30/12/2020

BONSUCESSO ESTREARÁ NA SÉRIE B2 APENAS EM SETEMBRO DE 2021

O Bonsucesso já sabe quando voltará aos gramados em 2021. E vai demorar. A Série B2 tem previsão de início apenas em setembro. Em Assembleia Geral realizada nesta terça-feira, sem a participação de dirigentes do rubro-anil já que a FERJ não reconhece o mandato de Ary Amâncio após o dia 3 de setembro, os representantes das equipes aprovaram o calendário esportivo, a previsão orçamentária para o próximo ano e implementações no Regulamento Geral de Competições (RGC).

Todos os pontos expostos pelo presidente da FERJ, Rubens Lopes, o diretor de competições, Marcelo Vianna, e o diretor financeiro, Claudio Costa, foram debatidos e aprovados por unanimidade em reunião virtual.

A Série B2 começará no domingo, dia 26 de setembro, após o início da Copa Rio, agendada para agosto. A tabela ainda não foi disponibilizada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, mas em 2020, a competição foi disputada em quatro fases: Taça Maracanã (1º Turno), Taça Waldir Amaral (2º Turno), Turno Semifinal e Turno Final.

Até lá, a nova diretoria terá tempo suficiente para colocar a casa em ordem e preparar um time minimamente decente para subir para a B1 em 2022. O caminho será longo até uma elite novamente.

29/12/2020

AÇÃO CONTRA A LIGHT TEM ERROS E APONTA DÍVIDA SUPERIOR A R$20 MIL


A ação que o Bonsucesso move contra a Light na 39ª Vara Cível por danos morais e materiais após o corte de fornecimento de energia elétrica durante a pandemia possui uma série de equívocos. O processo inclusive foi citado no pedido de anulação das eleições e da suposta gestão temerária do clube.

O Fanáticos pelo Cesso teve acesso a ação contra a concessionária, datada em 16 de novembro de 2020. No documento, o clube alega que tanto Nilton Bittar como José Ricardo Leite de Brito advogam pela instituição. Entretanto, três dias antes, Ary Amâncio assinara uma procuração dando plenos poderes a José Ricardo Leite de Brito, que inclusive, assina sozinho a petição contra a Light. Essa procuração ainda apresenta um erro crasso já que cita José Simões, ex-presidente do Bonsucesso.





No dia 10 de dezembro, um substabelecimento assinado por José Ricardo Leite de Brito para Nilton Bittar foi feito, mas até o presente momento não foi anexado ao processo contra a Light. Tal documento consta apenas na ação envolvendo os beneméritos, como forma de tentar comprovar por parte do então vice-presidente que ele é autorizado a responder pelo clube em juízo.

Ao longo do processo contra a concessionária de fornecimento de energia elétrica, o advogado José Ricardo Leite de Brito apresentou outros documentos como um pedido de tutela antecipada, anexado no dia 1º de dezembro de 2020, e um requerimento em caráter de urgência no próprio dia 10 de dezembro, ou seja, dois dias antes das eleições, exigindo o restabelecimento da luz na sede, sob a alegação de prejuízo no pleito.


Não bastasse essas contrariedades na ação, o documento apresentado na justiça contra a Light cita erroneamente o Olaria Atlético Clube em quatro oportunidades, dando a impressão que o documento é um suposto plágio.

No processo contra a concessionária, o Bonsucesso alega que durante a pandemia 'perdeu a grande maioria dos seus associados, quiçá a sua totalidade de associados, permanecendo apenas os associados vitalícios, haja vista, a debandada dos associados resultou drasticamente em queda financeira na arrecadação do clube.'

O clube reforça que a luz foi cortada no dia 16 de março de 2020 e que até o penúltimo mês do ano, o estádio ficou fechado. Na ação, o Rubro-Anil diz que as faturas 'estão em desconformidade, levando em consideração que, estamos vivendo em meio de uma pandemia, e o Bonsucesso F. C. ficou impedido de funcionar em razão de decretos Municipal e Estadual, todavia, não há que adimplir com as faturas do consumo de energia elétrica dos meses Março a Outubro de 2020, nos valores informados'.

Como a sede na Teixeira de Castro estava fechada, o jurídico argumentou através da  Resolução 414/2010 da ANEEL que, 'em caso de impedimento ao acesso do medidor, as faturas devem corresponder às médias aritméticas dos valores faturados nos 12 (doze) últimos ciclos de faturamento anteriores à constatação do impedimento'. 

Segundo o relato, o débito de março a novembro chega a casa de R$22.201,90. A diretoria chegou a apresentar alguns dos valores:

- Março: R$ 3.121,66
- Abril:  R$ 1.709,88
- Maio: R$ 2.923,45
- Junho: R$ 2.431,47 
- Julho: R$ 3.513,28 
- Agosto: R$ 4.428,62
- Setembro: R$ 4.073,54

Não bastasse o 'copia e cola' da ação, o advogado do Bonsucesso não se deu nem ao zelo de trocar o nome dos clubes e ter atenção ao período de inadimplemento das contas. Na página 8 da petição, consta o prazo em aberto do Olaria - de março a agosto -, totalizando R$36 mil, números que são incompatíveis aos iniciais apresentados. 

A ação do Bonsucesso ainda frisa na página 13, designada como 'reversibilidade da decisão': "É importante ressaltar que, como narrado, o Atlético Clube Olaria presta serviço social nas modalidades de Futebol, Futsal, Natação e esportes olímpicos, sendo salutar conveniência o reestabelecimento do fornecimento de energia elétrica para os fins de reestabelecimento dos serviços sociais prestados para a sociedade, em contrapartida, consigna-se o valor de R$36.000,00 (trinta e seis mil reais)'.

A justiça está em recesso e o prazos estão suspensos até 20 de janeiro. A FERJ não reconhece o mandato após o dia 3 de setembro e por isso, o Bonsucesso foi excluído da última Assembleia Geral. Os associados não sabem o futuro do clube. Procurado, o advogado José Ricardo Leite de Brito alegou problemas familiares e não quis responder aos nossos questionamentos sobre a ação e a relação com a diretoria.

24/12/2020

FANÁTICOS PELO CESSO DESEJA A TODOS UM FELIZ NATAL


O Fanáticos pelo Cesso deseja a todos um Feliz Natal! Que seja um dia de paz, amor, reflexão, harmonia e prosperidade. Que Jesus possa abençoar cada um com muita saúde! Continuaremos acompanhando o dia a dia do centenário clube em 2021 com notícias exclusivas, reportagens especiais, entrevistas e muito mais! Siga nossa página e fique por dentro de tudo que acontece no Rubro-Anil!

Abraços e beijos,
Fanáticos pelo Cesso

18/12/2020

FERJ NÃO RECONHECE MANDATO E CLUBE ESTÁ FORA DA ASSEMBLEIA

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro publicou a convocação dos filiados para participar da Assembleia Geral, que discutirá o Regulamento Geral das Competições e as contas no exercício de 2020. A reunião virtual acontecerá na terça-feira, dia 29. 

O Bonsucesso não foi convidado para participar das decisões já que a FERJ afirma que o clube não está em conformidade com o 'mandato em vigor' e não apresenta 'condições estatutárias até o mês antecedente a Assembleia Geral (30/11/2020)'.

O clube enquadra-se em filiação definitiva, regularidade financeira (débitos), cadastro anual atualizado, inativo ou licença, não deixou de participar de competição obrigatória em 2020, esteve inscrito em competição e não está suspenso pelo TJD-RJ. 

Na Série B1, outros oito clubes também estão vetados a voz e voto (Angra dos Reis, Duque de Caxias, Goytacaz, Olaria, Rio São Paulo, São Gonçalo, Serra Macaense e Serrano). Apenas Artsul, Audax, Gonçalense, Maricá, Nova Cidade, Nova Iguaçu e Sampaio Correa poderão dar sugestões e aceitar ou não os termos da Assembleia. Clubes da Série A, B2, C e das Ligas Municipais também participarão, desde que, em conformidade com os pré-requisitos.

O documento é assinado pelo presidente Rubens Lopes e promete ser mais um 'ingrediente' na batalha judicial na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça, que julga se as eleições na segunda quinzena de dezembro tiveram validade. O presidente eleito Nilton Bittar recebeu cinco dias úteis para se pronunciar após os beneméritos ingressarem com uma réplica, apontando irregularidades no mandato.

Como o fórum entrou em recesso nesta sexta-feira, o caso só deve voltar a pauta do juiz Ricardo Cyfer em 20 de janeiro, quando os tribunais retomarão o expediente.

17/12/2020

FREGUÊS! BONSUCESSO JÁ DERROTOU O PODEROSO RIVER PLATE EM 1975

O jornal Mundo Deportivo registrou a vitória do Bonsucesso sobre o River
Foto: Reprodução

Você sabia que o Bonsucesso já enfrentou um dos clubes mais tradicionais da Argentina? Não só isso. Venceu o River Plate de Fillol, Perfumo, J. J. López, Beto Alonso, Pedro González e Oscar Más... na Espanha. Pois é. Em 1975, o Rubro-Anil foi convidado para participar da penúltima edição do tradicional Torneio Conde de Fenosa, que tinha o Deportivo La Coruña, então na Segunda Divisão, como anfitrião. 

A competição que marcava o fim do verão espanhol teve duração entre 1968 a 1976. Além do Bonsucesso, apenas Flamengo e Atlético-MG foram outros clubes brasileiros convidados. O Rubro-Negro esteve no primeiro torneio triangular, porém, foi eliminado pelo Racing por 2 a 0. O Galo foi campeão na última edição ao derrotar os donos da casa por 4 a 2. 

Em 1975, o regulamento estabelecia além da pontuação de vitória e saldo de gols, uma contagem de pênaltis. Logo após o término da partida, os times cobravam tiros livres e no final da série contabilizavam para a pontuação os números de gols marcados.

Na estreia, o Leão da Leopoldina perdeu para o La Coruña por 1 a 0 e 4 a 2 nos pênaltis. Na sequência, voltamos a primeira linha da matéria. Com uma grande atuação do goleiro Pedrinho, o Bonsucesso venceu o River Plate por 1 a 0, no estádio Riazor. Nas penalidades, derrota por 4 a 3. 

Na última rodada, o La Coruña perdeu no tempo normal para os argentinos por 2 a 1 e venceu nos pênaltis por 5 a 1. Os clubes brasileiro e o espanhol terminaram a competição em igualdade de pontos, saldo e tiros livres, mas o Bonsuça perdeu o troféu em virtude do confronto direto.

De qualquer modo, chamou muito a atenção dos europeus a atuação do modesto clube do bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Após uma nona colocação no Campeonato Carioca, a excursão era uma forma de captar dinheiro, entretanto, foi muito além. O clube vendeu caro a derrota para os donos da casa com um gol apenas aos 41 minutos da etapa complementar (Cocco). 

Diante dos Milionários, que tinham acabado de conquistar o Torneio Metropolitano na Argentina, o Bonsucesso não se intimidou e segurou as pontas com a vantagem no placar até a expulsão de Héctor López, que amenizou a pressão. O gol foi marcado por Oliveira, mas o site RSSSF aponta que Clivatra teria feito o único gol do jogo aos 29 minutos do primeiro tempo.

Os recortes dos jornais não deixam dúvidas da importância do feito pra cima da equipe comandada pelo técnico Ángel Labruna. Confira abaixo alguns detalhes sobre o jogo e a competição que mais tarde foi denominada como Troféu Teresa Herrera.


Bonsucesso: Pedrinho; Silva, Nilo, Nilson; Antunez, Carlos Alberto; Naldo, Oliveira, Paulo Reina (Lourenzo), Marco Antonio (Julio César) e Chiquinho.

River Plate: Fillol; Perfumo, Héctos Lopez, Comeiles; Raimondo (Artico), Pena; González (Pasarella), J.J. López, Reinaldi (Baballa), Alonso e Mas.

Gol: Oliveira


1º jogo (29/08/75): La Coruña 1 x 0 Bonsucesso

Tiros livres: Bonsucesso 4 x 2 La Coruña

2º jogo (30/08/75): Bonsucesso 1 x 0 River Plate

Tiros livres: River Plate 4 x 3 Bonsucesso


3º jogo (31/09/75): La Coruña 1 x 2 River Plate

Tiros livres: La Coruña 5 x 1 River Plate


CLASSIFICAÇÃO

Equipes         Pts V D GF GC S Tiros Livres

1º La Coruña 02 01 01 02 02 0 07

2º Bonsucesso 02 01 01 01 01 0 07

 River Plate 02 01 01 02 02 0 05 


Colaboração: George Joaquim

16/12/2020

BATALHA JUDICIAL PODE PRORROGAR DECISÃO SOBRE ELEIÇÃO PARA A SEGUNDA QUINZENA DE JANEIRO

Time comemora o título da Copa Rio após vitória sobre a Portuguesa
Foto: João Carlos Gomes/Bonsucesso

Nesta terça-feira (15), o advogado Marcelo Santiago, que defende os beneméritos que pedem a anulação da eleição no Bonsucesso por supostas irregularidades, ingressou com uma réplica na 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Na petição, os sócios afirmam que a procuração apresentada por Nilton Bittar refere-se tão única e exclusivamente  a briga judicial contra a Light, exemplificando que o clube não se faz representado por ele nos tribunais e reforçam a relação próxima com Marcelo Salgado (ex-gestor do futebol), citando inclusive uma matéria do G1, que traz detalhes do afastamento do ex-presidente da SUDERJ por contratos suspeitos. 

O documento ainda contém uma reportagem do site Futrio, detalhando a 'paciência' do clube para escolher a vaga na Copa do Brasil ou na Série D do Brasileiro após o título da Copa Rio em 2019. A opção pela competição de mata-mata daria uma premiação inicial de R$500 mil (a diretoria acabou desistindo de participar de qualquer torneio). Nos autos, os beneméritos relembram uma confissão de dívida milionária do clube a favor de Salgado.

Diante da nova rodada de acusações, o juiz Ricardo Cyfer deu cinco dias úteis para que os réus apresentem nova defesa antes do julgamento do processo. Os sócios analisam criteriosamente qual passo pode ser dado durante a semana já que na próxima sexta-feira, o fórum entrará em recesso e só retomará o experiente em 20 de janeiro de 2021. Nesse período, Nilton Bittar poderá tomar posse na virada do ano, mesmo diante da eleição sob júdice e que poderá ser anulada posteriormente.

Ainda assim, a chapa vencedora nas eleições do Bonsucesso no último fim de semana, prepara uma confraternização na Teixeira de Castro no próximo domingo. Inclusive, uma das peladas de fim de ano que já estava agendada no gramado do estádio Leônidas da Silva poderá sofrer alteração no horário justamente para contemplar a 'festa da vitória'. Cabe ressaltar que, o aluguel do gramado tem sido uma alternativa para mitigar os problemas financeiros em 2020.

Um lembrete: (pelo menos) usem máscaras!

15/12/2020

NILTON BITTAR APRESENTA DEFESA E ACUSA AÇÃO DE ATO POLÍTICO

Nilton Bittar ao lado de Ary Amâncio no aniversário de 106 anos do clube
Foto: Reprodução

A eleição no Bonsucesso ainda não terminou. Apesar do resultado expressivo de Nilton Bittar nas urnas no último sábado, a ação que corre na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pode causar uma reviravolta no pleito. O 'Fanáticos pelo Cesso' teve acesso a defesa do Bonsucesso e a de Nilton Bittar, que defende o clube e advoga em causa própria (1º e 3º réus), rechaçando gestão temerária e irregularidades na prorrogação do mandato do Conselho Administrativo. 

Durante o ofício enviado nesta segunda-feira, data limite apontada pelo juiz Ricardo Cyfer, o presidente eleito afirmou que 'houve normalmente a eleição no clube na forma de seu Estatuto, assim como respeitando os poderes do clube.'

Nilton Bittar ainda cita que tem experiência no mercado há mais de 30 anos e classifica como a 'nata' dos integrantes da sua chapa, incluindo 'Grande Beneméritos, Beneméritos, Proprietários sem contar com famílias tradicionais do clube'. O presidente eleito cita que a ação dos sócios Cláudio Menezes, Ronaldo Nascimento e George Joaquim Machado tem cunho político, considerando todos como integrantes da chapa de oposição - inelegível às vésperas das eleições.

Bittar cita que os autores da ação 'mentem em cerca 90%' (não diz o que há de veracidade no processo) e defende que a eleição foi marcada devidamente pelo presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira. Ele enumerou o que considera 'mentiras apresentadas em juízo':

Primeiramente, Bittar se defende afirmando que o desembargador apenas decidiu que o pleito fosse marcado, dando posse a Ary Amâncio em 3 de setembro de 2017 e 'em nenhum momento mandou marcar uma nova eleição após o dia 03/09/2020'. Entretanto, a decisão especifica o período correspondente ao triênio a partir da data do escrutínio. 

Ele enfatiza que 'no atual mandato TODO o clube foi pintado, o escudo foi danificado, mas devidamente consertado, assim como os gestores não usam do hall para estacionamento, sendo os mesmos eventualmente foi utilizado por solicitação da prefeitura e sés Gestores, que lá estiveram reunidos para distribuição de cestas básicas, fato este público e notório'. A foto anexada na defesa, porém, aponta para a torre sem a devida conservação.

Nilton Bittar considera como 'ridícula' a afirmação extraída nos autos do processo de que o ginásio está totalmente destruído e que teria sido leiloado durante o atual mandato. Ele acusa Cláudio Menezes, um dos autores da ação, como presidente do Conselho Deliberativo em 2013, data em que o espaço deixou de pertencer ao Bonsucesso.

O presidente eleito considera 'absurdo campeão' a citação da confissão de dívida com o ex-gestor do futebol, Marcelo Salgado. Segundo a defesa, 'num ato de extrema competência da gestão atual, quer seja dos réus, houve uma negociação espetacular com a efetivação do acordo, HOMOLOGADO EM JUÍZO EM PROCESSO ELETRÔNICO ABERTO AO PÚBLICO, no qual transigiu por menos de 30% do risco processual'. O valor inicial do processo era de R$5 milhões.

Por fim, Bittar reforça, baseando-se no Estatuto, que as eleições foram marcadas corretamente na segunda quinzena de dezembro e 'seria impossível a marcação também em face da pandemia, já que os clubes estavam fechados com base nos órgãos municipais, apesar correto era seguir os termos de seu Estatuto.'

O dirigente anexou um documento assinado por Brazelino Vieira que já confirmava em outubro, portanto, antes da pandemia, as eleições na segunda quinzena de dezembro de 2020 (confira abaixo).


DOCUMENTO CONFLITANTE


Um documento anexado por Nilton Bittar é no mínimo curioso. A procuração assinada por Ary Amâncio em 13 de novembro de 2020 aponta o nome também do ex-presidente José Simões, que não faz parte da última gestão e está inelegível por 10 anos. O ofício aponta o advogado José Ricardo Leite de Brito como responsável por uma ação do clube contra a Light.


O Fanáticos pelo Cesso não conseguiu confirmar se Ary Amâncio se pronunciou até o fim da noite desta segunda-feira já que também é (2º) réu no processo. O juiz Ricardo Cyfer deve protocolar a decisão ao longo do dia. Caso defira o pedido, um interventor deve ser anunciado para convocar novas eleições no Bonsucesso. Caso contrário, Nilton Bittar tomará posse.

13/12/2020

NILTON BITTAR É ELEITO O NOVO PRESIDENTE DO BONSUCESSO SOB DESCONFIANÇA NESTE SÁBADO


Nilton Bittar foi eleito o novo presidente do Bonsucesso em uma eleição realizada neste sábado sob desconfiança. A decisão judicial, na última sexta-feira, permitiu a realização do pleito com chapa única, apesar da ação de sócios que tentam a inelegibilidade do conselho administrativo. A eleição teve 95 votos para a Chapa Verde, um nulo e um branco. 

Ao longo do dia, na sede da Teixeira de Castro, houve bate-boca, reclamações da lista incompleta de sócios aptos para o voto e incerteza se o mandato pelo próximo triênio será cumprido.

O então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira não compareceu ao clube. O vice, André Bittar, também não presidiu as eleições. Um outro responsável teria sido colocado à frente do pleito, desrespeitando o estatuto. O
'Fanáticos pelo Cesso' recebeu uma foto do suposto substituto pelas eleições, porém, não conseguimos identificá-lo.

Em contato, Brazelino Vieira confirmou a informação que trouxemos ao longo da semana de que ele está com suspeita da COVID-19.

"Estou em quarentena e não posso sair de casa. Não sei quem presidiu as eleições. Só liguei ao fim da tarde para saber se tudo ocorreu bem e foi tudo certo, mas o resto eu não sei. Não assinei a ata, não pude ir. Tem que ligar para o (Nilton) Bittar ou o pessoal lá. O André Bittar é o vice (da Assembleia), mas estou por fora. Estou mais perdido do que não sei o que com o Bonsucesso", afirmou. 

Pela manhã, antes da chegada da Polícia Militar, o sócio César Augusto e o candidato à presidência tiveram uma áspera discussão.

"Fui votar com as mensalidades pagas, carteirinha do clube e identidade. Porém, o Brazelino Vieira (então presidente da Assembleia Geral) que deveria estar à frente das eleições não compareceu. Perguntei quem estava comandando o pleito, mas jamais vi aquele senhor no Bonsucesso (disse se referindo a quem capitaneou a eleição sem citar o nome). Enquanto eu estava na sede, fui confrontado pelo Nilton Bittar, que me disse que eu não poderia ficar ali. Disse pra ele que pago em dia e frequentava o clube desde a barriga da minha mãe. Portanto, eu tinha direito a permanecer no clube a hora que eu quisesse. Avisei que ninguém me tiraria do Bonsucesso. Ele disse que chamaria a polícia. Avisei pra chamar já que o acusaria de uma série de irregularidades", disse César Augusto.

O sócio proprietário Vitor Maia afirmou que o seu direito a voto também foi decidido de última hora já que seu nome não constava na lista, apesar de estar em dia com as mensalidades.

"Sou sócio proprietário desde 2016, porém, meu nome não estava na ata de votação. Estou com todos os pagamentos na mão. O candidato Nilton Bittar chamou a Dona Olga (Ribeiro), secretária do clube, que assinou atrás do meu recibo, dando direito a participar. É uma bagunça. Eles não têm o número de eleitores no Bonsucesso", garantiu.

Comprovante assinado no verso pela secretária do clube
Foto: Reprodução

O juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, aguarda o posicionamento do clube e do então presidente Ary Amâncio e de Nilton Bittar até a próxima segunda-feira, antes de dar a decisão na ação movida por beneméritos do clube, que tentam a anulação do pleito por supostas irregularidades e gestão temerária.

Caso o processo seja deferido, a justiça deve promover um interventor que convocará novas eleições. Resta saber quem assinou a ata da eleição? O 'Fanáticos pelo Cesso' tentou contato com o presidente eleito Nilton Bittar, porém ele não atendeu nossas ligações.

11/12/2020

ELEIÇÕES DO BONSUCESSO ESTÃO NAS MÃOS DO JUIZ RICARDO CYFER


As eleições do Bonsucesso acontecerão neste sábado, das 9h às 16h, com chapa única de Nilton Bittar, mas o pleito ainda pode ser anulado pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após a ação movida por beneméritos que pedem a inelegibilidade dos integrantes do conselho administrativo por supostas irregularidades no mandato.

Nesta sexta-feira, o juiz indeferiu o pedido de tutela provisória, que suspenderia as eleições amanhã (12). Segundo a decisão, Ricardo Cyfer irá aguardar o prazo dado de 72h, ou seja, até segunda-feira (14), para que o clube se manifeste em juízo depois do mandado.

"A realização das eleições designadas para amanhã, na forma como se apresenta todo o conjunto fático que as caracteriza, com apenas a chapa da situação concorrendo, a eventual vitória dessa chapa apenas fará se prolongar no tempo a situação que hoje se apresenta, contra a qual se levantam os autores.

Ou seja, sagrando-se vencedores os atuais administradores do 1.º réu, a administração destes continuará sendo exercida pelas mesmas pessoas que hoje o fazem, e o objetivo primeiro da presente ação continuará em voga, aguardando-se a regular citação do 2.º e do 3.º réus, o decurso do prazo para manifestação destes sobre o pedido de tutela provisória, para que, enfim, se possa apreciá-lo adequadamente", diz parte da decisão do juiz Ricardo Cyfer.

Na véspera das eleições, a sede na Teixeira de Castro estava fechada e sem movimentação para receber a votação nas próximas horas.


BOCA MIÚDA

O candidato da oposição, Jorge Ribeiro Marques, que teve a chapa impugnada por certidões fora da validade, foi informado pela esposa do então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que o mesmo estava com sintomas da COVID-19 e que não poderia encontrá-lo para uma nova reunião nesta quinta-feira, após no dia anterior não informá-lo sobre o problema de saúde. 

"Boa noite! Eu sou a companheira do Brazelino, ele está doente. Tá com suspeita de covid 19, está em casa em isolamento. Por encanto (sic) está com tosse, dor no corpo e febre baixa, estou monitorando", diz a mensagem que o Fanáticos pelo Cesso teve acesso.

Jorge Ribeiro Marques alegava prazo curto para entrega de novos documentos para participar das eleições marcadas para a segunda quinzena de dezembro já que sua inscrição era para concorrer em setembro, seguindo a ordem judicial.

Caso não possa participar do pleito, Brazelino Vieira deve ser substituído pelo então vice-presidente da Assembleia Geral, André Estácio Bittar.


NO MUNDO DA BOLA

O juiz Ricardo Cyfer já esteve envolvido em outro episódio ligado ao futebol esse ano. Foi ele o responsável por indeferir o pedido de liminar da Globo, que tentava impedir que o Flamengo transmitisse os jogos na reta final do Campeonato Carioca, baseado na Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em junho, a 'Revista Veja' informou que, o juiz Ricardo Cyfer é rubro-negro e já publicou fotos no Maracanã com a camisa do clube, sendo inclusive, um admirador do ex-jogador rubro-negro, Vagner Love.

10/12/2020

SEDE DO BONSUCESSO SOFRE COM PROBLEMAS ESTRUTURAIS


O próximo presidente do Bonsucesso terá muitos problemas ao assumir tamanha responsabilidade em um clube deficitário. O 'Fanáticos pelo Cesso' recebeu vídeos que demonstram diversas falhas estruturais na sede do clube, na Avenida Teixeira de Castro. Fechado durante os meses mais críticos da pandemia, o conselho administrativo continuou cobrando uma taxa de R$60,00 aos sócios, que procuraram o Blog para reclamar da falta de zelo com uma instituição centenária. O estádio Leônidas da Silva só foi reaberto para receber o elenco, que treinava no local para a disputa da Série B1 do Campeonato Carioca.

Recentemente, o Bonsucesso recebeu uma feira de roupas, acessórios e artesanatos, como forma de captar recursos para reduzir as despesas já que a energia elétrica segue cortada por inadimplemento.

Pelas imagens, o muro dos fundos da sede está deteriorado com acúmulo de lixo, a arquibancada social apresenta mato, o telhado tem falhas, o banheiro está com condições inapropriadas, o ginásio (leiloado) está abandonado e a piscina continua interditada com a água apresentando uma coloração esverdeada. 

Nos últimos dias, funcionários recolocaram o escudo do Bonsucesso na torre da fachada. Parte da arquibancada, onde encontram-se as históricas cabines de rádio, iniciou uma pintura, mas a diretoria alegou que nos últimos dias, as chuvas e um problema com o funcionário responsável pela obra atrasou o andamento da revitalização.


Por ora, as eleições estão mantidas para o próximo sábado com chapa única, encabeçada por Nilton Bittar. O então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, tornou inelegível a chapa de oposição de Jorge Ribeiro Marques, alegando que as certidões entregues estavam fora da validade.

Beneméritos do clube tentam suspender o pleito na justiça alegando supostas irregularidades no mandato, que foi estendido até o fim do ano. O juiz da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Ricardo Cyfer, cobrou esclarecimentos de Ary Amâncio, Nilton Bittar e do clube, em um prazo máximo de 72 horas. Todos já foram notificados. Caso ocorra a eleição, os sócios pretendem anulá-la.

09/12/2020

SÓCIOS PEDEM A SUSPENSÃO DAS ELEIÇÕES NO PRÓXIMO SÁBADO


A eleição do Bonsucesso continua tumultuada. Nesta quarta-feira, a oficial de justiça, Ana Cristina Reddo, esteve no endereço da filha do presidente Ary Amâncio Pereira para entregar a intimação para que ele preste esclarecimentos sobre o processo ajuizado pelos beneméritos Cláudio Menezes, Ronaldo Nascimento e George Joaquim Machado, que transcorre na 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, por suposta gestão temerária e prorrogação indevida do mandato à frente do Bonsucesso. Outros ofícios também foram expedidos para o vice-presidente Nilton Bittar e ao próprio clube, todos réus citados na ação.

Como descrito no documento abaixo, a filha de Ary Amâncio, Alba Valéria, informou que o dirigente não estava na residência já que tem um quadro de saúde delicado e encontrava-se na casa de outros parentes. De qualquer modo, a citação ficou sob posse de Alba Valéria para entregar ao genitor.


Até a publicação dessa reportagem, não conseguimos apurar se Nilton Bittar também foi notificado hoje (9). O clube recebeu a intimação. Todos tem um prazo de até 72h para se pronunciarem antes da decisão do juiz Ricardo Cyfer, que pode torná-los inelegíveis.

Ciente do tempo curto até as eleições agendadas para o próximo sábado, o advogado Marcelo Santiago, que defende os sócios do Bonsucesso, ingressou com uma petição pedindo validade na citação do presidente Ary Amâncio e solicitou a suspensão do pleito.

"Eles estão se escondendo das citações para dar tempo para as eleições acontecerem", afirmou Marcelo Santiago.


'DEU CANO'

Em outra linha, Jorge Ribeiro Marques agendou uma reunião no escritório de Brazelino Vieira, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para apaziguar o cenário tenso das eleições. Porém, o então presidente da Assembleia Geral não compareceu.  O candidato da oposição tentará encontrá-lo novamente nesta quinta-feira. 

O 'Fanáticos pelo Cesso' apurou que Jorge Ribeiro Marques irá apresentar as novas certidões com um recurso, exigindo a participação no pleito, após Brazelino Vieira descartar os documentos no último dia 2, alegando que estavam fora da validade.

Entre uma das contestações está o prazo curto para entrega das declarações já que o edital para as eleições foi publicado no 'Jornal Expresso' no dia 7 de novembro, cinco dias antes do 'deadline' para inscrição das chapas.

A Chapa Azul apresentou a documentação necessária para participar das eleições que poderiam ocorrer três meses atrás, mediante a ordem judicial que tornou Ary Amâncio o último presidente do Bonsucesso até 3 de setembro de 2020. 

A ação dos sócios contesta a prorrogação do mandato até 31 de dezembro de 2020, como o blog já trouxe informações anteriormente. Discute-se a viabilidade de acionar a Polícia Civil, caso não considerem a inclusão da oposição nas eleições.

08/12/2020

FERJ CONSIDERA REABRIR PROCESSO DE RECONHECIMENTO DO TÍTULO DO CESSO NA LIGA SUBURBANA DE 1919

Revista trazia o time campeão do Bonsucesso em 1919
Foto: Reprodução Revista Excelsior

Já imaginou gritar novamente 'É campeão' pouco mais de 100 anos depois? O Bonsucesso aguarda até hoje a solicitação na FFERJ para reconhecer o título da 1ª Divisão da Liga Suburbana de Futebol de 1919. Para entender o contexto é necessário saber o que a história representa.

A competição que abrangia clubes de zonas menos favorecidas do Rio de Janeiro e contava com equipes como Bonsucesso F.C, Engenho de Dentro A.C, Dois de Junho F.C, Confiança A.C, Cascadura F.C, Mavillis F.C, Dramático de Realengo e C. A. Central acontecia paralelamente a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, que possuía os times que mais tarde seriam considerados grandes do Rio de Janeiro.

Perante um esporte ainda elitista, a LSF seguia na contramão e abraçava os jogadores menos favorecidos no futebol desde 1916. O Bonsucesso chegou à elite da Liga após conquistar a Segunda Divisão em 1918. No ano seguinte, em uma edição extremamente politizada e marcada pela desistência de algumas equipes, como o Engenho de Dentro (era o tricampeão) que perdeu jogadores para o Vasco da Gama, o Rubro-Anil da Leopoldina 'passou o trator' para faturar o caneco. Foram oito vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas na campanha.

O 'scratch' do Bonsucesso tinha: Mingote; Alamiro (um dos fundadores do clube) e Sinhô; Mathias, Bacharel e D. Julia; Flávio, Caballero, Doca, Martins e Basilio.

Historiador do clube, George Joaquim Machado já trouxe informações sobre a competição no Blog Fanáticos pelo Cesso através da coluna 'Resgatando a História' em 2010 (confira no link). Em contato novamente com a página, o torcedor demonstra tristeza com a falta de resposta da FERJ.

"
Publiquei matérias sobre o cenário preconceituoso do futebol carioca, da conquista do Bonsucesso e a crítica contra a Federação de Futebol do Rio de Janeiro por não reconhecer nosso clube em sua galeria de campeões da primeira divisão. Em 2010, comecei essa campanha pelo reconhecimento de nosso título e em 2011, o presidente José Simões abraçou a causa. O presidente Rubens Lopes nos atendeu gentilmente para receber o ofício do Bonsucesso na sede da entidade. Era um requerimento para que a Federação aceitasse o titulo suburbano como título carioca", frisou George Joaquim que complementou.

"A Federação tinha um link dentro de seu site que organizava por ano um quadro de campeões. E dentro desse quadro havia até o título 'fantasma' de 1912 do Botafogo. Então, se a Federação reconhecia títulos fantasmas de outras equipes, deveria também reconhecer os títulos suburbanos. Rubinho aceitou o ofício e prometeu que seria criada uma comissão para estudar o nosso pedido. Depois desse encontro com o presidente da FERJ, nunca mais se falou no assunto", garantiu o elaborador do requerimento que também é benemérito do clube.

Em entrevista ao jornalista Silvio Barsetti, do Estado de São Paulo, em 2011, o ex-presidente José Simões afirmou que tentaria resgatar a história legítima do clube, documentada em arquivos da época já que o próprio Bonsucesso não tinha subsídios para sustentar o pedido.

"Os troféus estão espalhados, a história, fragmentada. Quero recuperar a memória do clube", disse o ex-dirigente.

Em contato recente, Zeca Simões afirmou que a FERJ até hoje não se posicionou, mas cobra a legitimidade do título estadual.

"Lamentavelmente a FERJ não se posicionou, apesar de nos reunirmos à época com o presidente Rubens Lopes pedindo o reconhecimento do título."

Na entrevista ao Estado de São Paulo, Sassá, meio-campo que carregou a braçadeira de capitão do Rubro-Anil, ficou empolgado com a possibilidade de reconhecimento do título estadual de 1919.

"Já pensou? Se (o título) for confirmado, isso vai nos valorizar. Estaríamos jogando num clube campeão carioca."

Tivemos acesso ao documento do Bonsucesso que foi entregue à FERJ em 25 de abril de 2011. Confira abaixo:










Procurada, a FERJ encaminhou a seguinte nota oficial: "A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro reabrirá o processo de postulação do título de 1919, feito pelo Bonsucesso Futebol Clube, mediante a atualização dos documentos pertinentes."

A entidade só não explicou por qual motivo não houve resposta ao longo de nove anos. Caberá ao novo presidente do clube lutar pelo direito do Bonsucesso. O jornalista Silvio Barsetti recolheu notícias da época para comprovar a veracidade do torneio e a importância dada pelos veículos de comunicação. Veja abaixo:


"No espaçoso e bem tratado ground do primeiro (Cascadura), encontrar-se-ão no próximo domingo, 5 do corrente, em disputa do campeonato da 1ª Divisão da Liga Suburbana de Football, as valorosas equipes dos disciplinados clubes (Cascadura e Bonsucesso)..."

Gazeta de Notícias  (03/10/1919)


"Realizou-se no domingo... o jogo de campeonato entre os dois clubes (Dois de Junho x Bonsucesso)... O aspecto da bella praça de sports do Riachuelo era deslumbrante; pois as archibancadas estavam apinhadas de centenas de apreciadores do sport bretão, que applaudiam a cada instante os passes emocionantes dos litigantes... Terminou assim a pugna com um empate de 2 x 2."

Correio da Manhã  (11/11/1919)


"Finalizou domingo último o campeonato da Liga Suburbana de Football com a victoria do Bonsucesso, que obteve 21 pontos, tendo derrotado os clubes Modesto, Central, Cascadura, Dois de Junho, Dramático e Mavilles e empatado com o Riachuelo e Confiança e perdido para o Engenho de Dentro no 1.º turno (...). Assim, na próxima sessão do conselho dessa entidade suburbana será proclamado campeão da 1.ª divisão o Bonsucesso FC."

Jornal do Brasil (12/11/1919)


Fonte: Estado de São Paulo

07/12/2020

JUSTIÇA CONVOCA DIRETORIA PARA ESCLARECER PRORROGAÇÃO DE MANDATO E GESTÃO TEMERÁRIA



As eleições do Bonsucesso podem sofrer uma reviravolta na semana decisiva. Sócios entraram com uma ação na 10ª vara cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pedindo a inelegibilidade da atual direção administrativa, alegando gestão temerária por supostas irregularidades à frente do clube, incluindo a prorrogação indevida do mandato. O juiz titular Ricardo Cyfer convocou o presidente Ary Amâncio e o vice-geral, Nilton Bittar, em um prazo de 72h, para se manifestarem antes da decisão.

Em contato, o advogado Marcelo Santiago afirmou que o parecer judicial será fundamental para esclarecer o atual cenário eleitoral do Bonsucesso.

"Apresentamos todas as provas da má gestão ao juiz, ele deu o prazo para manifestação, é algo normal em uma ação desse porte e agora é aguardar a decisão. Não foi um processo fácil para montar. A meu ver, a decisão inicial é bem clara. O desembargador diz que o mandato terminaria no dia 3 de setembro de 2020. Dali para frente, não tem ninguém no mandato, incluindo o senhor Brazelino (Vieira) que era presidente da Assembleia Geral. Ele não tem esse poder assim como os senhores Ary (Amâncio) e Nilton (Bittar)", afirmou.

Marcelo Santiago afirmou que na inicial, os sócios pediram a participação do Ministério Público através do GAEDEST (Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor) para analisar o processo.

"Pedimos a participação do Ministério Público para analisar o procedimento porque há indícios de gestão temerária, que pode gerar sanções penais. O edital de convocação das eleições no dia 12 não teve estrutura amparada por lei para dar validade a ela. Não houve edital para lançamento de candidatura e quem fez a convocação participa da chapa da situação. Isso fere o estatuto do Bonsucesso. Saiu uma decisão recente pelo Brazelino Vieira que cassou a chapa de oposição. Como pode isso? Teria que ter uma junta para organizar às eleições. Acredito que tudo será anulado", concluiu.

O Blog Fanáticos pelo Cesso teve acesso aos autos do processo e os sócios alegam que 'a entrada da sede social, antes considerada umas das mais belas do Rio de Janeiro, hoje está irreconhecível, chegando ao cúmulo de seu escudo estar rasgado e seu hall de entrada com piso de mármore ser usado de estacionamento pelos atuais gestores.' A ação também aponta para a perda do ginásio em leilão judicial que é considerado uma 'perda gigantesca do patrimônio'.

A ação aponta para movimentações judiciais dos réus como o pagamento obrigatório "homologado no processo nº 0072734-82.2016.8.19.0001 em curso na 27ª Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de Janeiro onde foi fechado uma transação no valor R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), ou seja, assumindo valores vultosos sem qualquer comprovação de que esse valor realmente for a investido no clube Réu."

O processo ainda aponta que a Chapa Azul, de Jorge Ribeiro Marques, seria a única legalizada para concorrer ao pleito já que foi inscrita em 1º de agosto de 2020. A ação ainda aponta vacância dos cargos após descumprimento de ordem judicial. 

Os sócios pediam inicialmente novas eleições em 10 de novembro com a divulgação da lista de associados aptos a votar além de condenar os réus ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

Nilton Bittar preferiu não se pronunciar antes de ficar a par do teor do processo. Não conseguimos contato com Ary Amâncio.

05/12/2020

COVID-19: MORRE PINTINHO, PRESIDENTE DO COIRMÃO OLARIA


O Blog Fanáticos pelo Cesso se solidariza com os familiares e amigos do presidente do Olaria, Augusto Pinto Monteiro, o Pintinho, de 72 anos, que faleceu vítima da COVID-19. Ele estava internado na Clínica Balbino há algumas semanas. Além do clube da Bariri, o dirigente também tinha carinho pelo Flamengo.

Pintinho estava no seu sétimo mandato. O presidente iniciou sua trajetória no Azulão em 1955. A morte de Pintinho mexeu com o mundo do futebol. Romário e o técnico Marcelo Cabo além de clubes do Rio de Janeiro prestaram homenagens. O Olaria emitiu nota oficial assim como a FERJ.  


"Com extremo pesar, a Federação de Futebol do Estado do Rio comunica o falecimento do presidente do Olaria Atlético Clube, Sr. Augusto Pinto Monteiro, mais conhecido como Pintinho, nessa sexta-feira.

A FERJ se solidariza na dor dos familiares e amigos nesse momento de extrema tristeza para o futebol do Rio de Janeiro."

02/12/2020

ASSEMBLEIA GERAL CONSIDERA CHAPA DE OPOSIÇÃO INELEGÍVEL A 10 DIAS DAS ELEIÇÕES NO BONSUCESSO

Estádio Leônidas da Silva
Foto: Jornal do Brasil

Com consentimento dos candidatos, as eleições presidenciais do Bonsucesso ocorrerão na próxima semana, dia 12, das 9h às 16h, e os bastidores estão agitados após o rebaixamento do clube para a 4ª Divisão do Campeonato Carioca.

Nesta quarta-feira, dia 2, representantes das duas chapas estiveram na sede do clube pela manhã para uma reunião após convocação feita ontem (1) pelo presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que solicitou a presença dos postulantes a diretoria administrativa para a abertura de um envelope.

O teor do documento gerou uma série de especulações na Teixeira de Castro, mas por fim, o resultado era a inelegibilidade da Chapa Azul, de Jorge Ribeiro Marques e André Veras, pelo descumprimento de regras no Estatuto do clube. O Blog Fanáticos pelo Cesso teve acesso ao ofício que diz: 

“BRAZELINO VIEIRA ANTUNES, Presidente da Assembleia Geral, do Bonsucesso Futebol Clube, vem através do presente comunicar ao Sr. Jorge Ribeiro Marques, que foi indeferida a participação de sua chapa, em face de ausência da 3º Distribuidor Cível assim como dos vencimentos das certidões.

Tal motivo fere por completo os termos do artigo 93, inciso “G” do nosso estatuto, por conseguinte tornando a Chapa Azul inelegível, nos termos citados

1º Distribuidor Cível 08/08/2020 (início)

1º Distribuidor Criminal 08/08/2020 (inicio)

2º Distribuidor Cível 06/08/2020 (inicio)

2º Distribuidor Criminal 06/08/2020 (inicio)

3º Distribuidor Cível não apresentado

3º Distribuidor Criminal 17/08/2020 (inicio)

4º Distribuidor Cível 07/08/2020 (inicio)

4º Distribuidor Criminal 07/08/2020 (inicio)

1º Ofício interdição e tutela sim

2º Ofício de interdição e tutela sim

Obs: Certidões tem validade de 90 dias, conforme a Consolidação de Normas da Corregedoria do Estado do Rio de Janeiro"

O documentado é assinado por Brazelino Vieira em 23 de novembro de 2020 e só foi aberto pouco mais de uma semana depois, ou seja, a 10 dias das eleições.

O artigo 93 do Estatuto do Bonsucesso citado no ofício informa quais as condições para que alguém concorra ao pleito:

São condições para ser Presidente do Bonsucesso Futebol Clube:

a)      Ser brasileiro;
b)      Ter mais de 30 (trinta) anos de idade;
c)      Ter mais de 10 (dez) anos de vida associativa ininterrupta;
d)      Ser grande Benemérito, Benemérito Associado Proprietário ou Remido;
e)      Apresentar planos de metas, objetivos prioritários, modo de captação de recursos;
f)       Apresentar declarações de bens, 30 (trinta) dias antes das eleições junto com a chapa a ser registrada;
g)      Apresentar certidões negativas dos distribuidores civis, criminais, (sem sentença transitada em julgado) interdições e tutelas e da Fazenda Pública Federal e Estadual.

Em contato com o Blog Fanáticos pelo Cesso, o candidato da Chapa Azul, Jorge Ribeiro Marques, afirmou que irá recorrer para participar das eleições:

“A reunião foi para devolver a análise das chapas. Recebi um ofício do Brazelino (Vieira) comunicando que nossa chapa estava desclassificada. Estamos tomando providências ao longo da semana para participarmos do pleito. Apresentei as certidões para as eleições em setembro”, afirmou.

A data das eleições causa um verdadeiro conflito de interpretações no Bonsucesso. Conselheiros alegam que pela ordem judicial, o mandato atual do presidente Ary Amâncio deveria ser válido por três anos a partir do escrutínio em 3 de setembro de 2017.


A Assembleia Geral, entretanto, se apega ao artigo 74-A do Estatuto do Bonsucesso, que informa:

“A Assembleia Geral deve convocar eleições de três em três anos, na primeira quinzena de dezembro, para eleger os presidentes e vice-presidentes, membros efetivos e suplentes dos poderes do clube. Mas, como já informamos, as últimas eleições foram judicializadas e o mandato teria validade somente até o dia 3 de setembro. Portanto, a convocação feita pela Assembleia Geral descumpre a ordem judicial.” 

O regimento do Bonsucesso ainda diz que “a Assembleia Geral deve convocar novas eleições para preencher vagas do Conselho Deliberativo, quando seu mínimo atingir o total de 20 conselheiros  e os cargos de presidente e vice-presidente dos poderes do clube. Ou em qualquer tempo  para preencher vagas ocorridas com vacância dos membros eleitos dos poderes do clube. Ou em qualquer tempo para apreciar matéria referente aos incisos II (alteração do estatuto) e IV (destituir a diretoria administrativa) do artigo anterior (73).”


Mediante a alegação da Assembleia Geral, a única chapa inscrita para concorrer às eleições é a encabeçada por Nilton Bittar e Roberto Pinto de Oliveira. Brazelino Vieira concorre para ser novamente presidente da Assembleia Geral pela Chapa Verde.