O Bonsucesso solicitou o uso do VAR no jogo da volta da semifinal do Carioca da Série B1. O pedido foi feito dentro do prazo de 10 dias antes da partida e será custeado pelo clube. No duelo Bonsucesso x Duque de Caxias, às 15h, no Leônidas da Silva, o experiente árbitro do quadro carioca, Pathrice Wallace Corrêa Maia, 41 anos, comandará a sala de vídeo. Ele exerceu essa função esse ano em dois jogos da Série B do Campeonato Brasileiro (Atlético-GO 1x0 América-MG e CRB 2x2 Ferroviária). Grazziani Maciel Rocha será seu assistente e José Carlos Santiago será o observador do VAR.
A partida ficará sob responsabilidade do árbitro de campo Tarcizo Pinheiro Caetano, de 37 anos. O juiz foi escalado para 12 partidas nacionais em 2025. Apitou jogos de base e da Série C do Brasileirão. Também foi quarto árbitro em jogos da Série D e B.
Tarcizo Caetano chegou a ser afastado, em 2024, do quadro da FERJ para reciclagem após erros grosseiros no empate entre Bangu e Vasco por 2 a 2, em Brasília, pelo Estadual. O Vasco cobrou que o árbitro não fosse mais escalado para jogos do time. Os lances questionados foram:
4 minutos do 1º tempo: Jair é expulso após falta em Walney. O volante do Vasco dá um carrinho, mas acerta a bola antes de o jogador do Bangu cair no gramado. O árbitro vê motivo para cartão vermelho.
44 minutos do 1º tempo: Gabriel Canela faz falta dura e pisa no pé de Erick Marcus. Árbitro apresentou apenas cartão amarelo para o atacante do Bangu.
34 minutos do 2º tempo: Felipe Soares recebe o segundo cartão amarelo após falta por trás em Pablo Vegetti. Jogadores do Bangu reclamaram da expulsão.
52 minutos do 2º tempo: Walney faz falta forte em Zé Gabriel, deixa a sola na canela do volante do Vasco, e recebe o cartão amarelo. O jogador cruzmaltino reclama muito.
55 minutos do 2º tempo: Tarcizo marca pênalti para o Bangu após contato de Medel nas costas de Gabryel Freitas, que cai na área.
Após aquele jogo pela 4ª rodada, A FERJ passou a usar o VAR no Campeonato Carioca em todos as partidas - antes era usado apenas em clássicos e no mata-mata.
Em 2025, Tarcizo Caetano apitou dois jogos da elite do Estadual, cinco da Série A2 e dois da Série B1. Gustavo Mota Correia e Hugo Filemon serão os auxiliares.
Em 2025, Tarcizo Caetano apitou dois jogos da elite do Estadual, cinco da Série A2 e dois da Série B1. Gustavo Mota Correia e Hugo Filemon serão os auxiliares.
O 4º árbitro será Daniel Wilson Barbosa de Castro. Ele é policial militar e chegou a ser acusado de ter ameaçado um torcedor durante a vitória do Goytacaz sobre o Quissamã em 2014. Na ocasião, o torcedor Luiz Marcelo desistiu de abrir um boletim de ocorrência contra o juiz.
Na ocasião, Daniel de Castro, à época com 29 anos, teria apontado uma arma pelo basculante do vestiário para cessar as reclamações durante o intervalo de jogo no estádio Ary de Oliveira.
"Quando eu estava passando, ele (árbitro) vai e puxa a arma, apontou para o basculante e disse: 'Vai, que eu meto bala na cara!'. As pessoas aqui estão de prova, falou: 'Meto tiro na cara'. Ele vai meter? Dou voz de prisão a ele, nós vamos para a delegacia. Eu sou torcedor do Goytacaz, nós somos torcedores do Goytacaz, a gente não é moleque. Quero ver ele sair daqui impune", disse o torcedor em entrevista ao GE.
O delegado da partida Paulo Meirelles não relatou nada na súmula e afirmou que os torcedores teriam confundido a bandeirinha do assistente com uma arma na janela do vestiário da arbitragem.
Na súmula, Daniel de Castro afirmou que foi ameaçado por cerca de 20 pessoas com paus e pedras na porta do vestiário até que a polícia militar fosse acionada. O juiz não fez referência a suposta arma apontada aos torcedores na súmula.
Na súmula, Daniel de Castro afirmou que foi ameaçado por cerca de 20 pessoas com paus e pedras na porta do vestiário até que a polícia militar fosse acionada. O juiz não fez referência a suposta arma apontada aos torcedores na súmula.
"Em tempo, cabe relatar que ao chegar no vestiário durante o intervalo da partida o quarteto de arbitragem ouviu uma gritaria e um estrondo na porta do vestiário como se uma pedra sendo arremessada contra a mesma do lado de fora. De imediato fomos até a janela para verificar o que estava ocorrendo. Foi constatado que lá se encontravam um grupo de 15 a 20 pessoas com pedras e paus que nos hostilizaram e ameaçaram inclusive de morte caso o Goytacaz não ganhasse o jogo. Imediatamente o quarteto solicitou que os mesmo se retirassem da localidade e sessassem a injusta agressão, entretanto os mesmo apenas se afastaram do local quando foram contidos pelos Policiais Militares que se encontravam presente na localidade", dizia a súmula.
Daniel de Castro também foi apontado pela Associação Nacional dos Ex-Árbitros de Futebol do Brasil (ANEAB) em 2019, como integrante de um esquema de manipulação de resultados na FERJ. A entidade entregou uma ação ao Judiciário dizendo que Jorge Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem, era responsável pela organização.
A ANEAB ainda acusava o presidente da COAF-RJ de formar um “Time Rabello” com outros 12 profissionais de arbitragem que teriam feito parte de mais de 70% dos jogos do Campeonato Carioca de 2015 a 2018.
O presidente da Associação Nacional de Ex-Árbitros de Futebol do Brasil, Marçal Mendes, porém, retirou a ação um dia depois de impetrá-la afirmando que os advogados fizeram a denúncia sem que a instituição tivesse acesso completo ao teor do processo.
O presidente da Associação Nacional de Ex-Árbitros de Futebol do Brasil, Marçal Mendes, porém, retirou a ação um dia depois de impetrá-la afirmando que os advogados fizeram a denúncia sem que a instituição tivesse acesso completo ao teor do processo.
Segundo ele, a intenção da associação era pedir que a Justiça investigasse a suspeita de manipulação no sorteio da escala de árbitros do futebol fluminense e a dependência dos árbitros do estado em relação ao presidente da Comissão de Arbitragem do Futebol do Rio (Coaf), Jorge Rabello.
"Eu nunca teria dúvida quanto ao que os árbitros fazem dentro do certame. A ação era para apurar o que acontece fora dele. Conheço as origens Wagner do Nascimento Magalhães, é um árbitro Fifa, apita jogos da Conmebol, sei da honestidade deles", narra um trecho de matéria do jornal O Globo de abril de 2019.
O caso foi arquivado e nada foi comprovado contra os árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
Já na partida envolvendo São Cristóvão e Serrano, pela semifinal da Série B1 neste sábado, às 15h, na Figueira de Melo, o juiz será Alan Trindade da Silva. Os auxiliares serão Thiago Filemon e Júlio César Gaudêncio. Não haverá VAR.
Já na partida envolvendo São Cristóvão e Serrano, pela semifinal da Série B1 neste sábado, às 15h, na Figueira de Melo, o juiz será Alan Trindade da Silva. Os auxiliares serão Thiago Filemon e Júlio César Gaudêncio. Não haverá VAR.






