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08/11/2023

ALUGUEL DE LOJA NO BONSUCESSO CAUSA AFASTAMENTO DO PRESIDENTE JORGE RIBEIRO MARQUES


Bonsucesso viveu dia de debate às vésperas do aniversário de 110 anos
Foto: Wandré Silva/Bonsucesso

Em meio à reta final da Taça Maracanã, a política do Bonsucesso voltou a ferver. O presidente Jorge Ribeiro Marques foi afastado por gestão temerária e improbidade administrativa, além de se tornar inelegível por 10 anos, devido o aluguel de duas lojas na sede do clube sem anuência do Conselho Deliberativo.

Em nova reunião realizada nesta terça-feira, após prazo para regularização contratual dos estabelecimentos, o Conselho manteve o desligamento do dirigente devido à  'locação verbal'. O vice-geral André Veras também renunciou ao cargo em plenário. Com isso, o presidente do Conselho, Cláudio Menezes, assume o clube interinamente até às eleições em dezembro.

Jorge Ribeiro Marques ainda tem 15 dias para apresentar defesa e evitar a suspensão definitiva, baseada nos artigos 63 e 66 da Lei Geral do Esporte e artigo 23 da Lei Pelé. O dirigente afirmou que só irá se pronunciar na justiça. André Veras não retornou nosso contato.

Os problemas envolvendo a política no clube se iniciaram às vésperas dos 110 anos do Bonsucesso. No dia 7 de outubro,
 ocorreu a primeira reunião extraordinária para tratar do tema. O impeachment do presidente chegou a ser discutido, mas os conselheiros aprovaram um prazo de 30 dias para regularizar o espaço na Teixeira de Castro.

Na ocasião, o presidente do Conselho Deliberativo, Cláudio Menezes, expôs uma irregularidade na locação de uma área destinada para atividades sociais, que transformou-se em duas lojas comerciais, sem que houvesse autorização por parte dos conselheiros para obras - custeadas pela inquilina - e o funcionamento das mesmas. 

Questionaram a falta de contrato até o fim da atual gestão em dezembro e que o acordo estava costurado verbalmente, infringindo o Estatuto do Bonsucesso. Durante a defesa, o presidente Jorge Ribeiro Marques chegou a dizer que o espaço não estava alienado.

Durante a sessão, por decisão unânime, 
também foi excluído o cargo de gerente social do Bonsucesso, anulando todas as ações do então colaborador César Augusto, afastando o sócio das funções administrativas e impedindo a permanência dele na secretaria e tesouraria do clube.

FUTEBOL X SOCIAL

Um dos pontos divergentes entre o futebol e o social eram os eventos na sede do Bonsucesso. No jogo em casa, contra o Carapebus, o estádio se dividiu entre torcedores e frequentadores de um evento agendado no salão nobre simultaneamente.

Apuramos que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro alega que eventos sociais só podem ocorrer nos estádios com entradas distintas por uma questão de segurança. Na reunião do Conselho Deliberativo, o departamento jurídico informou que o clube corria o risco de sanções por parte da entidade e WO.

Ciente da situação, a direção se comprometeu a manter os eventos agendados, avisando de antemão à FERJ sobre o esquema de segurança montado em dias de eventos e jogos, evitando, portanto, distúrbios no estádio. Na partida citada, não houve qualquer problema até pelo número pequeno de torcedores.

O Bonsucesso carrega consigo uma dívida permanente e depende dos eventos desde a reinauguração do salão para cobrir parte das despesas, enquanto o futebol sobrevive à parte com ajuda de parceiros - sem contrato assinado. Até o momento, o clube não conseguiu - assim como os demais adversários - lucrar com a bilheteria e o prejuízo da Taça Maracanã já ultrapassa os 13 mil reais, em três jogos no Leônidas da Silva (São Cristóvão, Carapebus e Rio São Paulo). Voluntariamente, Jorge Ribeiro Marques chegou a quitar dívidas do Rubro-Anil para manter a instituição funcionamento regularmente. 

O Salão Nobre passou por reformas estruturais em 2023, com melhorias na cozinha, banheiros, teto e no palco e tem sido constantemente frequentado pelos mais diversos nichos da comunidade leopoldinense.

O perfil oficial do Bonsucesso no Instagram retirou o post fixado com a foto do presidente Jorge Ribeiro Marques e o vice-geral, André Veras. A pergunta que fica agora é: o que será do futuro do clube com novos problemas nos bastidores?

CONVOCAÇÃO DAS ELEIÇÕES ANULADA

Hoje, dia 8, o presidente interino e do Conselho Deliberativo, Cláudio Menezes, assinou edital publicado no jornal 'O Dia', comunicando o cancelamento da convocação das eleições do Bonsucesso por Jayme Perpétuo, que assinara como presidente da Assembleia Geral (veja abaixo).

Pela publicação, o novo edital aponta que o chamamento foi feito por 'pessoa sem legitimidade'. Internamente, o Conselho aponta que Brazelino Vieira ainda é o presidente da Assembleia Geral. O atual mandato da diretoria se encerra no dia 12 de dezembro. 



05/02/2021

BONSUCESSO PROMETE AULAS DE ARTES MARCIAIS APÓS REABERTURA DO PARQUE AQUÁTICO E DO BAR


A atual diretoria do Bonsucesso segue se movimentando para reativar a sede social após um ano de 2020 com as atividades paralisadas devido à pandemia e problemas administrativos. Mesmo aguardando a decisão judicial na 10ª Vara Cível que pode sair a qualquer momento anulando a eleição de dezembro, o presidente eleito Nilton Bittar já restabeleceu a rotina do parque aquático com aulas de natação e hidroginástica e publicou no quadro de avisos na secretaria a atividade de artes marciais (judô, karatê e jiu jitsu) em breve.

O bar também voltou a funcionar recentemente na tentativa de captar novos sócios e angariar receitas. Nesta quinta-feira, a diretoria instalou um telão ao lado da escadaria do salão nobre para transmissão de partidas finais do Campeonato Brasileiro com direito a rodada dupla de chopp.

O clube reduziu a taxa para sócios e tem cobrado R$40,00 a mensalidade. Essa era uma das principais reclamações dos associados que pagavam R$60,00 durante o período que o clube ficou fechado e não anistiou os torcedores.


Além da ação movida por beneméritos, o último candidato à presidência da oposição, Jorge Ribeiro Marques ingressou com um processo na 17ª Vara Cível do TJ-RJ também pedindo a anulação das eleições e o afastamento imediato de Nilton Bittar, Roberto Pinto e Brazelino Vieira além da nomeação imediata de um interventor.

Em compasso de espera, o Bonsucesso segue caminhando sem ter certeza do futuro. Confira abaixo o calendário de aulas na piscina do clube:

03/02/2021

RIBEIRO MARQUES CRITICA ATUAL GESTÃO DO BONSUCESSO: "VÃO TER QUE SE EXPLICAR NA JUSTIÇA"


Como o Fanáticos pelo Cesso trouxe a informação na última terça-feira, o candidato à presidência Jorge Ribeiro Marques ingressou com uma ação na justiça pedindo a anulação da última eleição ocorrida em dezembro além do afastamento de Nilton Bittar, Roberto Pinto e Brazelino Vieira, que se proclamaram eleitos após a votação com chapa única no pleito. A oposição alega que não há legitimidade no mandato após a data final do escrutínio em setembro.

Ribeiro Marques entrou em contato com o Fanáticos pelo Cesso para explicar a ação impetrada dois meses após a eleição. Segundo ele, todas as formas possíveis para buscar o diálogo foram feitas, porém, os atuais dirigentes recusaram, não restando outra alternativa senão a judicial. 

"A eleição do Bonsucesso realizada no último dia 12 de dezembro foi permeada de fraudes, uma prática que não é novidade no clube, mas que atingiu níveis de irregularidades jamais vistas. Lógico que eu não poderia ficar indiferente ao fato e entrei na justiça, depois de votado por todos os participantes do movimento "Por Um Novo Bonsucesso", para que a eleição seja anulada responsabilizando os réus Nilton Bittar, Roberto Pinto e Brazelino Vieira pelos desmandos", disse Jorge Ribeiro Marques.

O candidato da oposição afirmou que a petição de mais de 30 páginas apresentada no TJ-RJ é autêntica e ironiza a defesa de Nilton Bittar na ação movida por sócios do clube contra a atual gestão.

"A ação elenca uma quantidade de denúncias, cada uma comprovada por documentos anexados, que não deixam dúvidas quanto à veracidade. Se numa ação anterior o Nilton (Bittar) se defendeu afirmando textualmente que 90% das acusações eram falsas, esta com a mais absoluta certeza tem 100% de veracidade", garantiu.

Ribeiro Marques alega que Nilton Bittar comandou o Bonsucesso em substituição a Ary Amâncio, que se afastou devido à problemas particulares. Segundo ele, Bittar é responsável por todo o caos criado nos bastidores para tal confusão na política do clube.

"Acontece que o Ary Amâncio operou uma perna em 19 de dezembro de 2019, ficando todo o ano de 2020 afastado do clube convalescendo desta cirurgia e por ser diabético e fazer parte do grupo de altíssimo risco. Baseado no Art. 103 parágrafo 2º do Estatuto está explícito que é atribuição do Vice-Presidente (Sr. Nilton) substituir o Presidente em seus impedimentos temporários ou definitivos", disse complementando.

"Fica claro que por todo o ano de 2020 o Nilton (Bittar) era o responsável maior pela direção do clube", afirmou.

Ribeiro Marques citou a cessão de um imóvel do clube para terceiros, que beneficiou diretamente o atual vice-presidente administrativo, Roberto Pinto.

"O Nilton Bittar Bittar há muito exercia de modo efetivo suas atividades ao ponto de ceder um espaço no clube para o seu cabelereiro Tuca e sua manicure Tânia sem custos para ambos o que vai de encontro ao que determina o Art. 102 do Estatuto em seu item XIII que é competência do Conselho Diretor: 'Autorizar a assinatura de contratos de locação de dependências do Clube, de arrendamento e outros que envolvam responsabilidade para o Bonsucesso'. Sob a complacência do Sr. Nilton, o Sr. Roberto (Betinho) montou um salão de beleza para a sua esposa", garantiu.

Ribeiro Marques criticou a postura do então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que indeferiu a 'Chapa Azul' às vésperas da eleição.

"Com o afastamento do Ary (Amâncio) o caminho estava livre. Rasgaram o veredito do Desembargador Mario Guimarães Neto prorrogando o seu mandato, não foram fornecidas as carteiras solicitadas em ofício enviado, não forneceram a lista de votantes por ofício enviado. Como se isso não bastasse para que a eleição seja anulada, o Brazelino publicou no dia 07 de novembro (sábado) o Edital de Convocação para a eleição que se daria em 12/12/2020. Este edital cerceia por completo que chapas sejam formadas visto que teriam que ser apresentadas 30 dias antes da eleição (12/11/2020), ou seja, teriam que ser formadas em 4 dias úteis. Como a 'Chapa Azul' já estava pronta desde a data correta de 03/09/2020, continuaram com a saga de impedir que houvesse uma disputa sadia e legal. No dia 02/12/2020 foi aberto um envelope onde constavam além das chapas, três cópias de um expediente emitido pelo Brazelino indeferindo a inscrição da 'Chapa Azul' por certidões vencidas, sem fazer nenhuma menção sobre a situação da Chapa Verde (na qual continua com Presidente da Assembleia Geral) e se foi analisada ou não", criticou.

O candidato da oposição afirmou que ficou internado por 37 dias com COVID-19, chikungunya, arritmia e pneumonia, ficando fora do ar um longo tempo após a internação. Segundo ele, como a inscrição da chapa tinha sido feita para o pleito em setembro, esperava-se que caísse em exigência os itens que estavam em desacordo com o Estatuto.

"O Art. 93 nos itens 'a' a 'g' só exige que seja respeitado o prazo de 30 dias antes da eleição para o item 'f' que diz: 'Apresentar declarações de bens 30 dias antes das eleições junto com a chapa a ser registrada'. O item 'g' fala: 'Apresentar certidões negativas dos distribuidores civis, criminais (sem sentença transitada em julgado) interdições e tutelas e da Fazenda Pública Federal e Estadual'. Como se denota o item 'g' não tem a mesma exigência do item 'f'", afirmou.

Ribeiro Marques negou que o atual vice-presidente Roberto Pinto tenha tentado falar com ele por telefone para pedir união dos grupos políticos.

"Chegou ao meu conhecimento que o Betinho esteve me procurando na Rua Bonsucesso por não conseguir entrar em contato comigo por telefone o que é uma inverdade, pois não existe nenhuma ligação perdida e ele sabe onde eu moro. Ele também esteve conversando com outros membros do 'Movimento' com o discurso de que a hora é de união, de ajuda ao clube, etc., etc. Uma verborragia extemporânea que se esvai rapidamente pelos exemplos de conduta dados pelas três pessoas citadas. O Nilton seria a pessoa indicada para tomar à frente das conversas e para obter o apoio do 'Movimento', mas é próprio da sua pessoa colocar outras pessoas como 'boi de piranha', e neste caso, fazendo de Betinho um garoto de recado. Infelizmente pessoas que prezo, mas acreditaram nele, vão ter que se explicar na justiça", bradou Ribeiro.

O candidato do grupo "Por Um Novo Bonsucesso" afirmou que já houve uma tentativa de apaziguar as desavenças políticas, porém, a situação não quis dar ouvidos.

"O discurso de que me admiram, que me respeitam, que gostam de mim, não me envaidece, apesar de no fundo não haver motivos para o contrário: Não vão encontrar uma vírgula sequer no caso de eu ter feito qualquer conluio em toda a minha vida pessoal e rubro-anil. Um clube no qual estou perto de completar 65 anos como associado e ter sido atleta amador de campo, de salão, técnico amador, diretor social e vice-presidente de Patrimônio", disse completando.

"No dia da eleição de 03/09/2017 o Movimento, na época com 20% dos membros que tem hoje, entregou uma carta de apoio à nova gestão da época, rubricada inclusive pelos eleitos e nunca houve uma reunião sequer para se colocar em prática juntando-se às inúmeras promessas não foram cumpridas. Como acreditar num gestor que não publicou um balancete sequer durante todo esse tempo? Que credibilidade tem alguém que descumpre uma determinação judicial de um Desembargador? Que pelo menos não respeita o Estatuto e muito menos os associados do clube que não se prestam a serem seus asseclas? Quero registrar que se alguém é nefasto ao Bonsucesso, o nome desse alguém tem seis letras", finalizou.

02/02/2021

RIBEIRO MARQUES PEDE ANULAÇÃO DA ELEIÇÃO E AFASTAMENTO DE BITTAR, BETINHO E BRAZELINO

Divulgação: TJ/RJ

A 'bandeira branca' não foi hasteada no pavilhão do Bonsucesso. Além da ação dos sócios contra a eleição ocorrida em 12 de dezembro com acusações de gestão temerária e improbidade administrativa, o candidato da oposição, Jorge Ribeiro Marques ingressou com um novo processo contra o clube no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pedindo a nulidade do pleito, o afastamento de Nilton Bittar (presidente eleito), Roberto Pinto (vice-presidente administrativo) e Brazelino Vieira (presidente da Assembleia Geral) além da imediata nomeação de um interventor.

Os três dirigentes foram citados como representantes do clube no processo e devem ser convocados em juízo. Foi anexado um dossiê com mais de 30 páginas que detalha o processo conturbado das eleições do clube ao longo de 2020, com documentos que reforçam a acusação do grupo 'Por Um Novo Bonsucesso'.

Na petição, Jorge Ribeiro Marques alega que os réus não realizaram o novo escrutínio até 3 de setembro de 2020, desrespeitando a sentença do Desembargador Mário Guimarães Neto. Os autos do processo apontam a tese da situação de que "o Estatuto do clube é soberano perante aos seus sócios", declaração dada por Brazelino Vieira a uma carta endereçada pelo sócio André Veras (candidato à vice-presidência pela chapa de oposição), que cobrava esclarecimentos sobre a data do pleito.

Ribeiro Marques cita que as carteirinhas de sócios não foram entregues no prazo correto, informação já divulgada aqui pelo Fanáticos pelo Cesso. A ação ainda diz que Nilton Bittar assumiu o Bonsucesso tão logo o ex-presidente Ary Amâncio foi acometido por problemas de saúde. 

SALÃO DE BELEZA SEM ALUGUEL

Jorge Ribeiro Marques acusou Nilton Bittar de 'conluio' ao ceder a pessoas próximas um espaço do clube para a inauguração de um cabelereiro sem que o Bonsucesso recebesse qualquer aluguel. O salão acabou fechando devido aos constantes cortes de energia. A acusação ainda afirma que houve favorecimento posteriormente a Roberto Pinto, vice-presidente administrativo, para montar um salão para a própria esposa no local.

Parte da ação diz que 'a intenção era a de tornar o clube um feudo em que os réus estivessem acima do Estatuto do Clube, das instituições e da justiça, e assim fazerem do clube o que bem entendessem irmanados que estavam para a meta principal que consistia em fraudar as eleições que se avizinhavam'.   
 
INSCRIÇÃO DE CHAPAS

Jorge Ribeiro Marques afirmou que inscreveu a 'Chapa Azul' no prazo correto para participar das eleições em setembro e que jamais a lista de sócios aptos a voto foi divulgada pelo clube. O candidato à presidência reforçou que Brazelino Vieira publicou o edital de eleições apenas no dia 7 de novembro, 'não informando o prazo para inscrição das chapas'. A oposição relembra a impugnação da 'Chapa Azul' às vésperas das eleições devido às certidões expiradas. Segundo a ação, foi uma atitude 'sumária e arbitrária'.

PATRONO DA CHAPA

Na véspera da eleição em dezembro, Jorge Ribeiro Marques teve conhecimento de uma postagem numa rede social na qual Diogo Manoel Coelho Pereira Bastos, numa carta manuscrita e sem data, não autorizava a utilização do nome do seu falecido pai, Manoel Pereira Bastos Filho, como patrono da Chapa Azul. Segundo a ação, esta carta seria mais uma tentativa de desclassificar a chapa de oposição já que Diogo é primo de Roberto Pinto.

Aos 73 anos, Jorge Ribeiro Marques terá prioridade de tutela urgente por ser idoso. O processo é semelhante ao que ocorre na 10ª Vara Cível e está próximo de uma decisão do juiz Ricardo Cyfer. Tentamos contato com todos os envolvidos, mas não conseguimos respostas.

15/12/2020

NILTON BITTAR APRESENTA DEFESA E ACUSA AÇÃO DE ATO POLÍTICO

Nilton Bittar ao lado de Ary Amâncio no aniversário de 106 anos do clube
Foto: Reprodução

A eleição no Bonsucesso ainda não terminou. Apesar do resultado expressivo de Nilton Bittar nas urnas no último sábado, a ação que corre na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pode causar uma reviravolta no pleito. O 'Fanáticos pelo Cesso' teve acesso a defesa do Bonsucesso e a de Nilton Bittar, que defende o clube e advoga em causa própria (1º e 3º réus), rechaçando gestão temerária e irregularidades na prorrogação do mandato do Conselho Administrativo. 

Durante o ofício enviado nesta segunda-feira, data limite apontada pelo juiz Ricardo Cyfer, o presidente eleito afirmou que 'houve normalmente a eleição no clube na forma de seu Estatuto, assim como respeitando os poderes do clube.'

Nilton Bittar ainda cita que tem experiência no mercado há mais de 30 anos e classifica como a 'nata' dos integrantes da sua chapa, incluindo 'Grande Beneméritos, Beneméritos, Proprietários sem contar com famílias tradicionais do clube'. O presidente eleito cita que a ação dos sócios Cláudio Menezes, Ronaldo Nascimento e George Joaquim Machado tem cunho político, considerando todos como integrantes da chapa de oposição - inelegível às vésperas das eleições.

Bittar cita que os autores da ação 'mentem em cerca 90%' (não diz o que há de veracidade no processo) e defende que a eleição foi marcada devidamente pelo presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira. Ele enumerou o que considera 'mentiras apresentadas em juízo':

Primeiramente, Bittar se defende afirmando que o desembargador apenas decidiu que o pleito fosse marcado, dando posse a Ary Amâncio em 3 de setembro de 2017 e 'em nenhum momento mandou marcar uma nova eleição após o dia 03/09/2020'. Entretanto, a decisão especifica o período correspondente ao triênio a partir da data do escrutínio. 

Ele enfatiza que 'no atual mandato TODO o clube foi pintado, o escudo foi danificado, mas devidamente consertado, assim como os gestores não usam do hall para estacionamento, sendo os mesmos eventualmente foi utilizado por solicitação da prefeitura e sés Gestores, que lá estiveram reunidos para distribuição de cestas básicas, fato este público e notório'. A foto anexada na defesa, porém, aponta para a torre sem a devida conservação.

Nilton Bittar considera como 'ridícula' a afirmação extraída nos autos do processo de que o ginásio está totalmente destruído e que teria sido leiloado durante o atual mandato. Ele acusa Cláudio Menezes, um dos autores da ação, como presidente do Conselho Deliberativo em 2013, data em que o espaço deixou de pertencer ao Bonsucesso.

O presidente eleito considera 'absurdo campeão' a citação da confissão de dívida com o ex-gestor do futebol, Marcelo Salgado. Segundo a defesa, 'num ato de extrema competência da gestão atual, quer seja dos réus, houve uma negociação espetacular com a efetivação do acordo, HOMOLOGADO EM JUÍZO EM PROCESSO ELETRÔNICO ABERTO AO PÚBLICO, no qual transigiu por menos de 30% do risco processual'. O valor inicial do processo era de R$5 milhões.

Por fim, Bittar reforça, baseando-se no Estatuto, que as eleições foram marcadas corretamente na segunda quinzena de dezembro e 'seria impossível a marcação também em face da pandemia, já que os clubes estavam fechados com base nos órgãos municipais, apesar correto era seguir os termos de seu Estatuto.'

O dirigente anexou um documento assinado por Brazelino Vieira que já confirmava em outubro, portanto, antes da pandemia, as eleições na segunda quinzena de dezembro de 2020 (confira abaixo).


DOCUMENTO CONFLITANTE


Um documento anexado por Nilton Bittar é no mínimo curioso. A procuração assinada por Ary Amâncio em 13 de novembro de 2020 aponta o nome também do ex-presidente José Simões, que não faz parte da última gestão e está inelegível por 10 anos. O ofício aponta o advogado José Ricardo Leite de Brito como responsável por uma ação do clube contra a Light.


O Fanáticos pelo Cesso não conseguiu confirmar se Ary Amâncio se pronunciou até o fim da noite desta segunda-feira já que também é (2º) réu no processo. O juiz Ricardo Cyfer deve protocolar a decisão ao longo do dia. Caso defira o pedido, um interventor deve ser anunciado para convocar novas eleições no Bonsucesso. Caso contrário, Nilton Bittar tomará posse.

11/12/2020

ELEIÇÕES DO BONSUCESSO ESTÃO NAS MÃOS DO JUIZ RICARDO CYFER


As eleições do Bonsucesso acontecerão neste sábado, das 9h às 16h, com chapa única de Nilton Bittar, mas o pleito ainda pode ser anulado pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após a ação movida por beneméritos que pedem a inelegibilidade dos integrantes do conselho administrativo por supostas irregularidades no mandato.

Nesta sexta-feira, o juiz indeferiu o pedido de tutela provisória, que suspenderia as eleições amanhã (12). Segundo a decisão, Ricardo Cyfer irá aguardar o prazo dado de 72h, ou seja, até segunda-feira (14), para que o clube se manifeste em juízo depois do mandado.

"A realização das eleições designadas para amanhã, na forma como se apresenta todo o conjunto fático que as caracteriza, com apenas a chapa da situação concorrendo, a eventual vitória dessa chapa apenas fará se prolongar no tempo a situação que hoje se apresenta, contra a qual se levantam os autores.

Ou seja, sagrando-se vencedores os atuais administradores do 1.º réu, a administração destes continuará sendo exercida pelas mesmas pessoas que hoje o fazem, e o objetivo primeiro da presente ação continuará em voga, aguardando-se a regular citação do 2.º e do 3.º réus, o decurso do prazo para manifestação destes sobre o pedido de tutela provisória, para que, enfim, se possa apreciá-lo adequadamente", diz parte da decisão do juiz Ricardo Cyfer.

Na véspera das eleições, a sede na Teixeira de Castro estava fechada e sem movimentação para receber a votação nas próximas horas.


BOCA MIÚDA

O candidato da oposição, Jorge Ribeiro Marques, que teve a chapa impugnada por certidões fora da validade, foi informado pela esposa do então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que o mesmo estava com sintomas da COVID-19 e que não poderia encontrá-lo para uma nova reunião nesta quinta-feira, após no dia anterior não informá-lo sobre o problema de saúde. 

"Boa noite! Eu sou a companheira do Brazelino, ele está doente. Tá com suspeita de covid 19, está em casa em isolamento. Por encanto (sic) está com tosse, dor no corpo e febre baixa, estou monitorando", diz a mensagem que o Fanáticos pelo Cesso teve acesso.

Jorge Ribeiro Marques alegava prazo curto para entrega de novos documentos para participar das eleições marcadas para a segunda quinzena de dezembro já que sua inscrição era para concorrer em setembro, seguindo a ordem judicial.

Caso não possa participar do pleito, Brazelino Vieira deve ser substituído pelo então vice-presidente da Assembleia Geral, André Estácio Bittar.


NO MUNDO DA BOLA

O juiz Ricardo Cyfer já esteve envolvido em outro episódio ligado ao futebol esse ano. Foi ele o responsável por indeferir o pedido de liminar da Globo, que tentava impedir que o Flamengo transmitisse os jogos na reta final do Campeonato Carioca, baseado na Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em junho, a 'Revista Veja' informou que, o juiz Ricardo Cyfer é rubro-negro e já publicou fotos no Maracanã com a camisa do clube, sendo inclusive, um admirador do ex-jogador rubro-negro, Vagner Love.

02/12/2020

ASSEMBLEIA GERAL CONSIDERA CHAPA DE OPOSIÇÃO INELEGÍVEL A 10 DIAS DAS ELEIÇÕES NO BONSUCESSO

Estádio Leônidas da Silva
Foto: Jornal do Brasil

Com consentimento dos candidatos, as eleições presidenciais do Bonsucesso ocorrerão na próxima semana, dia 12, das 9h às 16h, e os bastidores estão agitados após o rebaixamento do clube para a 4ª Divisão do Campeonato Carioca.

Nesta quarta-feira, dia 2, representantes das duas chapas estiveram na sede do clube pela manhã para uma reunião após convocação feita ontem (1) pelo presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que solicitou a presença dos postulantes a diretoria administrativa para a abertura de um envelope.

O teor do documento gerou uma série de especulações na Teixeira de Castro, mas por fim, o resultado era a inelegibilidade da Chapa Azul, de Jorge Ribeiro Marques e André Veras, pelo descumprimento de regras no Estatuto do clube. O Blog Fanáticos pelo Cesso teve acesso ao ofício que diz: 

“BRAZELINO VIEIRA ANTUNES, Presidente da Assembleia Geral, do Bonsucesso Futebol Clube, vem através do presente comunicar ao Sr. Jorge Ribeiro Marques, que foi indeferida a participação de sua chapa, em face de ausência da 3º Distribuidor Cível assim como dos vencimentos das certidões.

Tal motivo fere por completo os termos do artigo 93, inciso “G” do nosso estatuto, por conseguinte tornando a Chapa Azul inelegível, nos termos citados

1º Distribuidor Cível 08/08/2020 (início)

1º Distribuidor Criminal 08/08/2020 (inicio)

2º Distribuidor Cível 06/08/2020 (inicio)

2º Distribuidor Criminal 06/08/2020 (inicio)

3º Distribuidor Cível não apresentado

3º Distribuidor Criminal 17/08/2020 (inicio)

4º Distribuidor Cível 07/08/2020 (inicio)

4º Distribuidor Criminal 07/08/2020 (inicio)

1º Ofício interdição e tutela sim

2º Ofício de interdição e tutela sim

Obs: Certidões tem validade de 90 dias, conforme a Consolidação de Normas da Corregedoria do Estado do Rio de Janeiro"

O documentado é assinado por Brazelino Vieira em 23 de novembro de 2020 e só foi aberto pouco mais de uma semana depois, ou seja, a 10 dias das eleições.

O artigo 93 do Estatuto do Bonsucesso citado no ofício informa quais as condições para que alguém concorra ao pleito:

São condições para ser Presidente do Bonsucesso Futebol Clube:

a)      Ser brasileiro;
b)      Ter mais de 30 (trinta) anos de idade;
c)      Ter mais de 10 (dez) anos de vida associativa ininterrupta;
d)      Ser grande Benemérito, Benemérito Associado Proprietário ou Remido;
e)      Apresentar planos de metas, objetivos prioritários, modo de captação de recursos;
f)       Apresentar declarações de bens, 30 (trinta) dias antes das eleições junto com a chapa a ser registrada;
g)      Apresentar certidões negativas dos distribuidores civis, criminais, (sem sentença transitada em julgado) interdições e tutelas e da Fazenda Pública Federal e Estadual.

Em contato com o Blog Fanáticos pelo Cesso, o candidato da Chapa Azul, Jorge Ribeiro Marques, afirmou que irá recorrer para participar das eleições:

“A reunião foi para devolver a análise das chapas. Recebi um ofício do Brazelino (Vieira) comunicando que nossa chapa estava desclassificada. Estamos tomando providências ao longo da semana para participarmos do pleito. Apresentei as certidões para as eleições em setembro”, afirmou.

A data das eleições causa um verdadeiro conflito de interpretações no Bonsucesso. Conselheiros alegam que pela ordem judicial, o mandato atual do presidente Ary Amâncio deveria ser válido por três anos a partir do escrutínio em 3 de setembro de 2017.


A Assembleia Geral, entretanto, se apega ao artigo 74-A do Estatuto do Bonsucesso, que informa:

“A Assembleia Geral deve convocar eleições de três em três anos, na primeira quinzena de dezembro, para eleger os presidentes e vice-presidentes, membros efetivos e suplentes dos poderes do clube. Mas, como já informamos, as últimas eleições foram judicializadas e o mandato teria validade somente até o dia 3 de setembro. Portanto, a convocação feita pela Assembleia Geral descumpre a ordem judicial.” 

O regimento do Bonsucesso ainda diz que “a Assembleia Geral deve convocar novas eleições para preencher vagas do Conselho Deliberativo, quando seu mínimo atingir o total de 20 conselheiros  e os cargos de presidente e vice-presidente dos poderes do clube. Ou em qualquer tempo  para preencher vagas ocorridas com vacância dos membros eleitos dos poderes do clube. Ou em qualquer tempo para apreciar matéria referente aos incisos II (alteração do estatuto) e IV (destituir a diretoria administrativa) do artigo anterior (73).”


Mediante a alegação da Assembleia Geral, a única chapa inscrita para concorrer às eleições é a encabeçada por Nilton Bittar e Roberto Pinto de Oliveira. Brazelino Vieira concorre para ser novamente presidente da Assembleia Geral pela Chapa Verde.