Jomar é o novo reforço do Bonsucesso na Copa Rio e Série B1 Foto: Bonsucesso/Reprodução
A menos de 10 dias para a estreia na Copa Rio, o Bonsucesso está com praticamente todo o time montado para o jogo contra o Araruama, dia 26, na Teixeira de Castro, às 15h. O clube já possui 21 jogadores regularizados e aguarda ainda outros dez serem inscritos na FERJ, porém, todos eles já constam na listagem do BIRA (Boletim Informativo de Registro de Atletas). Na Primeira Fase, somente poderão participar os atletas inscritos até o 5º dia útil que anteceder o início da respectiva fase e cujo registro conste no BIRA, sem pendências, até o último dia útil que anteceder a primeira partida do respectivo grupo.
O Fanáticos pelo Cesso já apresentou alguns dos jogadores que estarão à disposição do técnico Chiquinho no início de 2025, mas recentemente o clube anunciou a chegada de Jomar, ex-zagueiro revelado na base do Vasco e com passagem pelo time profissional.
Aos 32 anos, ele rodou o Brasil por inúmeros clubes após deixar a Colina Histórica em 2018. Defendeu as camisas do Oeste, Oriente Petrolero-BOL, Iporá, Fluminense-PI, Retrô, River-PI, União Carmolandense, Humaitá, Sampaio Correa-RJ, FC Rio de Janeiro e por fim, o Sete FC-AM, onde disputou apenas quatro jogos esse ano. O Bonsuça aguarda apenas a documentação da Federação amazonense para regularizá-lo.
Outro defensor contratado pelo clube é Anderson Calado, de 30 anos. O jogador atua tanto como zagueiro como lateral-direito. Com 1,90cm, Calado estava no Campo Grande, mas já teve uma rápida passagem pelo Cesso em 2020. Ele jogou em clubes de menor expressão no início da carreira em Portugal até voltar ao Brasil e defender Angra dos Reis, Tigres do Brasil, Porto Velho, Ceres, Império Serrano, Serra e Linhares-ES.
Confira a ficha técnica dos demais reforços do Bonsucesso para 2025:
Carlos Augusto, de 26 anos, é centroavante. Com passagem pela base do Resende, ele jogou também pelo Queimados e São Cristóvão.
Éverton, de 23 anos, é atacante. O jogador está sem clube desde 2023, segundo dados do O Gol. Com passagem nas divisões de base do Boavista-RJ e Goiás, ele também defendeu o Iporá e o Ska Brasil, antes da volta a Bacaxá, onde jogou apenas outras três partidas.
Gleyson, de 30 anos, é meia. O jogador é um dos mais rodados do grupo rubro-anil. Começou a carreira pela Portuguesa em 2016, mas logo em seguida, se transferiu para o Americano. Logo após, jogou no Queimados, Campos, Rio Branco-ES, Imperatriz, Comercial, São Gonçalo, Rio Branco de Venda Nova, Pinheiro, Olaria, Trem e por último, o Pérolas Negras-RJ.
Luiz Felipe, de 26 anos, é meio-campo. De 1,75cm, o meia volta à Leopoldina após uma passagem em 2024. Começou a carreira no Socorrense, passou pelo Rosário Central-SE, Frei Paulistano, Dorense e o São Francisco-PA.
Paulo César, de 30 anos, é atacante, e mais um a buscar recomeçar a carreira. Longe dos gramados desde 2022, ele defendeu clubes como Búzios, Rio São Paulo, Cambé, Cascavel, Santa Cruz-RJ, Goytacaz e Rio São Paulo. O jogador ainda teve uma passagem pelo futebol do Timor Leste. Paulo César jogou pelo Karketu Dili.
Richard, de 22 anos, é lateral-esquerdo. O jogador é cria do Flamengo. Após passagem pelas categorias sub-17 e sub-20, teve uma experiência curta no Cukaricki, da Sérvia. Na volta ao Brasil, defendeu o Anápolis e o America-RJ no ano passado.
Edson Mattos, de 26 anos, é goleiro. A base de dados do Fanáticos pelo Cesso não conseguiu mais informações sobre o jogador.
O Bonsucesso estreia dia 26, contra o Araruama, no Leônidas da Silva, às 14h45. O jogo da volta acontece dia 2 de julho, no mesmo horário, no Lourival Gomes. Quem avançar, encara o Sampaio Correa na próxima fase.
Confira o vídeo de Carlos Augusto, novo reforço do Bonsucesso
Não foi apenas o ato de assinar uma ata do profissionalismo que faz o Bonsucesso um clube muito importante e tradicional, mas a participação direta do time na formação do profissionalismo do nosso futebol.
O primeiro Campeonato Carioca profissional de 1933, o Leão da Leopoldina estava lá. E no Torneio Rio x São Paulo de 1933, primeiro Torneio Interestadual profissional, o nosso Bonsucesso esteve presente também.
Conforme estamos vendo na imagem, o time esteve no lado dos cariocas e fez uma campanha digna, ficando na 10ºcolocação e tem resultados aí que entraram para a história da instituição: empate e vitória sobre o Vasco, derrotou o Corinthians, entre outros resultados importantes.
Confira a nova coluna com o historiador Paulo Jorge
Por: Paulo Jorge
CESSO-URUGUAI X VASCO
O início da temporada 2024 tem resgatado algo que foi frequente na vida dos clubes cariocas no século passado: os amistosos contra equipes internacionais. Em 1923, porém, o Bonsucesso se juntou com o time do Universal-URU para disputar uma partida contra o Vasco da Gama.
O time Uruguaio estreou na 1º Divisão em 1912 e participou ativamente do torneio nacional até 1927, quando foi dissolvido. Ao menos deixou sua história com a conquista da Copa da Honra Nacional, importante título à época no país vizinho.
Na ocasião do amistoso, os jornais apontavam que aquele seria o primeiro duelo internacional do Vasco. No dia 2 de janeiro, o boa equipe do Bonsucesso reforçada pelos uruguaios empatou com o Gigante da Colina por 1 a 1.
Russo marcou para o Vasco e Bruno deixou tudo igual para o combinado. O jogo marcou a despedida de Adão Antônio Brandão pelo Vasco. Segundo os periódicos, o Universal-URU foi reforçado por quatro jogadores do Bonsuça.
No jogo de fundo, a equipe principal do time uruguaio venceu por 3 a 0 o combinado Flamengo/Paulistano
Confira abaixo as formações das equipes, segundo dados extraídos do Almanaque do Vasco.
Vasco: Amaral; Mingote e Hespanhol; Arthur, Magalhães e Miranda; Adão, Russo, Pires, Badú e Godoy.
Universal/Bonsucesso: Vidal; Minol e Caldas; Mathias *, Eurico * e Galbo; Affonso *, Bruno, Scarone, Maldonado e Lucio *.
* JOGADORES DO BONSUCESSO TITULARES
Fonte: Almanaque do Vasco e Netvasco (Alexandre Mesquita)
Vasco e Santos duelaram na Teixeira de Castro em 1953 Foto: Daniel Ramalho/Vasco
Por: Paulo Jorge
PORTAS ABERTAS
O Bonsucesso é corrente,
O Bonsucesso é rotineiro,
O Bonsucesso é normal,
O Bonsucesso é tradicional.
Para quem desconhece a história ou simplesmente a renega, é importante mostrar aos olhos atuais, que o futebol profissional carioca nasce com o apoio de seis clube, um dele foi o Bonsucesso que em 1933, esteve na reunião que fundou a era do profissionalismo.
E esse time de história ímpar, time de Leônidas, que jogando pelo Bonsucesso, conquistou o primeiro título internacional da Seleção em 1932, time que ajudou no desenvolvimento do bairro de mesmo nome, certa vez ousou e chamou gigantes para sua festa.
Em 1953, o Leão da Leopoldina estava inaugurando melhorias no seu estádio de Teixeira de Castro e como inaugurar as novas instalações? Chamando um coirmão e um time paulista.
O Vasco sempre teve uma boa relação com o Bonsucesso e foi o escolhido para jogar contra o Santos. Nessa partida de reinauguração, as equipes usaram um time misto. Seria a disputa do quarto colocado de São Paulo contra o atual campeão carioca.
E o jogo foi bastante animado. Quem compareceu à Teixeira de Castro no dia 23 de setembro de 1953 viu uma partida de nove gols, meus amigos! O Vasco venceu por 6 a 3. Os gols foram marcados por: Pinga e Dejayr, duas vezes cada, Ademir e Alvinho para o Vasco. Valter e Álvaro, duas vezes, descontaram para o Peixe.
Vasco: Osvaldo; Augusto e Beline; Mirim (Alfredo), Osvaldo II e Beto; Alfredo, Ipojucan (Naninho), Ademir (Alvinho), Pinga e Chico (Djair).
Santos: Manga; Hélvio e Feijó (Charré); Nenê, Formiga e Zito; Nicácio (Ney), Valter, Álvaro, Hugo e Nando.
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Fonte: Almanaque do Vasco e Diário de Notícias Edição 476 (1953)
Daniel Pessoa foi artilheiro na base do Vasco da Gama Foto: Site Oficial do Vasco
O Bonsucesso anunciou mais dois reforços na manhã desta quinta-feira. O zagueiro Pablo Soares e o atacante Daniel Pessoa chegam para a disputa da Série B2 do Carioca, que começa no próximo dia 17, contra o São Cristóvão, na Teixeira de Castro, às 14h45.
Pablo Soares foi emprestado pelo Itaboraí Profute após disputar a Série C. Aos 21 anos, ele começou a carreira na base do São Raimundo-RR e teve passagem também pelo Volta Redonda e Santarritense. Nos profissionais esse ano, pela equipe metropolitana do Rio, o defensor disputou oito jogos, sendo titular em todos. Ele venceu cinco partidas e perdeu três.
Já Daniel Pessoa foi formado no Vasco. Aos 28 anos, o jogador defendeu clubes como Marília, Santa Rita, Artsul, Amazonas, Juventus-RJ, Nova Venecia, Rio São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda teve uma experiência no futebol português ao jogar pelo Vasco da Gama Vidigueira. Em 2023, o atacante disputou a Série A2 pelo America, após uma indicação do técnico Alfredo Sampaio.
Daniel Pessoa é natural do Amazonas e chegou ao clube aos 14 anos Foto: Adeilson Albuquerque
Daniel é natural do Amazonas, chegou a São Januário aos 14 anos, foi artilheiro nas divisões de base e surgiu na geração de outros ex-jogadores do clube como o lateral-esquerdo Henrique Silva (atualmente no Lyon), o zagueiro Marlon Santos, o meia Guilherme Costa e o atacante Kenedy. O centroavante era considerado um dos melhores da categoria, barrou o ex-jogador Thalles, mas conviveu com lesões que impediram ter sequência na Colina Histórica.
Em 2014, no Vasco, Daniel Pessoa chegou a ser integrado ao time profissional com Adilson Batista, relacionado até para o jogo contra o Resende, pela Copa do Brasil, na sua terra natal, mas jamais teve chances na equipe cruzmaltina.
Daniel Pessoa e Pablo Soares são anunciados Foto: Bonsucesso/Reprodução
Cleimar Rocha acerta com o Bonsucesso para a Série B2 Foto: Reprodução/Bonsucesso
O Bonsucesso anunciou seu novo técnico para a Série B2 do Campeonato Carioca. O experiente Cleimar Rocha, de 64 anos, comandará a equipe pela primeira vez e vai estrear nesta divisão de acesso. Seu último trabalho foi como auxiliar do Boavista no ano passado.
Como técnico, Cleimar esteve pela última vez à beira do gramado pelo Goytacaz em 2020. Ele assumiu o time no returno, na Taça Corcovado, mas terminou em 4º lugar no Grupo B, com 13 pontos, fora da zona de classificação para as semifinais. Foram nove jogos com três vitórias, quatro empates e duas derrotas. 12 gols marcados pelo time e 10 sofridos.
Cleimar Rocha é um velho conhecido do futebol carioca e já passou por outras equipes tradicionais como Friburguense, Olaria, Cabofriense, Bangu, Barra da Tijuca, Artsul e Madureira.
No rival Olaria, Cleimar Rocha chegou às semifinais da Taça Rio, contra o Vasco, em 2011. No primeiro jogo, empate em 2 a 2, no Moacyrzão, gols de Felipe e Waldir (Olaria). Romulo e Bernardo marcaram para o Vasco. Na partida da volta, no Engenhão, Eder Luis garantiu a classificação ao Gigante da Colina (1 a 0).
O Bonsucesso deve mesclar a formação do elenco com jogadores que estão se destacando na campanha do time no Carioca Sub-20 - com chances de classificação ao mata-mata - e reforços pontuais oriundos da Série C. O clube entra com o objetivo de voltar à 3ª Divisão em 2024.
A Série B2 começa em setembro. A FERJ ainda marcará o arbitral para definir a competição. Confira abaixo o jogo entre Olaria x Vasco, no Estadual de 2011.
O Bonsucesso expandia muito e em pouco tempo. Antes dessa nova praça de esportes (foto) na Estrada do Norte (Teixeira de Castro), o time teve campos na Avenida dos Democráticos e na Rua Uranos. E para marcar a inauguração das novas instalações, nada como jogar com uma potência da época e o escolhido foi o Vasco da Gama. A diretoria do time suburbano inclusive presenteou a equipe cruzmaltina com placas comemorativas.
Esse jogo seria o primeiro das duas partidas contra times na elite do Carioca, o que mostrava a importância do duelo. E esse evento precisava de uma preparação especial. A diretoria do Bonsucesso solicitou à empresa Light, uma maior quantidade de bondes da Lapa e Praça da República além de trens extras na Leopoldina Railway. A entrada do público em geral e da imprensa ocorreu pelo portão 1, na Estrada do Norte e os associados pelos portões da Rua Júlio Ribeiro.
Os ingressos estavam sendo vendidos em frente à Estação, na Loja “O Café”. Cadeiras de pista custaram 10$ e arquibancadas, 4$. O Bonsucesso também bancou um banquete no restaurante da empresa Romero & Braga aos convidados. Além das placas, foram confeccionadas duas taças para os times.
O Bonsucesso contava com o grande craque Eurico, que passaria pelo seu primeiro teste de fogo. As equipe foram a campo com os seguintes times:
Vasco: Jaguaré; Hespanhol e Italia; Brilhante, Tinoco e Mola; Paschoal, Fausto, Russo, Matos e Santana.
Bonsucesso: Medonho; Ari II e Heitor; Nico, Eurico e Carola; China, Ernesto, Grandin, Badu e Arubinha.
A titulo de curiosidade, no Campeonato Carioca de 1929, o Vasco foi campeão e o Bonsucesso terminou em sétimo lugar.
Antes do Estadual de 1958 iniciar, Cabrita era lembrado apenas como filho de um ex-goleiro do America e dele herdou esse apelido. Mas o atacante rubro-anil foi o destaque da campanha do Bonsucesso com nove gols e atraiu as atenções do Vasco da Gama.
A passagem pela Teixeira de Castro durou muito pouco, mas o suficiente para escrever parte de sua história já que deixava a Leopoldina para ser a solução ofensiva em São Januário. O período foi curto lá devido uma discussão com o técnico Ely do Amparo, encerrando sua trajetória no cruzmaltino. Além de ter iniciado a carreira no Goytacaz, Cabrita também vestiu as camisas do Guarani, Jabaquara, Portuguesa Santista, Noroeste, Ferroviária e São Bento.
Antes da saída para o Vasco, Cabrita marcou seu nome pelo Bonsucesso no duelo com o próprio adversário e futuro time. Em 25 de outubro de 1958, no empate em 3 a 3, o Bonsuça saiu atrás no placar sofrendo logo três gols, mas a reação surgiu dos pés do garoto que aos 24 minutos do segundo tempo descontou. O gol era o fôlego necessário para buscar a igualdade no marcador com o gol contra de Écio e Iedo aos 43 minutos da etapa complementar.
Ficha Técnica: Vasco 3 x 3 Bonsucesso
Campeonato Carioca
Local: Maracanã
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Gols: Delem (2) e Rubens (pênalti) [1º tempo]; Cabrita, Écio (contra) e Iedo [2º tempo]
Vasco: Barbosa; Paulinho, Viana e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Laerte, Delem, Rubens e Pinga.
Bonsucesso: Zé Maria; Jacaré, Santos e Chicão; Antônio e Brandãozinho; Augusto, Artoff, Cabrita, Helinho e Iedo.
Cabrita também marcaria o último gol no Maracanã na era Rio de Janeiro como capital do Brasil. Em 19 de abril de 1960, o Vasco enfrentou o Palmeiras pelo Torneio Rio-São Paulo e venceu por 3 a 0. Ele entrou aos 35 minutos do segundo tempo e venceu o goleiro Valdir em um belo chute.
Ele também esteve presente no jogo Vasco 0x0 Palmeiras, primeiro duelo no Estado da Guanabara, em 24 de abril de 1960. O atacante entrou no segundo tempo e se manteve invicto contra o Rei Pelé já que em 1959, pelo mesmo torneio, em sua estreia pelo Vasco, ajudou o time a bater o Peixe por 3 a 0.
O imã com o Bonsucesso o fez reencontrar o ex-clube duas vezes. Pelo Vasco, saiu vitorioso na goleada por 6 a 1 e outra vez na partida por 3 a 2 no Carioca de 1959.
O curioso naquela época era o jornal elencar o jogador com características peculiares como o tamanho da chuteira (42) e o consumo de cigarro da marca continental (dois maços por dia) além do salário de seis mil cruzeiros.
Fonte: Jornal Diário da Noite, 27/10/58 e Revista do Esporte 1958
BONSUCESSO X EXPRESSO DA VITORIA – UM DIA PARA ESQUECER
Nem só de vitórias vive um clube, mas esse duelo que vou narrar bem que poderia sumir da história do Bonsucesso assim como o ano de uma maneira geral no Campeonato Carioca de 1945. Nessa temporada, o clube amargaria a penúltima colocação entre os 10 times, com uma campanha desastrosa: 18 jogos com três vitórias, 15 derrotas e nenhum empate. Foram 22 gols marcados e incríveis 75 sofridos, saldo de -53.
Enfrentar o Vasco (seria o campeão) por si só já era difícil, mas ter pela frente o 'Expresso da Vitória' era ainda mais duro. Nem mesmo o fator casa ajudou o Bonsucesso diante do Gigante da Colina, que aplicou um doloroso 9 a 0. Nem a renda de C$55.217,30 amenizou o rebuliço que se criou no estádio naquele dia.
Isaias, Lelé e Ademir, duas vezes cada, Chico, Berascochea e Jair fizeram os gols naquela tarde. Se já estava fácil para o Vasco golear, com a expulsão de Anito aos 14 minutos do segundo tempo, o trabalho ficou ainda mais tranquilo.
Essa denominação 'Expresso da Vitória' surgiu através de um programa musical na Rádio Nacional, onde o cantor à época dedicava uma canção ao time que vinha jogando o fino da bola. Comandado inicialmente pelo uruguaio Ondino Vieira, o Vasco foi o primeiro clube a jogar no 4-2-4. Aquela equipe se perpetuaria entre 1944 a 1953 em campos brasileiros.
No geral, Bonsucesso e Vasco se enfrentaram bastante. São 139 jogos com 98 vitórias do Vasco, 15 do Bonsucesso e 26 empates. 138 gols marcados pelo rubro-anil e 385 sofridos. O último jogo foi em 2016.
Um ano antes dessa derrota em casa, o Vasco já tinha aplicado 10 a 0 no Bonsuça em 21 de maio de 1944, sua quarta maior goleada em São Januário, mas isso é papo para outro dia. Por hoje é só, né?!
BONSUCESSO 0X9 VASCO
Local: Teixeira de Castro
Juiz: Angelino Medeiros
Renda: Cr$ 55.017,00
Gols: Isaias 22', Ademir, Lelé, Chico, Berascochea, Ademir, Isaias, Lelé e Jair Expulsão: Anito aos 59'
Bonsucesso: Bráulio, Lilico e Laércio; Otacílio, Pé de Valsa e Duca;
Sobral, Bucheli, Anito, Bolinha e Nerino.
Vasco: Rodrigues, Augusto e Rafanelli; Berascochea, Ely e Argemiro;
Estádio do Bonsucesso sempre foi considerado palco complicado para adversários Reprodução: A Noite
Por: Paulo Jorge
O 'ALÇAPÃO' DA TEIXEIRA DE CASTRO
Não é de hoje que o estádio na Teixeira de Castro é considerado por muitos um dos locais mais ‘hostis’ para se jogar. Acanhado e com um alambrado à beira do gramado, nenhum adversário encontrou moleza.
Os jornais do último século retratavam isso muito bem. Em 1948, às vésperas do duelo com o Vasco, a imprensa traduzia o que vinha pela frente para aquele esquadrão cruzmaltino, o 1º campeão sul-americano invicto da história.
Pelo Carioca, a partida ganhou destaque e era aguardada a forma como o Vasco de Barbosa e Cia. iria se comportar fora de casa. Até porque, o time suburbano sempre teve um histórico de “engrossar o caldo” para cima do Gigante da Colina.
Após o duelo pelo Torneio Início ter sido difícil para o Vasco, que durante a campanha do título, vencera o Bonsuça apenas por 1 a 0, o novo encontro prometia fortes emoções.
O Leão da Leopoldina até saiu na frente com Zé Luís aos 24 minutos do primeiro tempo, mas o Vasco voltou melhor na segunda etapa e com dois gols de Maneca, virou o placar. 2 a 1.
Campeonato Carioca 1948 - PRIMEIRO TURNO
BONSUCESSO 1 x 2 VASCO DA GAMA
Local: Teixeira de Castro Data: 11/07/1948 Juiz: Cyril John Barrick Renda: Cr$ 86.845,00 Gols: Zé Luiz 24/1ºT (BON), Maneca 3/2ºT (VAS) e Maneca 24/2ºT (VAS)
Vasco: Barbosa, Laerte e Wilson; Eli, Danilo e Aedo; Djalma, Maneca, Friaça, Ismael e Chico.
Bonsucesso: Alvarez, Nanati e Miguel; Vítor, Agostinho e Gato; Zé Luiz, Enguiça, João Pinto, Cola e Tampinha.
Flamengo e Vasco caem diante do Bonsucesso em 1967
O que significa uma vitória de um time pequeno perante a um
gigante? Para o time maior, pode significar um pequeno deslize ou tropeço, mas
para o pequeno é uma vitória a ser celebrada e colocada no currículo. Se acontece
em seus domínios fica melhor ainda, né?
Às vezes os deuses do futebol
surpreendem os “semideuses” afim de lembrar que um "pequeno mortal" pode ferir
um "gigante imortal". E tais milagres já ocorreram no estádio da Teixeira de Castro e também longe de casa.
No ano de 1967, em uma tarde de sol no subúrbio carioca, poucos
se atreveram a pegar o trem ou algum ônibus para assistir o 'Golias contra o Davi'. Diante de pouco mais de 5 mil pessoas, o Vasco da Gama pisava no campo sagrado do Leônidas da Silva para
enfrentar o Bonsucesso. No Campeonato Carioca daquele ano, os dois times realizaram
campanhas discretas.
Na primeira fase, o Vasco ficou em sexto lugar, com 11 pontos, empatado com o Campo Grande e America. O Bonsuça ficou em 9º, com 10, fora da próxima fase. De qualquer jeito, aquele campeonato marcaria de uma forma
maravilhosa a trajetória do Cesso com dois resultados expressivos.
Antes de enfrentar o Vasco, o rubro-anil suburbano
encarou o Flamengo, na Gávea e ganhou o jogo
por 2 a 1, em um confronto bastante disputado e inesquecível para o Leão da Leopoldina. Confira a ficha do jogo:
Flamengo 1-2 Bonsucesso
Local: Gávea – Rio
de Janeiro (GB)
Árbitro: José Mário
Vinhas
Gols: Enos 1’ e 2’,
João Daniel
Flamengo: Marco
Aurélio, Murilo, Ditão, Jaime Valente e Paulo Henrique; Nelsinho e Reyes; João
Daniel, Ademar, Luís Carlos e Arilson.
Bonsucesso: Jonas,
Luis Carlos, Paulo Lumumba, Moisés e Albérico; Amaro e Ivo; Gilbert, Gibira,
Enos e Valdir.
Técnico: Antoninho
O Flamengo caiu, por que não poderíamos derrotar o Vasco? Foi
com esse pensamento que o Bonsucesso derrotou outro adversário de massa e pelo mesmo
placar no Estadual: 'dois tentos a um'! Segundo a crônica da época, o time da Leopoldina foi
superior em todo o jogo, sufocando o Vasco e aproveitando o fator campo. Essa
derrota deixava o adversário numa situação bastante delicada e o Bonsucesso ainda com
chance de classificação (o que não ocorreu). O Rubro-Anil fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo e o Vasco descontou apenas na etapa complementar.
O time do Vasco estava tão pilhado pela situação vivida que teve
um jogador expulso após uma confusão. Jair Marinho trocou
ponta pés com Enos ainda no primeiro tempo. Exaltado,
Marinho teve que sair de campo escoltado pela polícia. Confira abaixo a súmula:
Bonsucesso 2-1
Vasco
Local: Teixeira de
Castro – Rio de Janeiro (GB)
Renda: Ncr$
12.634,00
Público: 5.691
Árbitro: Gulater
Portela Filho
Gols: Enos 3’,
Gibira, Álvaro (p) 65’
Expulsões: Jair
Marinho e Averaldo foram expulsos por troca de pontapés, aos 44’
Bonsucesso: Jonas,
Luis Carlos, Paulo Lumumba, Moisés e Albérico; Amaro e Ivo; Gilbert, Gibira,
Enos e Valdir.
Técnico: Antoninho
Vasco: Pedro Paulo,
Jair Marinho, Alvaro, Sérgio e Oldair; Paulo Dias e Danilo Menezes; Luisinho,
Adilson, Nei e Averaldo.
O DIA QUE O VASCO ENTREGOU A FAIXA DE CAMPEÃO AO BONSUCESSO
O ano de 1981 foi especial já que o Bonsucesso foi campeão da 2ª Divisão do Campeonato Carioca, tendo como seu vice a Portuguesa da Ilha do Governador. Foi um campeonato difícil com adversários como São Cristóvão, Friburguense, Goytacaz, Portuguesa e Atlética Niterói. Sem dúvida uma competição complicada.
Outro ponto de 'felicidade' nessa temporada foi o rebaixamento do arquirrival Olaria, que estava na Primeira Divisão. O clube fez um péssimo campeonato na Taça Guanabara, terminando em 11º. Já na Taça Rio, eles terminaram em 10º. No 3º turno, o Olaria foi o último. Ou seja, juntando os três turnos, o time foi vice-lanterna à frente apenas do Serrano.
E para completar o ano maravilhoso, em um amistoso contra o Vasco, na Teixeira de Castro, o Gigante da Colina agraciou os jogadores do Bonsuça, entregando-lhes as faixas de campeão. Mesmo diante do poderoso adversário, o Cesso arrancou um empate em 1 a 1, com gols de Ticão para o Vasco e Jorge para o Bonsucesso.
Fonte: Jornal O Fluminense/1981 (Biblioteca Nacional)
Barbosa, posa ao lado de Bibi e Gonçalo, craques do timaço do Cesso de 1955
Foto: Blog Álbum dos Esportes/Reprodução
Por: George Joaquim
Passados sete anos da trágica decisão do dia 16/07/1950 entre Brasil e Uruguai, Moacir Barbosa Nascimento, ou simplesmente Barbosa, defendeu o Bonsucesso no Campeonato Carioca de 1957. O ex-goleiro completaria 100 anos neste sábado.
Barbosa nasceu em Campinas (SP) no dia 27/03/1921 e começou sua carreira no mundo do futebol como ponta esquerda no extinto Comercial de São Paulo. Chegou ao Ypiranga (SP) como goleiro e transferiu-se para o Vasco da Gama em 1944. Durante sua carreira e vida “carregou uma cruz” pelo gol que tomou de Ghiggia na final da Copa de 50.
Goleiro de grandes conquistas pelo Vasco e Seleção Brasileira, Barbosa foi Campeão Sul Americano de clubes em 1948 e Campeão da Copa América em 1949.
No Bonsucesso, iniciou a temporada de 1957 do Campeonato Carioca pelo Torneio Início. O primeiro jogo foi contra o America, 14/07. No tempo normal 0 x 0. Decisão nos pênaltis: 3 a 2 para o Cesso. A ficha técnica da partida:
Bonsucesso 0 x 0 América (14/07)
Árbitro: Pedro Morais Sobrinho.
Decisão nos pênaltis: Bonsucesso 3 x 2.
Batedores: Nilo (Bonsucesso) e Romeiro (América).
Bonsucesso: Barbosa; Bibi e Mauro; Gilberto, Eli e Carvalho; Sérgio, Valdemar, Nonô, Edil e Nilo.
América: Pompéia; Edésio e Edson; Aílton, Hélio e Maneco; Canário, Romeiro, Paulo, João Carlos e Meireles.
O primeiro jogo do Campeonato Carioca foi contra o Botafogo nas Laranjeiras com vitória para o clube da estrela solitária por 3 a 1. Os grandes momentos para Barbosa no campeonato são os jogos contra o Vasco, 18/08 e o Fluminense, 12/10 (aniversário do Cesso). Em General Severiano, contra o Vasco, e no Maracanã, contra o Fluminense, o veterano goleiro não saiu derrotado. As fichas técnicas destes jogos:
Bonsucesso 1 x 1 Vasco Da Gama (18/08)
Local: General Severiano
Árbitro: Frederico Lopes
Renda: Cr$ 247.284,00
Gols: Pinga (pênalti), 35 e Gilberto, 51.
Expulsões: Mauro e Bellini
Bonsucesso: Barbosa, Bibi e Mauro; Valdemar, Eli e Gonçalo; Jair, Gilberto, Nonô, Brandãozinho e Bira.
Vasco Da Gama: Carlos Alberto, Paulinho e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel; Lierte, Livinho, Roberto Pinto, Walter e Pinga.
Fluminense 1 x 1 Bonsucesso (12/10)
Local: Maracanã
Árbitro: Gualter Gama de Castro
Renda: Cr$ 138.842,00
Público: 5.449
Gols: Jair, 45 e Léo, 73
Fluminense: Castilho, Cacá e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Paulo; Telê, Léo, Valdo, Róbson e Escurinho.
Bonsucesso: Barbosa, Bibi e Jorge David; Gilberto, Valdemar e Santoro; Jair, Geraldo, Nonô, Délson e Nilo.
Em 1958, Barbosa voltou para o Vasco da Gama e sob o comando de Gradin (ídolo e maior artilheiro do Cesso) conquistou os títulos do Rio-São Paulo e o Super Campeonato Carioca. O grande goleiro faleceu no dia 07/04/2000 em Praia Grande (SP).
Na festa do Centenário do Bonsucesso, Barbosa foi homenageado como um dos cem maiores atletas que vestiram a camisa Rubro-Anil. A sua filha, Teresa Borba, compareceu a cerimônia e sob forte emoção recebeu os aplausos dos torcedores e convidados.
Teresa Borba recebe a homenagem do Cesso das mãos do Presidente Zeca Simões
Alecsandro abriu o placar em São Januário contra o Bonsucesso
Foto: Vasco.com.br
O Bonsucesso se tornou uma pedra no sapato do Vasco, em São Januário... Pelo menos em dois anos (2012 e 2014), o Rubro-Anil saiu da Colina Histórica com dois empates.
No primeiro encontro após a volta à elite do futebol Carioca, o Leão da Leopoldina buscou o ponto fora de casa após sair atrás no placar. Aos dois minutos, Alecsandro, em impedimento, abriu o placar. Aos 12 da etapa complementar, foi a vez de Felipe ampliar. Mas, o Vasco 'sentou' no resultado e acabou caindo.
O Cruzmaltino, que vinha de uma derrota dolorosa na final da Taça GB para o Fluminense, viu o Bonsucesso crescer na parte final do jogo, que marcava a estreia da Taça Rio. Aos 18, após uma falha defensiva coletiva, Diogo descontou na cobrança de falta, que passou por toda a área e foi direto para o fundo do gol de Fernando Prass.
O Rubro-Anil viu ser possível chegar ao empate. Aos 25, o experiente Marco Goiano deixou tudo igual após uma boa jogada do clube suburbano em uma troca de passes envolvente. A virada poderia ser possível, mas a expulsão de Jefferson complicou o cenário para o Bonsuça, que precisou segurar as pontas para somar um ponto no Estadual.
VASCO 2 X 2 BONSUCESSO
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 29/02/2012 - 19h30 (Horário de Brasília)
Árbitro: Eduardo Cordeiro Guimarães (RJ)
Assistentes: Diogo Carvalho Silva (RJ) e Wendel Gouvea (RJ)
Gols: Alecsandro, aos 2'/1ºT (1-0); Felipe, aos 13'/2ºT (2-0); Diogo, aos 17'/2ºT (2-1); Marco Goiano, aos 25'/2ºT (2-2)
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Fellipe Bastos(Nilton, Intervalo), Eduardo Costa e Felipe (Diego Souza 28'/2ºT); Tenório (Juninho, Intervalo), Wiliam Barbio e Alecsandro
Técnico: Cristóvão Borges
BONSUCESSO: Saulo, Felipe Foca, Arthur, Admilton, Dieguinho(Antônio Carlos, Intervalo), Bóvio (Ferreira 9'/1ºT), Márcio Guerreiro, Diogo, Marco Goiano (Vinicius 36'/2ºT) , Juninho e Jefferson
Técnico: Marcão
O REENCONTRO DEBAIXO DE CHUVA NA COLINA HISTÓRICA
Fellipe Bastos foi muito criticado no jogo debaixo de chuva na Colina
Foto: Divulgação/Vasco
Dois anos depois, em 2014, o Bonsucesso voltava para a Série A. São Januário novamente foi palco para o reencontro e não é que o Bonsuça estragou a festa da torcida cruzmaltina de novo!? Pela 13ª rodada da Taça Guanabara, as equipes não saíram do empate em 1 a 1.
O Vasco dependia de si para buscar a vaga às semifinais. Já o Bonsucesso saiu satisfeito com um ponto, pois lutava contra mais um rebaixamento e chegava aos 12 pontos, abrindo quatro da zona de risco.
O Vasco foi dominante no início do jogo. O trio de ataque Douglas, Edmilson e Reginaldo tinha total liberdade entre os zagueiros do Bonsucesso, mas faltava capricho para tornar o duelo mais fácil. O Leão da Leopoldina resistiu bem aos 20 minutos de pressão. O Vasco começava a demonstrar descontrole ainda mais com dois pênaltis questionados e não marcados por Antonio Schneider.
Adilson Batista voltou para o segundo tempo com Everton Costa na vaga de Fellipe Bastos, que estava sendo muito vaiado, mas o time seguia perdendo um caminhão de gols. Aos 28, o Bonsucesso começou a gostar do jogo e na única boa chance, Geovane chutou forte para marcar. 1 a 0.
Thalles entrou na vaga de Reginaldo e na base do abafa, o Vasco chegou ao empate já aos 39 minutos. O falecido atacante, que era tido como promessa, deixou o lateral-esquerdo Marlon livre para chutar e superar o goleiro Rodrigo Viana.
VASCO 1 X 1 BONSUCESSO
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ) Data: 8/3/2014 - 18h30 (de Brasília) Árbitro: Antonio Schneider (RJ) Assistentes: Wendel de Paiva (RJ) e Romário do Carmo (RJ) Público e Renda: R$ 71.620,00 / 3.945 pagantes
Carlos Chaves posa com Ailton Couto na Teixeira de Castro
Foto: Arquivo Pessoal
O Bonsucesso parece dividido com dirigentes não falando a mesma língua. Neste final de semana, o ex-jogador Ailton Couto esteve na Teixeira de Castro, após ser convidado pelo gestor José Agnaldo Sena e o diretor de logística e planejamento, Carlos Chaves, para capitanear o projeto da categoria de veteranos do clube, que disputa partidas de exibição.
Porém, depois uma conversa amistosa com os dirigentes e o coordenador de categorias de base, Marcus Amoroso, o presidente Nilton Bittar impediu a possibilidade do projeto já que Ailton Couto desferiu várias críticas públicas ao dirigente e pertence ao grupo de oposição 'Por Um Novo Bonsucesso'.
"Ele me retirou porque eu falei algumas verdades sobre a diretoria. Ele esperou eu sair do clube para avisar que não me queria lá pelas coisas que eu tinha dito. O Sena me tratou muito bem, mas não quero criar problemas para ele. Enquanto o Bittar estiver lá vai ser difícil fazer qualquer coisa quanto ao projeto", afirmou Ailton Couto.
Em 28 de agosto de 2020, Ailton Couto escreveu um depoimento extenso nas redes sociais para criticar a administração do clube. A intenção era realizar um amistoso contra os veteranos do Vasco da Gama, no Leônidas da Silva, porém, segundo ele, os dirigentes não deram importância ao pedido.
"Liguei para o atual vice-presidente do Bonsucesso, Sr. Nilton Bittar, e tentei ver se poderia ceder o campo de futebol, sem custos para o grupo fazer o evento. Ele explicou que não iria cobrar nada, mas não informou o mais importante: Qual seria a data e horário que estaria cedendo o campo para fazer o evento. Assim, não adiantou de nada falar, pois prometeu e não resolveu nada, apenas prometeu! O Presidente do Bonsucesso, Sr. Ary Amâncio, não quis nem receber os ex-jogadores do Bonsucesso, falando que só aparecem no clube para pedir e com essa grosseria, só vou ao Bonsucesso, para tirar umas fotos e matar a saudade do clube que me projetou para o futebol e vou embora", disse Ailton Couto antes de complementar.
"Em outros clubes, vemos que os ex-atletas são tratados muito bem e com respeito e carinho, enquanto no Bonsucesso, somos maltratados. As coisas são diferentes e com isso, acaba nos deixando tristes e sabendo que em outros tempos fomos tratados com carinho e respeito por todos no clube e hoje, somos tratados com grosseria e desleixo", criticou Ailton Couto.
Em contato, o diretor de logística e planejamento, Carlos Chaves afirmou que as portas estão abertas para Ailton Couto.
"(José) Sena me ligou e o projeto está de pé. O Ailton não fica se ele não quiser. O Sena conversou com o (Nilton) Bittar e já está contornado esse mal entendido", afirmou.
Segundo o ex-jogador, o atual gestor do Bonsucesso irá ceder um kit de uniformes para os Masters. O time de veteranos tinha um amistoso agendado contra o União e Força, no último sábado, mas foi adiado.
Novo técnico do Vasco teve curta passagem pelo Bonsucesso no início de carreira
Foto: Papo Esportivo
Marcelo Cabo está de volta ao Rio de Janeiro. O treinador, que começou a carreira na base do Olaria, retorna à Zona Norte da cidade para comandar, desta vez, o Vasco. Com passagens pelo Sub-13 a Sub-20 do clube da Bariri, o treinador teve a sua primeira oportunidade como profissional no Bangu. De lá, passou pelo São Bento-SP até a primeira 'parada' no exterior.
O treinador aceitou o desafio de dirigir, entre 2004 a 2005, o Sub-17 do Al Hilal, da Arábia Saudita, um dos clubes mais ricos do Oriente Médio. A experiência o fez chegar à Seleção do país no posto de auxiliar de Marcos Paquetá.
Após a chance do outro lado do mundo, Marcelo Cabo voltou ao Brasil. Apesar do currículo de Marcelo Cabo não constar o Bonsucesso, o técnico teve uma curta passagem pela Teixeira de Castro na Série B do Campeonato Carioca de 2007. Foram apenas dez jogos até a demissão após a partida contra o Duque de Caxias, no empate em 0 a 0, pelo returno do Grupo B. Foram três vitórias, cinco empates e duas derrotas.
A decisão partiu do diretor de futebol Jaider Moreira, que comunicou ao elenco a saída do treinador no vestiário.
"Futebol é assim mesmo. O time não jogou bem e nesse momento precisamos do resultado para nos classificar. Entendi que o momento de mudar era agora. Vamos definir se contratamos outro treinamos ou se vamos manter o Badú", disse Jaider Moreira à época ao Jornal dos Sports, confirmando que o auxiliar comandaria o time temporariamente. O Bonsucesso acabaria em 4º do grupo, avançando à próxima fase.
Após o Bonsucesso, Cabo passou pelo CFZ e Al Nasser (Kuwait) até chegar à Seleção Brasileira como observador-técnico de Dunga. O convite partiu de Jorginho, que assim como Cabo, dava os primeiros passos na carreira. Eles se conheceram justamente no período em que o treinador esteve no Bonsucesso.
Pela Seleção, Cabo conquistou o título da Copa das Confederações de 2010 e participou das Eliminatórias e do Mundial na África do Sul.
Conhecido no Oriente Médio, ele retornou para o Kuwait, desta vez, para o Al Arabi. Dirigiu ainda o Dibba (Emirados Árabes) entre 2012 e 2013 até acertar com a Tombense. Posteriormente, na Ponte Preta e no Al Wasl-EAU, ele foi auxiliar. Em 2015, retornou ao Rio para comandar o Volta Redonda. No mesmo ano, foi para o Macaé. A visibilidade do campeão da Série C do Brasileiro o levou para o Ceará.
A partir de então, Marcelo Cabo foi abrindo espaço em clubes mais estruturados do país. A sua primeira passagem pelo Atlético-GO durou de 2016 a junho de 2017, onde foi campeão da Série B do Brasileirão. No início de 2017, o técnico entrou nas páginas policiais após um desaparecimento por 40h até ser encontrado pela Polícia Militar-GO.
"O técnico Marcelo Cabo foi encontrado próximo de um motel. Agora, os detalhes são de foro íntimo, vão ficar a cargo dele esclarecer tudo. O motorista do táxi foi essencial para acharmos o paradeiro do treinador. A Polícia Civil foi acionada, e o trabalho foi feito sem problemas. Localizado normal, passa bem, sem nenhum problema, não temos essa informação de detalhes”, disse o tenente-coronel da PM-GO, Ricardo Rocha. O caso chegou a ser investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas terminou com o status de extorsão. Até hoje, o que ocorreu não foi bem esclarecido.
Ainda dirigiu o Figueirense, Guarani, Resende e CSA. No clube alagoano, foi bicampeão estadual. Em 2019, chegou ao Vila Nova, antes de assumir o CRB. Em novembro de 2020, ele voltou para o Atlético-GO, onde conquistou o Estadual e se despediu para comandar o Vasco, com o objetivo de levar o Gigante da Colina novamente à elite do futebol brasileiro.
Confira abaixo os jogos de Marcelo Cabo à frente do Bonsucesso:
Bonsucesso 2x1 Angra dos Reis (Leônidas da Silva)
Mesquita 1x0 Bonsucesso (Louzadão)
Bangu 1x1 Bonsucesso (Moça Bonita)
Bonsucesso 2x3 CFZ (Leônidas da Silva)
Duque de Caxias 0x0 Bonsucesso (Maracanãzinho)
Bonsucesso 1x1 Rubro Social (Leônidas da Silva)
Angra dos Reis 1x3 Bonsucesso (Municipal Angra)
Bonsucesso 3x3 Mesquita (Leônidas da Silva)
CFZ 1x2 Bonsucesso (Laranjeiras)
Bonsucesso 0x0 Duque de Caxias (Leônidas da Silva)
O zagueiro Jadson não é mais jogador do Vasco. Nesta quinta-feira, a rescisão do contrato dele foi publicada no BID da CBF. A decisão foi tomada em comum acordo entre as partes, conforme apuração do ge com o clube.
Contratado a pedido de Ricardo Sá Pinto, Jadson foi anunciado em 11 de novembro. Disputou apenas cinco jogos, o último no domingo: entrou no segundo tempo da vitória diante do Botafogo.
Jadson tinha contrato até o final do Brasileirão, previsto para fevereiro. Agora, ele está liberado e deve voltar a Portugal, onde defendia o Portimonense antes de acertar com o Vasco.
Com Sá Pinto, Jadson foi titular em três partidas e entrou no segundo tempo de outra. Desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo, perdeu espaço. A zaga titular é composta por Werley e Leandro Castan.