 8º. No ano seguinte, em 1984, o clube terminou em terceiro lugar.

Supervisor do futebol feminino na década de 80, Fernando Meirelles, de 72 anos, concedeu entrevista ao Blog Fanáticos pelo Cesso recordando o trabalho na Teixeira de Castro com as jovens e lembrou o início da criação das categorias.

"Fizeram uma peneira. Apareceram meninas de todas as partes para participar. Era muita gente. Os dirigentes não eram bobos. Eles iam peneirando as melhores e fizeram um timaço. Tanto o principal como o juvenil eram muito bons. O principal só tinha um problema. A goleira não era das melhores, então, não conseguiu ir longe. Mas, o time do 'Cacareco' (técnico Roberto Martins) foi campeão invicto. O Bonsucesso não era mole", disse citando a temporada de 1983 com o título juvenil.

Meirelles recorda que existia hostilidade entre as próprias jogadoras, mas nos dias de jogos, como o ambiente era familiar, as torcidas aliviavam nas arquibancadas que abrigavam bons públicos nos finais de semana.

"Tinha problema sim. Sempre tinha alguém falando que fulana era 'sapatão'. Infelizmente isso não deveria existir. Era difícil lidar com elas pra caramba. Tínhamos reuniões constantes devido indisciplinas, não seguiam regras e elas botavam pra quebrar. Eu tinha um jeito diferente de lidar. Eu dizia que não queria saber o que elas faziam. Queria que jogassem e ganhassem. Não queria que barrasse ninguém. Era para botar pra jogar. Dava certo. Jogávamos em todos os cantos. Quando éramos mandantes, atuávamos na Teixeira de Castro. Ia muita gente porque ninguém pagava nada. Era sempre sábado ou domingo à tarde, às 13h e 15h. Tinha muita família e isso ajudava no ambiente menos hostil. Quem sofria muito eram os árbitros e as bandeirinhas", disse.

Apesar do jeito durão, Fernando Meirelles afirmou que sempre foi tratado como um 'paizão' pelas jogadoras do Bonsucesso.

"Elas sempre me trataram bem, sempre me respeitaram não só como dirigente como também como homem. Sempre fui mais velho que elas, eu sempre tratei todas de maneira igual. Eu ajudava como podia. Me pediam dinheiro para comprarem fita para amarrarem o cabelo nos jogos. Eu dava. Não tinha problema. Sempre me dei bem com elas. Cobrávamos também constantemente as notas escolares. Tudo passava pela supervisão do clube, dos técnicos e dirigentes."

Na história do Bonsucesso, o clube pode se gabar de ter lançado para o mundo do futebol a zagueira Elane, autora do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo. Capitã do Brasil durante a década de 1990, Elane participou de quatro Copas do Mundo, uma Olimpíada e três Sul-Americanos. A ex-jogadora iniciou a carreira no São Cristóvão, mas com apenas um mês de clube, foi integrada ao Rubro-Anil. No estádio Leônidas da Silva, ela fez parte do time campeão juvenil de 1983 e teve grandes atuações pela equipe profissional. Ao longo da carreira, defendeu a Portuguesa, Radar, Corinthians, Santos e São Paulo.

"A Elane jogava demais! Me recordo que ela defendeu o Brasil no Mundial. Ela participou do nosso timaço. No profissional, ela formou a dupla de zaga com a Penha. Quando ela foi convocada já não jogava mais pelo Bonsucesso, mas surgiu conosco", disse entusiasmado.

A zagueira Elane defendeu o Brasil entre 1988 a 1999
Foto: Divulgação

Assim como Elane que precisou conciliar a carreira de jogadora com outras profissões como babá e empregada doméstica, Meirelles relata a dificuldade de profissionalizar o futebol feminino na década de 80.

"Não era fácil. As meninas tinham que se desdobrar porque não existia dinheiro para custear a modalidade. Muitas delas tentavam conciliar, mas outras largaram o futebol e foram trabalhar em outras funções como cobradora de ônibus, doméstica, enfermeira..."

Apaixonado pelo futebol feminino, Meirelles acompanha os jogos que são televisionados e se derrete pelo futebol da 'Rainha' Marta.

"Gosto muito de ver. Vi no último domingo. Adoro ver elas jogando. A Marta sem dúvidas ainda é a melhor. Ela não tem mais a mesma mobilidade, mas está no mesmo patamar que o Pelé em genialidade. A Marta é um fenômeno. Quem viu, viu. Quem não viu, não verá ninguém igual. Há uns 10 anos atrás, ela jogaria fácil entre os homens", disse lembrando que o time feminino do Bonsucesso jogava constantemente com a equipe masculina:

"Elas treinavam. Não eram mole. Quando perdiam, perdiam jogando muita bola. Por isso, que tínhamos um timaço. O futebol feminino tinha que voltar não só no Bonsucesso, mas em todos os clubes. A modalidade foi esquecida e precisava voltar em todos os clubes. Sou fã", disse o ex-supervisor em tom de esperança.

Em 1989, o Campeonato Carioca Feminino foi interrompido por questões financeiras, sendo retomado apenas entre 1996 e 2001. Depois de uma nova pausa, em 2005, o Estadual foi reativado. 

Em 2011, o Bonsucesso teve a sua melhor colocação entre as profissionais, terminando em quarto lugar. Atualmente, o clube conta apenas com o elenco masculino profissional. As categorias de base estão paralisadas devido à pandemia e o futebol feminino foi suspenso.

Mônica foi a camisa 10 do Bonsucesso em 1983
Foto: Reprodução/
Revista Bonsucesso

25/11/2020

BONSUCESSO É GOLEADO PELO SERRANO NO FIM DA SÉRIE B1

Foto: Reprodução

Acabou! O Bonsucesso encerrou sua participação na Série B1 sofrendo mais uma goleada. Desta vez, para o Serrano por 4 a 1, no Atílio Marotti, em Petrópolis, pela 9ª rodada da Taça Corcovado. Accioli aos 21 minutos, Adrianinho, aos 47, Pablo, aos 5 do segundo tempo e Nandinho, aos 26 da etapa complementar, fizeram os gols do time da Região Serrana. Juninho descontou para o Rubro-Anil aos 43 minutos do segundo tempo após boa jogada individual.

Com o resultado, o Leão da Leopoldina terminou em último lugar no Grupo B do segundo turno com apenas dois pontos. Na classificação geral, foi o penúltimo com oito pontos e está rebaixado para a 4ª Divisão em 2021 ao lado do Campos, que perdeu para o Gonçalense por 3 a 2.

Em 16 jogos no Estadual, o Bonsucesso somou uma vitória, cinco empates e 10 derrotas. 10 gols marcados e 30 sofridos, aproveitamento de 16%. Como mandante no Joaquim Flores, somou três pontos. Foram quatro derrotas, três empates e nenhuma vitória (14,3%). Já como visitante, foram cinco pontos com uma vitória, dois empates e seis derrotas (18,5%). 

Maricá e Duque de Caxias se classificaram para às semifinais no Grupo A. Já no Grupo B, Nova Iguaçu e Sampaio Correa avançaram. 

Audax, Serrano, Serra Macaense, Rio São Paulo, Olaria, São Gonçalo e Nova Cidade estão rebaixados para a 3ª Divisão no ano que vem.

Confira abaixo os resultados da última rodada:

Serrano 4x1 Bonsucesso
Serra Macaense 2x1 Angra dos Reis
Rio São Paulo 2x2 Goytacaz
Olaria 2x0 São Gonçalo
Nova Cidade 1x3 Nova Iguaçu
Maricá 0x2 Sampaio Correa
Gonçalense 3x2 Campos
Audax 2x3 Artsul 




23/11/2020

FERJ CONFIRMA MANUTENÇÃO DOS REBAIXAMENTOS NA SÉRIE B1

Bonsucesso está rebaixado para a 4ª Divisão
Foto: Marcos Faria Melo

O site Futebol do Rio trouxe uma 'bomba' neste domingo ao informar que os clubes da B1 se articulam para propor uma alteração no regulamento e consequentemente evitar o rebaixamento abrupto. Segundo a reportagem, presidentes se alinham nos bastidores para propor à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro uma reavaliação do quadro que confirma o descenso de sete agremiações para a Terceira Divisão e de dois times para a 4ª Divisão.

Segundo o site, o presidente do Olaria, Augusto Pinto Monteiro, estaria liderando o movimento e tentando uma aproximação com a alta cúpula da FERJ para buscar um entendimento em meio à crise instaurada nos clubes de menor investimento devido à pandemia.

De acordo com a apuração do site "Futebol do Rio", a sugestão seria adiar o projeto de reformulação das divisões para 2022, evitando assim, o rebaixamento em massa de clubes na atual temporada.

A movimentação interna surge na última semana da fase classificatória da Taça Corcovado, o segundo turno da Série B1. Entretanto, em contato com o diretor de competições da FERJ, Marcelo Vianna descartou voltar atrás e aceitar uma 'virada de mesa'.

"Não existe essa possibilidade. Tudo foi aprovado em Conselho Arbitral e regulamentos são para serem cumpridos. Não tenho conhecimento de movimento. Nenhuma reunião será agendada para tratar do que já foi tratado. Cada série estará com 12 clubes. Normatizará em regulamento único", afirmou com exclusividade ao Fanáticos pelo Cesso.

O Bonsucesso era interessado direto, caso houvesse uma mudança no regulamento. O clube está rebaixado para a B2 de 2021, ou seja, a 4ª Divisão. O Rubro-Anil soma apenas oito pontos na classificação geral e é o penúltimo (16º colocado). Apenas o Campos (com sete pontos) tem uma campanha pior. O time da Teixeira de Castro encerra sua participação melancólica nesta quarta-feira, às 15h, contra o Serrano, em Petrópolis. 

22/11/2020

EDITAL DE ELEIÇÕES DO BONSUCESSO É PUBLICADO FORA DO PRAZO


Confirmado o rebaixamento do Bonsucesso para a Série B2 (4ª Divisão) em 2021, o que será do futuro do clube? Os problemas judiciais acometem a instituição há anos. 
O 'X' da questão é que a atual administração estava empossada até o dia 3 de setembro de 2020, após decisão da justiça que tornou inelegível o ex-presidente José Simões por irregularidades. Por não ter concorrentes no pleito, o atual mandatário Ary Amâncio e demais integrantes da diretoria foram confirmados à frente do Bonsucesso por três anos a partir do escrutínio, ou seja, desde a votação sob anuência do desembargador Mário Guimarães Neto (foram 66 votos a favor e três votos em branco).

Entretanto, deliberadamente o atual presidente Ary Amâncio prorrogou o mandato até 31 de dezembro de 2020 sem o consentimento dos poderes do clube e por fim, o presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira de Antunes convocou erroneamente no último dia 7 de novembro o edital para novas eleições, agendadas para o dia 12 de dezembro, na sede na Teixeira de Castro.



O Blog Fanáticos pelo Cesso entrou em contato na quinta-feira (19) com o presidente da Assembleia Geral para questionar o por quê das eleições não terem sido convocadas anteriormente. Brazelino Vieira garantiu que o pleito ocorrerá normalmente na primeira quinzena do próximo mês, não soube informar sobre o prazo para lançamento das chapas e se eximiu de responsabilidade quanto a votação tardia no clube.

"Vai (sic) ter eleições. O edital já foi convocado. Estou acabando de conferir tudo isso agora para dar o parecer ao clube. (O mandato) Vai até o final do ano. Não sei (sobre a prorrogação do mandato). Não estava lá. Estou conseguindo entrar no clube só agora. Fiquei distante o ano todo. Estou resolvendo apenas esse problema das eleições. O resto é com o Conselho Fiscal, Deliberativo e com eles lá que devem resolver essa parada aí. O meu negócio são eleições", concluiu Brazelino Vieira.

O Bonsucesso pode sofrer sanções no âmbito estadual e nacional já que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro não reconhece a prorrogação do mandato do presidente Ary Amâncio (imagem abaixo extraída do site da FERJ) e no registro eletrônico da agremiação na CBF, houve a alteração manual e inconsequente do período de posse, constando apenas a ata da última eleição.

O Rubro-Anil corre o risco de ser denunciado no Conselho de Ética da CBF e pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva por 'falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular, omitir declaração que nele deveria constar, inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita, para o fim de usá-lo perante a Justiça Desportiva ou entidade desportiva', como consta no artigo 234 do CBJD, com pena de  suspensão de 180 a 625 dias, multa de R$ 100,00 a R$100.000,00 e eliminação na reincidência; se a infração for cometida por qualquer das pessoas naturais elencadas no art. 1º, § 1º, VI, a suspensão mínima será de 360 dias. Portanto, os dirigentes também podem ser penalizados desportivamente e judicialmente, confirmadas as possíveis irregularidades.

Mandato que consta na FERJ contempla entre 03/09/2017 a 02/09/2020

Registro eletrônico do Bonsucesso foi alterado manualmente na CBF


 Documento alterado no sistema de registro de clubes da CBF

   Ata geral do processo eleitoral do Bonsucesso em 2017

Um sócio que não quis se identificar criticou a postura da atual diretoria que manteve o clube fechado mesmo após receber a autorização dos órgãos governamentais para reabrir a sede com os cuidados contra a COVID-19 em setembro, data que deveria abranger as eleições presidenciais no Bonsucesso. 

"Tudo foi feito na canetada! É uma pena tudo isso que o clube está passando. É uma triste página para toda a comunidade da Leopoldina. O Bonsucesso simplesmente está definhando", alertou.

O estatuto do Bonsucesso não cita a permissão de ampliação de mandato em nenhuma hipótese, nem mesmo há alusão a uma situação atípica como a pandemia. O artigo 74-A informa que a Assembleia Geral deve convocar eleições de três em três anos, na primeira quinzena de dezembro, para eleger os presidentes e vice-presidentes, membros efetivos e suplentes dos poderes do clube. Mas, como já informamos, as últimas eleições foram judicializadas e o mandato teria validade somente até o dia 3 de setembro. Portanto, a convocação feita pela Assembleia Geral descumpre a ordem judicial. 

O regimento do Bonsucesso ainda informa que a Assembleia Geral deve convocar novas eleições para preencher vagas do Conselho Deliberativo, quando seu mínimo atingir o total de 20 conselheiros  e os cargos de presidente e vice-presidente dos poderes do clube. Ou em qualquer tempo  para preencher vagas ocorridas com vacância dos membros eleitos dos poderes do clube. Ou em qualquer tempo para apreciar matéria referente aos incisos II (alteração do estatuto) e IV (destituir a diretoria administrativa) do artigo anterior (73). 
 

21/11/2020

AQUI JAZ O BONSUCESSO! CLUBE É REBAIXADO PARA A 4ª DIVISÃO!

Foto: Gabriel Farias/Gonçalense

É com extremo pesar que comunicamos o passamento do Bonsucesso para a 4ª Divisão do Campeonato Carioca após a derrota por 2 a 0 para o Gonçalense, neste sábado, no estádio Joaquim Flores, pela penúltima rodada da Taça Corcovado.

Com o resultado, o Rubro-Anil se manteve em 16º na classificação geral, sem chances de evitar o rebaixamento já que o Nova Cidade bateu o Angra dos Reis por 2 a 1, no Jair Toscano e alcançou os 13 pontos com apenas uma rodada a mais pela frente.

O sepultamento do Bonsucesso está marcado para quarta-feira, às 15h, em Petrópolis, diante do Serrano.

Que Deus o tenha em um bom lugar em 2021!

Confira abaixo os resultados da 8ª rodada da Taça Corcovado, a classificação do turno e geral: 





GAFE

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro cometeu um deslize neste sábado. A FERJ informou que o jogo entre Bonsucesso e Gonçalense terminou empatado em 0 a 0. O confronto, na verdade, terminou com a derrota do Leão da Leopoldina por 2 a 0. O time da Teixeira de Castro não vence há 13 jogos.



20/11/2020

BONSUÇA PROTAGONIZOU UMA DAS MAIORES ZEBRAS DO CARIOCA


O Bonsucesso hoje é um senhor de 107 anos que vive de suas histórias e que histórias. Amargando o rebaixamento prematuro para a Terceira Divisão em 2021, o clube disputou a Série A do Campeonato Carioca em 63 ocasiões e já foi muito respeitado na elite no século passado. O tradicional Leão da Leopoldina, que revelou inúmeros jogadores para o futebol brasileiro e tem boas campanhas no Estadual, era o chamado intruso na festa dos gigantes. E ficou marcado por ser responsável direto por atrapalhar o oba-oba do 'já ganhou' do Flamengo em 1968.

Durante a Taça Guanabara, então torneio à parte que dava vaga para a Taça Brasil ao campeão, o time da Gávea estava muito próximo de conquistar o troféu após um empate sem gols com o Botafogo em 8 de setembro. As equipes estavam empatadas com nove pontos na liderança e o Flamengo tinha um jogo a ser disputado justamente contra o lanterna Bonsuça.

Nem o mais cético dos torcedores acreditava que o Flamengo perderia aquele título que 'já estava na mão'. Ao fim do clássico, diante de 123.229 torcedores no Maracanã, Carlinhos, Silva, Liminha e cia. deram volta olímpica, fizeram a festa, presentearam a Nação com uniformes... Só faltava a taça. E um jogo a ser disputado.

No dia 11 de setembro, o modesto Bonsucesso iria pregar talvez a sua maior peça no futebol carioca e ser uma das maiores zebras da história. Na 'ressaca do título', perante 47.821 pagantes no Maracanã, o time comandado pelo técnico Velha venceu por 2 a 0, gols de Gonçalves, aos 16 da etapa inicial, e Morais, aos 44 minutos do segundo tempo. 

Ao todo, o Bonsucesso enfrentou o Flamengo em 149 jogos. Foram 115 derrotas, 23 empates e apenas 11 vitórias. 148 gols a favor e 464 contra. 

A vitória rubro-anil 'obrigou' o Botafogo a voltar às pressas do México, onde realizava uma excursão, para disputar o jogo-extra, que definiria o campeão da Taça Guanabara de 1968.

Na grande decisão, o Flamengo não viu a cor da bola e perdeu para o Botafogo por 4 a 1, gols de Gérson, duas vezes, Zequinha e Roberto, com Dionísio marcando para o rubro-negro. 

O Botafogo pode ter levado o título, mas no fim das contas, o Bonsucesso foi o campeão moral. 

Nunca desistir! Esse é o Bonsucesso!


BONSUCESSO 2x0 FLAMENGO

LOCAL: Maracanã

RENDA: NCR$ 115.470,00

PÚBLICO PAGANTE: 47.821.

ÁRBITRO: Armando Marques.

AUXILIARES; Carlos Costa e José Aldo Pereira

BONSUCESSO: Ubirajara, Luís Carlos, Jurandir, Paulo Lumumba e Albérico; Fifi (Moisés 64'), Didinho e Gibira; Gilbert (Jair Pereira 67'), Gonçalves e Morais. Técnico: Velha

FLAMENGO: Claudinei; Murilo, Onça, Guilherme e Paulo Henrique; Carlinho e Liminha; Luis Cláudio (Zézinho intervalo), Fio, Silva e Rodrigues Neto. Técnico: Válter Miraglia

GOLS: Gonçalves 16' 1ºT, Morais 44' 2ºT

19/11/2020

BLOG DO PAULINHO: BONSUCESSO ESCALA GOLEIRO QUE NÃO ATUAVA HÁ 12 ANOS E GERA SUSPEITAS

João Paulo tem sido o goleiro titular do Bonsucesso na B1
Foto: Fábio Rodrigues

Em 21 de outubro, há pouco mais de um mês, o Bonsucesso/RJ contratou o goleiro João Paulo Sotero Fernandes, de 32 anos.

Segundo o BID da CBF, fazia doze anos que ele não entrava em campo como profissional.

Seu último registro é datado de junho de 2008, quando esteve no Pimentense/RO, que rivalizava, à época, com o Ibis/PE pelo título de pior time do planeta.

Apesar do estranho currículo, João Paulo logo assumiu a titularidade da meta carioca.

Desde então o Bonsucesso sofreu duas goleadas por cinco a zero.

Os resultados, assim como a atuação do goleiro, geraram suspeitas nas casas de apostas esportivas.

Antes da estranha contratação, os cartolas Ary Amâncio, Nilson Bittar e o complicadíssimo Marcelo Salgado demitiram o treinador e mandaram embora 8 jogadores.

Entre os quais estava o goleiro Leo Flores, considerado o melhor da posição na Segundona do Rio de Janeiro.

Marcelo Salgado tem currículo conhecido e pouco elogiável.

Recentemente, o MP/RJ pediu sua condenação por Improbidade Administrativa enquanto presidente da SUDERJ:

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/26/procuradoria-do-estado-pede-condenacao-de-ex-presidente-da-suderj-por-improbidade-administrativa.ghtml

O leitor do Blog do Paulinho, em 2017, soube que os mesmos cartolas envolveram-se em denúncias que indicavam fraude no BID da CBF:

18/11/2020

ALERTA! BONSUCESSO ENTRA NA ZONA DE REBAIXAMENTO PARA A QUARTA DIVISÃO DO CARIOCA

O goleiro Júlio César defendeu o pênalti cobrado por Matheus Bastos no segundo tempo
Vídeo: Maricá TV

A derrota para o Maricá por 2 a 0 na manhã desta quarta-feira colocou o Rubro-Anil na zona de rebaixamento para a B2 (4ª Divisão) de 2021. O time é o lanterna do Grupo B da Taça Corcovado com apenas dois pontos e na classificação geral, com oito, foi ultrapassado pelo Nova Cidade que venceu o Artsul com um gol aos 43 minutos do segundo tempo e chegou aos 10. O Campos ainda é o lanterna com sete. O time do Norte Fluminense foi goleado pelo Rio São Paulo por 3 a 0. 

O Leão da Leopoldina tem ainda mais dois jogos para tentar se salvar. O time volta a campo sábado, contra o Gonçalense, às 15h, no Estádio Joaquim Flores e encerra sua participação no Estadual contra o Serrano, dia 25, no Atílio Marotti. 

Confira abaixo os resultados da 7ª rodada:

Maricá 0x2 Bonsucesso 

Duque de Caxias 1x0 Sampaio Correa

Olaria 1x1 Goytacaz

Serra Macaense 2x1 São Gonçalo

Nova Cidade 1x0 Artsul

Serrano 0x1 Angra dos Reis

Gonçalense 1x1 Nova Iguaçu

Rio São Paulo 3x0 Campos



BONSUCESSO DESPERDIÇA PÊNALTI, PERDE PARA O MARICÁ E PODE ENTRAR NO Z-2 DO CARIOCA


Em um jogo movimentado, o Bonsucesso abriu a 7ª rodada da Taça Corcovado, na Segunda Divisão do Campeonato Carioca, no Alzirão, contra o Maricá e novamente saiu de campo com uma derrota: 2 a 0, gols de Paulo Henrique e Zuca. Com o resultado, o Rubro-Anil chega a incrível marca de 12 jogos sem vencer no Estadual e corre o risco de entrar no Z-2 já que soma apenas oito pontos na classificação geral e o Campos e o Nova Cidade ainda jogam nesta quarta-feira (18).  

O Maricá começou a partida pressionando o Bonsucesso e com algumas oportunidades desperdiçadas ou que pararam nas mãos do goleiro João Paulo, destaque no primeiro tempo. O Leão da Leopoldina conseguiu segurar a pressão inicial e equilibrou a partida a partir dos 20 minutos, porém, o gramado molhado do Alzirão atrapalhava bastante na construção das jogadas.

As melhores chances surgiram aos 38 e 40 minutos. O Maricá teve uma oportunidade incrível nos pés do camisa 8. Após uma jogada pela direita, a bola sobrou para Sidnei na pequena área. O meio-campo se esticou para finalizar, mas a bola acertou o travessão. Dois minutos depois, Vitinho por pouco não abriu o placar de cabeça para o Rubro-Anil.



Na etapa complementar, debaixo de muita chuva, o Maricá voltou melhor. Aos 13 minutos, o time da casa chegou ao gol. Paulo Henrique abriu o placar de pênalti, deslocando o goleiro João Paulo após um lance interpretativo de toque de mão do zagueiro Rafael. Aos 17, o Bonsucesso poderia ter empatado da mesma forma. Matheus Bastos foi derrubado na grande área, mas o próprio camisa 10 bateu muito mal e desperdiçou. 

O Maricá seguia melhor. Aos 25 minutos, após cobrança de falta de Paulo Henrique, a bola acertou o travessão e no rebote, sozinho, Zuca mandou para fora. O Bonsucesso se desorganizou e nervoso virou presa fácil para o Maricá, que soube administrar o tempo e o resultado. Aos 45, Zuca se redimiu. Em uma triangulação, ele colocou no canto direito do goleiro João Paulo ao se antecipar a zaga e fechar o placar: 2 a 0.


VÁRZEA? 

O Bonsucesso não adotou o uniforme completo da Carioca Sport durante a disputa da Taça Corcovado, mas diante do Maricá, a equipe usou o short da fornecedora de material esportivo e a camisa do antigo patrocinador, a Ícone. No banco, os reservas usavam os coletes da WA Sports. Cabe ressaltar que o goleiro segue usando o uniforme com a logomarca da H Carvalho, que deixou o clube com dívidas. O material da Carioca Sport foi uma doação feita ao ex-treinador Paulo Veltri, que assumiu o time na transição para a nova gestão do futebol, mas permaneceu no cargo por apenas uma semana. A 'Família Sena' preferiu reutilizar as camisas da temporada passada.




Confira abaixo os jogos da 7ª rodada da Taça Corcovado:

Duque de Caxias x Sampaio Correa
Olaria x Goytacaz
Serra Macaense x São Gonçalo
Nova Cidade x Artsul
Serrano x Angra dos Reis
Gonçalense x Nova Iguaçu
Rio São Paulo x Campos

CAPITÃO VLAD RECHAÇA QUEDA PARA B2: "VAMOS CONSEGUIR MANTER O BONSUCESSO NA DIVISÃO QUE ESTÁ"

Foto: Arquivo Pessoal

O Bonsucesso encara o Maricá nesta quarta-feira, às 10h, no Alzirão, pela antepenúltima rodada da Taça Corcovado. O clube, que já está rebaixado para a Terceira Divisão em 2021 (será chamada de B1), luta ainda para não sofrer uma queda ainda mais dura para a B2 (Quarta Divisão) na próxima temporada. Para isso, precisa terminar fora das últimas duas colocações. Atualmente, o time é o 15º entre 17 clubes.  

Diante do cenário difícil, o Blog Fanáticos pelo Cesso conversou com exclusividade com o capitão da equipe, o zagueiro Vladmir Bajsic, de 37 anos, brasileiro com descendência croata, que acumula ao longo da carreira passagens por clubes como Macaé, Cabofriense, America, Goytacaz, Portuguesa, Novo Hamburgo e Cruzeiro (ambos do Rio Grande do Sul) além de uma passagem pela Europa na Escócia e Alemanha. 

Vlad reconheceu o momento ruim do Rubro-Anil no Estadual e classificou os problemas extracampo como decisivos no desempenho do clube.

"A Taça Corcovado não tem sido pra gente como todos esperavam até pela situação da troca de diretores do clube e jogadores. Muitos atletas nunca jogaram profissionalmente e estão tendo pela primeira vez a oportunidade. Não passamos também por uma mini pré-temporada. São jogadores que estavam parados. Infelizmente isso tudo atrapalhou para brigarmos por esse segundo turno. Agora, temos que se encaixar na realidade de brigar para permanecer na B1", afirmou.

O capitão do time esmiuçou como tem sido o trabalho mental com os companheiros para não deixar a 'peteca cair', restando apenas três jogos para definir o futuro do Bonsucesso em 2021.

"Não só eu como o Wellington Junior, Rafael e outros tentamos motivar os mais jovens da melhor forma possível, explicando que não é nada fácil e falando que há muitos que gostariam de estar no nosso lugar mesmo com as dificuldades. Não há motivação melhor do que acordar todo dia e poder fazer o que você mais ama que é jogar futebol", disse.

Confira outros trechos da entrevista com o zagueiro Vlad, do Bonsucesso.

FANÁTICOS: A troca de comando constante no time atrapalha o desempenho do Bonsucesso? Por que ainda não engrenou com o Marcus Amoroso?

VLAD: "Com certeza a troca constante de treinadores atrapalha qualquer clube. Estamos pegando a filosofia do Amoroso, tanto que conseguimos fazer um bom jogo contra o Rio São Paulo. Mesmo não saindo de campo com a vitória tivemos chances de gol claras, mas não conseguimos converter. Tenho certeza que vai andar e vai melhorar."

FANÁTICOS: Jogar no Estádio Joaquim Flores tem sido um complicador para o Bonsucesso? Se atuasse em casa na Teixeira de Castro o desempenho poderia ser melhor?

VLAD: "Quando podemos atuar na nossa própria casa, onde treinamos diariamente, facilita não só ao Bonsucesso como para qualquer clube onde se trabalha constantemente."

FANÁTICOS: Você é um jogador experiente e com passagens por diversos clubes Brasil afora. O que te fez aceitar esse desafio no Bonsucesso?

VLAD: "Sempre gostei de desafios. Aceitei quando recebi a ligação do Lorran (Sena) fazendo o convite para permanecer com o clube pelo menos na B1, não haver a queda mesmo com as dificuldades que tiveram no primeiro turno e que ainda existem no segundo por falta de entrosamento. A vontade de vencer não só minha como de todos fará com que o Bonsucesso permaneça pelo menos na divisão."

FANÁTICOS: O Bonsucesso não tem concentração e a energia elétrica no estádio está cortada. Esses problemas estruturais pesam para um desempenho irregular do time?

VLAD: "Quando os jogadores têm condições de ficarem num hotel e se alimentarem na hora certa e com descanso necessário ajuda muito. Mas, tenho certeza que todos os jogadores do Bonsucesso têm a conscientização de que precisamos descansar mesmo em casa para que no outro dia possamos dar o melhor, de acordo com o que o nosso treinador pede. 

FANÁTICOS: A Família Sena tem sido responsável por administrar o futebol atualmente. Tudo tem sido pago corretamente após o antigo gestor não cumprir acordos? O presidente do clube tem apoiado vocês na luta contra a Série B2? 

VLAD: "Não escutei nenhuma reclamação com relação a 'Família Sena' desde que cheguei ao Bonsucesso. Eles têm feito tudo certinho e pago tudo que foi prometido."

FANÁTICOS: Já tinha sofrido um rebaixamento na carreira?

VLAD: "Nunca tive um rebaixamento na carreira. Já passei por essa situação (luta contra o descenso) no Rio Grande do Sul e graças a Deus permanecemos. No Bonsucesso não será diferente. Vamos conseguir manter o clube na divisão que ele está."

Vladmir disputou cinco jogos pelo Bonsucesso. O clube soma apenas dois pontos no Grupo B da Taça Corcovado. O Maricá é o segundo com 10 no Grupo A. José de Matos Modesto será o árbitro. Ele será auxiliado por André Luis de Souza e Feliphe da Cunha Cabral. 

14/11/2020

BONSUCESSO EMPATA E JÁ ESTÁ NA TERCEIRA DIVISÃO DE 2021


O Bonsucesso está matematicamente rebaixado para a Terceira Divisão após não sair do empate em 0 a 0 com o Rio São Paulo, neste sábado, pela sexta rodada da Taça Corcovado, no estádio Joaquim Flores. O resultado deixou o Rubro-Anil na última colocação do Grupo B do segundo turno com dois pontos e na 15ª colocação no geral com oito, ainda fora da zona de rebaixamento para a B2 (4ª Divisão) em 2021 - caem os dois últimos colocados.

Os resultados da rodada impedem o clube da Teixeira de Castro de terminar entre os oito melhores, que se garantem na A2 da próxima temporada, já que o Serrano chegou a 18 pontos, restando três rodadas para terminar a fase classificatória do Estadual.

O Bonsucesso voltará a disputar a  Terceira Divisão após 18 anos. A última vez foi em 2003. Na ocasião, o Rubro-Anil subiu ao bater o Mesquita na decisão com o estádio Leônidas da Silva lotado. No melhor dos cenários, o clube voltaria à elite em 2023, sendo campeão das divisões inferiores sucessivamente. Confira abaixo os resultados da última rodada:  

Goytacaz 3x1 Audax
Sampaio Correa 3x0 Olaria
Campos 1x5 Duque de Caxias
Bonsucesso 0x0 Rio São Paulo
Nova Iguaçu 1x1 Maricá
Angra dos Reis 2x1 Gonçalense
Artsul 1x0 Serrano
São Gonçalo 1x0 Nova Cidade






13/11/2020

NOSTALGIA: RELEMBRE O DOCUMENTÁRIO NO CINEFOOT EM HOMENAGEM AO BONSUCESSO


O Blog Fanáticos pelo Cesso relembra o curta-metragem dedicado ao Leão da Leopoldina, na mostra "100 anos de Paixão", que ficou com o segundo lugar no Cinefoot, Festival de Cinema, em 2013.

O documentário que foi exibido  no Espaço Itaú de Cinema, apresentou o amor incondicional dos torcedores pelo centenário clube. Ao longo das imagens, o diretor Wagner de Oliveira apresentou os bastidores de um dos jogos do clube para voltar à elite do futebol carioca. Cadu Vieira, jornalista (narrador) que morreu tragicamente em um acidente em Copacabana, aparece nas imagens durante a transmissão da partida.

O Bonsuça não atua na Teixeira de Castro desde 2014. Esse ano, todas as partidas estão sendo disputadas com portões fechados devido à pandemia. Que nostalgia. 

12/11/2020

PLACAS COMEMORATIVAS 'SOMEM' E ELENCO DIVIDE CAMPO COM ALUGUEL PARA 'PELADAS'


O Bonsucesso não joga na Teixeira de Castro desde 01 de outubro de 2014, na derrota para o Resende por 3 a 1, pela Copa Rio. De lá para cá, a diretoria jamais conseguiu os laudos técnicos necessários para que a equipe atuasse em casa. O time já fez um 'Bye, Bye, Rio' nos últimos anos, percorrendo diversos estádios e atualmente joga no Joaquim Flores, em Nilópolis, a 25km do Leônidas da Silva. 

Para a edição de 2020 do Campeonato Carioca da B1, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro exigiu menos laudos já que as partidas são realizadas com portões fechados devido à pandemia. Mesmo assim, o clube mergulhado em uma crise administrativa e financeira não conseguiu a autorização da Vigilância Sanitária e o LPCI (Laudo de Proteção Contra Incêndios). Além do estádio na Zona da Leopoldina, o Arthur Sendas, em São João de Meriti, e o Ângelo de Carvalho, em Campos, vivem a mesma situação.

O Bonsucesso, entretanto, treina em casa desde o início da competição. Mas, o clube aluga simultaneamente o mesmo espaço para 'peladas', prejudicando as condições do gramado para os profissionais. Enquanto os jogadores se reapresentavam para o duelo com o Duque de Caxias, nesta quarta-feira (11), um jogo de confraternização acontecia no estádio. Outras partidas estão agendadas para novembro e dezembro e é algo que tem sido corriqueiro. Com a energia elétrica cortada por inadimplência e a piscina ainda inativa por falta de manutenção, a diretoria acredita ser necessário alugar o campo para mitigar os muitos problemas enfrentados. 

Tivemos acesso a um áudio de um funcionário que diz que a responsabilidade do aluguel do gramado cabe aos novos gestores do futebol sem citar participação da diretoria.

"Sendo dois jogos, ele vai cobrar R$1200. Esse (novo gestor) não é o que era antes. O anterior não ligava muito não, mas esse é exigente. Tem que dar o dinheiro dois dias antes de começar o jogo", disse. 

O Blog Fanáticos pelo Cesso teve acesso a um vídeo que mostra a condição do gramado e das arquibancadas. Percebe-se, porém, que placas comemorativas que eram expostas na subida da escadaria foram retiradas. O historiador do clube, George Joaquim Machado recordou o significado de cada uma delas:

"Do lado esquerdo (da escadaria) tinham placas históricas das primeiras visitas dos grandes clubes do Rio de Janeiro na Teixeira de Castro em 1929, quando o Bonsucesso estreou na elite. Tinham placas do Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense além de uma da Federação de Futebol, parabenizando o Bonsucesso pelo primeiro gol do novo campeonato do estado do Rio de Janeiro. Vale recapitular que houve a fusão dos estados do Rio e da Guanabara. É uma degradação do patrimônio. Onde estão essas placas? Que fim levou?", questionou.

O primeiro gol do novo campeonato de 1975 foi marcado pelo ponta-direita Naldo, no dia 15 de março, aos 36 minutos do primeiro tempo no empate com a Portuguesa por 1 a 1, no Luso-Brasileiro. O Rubro-Anil entrou em campo com: Valdir; Miguel, Nilo, Nilson e Carlos Alberto; Silva, Cabral e Marco Antonio; Naldo, Miguel e Samarone.

Tentamos contato telefônico com o presidente Ary Amâncio, porém, por mensagem automática, o dirigente informou que não poderia falar. Enviamos mensagem com o questionamento e aguardamos a posição do Bonsucesso. Onde estão as históricas placas?




11/11/2020

BONSUCESSO É GOLEADO PELO DUQUE DE CAXIAS E COLA NA ZONA DE REBAIXAMENTO PARA A B2


Parece um caminho sem volta. O Bonsucesso colou de vez na zona de rebaixamento para a Série B2 (4ª Divisão) de 2021 ao somar 11 partidas consecutivas sem uma vitória. Nesta quarta-feira, o Rubro-Anil perdeu para o Duque de Caxias por 5 a 0, no estádio Marrentão, pela 5ª rodada da Taça Corcovado. O resultado deixa o clube da Teixeira de Castro em situação delicadíssima com apenas um ponto no Grupo B (com chances reduzidas de ir às semifinais) e sete na classificação geral. O Olaria que venceu o Campos, deixou para trás o Leão da Leopoldina na tabela. O Bonsuça só não entra no Z-2 pelo número de cartões amarelos contra o Nova Cidade - critério de desempate. 

O técnico Marcus Amoroso apostou em um time pressionando a saída de bola do Duque de Caxias no início do jogo, mas o Bonsucesso dava muitos espaços e errava passes bobos. O adversário, que teve maior posse de bola, aproveitou a descida pelos flancos e uma bola aérea para fazer três gols no primeiro tempo.

Logo aos 5, Pixote recebeu na entrada da área, bateu rasteiro, venceu o goleiro João Paulo e abriu o placar. Aos 18, foi a vez de Aquino. O atacante arriscou, o chute desviou na defesa e encobriu o camisa 1 rubro-anil (2 a 0). Aos 33, saiu o terceiro gol após uma cobrança rápida de escanteio. No cruzamento, João Paulo fez a defesa, mas a bola sobrou limpa para Gonçalves ampliar. 

O Bonsucesso só conseguiu chegar ao ataque no terço final do primeiro tempo. Matheus Bastos foi o responsável pela única finalização no meio do gol. 

Na etapa complementar, o Caxias puxou o freio, mas não precisou de muito esforço para fazer o quarto e o quinto. Luan Donizete, de cabeça, colocou o 4 a 0 no placar aos 12 minutos. Sozinho, ele apenas deslocou João Paulo. Aos 37, Ronan carregou e marcou um golaço de fora da área em uma finalização precisa. 5 a 0.

O Caxias se mantém invicto no segundo turno. Já o Bonsucesso tentará nas últimas quatro partidas um milagre. O próximo jogo acontece sábado, contra o Rio-São Paulo, às 15h, no Estádio Joaquim Flores, pela 6ª rodada da Taça Corcovado. 

FICHA TÉCNICA: 

Duque de Caxias 5x0 Bonsucesso
Taça Corcovado - 5ª rodada
Estádio: Marrentão
Horário: 15h

Caxias: Bruno; Thiaguinho, André Santos, Matheus Reis e Gonçalves; Renan Silva, Gean Muller e Pixote; Luan Donizete, Maikon Aquino e Rafael Tanque. Técnico: Tinoco

Bonsucesso: João Paulo; Leyvison, João Pedro, Licas Lima e Moraes; Rondônia, Yago Neto, Léo e Matheus Bastos; Léo Soares e Wellington Junior. 

Árbitro: Thiago Ramos Marques
Assistentes: Matheus Viana Araujo e Diogo Neto Turco


Confira outros resultados da 5ª rodada:

Olaria 3x0 Campos 

Audax/Miguel Pereira 0x2 Sampaio Corrêa

Serra Macaense 0x1 Goytacaz

Serrano 1x0 São Gonçalo

Maricá 1x0 Angra dos Reis

Gonçalense 1x0 Artsul

Rio São Paulo 0x2 Nova Iguaçu



10/11/2020

AMOROSO DESTACA A DURA MISSÃO NO CESSO: "RECUPERAR A CONFIANÇA"

Marcus Amoroso é o quarto técnico do Bonsucesso na B1
Foto: Reprodução

Marcus Amoroso terá a ingrata missão de livrar o Bonsucesso do rebaixamento. Restando cinco rodadas para o término da Taça Corcovado, o clube precisa de uma recuperação extraordinária na competição para somar pontos e deixar a parte inferior da tabela. Atualmente, o time é o lanterna do Grupo B com um ponto e na classificação geral é o 15º com sete, mesma pontuação do Campos e Nova Cidade, porém os adversários estão abaixo devido o critério de desempate. 

Cabe ressaltar que, os dois últimos colocados disputarão em 2021 a B2 (4ª Divisão). Do 3º ao 8º colocado, estarão os clubes garantidos na Série A2 (2ª Divisão) do ano que vem. Do 9º ao 15º colocado, serão os clubes que participarão da Série B1 (3ª Divisão) na próxima temporada.

Contratado após as passagens de Ney Barreto, Paulo Veltri, Rogério Pina e do interino Alexandre Rodrigues, Marcus Amoroso volta ao clube para encarar seu maior desafio após ter o trabalho interrompido no início do ano pelo Timon-PI, que também luta para não ser rebaixado no campeonato estadual - O Piauiense retorna de 11 de novembro.

Marcus Amoroso concedeu entrevista exclusiva ao Blog Fanáticos pelo Cesso e explicou os motivos que o levaram a aceitar essa missão no clube da Teixeira de Castro: 

"O convite surgiu através Rafael (Sena), que é o diretor do Bonsucesso. Por que aceitei o convite? É até fácil dizer. Por todos os problemas que o Bonsucesso está passando. Tenho um carinho e admiração muito grande não só pela instituição, mas por todos os torcedores. Não é a primeira vez que estou no clube. Já tive a oportunidade de ser auxiliar como o Mário Marques, na Série A, e já trabalhei no sub-20. Sou grato e tenho um carinho enorme pelo clube. Queria ficar perto da minha família e estava resolvendo minha situação de retorno no Piauí. Quando surgiu o convite, resolvi aceitar", disse Amoroso.

Atolado em dívidas e com problemas administrativos, Marcus Amoroso aponta quais devem ser as maiores dificuldades neste novo trabalho à frente do Bonsucesso:

"A maior dificuldade acredito que seja não conseguir montar uma equipe em uma semana. O Bonsucesso montou uma equipe em dois dias porque quase todos os jogadores saíram. Permaneceram apenas três. Foram inscrevendo atletas às pressas para que o clube tivesse plantel pra entrar em campo. Foi o que eu soube. Logo após, um treinador novo. Colocar isso sem trabalhar já que se joga quarta, tem regenerativo quinta, treino sexta e sábado outro jogo é o maior desafio para tentar livrar o Bonsucesso. É conseguir montar uma equipe tática com jogadores que estão há praticamente um ano sem jogar e tentar construir com esses jogadores aí uma equipe forte", afirmou. 

Confira outros trechos da entrevista com Marcus Amoroso, novo técnico do Bonsucesso:

FANÁTICOS: Restando cinco jogos, o que é necessário recuperar? A confiança ou aspectos técnicos?

AMOROSO: "Recuperar a confiança é fundamental. São jogadores muito jovens que estão tendo a primeira oportunidade no profissional. É um time que é uma bomba-relógio. Se você consegue fazer o primeiro gol, começar bem o jogo, o time tem como evoluir. Se o time toma um gol, faz uma jogada ruim, a tendência é ir caindo e você não consegue recuperar o ânimo. Essa é a maior dificuldade. Ter tranquilidade em um momento desses para que consigamos jogar os 90 minutos de uma maneira sem altos e baixos. O principal é recuperar a confiança do jogador." 

FANÁTICOS: Os problemas extracampo desde o início do Carioca influenciam diretamente no desempenho do time?

AMOROSO: "É lamentável. Não estava presente e não participei, mas o que escutamos é de se lamentar. Uma instituição centenária e grande passar por uma situação dessas. São pessoas que chegam e se dizem empresários. Eles montam comissões, elencos e não pagam. O time acaba sofrendo WO e ninguém recebe. É triste e atingiu muito porque vinha acompanhando alguns resultados. Quando recebi o convite, procurei ver a listagem dos jogadores. O Bonsucesso tinha um grande elenco. Jogadores que tinham passado pelo Bangu, com quem trabalhei e conhecia. Mas, quando você chega e percebe que não tem nenhum jogador é muito complicado. É lamentável o que aconteceu com o Bonsucesso."     

FANÁTICOS: Qual o papel do Alexandre Rodrigues, auxiliar-técnico, na sua comissão?

AMOROSO: "Vim sozinho. Não trouxe ninguém. Estou tentando ajudar pelo carinho e respeito que tenho por tudo que me proporcionaram. O Alexandre é um dos diretores. Não tenho muito contato. Estou mais dentro do campo. Hoje, trabalhamos apenas com o preparador físico e o preparador de goleiros. É a única coisa que temos. Não sei dizer qual é a real função dele. Acredito que seja mais diretoria. Estou conhecendo aos poucos. Sexta-feira fui apresentado e no sábado quis acompanhar o jogo. Ontem, foi o primeiro treino. Hoje, fizemos outro para ir para o jogo amanhã. A pergunta sobre o Alexandre... É mais um diretor." 

FANÁTICOS: O desafio no Bonsucesso é mais difícil do que seria no Timon-PI, que acabou sendo interrompido pela pandemia?

AMOROSO: O desafio no Bonsucesso é mais difícil que qualquer outro por todas as circunstâncias. Foi um time montado em dois dias e sem tempo para trabalhar. Fica praticamente impossível montar um time. Será na vontade dos jogadores e ajuda da comissão técnica, orientando o máximo possível para que possamos a cada jogo melhorar, somar pontos e livrar o Bonsucesso dessa situação. Não vejo outra alternativa que não seja trabalhar. Estou sem voz de tanto gritar hoje. A gente tem que livrar no coração, na vontade e na luta dos jogadores para sair dessa situação. No Timon-PI, era uma situação difícil também porque o River brigava para não cair. Mas, é um time que está jogando o Campeonato Brasileiro. 50%, 60% da equipe do Timon-PI foi mantida. A  do Bonsucesso foi zerada."  

FANÁTICOS: O que esperar do jogo com o Duque de Caxias nesta quarta-feira, no Marrentão?

AMOROSO: "Será um jogo muito difícil. O Duque de Caxias é o favorito. Espero um time muito mais aguerrido, ligado no jogo e colocando em prática tudo que conversamos e treinamos hoje para surpreender. Nesse momento, cada ponto conquistado é muito importante. Espero conseguir trazer pelo menos um ponto de lá."


Alexandre Rodrigues constou na súmula do jogo contra o Audax/Miguel Pereira como técnico e auxiliar-técnico no clássico com o Olaria. 





Você acompanha o jogo com imagens através do Canal do Caxias no Youtube: