20/06/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #37



Por: Paulo Jorge

DA VILA PARA A TEIXEIRA: COUTINHO ENTRE NÓS

Parece estranho, mas poucas pessoas lembram dessa passagem mais que histórica do clube. Um técnico que foi jogador super campeão pelo Santos de Pelé, treinou o time suburbano. O ano de 1993 foi considerado de mudança para o Bonsucesso. A diretoria desejava voltar aos tempos de glória do passado com as boas campanhas no Carioca.

O ano começaria com grande aposta na chegada do técnico Coutinho, eterno companheiro do Rei do Futebol, aos 49 anos. O compromisso do novo comandante rubro-anil era levar o Bonsuça de volta à elite.

Coutinho encerrou a carreira de jogador muito cedo, aos 30 anos, sendo que defendeu o Peixe por 13 anos. O motivo dele ter parado foi a balança. Segundo o jogador, ele sempre teve dificuldade de emagrecer e chegou um momento que não conseguia mais se controlar.

A diretoria abriu os cofres e o presidente José Ferreira Simões não pouparia esforços para isso, e não foi só a contratação do Coutinho que movimentou a Teixeira de Castro. Outros jogadores chegaram para acrescentar o elenco. O maior desejo de todos era fazer o Bonsucesso campeão.

"Estamos apenas iniciando a realização de um velho sonho, que é o de fazer o Bonsucesso grande, forte e vencedor. As dificuldades são muitas, mas conseguimos alguns patrocínios e estamos certos de que outros virão. O Bonsucesso voltará a ter uma equipe competitiva e brigando pelo título", afirmou ao Jornal dos Sports. 

Simões estava no cargo desde 1991, e nos primeiros dois anos, ele investiu nas divisões de base com a intenção de montar uma equipe competitiva e lucrativa. Tão logo, ele estaria pronto para investir no profissional. 

Os juniores ficaram 30 jogos sem derrotas, um recorde para um time de base. Alguns desses jogadores seriam incorporados a equipe principal.

"Traçamos um plano de trabalho, e estamos procurando atingir as metas às quais demos prioridade. Montamos um time de juniores forte, que ficou inclusive 30 jogos sem perder, e agora o próximo passo é investirmos nos profissionais", afirmou o presidente.

Todos os salários seria pagos em dólares, isso era uma mostra da mudança de mentalidade. Coutinho chegava com salário de CR10 milhões mensais e o clube conseguiria um novo patrocínio: a Vidraçaria Paris, que lhe renderia 10 mil dólares por mês.

"Não vim para o Rio por uma questão de necessidade financeira. O que consegui no futebol já dá para viver com relativa tranquilidade. Aceitei o convite do Bonsucesso porque é um desafio gostoso de ser encarado. Não gosto de estabelecer comparações se o futebol mudou ou não. A bola não mudou. O que pode ter mudado é o estilo de jogar, mas não me atrevo a dizer se para melhor ou para pior. Estilos são estilos e isso não pode ser discutido. No Rio, por exemplo, o futebol é mais técnico. Em São Paulo é jogado mais na base da garra. Mas não é por isso que vou dizer que um é melhor que o outro", afirmou Coutinho acrescentando sobre a chegada ao novo clube.

"Primeiro vou sentir o material que tenho em mãos. Depois disso converso com os dirigentes para ver se estes jogadores me bastam ou se teremos que pensar em alguma aquisição. Sobre isso, não gosto de falar muito, pois em futebol quando se fala demais, as coisas não vão para frente", concluiu.

A chegada de Coutinho também tinha em paralelo um trabalho em conjunto com o União Uanco de Guadalajara, clube que poderia ser uma ponte para a vinda de jogadores que estavam despontando através do empresário Rubens Peres, influente na América Central.

Na sua passagem pela Teixeira de Castro, Coutinho teve uma campanha convincente no Grupo B da 1ª Divisão Estadual (1º turno), levando o clube ao Grupo A para disputar a Taça Rio (2º turno) ao lado dos quatro grandes do futebol carioca. Apesar da promessa, sem grandes investimentos, o técnico não conseguiu deixar o Bonsuça no Grupo A e no fim da Taça Rio despediu-se do futebol carioca retornando a Santos.

No geral, foram nove vitórias, um empate e uma derrota. Confira abaixo os jogos sob o comando do eterno Coutinho, que faleceu em 2019, aos 75 anos, vítima de um infarto.

06/02: Bonsucesso 1 x 0 Olympico
14/02: Mesquita 0 x 1 Bonsucesso
27/02: Bonsucesso 2 x 0 Madureira 
03/03: Itaperuna 1x 0 Bonsucesso 
06/03: Bonsucesso 1x 0 Goytacaz
14/03: Friburguense 0 x 1 Bonsucesso 
20/03: Bonsucesso 1x 0 Barreira
28/03: Campo Grande 2 x 3 Bonsucesso
04/04: Serrano 1 x 1 Bonsucesso 
07/04: Bonsucesso 3 x 1 Portuguesa
11/04: Saquarema 0 x 2 Bonsucesso

 
Confira sempre a coluna 'Tá no Livro', com o historiador Paulo Jorge. Deixe seu recado e compartilhe!


Fonte: Jornal dos Sports e Blog Folha Rubro-Anil

16/06/2022

BONSUCESSO SE APROXIMA DA SEMI NO CARIOCA SUB-20 DA SÉRIE B2


Bonsucesso vence em casa na antepenúltima rodada do Carioca Sub-20
Foto: FERJ

O Bonsucesso mantém seu ótimo aproveitamento no Carioca Sub-20 da Série B2 ao vencer neste feriado o Mageense por 2 a 1, no Leônidas da Silva, pela 7ª rodada da Taça Waldir Amaral. O Rubro-Anil se mantém na segunda posição com 14 pontos, atrás somente do líder Goytacaz. 

Até aqui, o time da Leopoldina soma quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota para o Tigres do Brasil, 1 a 0, pela 6ª rodada. A equipe volta a campo na próxima segunda-feira, às 15h, na Teixeira de Castro, contra o Búzios. Em caso de vitória, o clube estará classificado. 

Os quatro melhores avançam para as semifinais em jogos de ida e volta em cruzamento olímpico. Confira abaixo os resultados da última rodada, os próximos jogos e a classificação:




10/06/2022

ADEMILSON BRITO É O NOVO TÉCNICO DO BONSUCESSO PARA A SÉRIE B2


Ademilson Brito ao lado do filho em Portugal
Foto: Arquivo Pessoal


O Bonsucesso iniciou seu planejamento para a temporada 2022 na Série B2 e tem técnico novo. Ademilson Brito, de 58 anos, é o escolhido e já começou o trabalho essa semana junto à diretoria. O ex-jogador com passagens apenas por clubes de menor expressão terá a grande oportunidade na carreira para levar o Leão da Leopoldina à Terceira Divisão.

Como o Campeonato Carioca começa apenas em setembro, o treinador terá cerca de três meses para a montagem do elenco e início da pré-temporada. Formado em administração, Ademilson Brito começou sua carreira como técnico no projeto criado por ele no União, que revelou jogadores como Lucas Paquetá, Pedro, Reinier, Andrey, Guga, Evander e outros nomes que já vestiram a camisa de grandes clubes do Rio de Janeiro.

"A partir daí percebi a vocação pelas quatro linhas e procurei sempre me capacitar para a função. Fui treinador do Flamengo em 2010 da equipe sub-11 e no mesmo ano conquistei o Carioca sub-13 como auxiliar no Fluminense. Depois disso, treinei o Bangu sub-15 em 2014 e o Boavista sub-15 em 2015. Em 2016, recebi um convite para ser o observador-técnico de uma equipe em Portugal, onde acabei encerrando a temporada como treinador a pedido do presidente para livrar o clube do rebaixamento e o objetivo foi alcançado", disse Ademilson Brito em entrevista exclusiva ao Fanáticos pelo Cesso.

O novo técnico do Bonsucesso, que defendeu o Mentes do Desporto e União Serpense, em Portugal, também revelou que fez um intercâmbio em outro país da Europa após a experiência inicial em terras lusitanas.

"Ao final da época, fui para Inglaterra acompanhando meus dois filhos que são jogadores e com isso, aproveitei para estagiar numa equipe da 5ª Divisão Inglesa. Em 2019, retornei para Portugal, já na segunda metade da temporada para comandar uma equipe que também passava por dificuldades na tabela e mais uma vez conseguimos êxito. Depois, um convite para uma equipe nova também em Portugal, projeto ambicioso, onde fui contratado para acumular as funções de coordenador da base e treinador do Sênior (profissional), conseguindo alcançar a meta de subir a equipe em seu primeiro ano de vida. Com a pandemia, retornei ao Brasil", afirmou Ademilson completando:

"Já no Brasil, fui contratado para implantar as categorias de base da Desportiva Perilima em Campina Grande-PB, sendo campeão como treinador da Aldeia Cup sub-17, realizada em Recife, torneio que ocorreu no CT do Retrô com as principais equipes do Nordeste", afirmou.

Ademilson Brito tem a Licença C da UEFA e a Licença B no curso realizado da CBF Academy, na Granja Comary. No Brasil, será a primeira vez que comandará um time profissional.

"Fui convidado pelo Marcão, que era o responsável pela equipe sub-20 do Bonsucesso, e a amizade que tenho por ele, além da história que o clube possui me cativaram a aceitar o convite e esse novo desafio de ajudar o Bonsucesso", disse.


Ademilson Brito ao lado de Mário Jorge, técnico do sub-20 do Flamengo
Foto: Arquivo Pessoal

Ademilson não se eximiu da sua enorme responsabilidade no clube e conta com o apoio do torcedor em casa para que o Bonsuça tenha sucesso na Série B2 sob seu comando.

"A maior dificuldade será a competição em si, as dificuldades serão iguais para todos, mas isso não poderá ser impeditivo para tentarmos subir o Bonsucesso com toda dificuldade que o clube possui. Será um desafio enorme. Esse será meu principal objetivo, fazer com que o torcedor vá ao estádio e assista o seu time de uma forma diferente e sinta orgulho disso. Sabemos que o piso não será o ideal, mas não pode ser impeditivo para vencermos os jogos no Leônidas da Silva, se tiver que jogar no paralelepípedo, nosso time estará preparado pra isso", garantiu com discurso motivador.

O técnico do Bonsucesso explicou como pretende montar sua equipe para a temporada 2022.

"Teremos uma equipe jovem, com experiência pontuais e claro, estarei observando sempre a base e oportunizando aqueles que estejam aptos a contribuir. Não há uma base , iremos precisar montar uma equipe e já estamos trabalhando nisso. A competição começa em setembro e esperamos até meado de julho já estar com um grupo grande formado e os que chegarem depois disso serão atletas pontuais", balizou.

Com um orçamento enxuto, Ademilson Brito já avisou com quantos jogadores pretende trabalhar no ano.

"A ideia será trabalhar com no máximo 30 atletas. Comigo irá o professor Helvécio Pessoa, que será o coordenador da preparação física. O Chistiam (preparador físico) e o Kiko (preparador de goleiro) já fazem parte do clube. Provavelmente iremos em busca de um auxiliar técnico", afirmou.

Diante de um clube centenário, Ademilson Brito espera que a tradição do Bonsucesso prevaleça no Campeonato Carioca.

"Vejo todos da mesma forma, mas preciso que eles enxerguem o Bonsucesso de forma diferente, sei a camisa que irei representar e pretendo fazer dela nossa maior arma. Esse tipo de competição você precisa estar preparado pra tudo. É uma competição curta onde não há margem para erros e é nisso que vamos focar. Nossa torcida verá uma equipe sabendo competir de acordo com o adversário e o palco. Sou um treinador que gosta de ter o time jogando de forma equilibrada e agradável a aqueles que irão nos assistir. O campo será determinante para o modelo de jogo que teremos que apresentar, estejam certos que teremos um time", projetou.

Ademilson Brito afirmou que o seu acordo com a diretoria é verbal, mas não irá fugir da palavra junto ao Bonsucesso nesse trabalho embrionário até o início da competição.

"Sem dúvida nenhuma será o maior desafio da minha carreira, mas me sinto preparado. Será uma troca e nada como iniciar uma trajetória num clube como Bonsucesso, a missão chegou até a mim e terei que cumpri-la. Não tenho contrato, aceitei o desafio pela oportunidade que o clube está me confiando e pela amizade com a pessoa que me convidou e me apresentou a diretoria. Tenho certeza que se o meu Deus permitir levaremos o trabalho até o final".

Por fim, Ademilson Brito deixou um recado aos Fanáticos pelo Cesso.

"Sei o que o torcedor representa para o clube e sei também o que a equipe de futebol representa para eles. Conto com os Leões em cima da minha cabeça quando estivermos no Leônidas e ao meu lado quando estivermos fora da nossa casa para ajudar a empurrar a equipe. Preparem as bandeiras, os tambores e a garganta, estejam certos de que entregaremos o melhor para os Leões da Leopoldina, podem me cobrar, estarei sempre à disposição para interagir com todos. Vamos juntos em busca do acesso!", concluiu.


Ademilson Brito possui a Licença B da CBF
Foto: Arquivo Pessoal

07/06/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #36


Por: Paulo Jorge


ABRE A PORTEIRA!

2003 foi um ano de reconstrução para o Bonsucesso. O clube conquistou a Terceirona do Campeonato Carioca e durante essa campanha, o time aplicou uma goleada daquelas. O Jornal dos Sports destacou a vitória por 9 a 0 sobre o Coelho da Rocha, pelo Grupo D do Estadual. 

André Miquimba fez quatro, Vanderlan anotou dois e Marinho, Léo e Lins completaram o placar. O detalhe é que o adversário abandonou o campo antes do apito final, segundo a reportagem. 

O Araruama e o Clube da Paz desistiram de disputar a segunda fase do Carioca e foram eliminados. Mesmo com o vice-campeonato, o Mesquita também garantiu acesso junto ao Bonsucesso.

Fonte: Jornal dos Sports

31/05/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #35



Por: Paulo Jorge

Bonsucesso e Madureira é um clássico que não acontece desde 2015, mas é cheio de histórias. Enquanto o Madureira está estruturado na Primeira Divisão, o Rubro-Anil disputa apenas a Série B2 (4ª Divisão). O duelo entre os dois times sempre teve jogos marcantes e a vantagem é do Bonsuça no retrospecto geral. Foram 86 jogos com 36 vitórias para o Leão da Leopoldina, 23 empates e 27 vitórias do Tricolor Suburbano.

O primeiro confronto entre as duas equipes aconteceu no dia 11 de junho de 1937 e terminou com a vitória do adversário por 2 a 0. A maior goleada aplicada foi do Bonsucesso, que em 1946, enfiou um 6 a 0. O último confronto aconteceu no Carioca de 2015 e terminou 1 a 1.

O placar garantiu ao Madureira a Taça Rio, torneio disputado apenas entre os clubes de menor investimento naquela edição. O clube alcançava os 26 pontos e não poderia ser mais ultrapassado pelo Macaé, com 19. Apesar de ter quebrado a sequência de cinco vitórias do Madureira naquele Estadual, o Bonsucesso amargava a 12ª posição com oito pontos apenas e lutava contra mais um rebaixamento.

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Fonte: Biblioteca Nacional / O Gol

23/05/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #34


Clássico da Leopoldina não é disputado desde 2020
Foto: Buda Mendes

Por: Paulo Jorge

Já imaginou torcer para o Bonsuria ou o Olacesso? É apenas uma brincadeira, mas o nome poderia virar realidade a partir dos anos 40. Com a pacificação das ligas, o Olaria acabou sendo excluído do Campeonato Carioca em uma manobra política em 1937 e esse distanciamento atrapalhou os planos do clube de ascensão na Leopoldina. 

Através de João Lyra Filho, presidente da antiga CBD, em 1945, sugeriu-se a fusão do Olaria com o Bonsucesso para que a região tivesse um time competitivo. 

Porém, o então presidente do Olaria, Álvaro da Costa Mello - que dá nome a alguns prédios inclusive em Bonsucesso - rechaçou essa hipótese. Contando com o apoio de outros comerciantes da região e de um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, o estádio da Bariri foi construído em tempo recorde para receber até 12 mil torcedores, exigência essa para que o clube voltasse à elite e colocasse fim a essa ideia de se fundir ao 'rival' nos anos 40.

O Olaria atravessou um momento tão difícil que chegou a ter apenas seis sócios, mas superou toda a adversidade para sair por cima.

O Clássico da Leopoldina tem mais de um século de história, mas as equipes não se enfrentam desde 2020. Na ocasião, pela Série B1 do Estadual, o Olaria levou a melhor e venceu por 4 a 1. No geral, são 124 jogos com 47 vitórias do Olaria, 37 do Cesso e 40 empates.

O duelo contou com inúmeros craques que já vestiram até a camisa da Seleção Brasileira. Leônidas da Silva, Gradim, Pompéia, Cané, Esquerdinha, Nelinho, Murilo, Roberto Pinto e muitos outros excelentes jogadores já disputaram esse jogo que sempre mexeu com os torcedores.

Fonte: História do Alçapão da Bariri/Pedro Paulo  Vital

16/05/2022

BONSUCESSO VENCE POR WO NA ESTREIA DO CARIOCA SUB-20


O Bonsucesso não precisou se esforçar para vencer o Ceres na estreia do Carioca Sub-20 da Série B2. O Rubro-Anil venceu por WO já que o adversário não inscreveu o número mínimo de jogadores para a 1ª rodada do Estadual da categoria. O jogo seria realizado no Leônidas da Silva.

Outro time que sofreu sanções da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro por não cumprir o regulamento foi o Búzios pelo mesmo motivo. 

"Marcelo Carlos Nascimento Vianna, Diretor do Departamento de Competições da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, no uso das atribuições que lhe são conferidas no Estatuto e, 

Considerando que os filiados Ceres FC e SE Búzios não inscreveram atletas em número suficiente para a disputa da primeira partida do Campeonato Estadual da Série B2 da Categoria Sub20 de 2022, na forma preconizada pelos artigos 3º, I do respectivo REC; 

Considerando que nessas condições os clubes não terão como disputar suas partidas sem violar o disposto no artigo 214 do CBJD 

RESOLVE: Determinar a SUSPENSÃO do Ceres FC e da SE Búzios do Campeonato Estadual da Série B2 da Categoria Sub20 de 2022, ficando seus adversários e os árbitros dispensados do comparecimento aos próximos jogos programados para as equipes, até que os clubes regularizem as pendências. Esta resolução entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário."

O Bonsucesso volta a campo contra o Barra da Tijuca, domingo, às 15h, no Leão do Sul, pela segunda rodada do Campeonato Carioca Sub-20.

04/05/2022

RUBINHO É REELEITO E PERMANECE NA FERJ ATÉ ABRIL DE 2027


Rubens Lopes posa ao lado de dirigentes de Flamengo, Fluminense e Vasco
Foto: Úrsula Nery/FERJ

Na última semana, Rubens Lopes foi reeleito presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro no pleito com chapa única. Ele estará à frente da FERJ, portanto, até abril de 2027, no seu último mandato, seguindo a lei do PROFUT. Este será o sexto mandato de Rubinho.

O ex-presidente do Bangu substituiu Eduardo Vianna em 2007 - tão logo o ex-presidente da entidade faleceu - e não saiu mais do posto. O seu antecessor permaneceu por 22 anos no poder. Rubens Lopes será o segundo dirigente a permanecer por mais tempo na cadeira mais importante da Federação com 19 anos ininterruptos.

Dos quatro grandes do Rio, apenas o Botafogo não enviou representantes para a eleição na sede no Maracanã. Os presidente do Flamengo e Fluminense, Rodolfo Landim e Mario Bittencourt estiveram presentes. O Vasco foi representado pelo vice-geral Carlos Osório. 

Ao fim da aclamação, Rubens Lopes conversou com os jornalistas e falou sobre o formato do Campeonato Carioca para os próximos anos: 

"Os clubes é que decidem. Estamos estudando, isso ainda está em análise, quais foram os pontos negativos, o que pode ser melhorado. O Campeonato de 2023 começou no primeiro dia após que acabou o de 2022. Nós estamos pensando nisso, estamos trabalhando nisso e eu não posso dizer que a fórmula pode ser a mesma ou que ela vai sofrer algumas alterações. Isso depende, evidentemente, do conselho arbitral, dos clubes da Série A, e já começamos a conversar a respeito disso."

Rubens Lopes ainda acumula o cargo de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Confira abaixo a nova gestão da FERJ:

Vice-Presidentes:

Cláudio de Albuquerque Mansur
Edmundo Rosa Souto
Felipe Michel
João de Deus Falcão Neto
José Luiz Martinelli
Jorge Teixeira Cardoso
Marcelo Carlos do Nascimento Vianna
Plínio Clóvis Jordão
Ronaldo Luiz Dias de Castro
Savio Franco Santos Junior


Membros Efetivos do Conselho Fiscal:

Adilson Ferreira
Daise Ferreira da Rocha
Luiz Bernardo de Lima Barros
Luiz Fernando Giancristoforo
Marcio de Lima Magalhães


Membros Suplentes do Conselho Fiscal:

Humberto Chaves Dias Junior
Jean Carlos Bastos Cardoso
José Roberto Franco Luz

02/05/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #33


Por: Paulo Jorge

É DE SELEÇÃO BRASILEIRA! 

1983 não remete a um grande ano com títulos para o Bonsucesso (rebaixado no Carioca), mas a temporada teve significado para um jogador em especial: Edson Souza. O ex-meia rubro-anil teve a honra de disputar o Pan-americano de Caracas com a camisa da Seleção Brasileira. 

Naquele ano, ele jogou ao lado de jogadores como Neto, ídolo do Corinthians, e Dunga, que posteriormente viria a ser capitão do tetracampeonato mundial nos Estados Unidos. Titular absoluto no Bonsucesso, o meio-campo acabou sendo convocado para o torneio. 

Comandado por Gilson Nunes, Edson foi titular na campanha do Brasil na Venezuela, que culminou com a medalha de bronze após ficar em terceiro no triangular final contra Uruguai (campeão) e Guatemala (prata). 

No torneio, só os melhores de cada grupo avançavam para a fase final. No Grupo B, o Brasil passou em primeiro com quatro pontos em dois jogos (vitórias sobre México e Argentina). 

Na fase final, porém, perdeu para o Uruguai, 1 a 0, e nem chegou a enfrentar a Guatemala já que a Celeste havia derrotado o time da América Central por 2 a 1.

Cria da base do clube, Edson Souza defendeu o Bonsucesso de 1971 a 1983, quando se transferiu para o Fluminense, conquistando o Carioca e o Brasileiro de 1984. Atualmente, ele é técnico de futebol aos 57 anos. Curiosamente, apesar de colecionar vários clubes no currículo, Edson Souza nunca dirigiu o Bonsucesso. 

Fase de Grupo - 15/08

Brasil 2x0 Argentina
Local: Estadio Brígido Iriarte, Caracas (Venezuela)
Gols: Marcus Vinícius e Heitor
Àrbitro: Carlos Alfaro (Costa Rica)
Cartões Amarelos: Moreno, Gutierrez e Paulinho

Brasil
Hugo, Heitor, Everaldo (Adalberto), Guto e Jorginho, Dunga, Édson Souza e Neto. Mauricinho (Paulo César), Marcus Vinícius e Paulinho. Técnico: Gilson Nunes

Argentina
Prono, Eugenio Gentile, Solaberrieta, Ceballos e Oscar Olivera. Theiler, Ariel Moreno e Ortega (Gutiérrez). Dezotti, Funes e Mario Bernio. Técnico: Carlos Pachamé


Fase de Grupo - 19/08

Brasil 1x0 México
Local: Estadio Brígido Iriarte, Caracas (Venezuela)
Gols: Heitor
Àrbitro: Mario Lira (Chile)
Cartão Amarelo: Moreno e Édson Souza

Brasil
Hugo, Heitor, Everaldo, Guto e Jorginho. Édson Souza, Dunga e Neto (Paulo Sérgio). Helinho, Marcus Vinícius e Paulinho. Técnico: Gilson Nunes

México
Fernández, José Ruiz (Valenzuela), Carlos Rodríguez, Raymundo Rodríguez e Zúñiga. Alejandro Frías, Antonio Osorio e Moreno. César Meza (Pijuán), Filiberto Méndez e Joel Ruiz. Técnico: Jesús Rodríguez


Fase Final - 23/08


Uruguai 1x0 Brasil
Local: Estádio Brígido Iriarte, Caracas (Venezuela)
Gols: Peirano
Àrbitro: Mario Lira (Chile)
Cartões Amarelos: Peirano e Rodriguez.

Uruguai
Sosa, Alvaro Pérez, Ostolaza, José Alberto Batista e Yeladián. Rabino, Rudy Rodríguez, Perdomo e Peirano. Víctor Púa e Luis Heimen (Martirena). Técnico: Óscar Tabárez


Confira a lista de convocados do Brasil:

Hugo [Flamengo], Heitor [Ponte Preta], Everaldo [Guarani], Guto [Flamengo] e Jorginho [América]. Édson Souza [Bonsucesso], Dunga [Internacional] e Neto [Guarani] (Adalberto [Flamengo]). Helinho [Botafogo] (Marquinhos [Guarani]), Marcus Vinícius [Atlético Mineiro] e Paulinho [Fluminense]. Técnico: Gilson Nunes

Fonte : Enciclopédia do Futebol - 1983

28/04/2022

RUBENS LOPES SERÁ REELEITO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DO RIO


Rubens Lopes concorre com chapa única à presidência da FERJ
Foto: Úrsula Nery/FERJ


Rubens Lopes será declarado o 'novo presidente' da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro para mais quatro anos no período de abril de 2023 até abril de 2027. A chapa 'Todos pelo Futebol do Rio' encabeçada pelo atual presidente foi a única a se inscrever para o pleito que acontece nesta sexta-feira na sede da entidade. 

Rubinho está na principal cadeira da FERJ desde 2006, quando substituiu Eduardo Vianna, apelidado de Caixa D´Água. Na lista apresentada da nova composição da entidade, o Diretor de Competições Marcelo Vianna será também um dos vice-presidentes. 

O vereador Felipe Michel também foi convidado para participar da administração. Ele é ex-secretário municipal de Marcelo Crivella, tendo comandado a pasta de Envelhecimento Saudável e fará parte desta seleta lista de dez vices da Federação.

Entre eles, estão Sávio Franco, ex-CEO do Centro de Operações no mandato anterior de Eduardo Paes, e Ronaldo Castro (radialista). Cláudio Mansur, Edmundo Souto, João de Deus Falcão Neto, José Martinelli, Jorge Cardoso e Plínio Jordão completam os nomeados.

Rubens Lopes teve adversário em um pleito somente em 2018. Ele concorreu contra Márcio Duba, filho de Elias Duba (presidente do Madureira), mas venceu com facilidade com 263 votos, contra 39. 

Rubens Lopes também acumula a função de vice-presidente da CBF após a eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022. 

25/04/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #32


Por: Paulo Jorge

FALA, PRESIDENTE!

A temporada de 1959 iria começar e o presidente Tadeu Macedo estava esperançoso por uma ótima campanha. O Bonsucesso é uma entidade cultural, que carrega em si a cultura do suburbano, a luta diária pela sobrevivência em um mundo que tenta ao máximo expurgar a minoria e o dirigente desejava mudar de vez o quadro de 'pequeno e tradicional', tornando o clube forte e competitivo. 

Na entrevista para a Revista do Esporte, Tadeu Macedo relatava que assumiu o time no ano anterior e encontrou um clube cheio de problemas e com poucos esportes sendo praticados: futebol de campo nas categorias profissional, amador e juniores e futebol de salão. Ele desejava que o clube fosse poliesportivo, com outras modalidades em seu quadro. 

Em menos de um ano, essa nova diretoria já mostrou serviço: as equipes de futsal foram muito bem nos campeonatos, conseguiram levar o Torneio Início para Teixeira de Castro e passaram da fase eliminatória do Campeonato Carioca (terminou o Cariocão em 10º) e fizeram vários investimentos em melhorias no estádio e materiais esportivos aos atletas.

"Esta diretoria ao assumir as rédeas do clube, em fevereiro de 1958, encontrou o Bonsucesso disputando somente o futebol profissional, aspirante e amador, e o futebol de salão em duas categorias. Por esta administração, foram aumentados os esportes praticados, bem como criadas novas seções esportivas com real sucesso, especialmente o ciclismo, que já conseguiu obter expressivas vitórias no Campeonato Carioca de Ciclismo, recentemente iniciado. No futebol de Salão, o Bonsucesso fez bonito no campeonato passado, colocando-se bem em três categorias. Quanto a 'menina dos olhos' do clube - a seção infanto-juvenil de futebol - conseguimos levantar o Torneio Início de 1959 e, na fase de eliminação do Campeonato Carioca, fomos os segundos da nossa série", disse o presidente. 

Os investimentos foram intensos, ele desejava construir um Bonsucesso forte, não apenas aquele time que abastecia os maiores, mas queria que a equipe fosse robusta para manter-se entre os melhores. 

"Na parte do futebol profissional, o nosso vice-presidente, Álvaro Robin Romano, auxiliado pelo seu diretor e técnico, Daniel Pinto, já há muito vêm se dedicando à formação de um quadro de profissionais que defenderá o prestígio e as tradições do Bonsucesso, procurando obter uma colocação honrosa no campeonato que se aproxima." 

Vários jogadores foram contratados para o ano: Zé Maria, Jacaré, Renato, Antoninho, Brandãozinho, Jorge, Beto, Augusto, Jair, Lincoln, Artoff, Nico, Mazzola, Helinho, Yedo, Russo, Ivo, Adelino, Stelino e Valter. Junto a eles se juntaria diversos jogadores da base, mesclando juventude e experiência. 

"Ainda na parte profissional, mantêm o departamento uma escola de futebol, onde aqueles que mais se destacam são escolhidos para integrar os quadros de amadores, aspirantes e profissionais. Esta escola possui sua torcida própria, que comparece todas às sextas às 15h aos jogos, a fim de incentivar seus quadros preferidos. A finalidade é formar valores e burilar pequenos craques. Estamos selecionando goleiros, laterais-direitos, médios e pontas, a fim de podermos contar com uma formação ideal para o campeonato que se aproxima. Teremos ainda um bom quadro de aspirantes, que praticamente já está delineado e que muita dor de cabeça irá dar aos nossos contendores, pois a rapaziada é toda nova e vem treinando quase diariamente desde fevereiro", afirmou o presidente. 

Se a situação atual é complicada financeiramente para o Bonsucesso, no século passado o cenário não era tão difícil. O clube fechou 1958 no 'azul', sobrando pouco dinheiro - é verdade -, mas deixando o clube zerado em dívidas com uma arrecadação de C$5.757.343,00 e gastando C$3.704.916. 


Fonte: Revista do Esporte/Biblioteca Nacional (1959)

14/04/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #31


Por: Paulo Jorge

Em 1960, o Campeonato Carioca chegava na última rodada com o America campeão e o Bonsucesso longe do risco de rebaixamento. Mesmo assim ainda tinha espaço para uma 'bulha' com o Botafogo. O Alvinegro, que não lutava pelo título no torneio de pontos corridos, gostaria de fazer uma das inúmeras excursões na década. A diretoria chegou a acordar o valor de 100 mil cruzeiros com o clube da Leopoldina, mas não efetuou o pagamento como combinado para que a partida pudesse ser antecipada.

Revoltados com a obrigação dentro do Estadual, o Botafogo prometeu uma vingança com goleada no Maracanã pela postura do Bonsuça. O time de Paulo Amaral entrou completo com direito a participação do goleiro Manga além dos não menos lendários Garrincha, Didi, Quarentinha e Amarildo.

Pra quem foi ao estádio, saiu com a satisfação de um grande jogo. O Bonsucesso acabou perdendo por 5 a 3, mas a goleada prometida pelos alvinegros passou longe de acontecer. Confira abaixo a ficha técnica desse jogo histórico em 17 de dezembro de 1960.

Bonsucesso 3x5 Botafogo

Local: Maracanã
Juiz: Walter Gama de Castro
Auxiliares: Francisco Ferreira e Lino Teixeira
Renda: Cr$ 58.259,00
Gols: Manuel 20', Quarentinha 55', 58' e 60', Manuel 69', Garrincha 73', Quincas, China 87'

Bonsucesso: Bruno, Bibi, Severiano e Mirinho; Silvio e Adelino; Augusto, Manoel, Pingo, Cassiano (Beto) e Quincas. Técnico: Gradim

Botafogo: Manga, Cacá, Zé Maria e Chicão (Brazão); Pampolini e Jorge; Garrincha, Didi, China, Quarentinha e Amarildo. Técnico: Paulo Amaral.

Obs: Aos 80', Quarentinha contundiu-se deixando o campo para não mais voltar


Confira sempre a coluna 'Tá no Livro', com o historiador Paulo Jorge. O resgate do passado do Bonsucesso é no Fanáticos pelo Cesso! Deixe seu comentário e compartilhe!

Fonte: A Luta Democrática, Blog do Marcão e Biblioteca Nacional

07/04/2022

FERJ DEFINE TABELA DO CARIOCA DA SÉRIE B SUB-20. CESSO PEGA O CERES


Foto: FERJ/Divulgação


A FERJ sorteou na tarde desta quinta-feira a tabela da Série B2 Sub-20. O Bonsucesso encara o Ceres na estreia. A competição terá início no dia 15 de maio. 

O Estadual será dividido em três fases: Taça Waldir Amaral, semifinal e final. AA Carapebus, Barra Mansa FC, Bonsucesso FC, CA Barra da Tijuca, Campos AA, Ceres FC, EC Tigres do Brasil, Goytacaz FC, Mageense FC e SE de Búzios disputam o Cariocão da categoria.

As quatro melhores equipes avançam para as semifinais em cruzamento olímpico e em jogos de ida e volta. A melhor equipe classificada terá direito ao mando de campo na segunda partida. 

Havendo empate em pontos ganhos e saldo de gols nas semifinais, as associações melhores classificadas na Taça Waldir Amaral (1º e 2º) estarão formando a decisão. Na final, nenhuma equipe terá vantagem. Confira abaixo como será a 1ª rodada:

Mageense x Carapebus

Búzios x Goytacaz

Bonsucesso x Ceres

Tigres do Brasil x Barra Mansa

Campos x Barra da Tijuca

Confira abaixo como foi o sorteio da competição:


05/04/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #30


Por: Paulo Jorge

UM CABRITA RUBRO-ANIL

Antes do Estadual de 1958 iniciar, Cabrita era lembrado apenas como filho de um ex-goleiro do America e dele herdou esse apelido. Mas o atacante rubro-anil foi o destaque da campanha do Bonsucesso com nove gols e atraiu as atenções do Vasco da Gama. 

A passagem pela Teixeira de Castro durou muito pouco, mas o suficiente para escrever parte de sua história já que deixava a Leopoldina para ser a solução ofensiva em São Januário. O período foi curto lá devido uma discussão com o técnico Ely do Amparo,  encerrando sua trajetória no cruzmaltino. Além de ter iniciado a carreira no Goytacaz, Cabrita também vestiu as camisas do Guarani, Jabaquara, Portuguesa Santista, Noroeste, Ferroviária e São Bento. 

Antes da saída para o Vasco, Cabrita marcou seu nome pelo Bonsucesso no duelo com o próprio adversário e futuro time. Em 25 de outubro de 1958, no empate em 3 a 3, o Bonsuça saiu atrás no placar sofrendo logo três gols, mas a reação surgiu dos pés do garoto que aos 24 minutos do segundo tempo descontou. O gol era o fôlego necessário para buscar a igualdade no marcador com o gol contra de Écio e Iedo aos 43 minutos da etapa complementar.

Ficha Técnica: Vasco 3 x 3 Bonsucesso

Campeonato Carioca
Local: Maracanã
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Gols: Delem (2) e Rubens (pênalti) [1º tempo]; Cabrita, Écio (contra) e Iedo [2º tempo]

Vasco: Barbosa; Paulinho, Viana e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Laerte, Delem, Rubens e Pinga.

Bonsucesso: Zé Maria; Jacaré, Santos e Chicão; Antônio e Brandãozinho; Augusto, Artoff, Cabrita, Helinho e Iedo.



Cabrita também marcaria o último gol no Maracanã na era Rio de Janeiro como capital do Brasil. Em 19 de abril de 1960, o Vasco enfrentou o Palmeiras pelo Torneio Rio-São Paulo e venceu por 3 a 0. Ele entrou aos 35 minutos do segundo tempo e venceu o goleiro Valdir em um belo chute. 

Ele também esteve presente no jogo Vasco 0x0 Palmeiras, primeiro duelo no Estado da Guanabara, em 24 de abril de 1960. O atacante entrou no segundo tempo e se manteve invicto contra o Rei Pelé já que em 1959, pelo mesmo torneio, em sua estreia pelo Vasco, ajudou o time a bater o Peixe por 3 a 0. 

O imã com o Bonsucesso o fez reencontrar o ex-clube duas vezes. Pelo Vasco, saiu vitorioso na goleada por 6 a 1 e outra vez na partida por 3 a 2 no Carioca de 1959. 

O curioso naquela época era o jornal elencar o jogador com características peculiares como o tamanho da chuteira (42) e o consumo de cigarro da marca continental (dois maços por dia) além do salário de seis mil cruzeiros. 


Fonte: Jornal Diário da Noite, 27/10/58 e Revista do Esporte 1958

29/03/2022

OLHO VIVO NA SÉRIE C DO CARIOCA



A FERJ convocou os clubes que vão participar da Série C do Campeonato Carioca para o Arbitral, que será realizado no próximo dia 31, às 14h, na sede da entidade para definir algumas questões envolvendo a competição que começa em meados de maio:

1) Escolha da Premiação do Campeonato Estadual de Profissionais da Série C de 2022.
2) Calendário de Treinamento sobre Registro e Transferência de Atletas.
3) Protocolo de Saúde ara Realização dos Jogos.
4) Laudos de Segurança dos Estádios.
5) Assuntos Gerais

Os filiados deverão se fazer representar por seu presidente, ressaltando-se que além das medidas já adotadas de sanitização ambiental, distanciamento, uso de máscaras, disponibilização de álcool gel e outras, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde no combate à disseminação da COVID-19, todos os participantes deverão, ao chegar à FERJ, responder ao questionário clínico epidemiológico, sendo imperativa para a entrada nas dependências a ausência de dados sugestivos de contagiosidade.

Disputam a 5ª Divisão do Rio de Janeiro os 13 clubes a seguir: Vera Cruz, Barcelona, CAAC Brasil, Atlético Carioca, Esporte Clube Resende, Rio de Janeiro, Brescia Clube, Império Serrano, IQSL Brasileirinho, Juventus, Belford Roxo, Paraty e Uni Souza.

22/03/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #29


Por: Paulo Jorge

'QUEM DOMINA É O BONSUCESSO...'

O campeonato carioca de 1977 foi surpreendente para o Rubro-Anil, fazendo uma ótima campanha e ficando em sexto lugar no primeiro turno à frente dos rivais suburbanos: São Cristóvão (8º), Olaria (10º) e Madureira (13º). No segundo turno, o time não conseguiu manter a regularidade e terminou em décimo lugar.

Um jogo de destaque do time foi o 2 a 0 aplicado no Campo Grande. No Ítalo Del Cima, o Bonsuça dominou o adversário e fez com que a partida se tornasse fácil e de controle quase que total. Mantendo a base de 1976, Cabral marcou o primeiro gol da partida aos 21 minutos e César completou o placar aos 26 minutos da fase final, com um chute violento de fora da área.

O time do Bonsucesso entrou em campo com: Pedrinho; Carlos Alberto ,Nilo, Antonio Carlos e Alcir; Wilson, Cabral e Ivo; Naldo, Cesar e Julinho.

Campo Grande: Moacir; Ademir, Carlão, Paulo Cesar e Gilberto; Márcio, Tião  e Tomé; Rui, Augusto e Mota.


FESTAS NO BONSUCESSO

As festas, bailes de carnaval e noites de música sempre foram eventos marcantes para o Bonsucesso e a comunidade na região da Leopoldina. Era quase obrigação, de sexta a domingo - e feriados, visitar essas maravilhosas noites no clube da Teixeira de Castro. 

Em 1951, um desses dias marcaria para sempre devido à presença de artistas especiais. Às 21 horas, a Embaixada do Silencia apresentaria sua Rainha do Carnaval, a senhorita Gilda Rogério, para todos os associados, em especial ao presidente José Crishman. 

Se apresentaram naquela noite também Nelson Gonçalves, Zé e Zilda, Ciro Monteiro, Flora Matos, Ary Cordovil (descendente da família que dá nome ao bairro), Linda Rodrigues, Juju, Ruy Almeida, Dupla Verde e Amarela e os poetas da voz Ivan de Almeida e Orlando.

Ê nostalgia...




Fonte: Tribuna de Imprensa
Fonte: Imprensa Popular 1951

16/03/2022

LUSA E BONSUÇA VIVEM MOMENTOS DISTINTOS DESDE A COPA RIO 2019


Bandeira do Bonsucesso na arquibancada social do clube
Foto: Raphael Santos

Bonsucesso e Portuguesa hoje caminham lado a lado, mas em estradas diferentes. Os clubes firmaram nos últimos dias uma parceria para cessão do estádio Leônidas da Silva, onde as categorias de base da Lusa mandarão seus jogos no local durante 2022 para justamente aliviar o número de partidas no Luso-Brasileiro com duelos do Brasileiro da Série D e Brasileirão Feminino (acordo entre o clube da Ilha do Governador e o Flamengo). 

Em troca, o Rubro-Anil viu o estádio passar por reformas estruturais como pintura nas arquibancadas, social e na fachada na Avenida Teixeira de Castro além do tratamento do campo sendo responsabilidade da Portuguesa a partir de então. 

As duas equipes estiveram frente à frente pela última vez na decisão da Copa Rio de 2019. O Bonsucesso levou a melhor ao vencer por 1 a 0 e tinha a chance de disputar a Copa do Brasil ou a Série D do Brasileiro no ano seguinte. 

No fim, alegando falta de recursos para manter uma folha salarial por mais alguns meses e abdicando de R$500 mil, o Boavista acabou com a vaga na Copa do Brasil. 

Ainda em 2019, o Leão da Leopoldina não teve forças para avançar a fase final da Série B do Estadual.

O vice-campeonato da Copa Rio para a Lusa teve um impacto, mas o time da Ilha do Governador acabou saindo ainda mais fortalecido com a lição. De lá para cá, é a Portuguesa quem vem se tornando uma quinta força no Rio de Janeiro. 

Em 2020, o clube ainda não conseguiu alçar voos altos no Estadual, terminando em 9º na classificação geral, mas na última temporada, a 'Zebra' já começou a  ser mais respeitada. O clube de menor investimento terminou em terceiro (21 pontos - atrás de Flamengo e Fluminense) na Taça Guanabara, garantindo uma vaga inédita para as semifinais do Carioca. A classificação teve um peso ainda maior porque ficou à frente de gigantes como o Vasco e Botafogo. 

Nas semifinais, foi valente. Empatou com o Fluminense por 1 a 1 no primeiro jogo e perdeu a partida da volta por 3 a 1, no Maracanã. Nomes como Chay, Mauro Silva, e Marlon, todos ex-Bonsucesso, se destacaram e foram negociados. Até o técnico Felipe Surian acertou sua transferência para o Sampaio Correa, da Série B do Brasileirão. 

Esse ano, a Portuguesa novamente vai fazendo história. A equipe terminou em 6º na Taça GB com 12 pontos e avançou para a Taça Rio (encara o Resende). Mas, na Copa do Brasil é que o time está 'voando alto'. Jogando em casa nas duas primeiras fases da competição, a Lusa despachou CRB e Sampaio Correa (ambos da Série B do Brasileirão). No somatório, o clube já embolsou R$3,2 milhões.

Se a Portuguesa vai dando sinais de progressão, o Bonsucesso da Copa Rio pra cá só regrediu. Em 2019, não avançou às semifinais do Estadual da Série B. No ano seguinte, se viu numa crise profunda politicamente e também na gestão do futebol, com o rompimento do contrato com antigos gestores que deixaram para trás dívidas com o elenco. José Agnaldo Sena assumiu o futebol no olho do furacão após um WO dias depois do aniversário de 107 anos do Bonsuça. 

A nova administração não conseguiu evitar a queda direta para a 4ª Divisão com a mudança de regulamento. O time terminou em penúltimo em 2020 com apenas oito pontos em 16 jogos (o Campos foi o último). 

Em 2021, as esperanças foram renovadas, mas com um trabalho equivocado do início ao fim, o clube novamente sucumbiu perante os próprios olhos e amargou apenas a sétima posição sem avançar a fase decisiva. Na atual temporada, o Bonsucesso estará novamente na Série B2 com uma longa estrada pela frente se quiser um dia novamente figurar na elite. Enquanto isso, estende a mão para a Portuguesa em troca de ajuda para poder manter a estrutura da sede de pé enquanto vê parte do seu patrimônio na mão de uma empresa por dívidas antigas (confira aqui). 

15/03/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #28



Por: Paulo Jorge

BONSUCESSO X EXPRESSO DA VITORIA – UM DIA PARA ESQUECER

Nem só de vitórias vive um clube, mas esse duelo que vou narrar bem que poderia sumir da história do Bonsucesso assim como o ano de uma maneira geral no Campeonato Carioca de 1945. Nessa temporada, o clube amargaria a penúltima colocação entre os 10 times, com uma campanha desastrosa: 18 jogos com três vitórias, 15 derrotas e nenhum empate. Foram 22 gols marcados e incríveis 75 sofridos, saldo de -53.

Enfrentar o Vasco (seria o campeão) por si só já era difícil, mas ter pela frente o 'Expresso da Vitória' era ainda mais duro. Nem mesmo o fator casa ajudou o Bonsucesso diante do Gigante da Colina, que aplicou um doloroso 9 a 0. Nem a renda de C$55.217,30 amenizou o rebuliço que se criou no estádio naquele dia.

Isaias, Lelé e Ademir, duas vezes cada, Chico, Berascochea e Jair fizeram os gols naquela tarde. Se já estava fácil para o Vasco golear, com a expulsão de Anito aos 14 minutos do segundo tempo, o trabalho ficou ainda mais tranquilo. 

Essa denominação 'Expresso da Vitória' surgiu através de um programa musical na Rádio Nacional, onde o cantor à época dedicava uma canção ao time que vinha jogando o fino da bola. Comandado inicialmente pelo uruguaio Ondino Vieira, o Vasco foi o primeiro clube a jogar no 4-2-4. Aquela equipe se perpetuaria entre 1944 a 1953 em campos brasileiros.

No geral, Bonsucesso e Vasco se enfrentaram bastante. São 139 jogos com 98 vitórias do Vasco, 15 do Bonsucesso e 26 empates. 138 gols marcados pelo rubro-anil e 385 sofridos. O último jogo foi em 2016.

Um ano antes dessa derrota em casa, o Vasco já tinha aplicado 10 a 0 no Bonsuça em 21 de maio de 1944, sua quarta maior goleada em São Januário, mas isso é papo para outro dia. Por hoje é só, né?!


BONSUCESSO 0X9 VASCO

Local: Teixeira de Castro
Juiz: Angelino Medeiros
Renda: Cr$ 55.017,00
Gols: Isaias 22', Ademir, Lelé, Chico, Berascochea, Ademir, Isaias, Lelé e Jair
Expulsão: Anito aos 59'

Bonsucesso: Bráulio, Lilico e Laércio; Otacílio, Pé de Valsa e Duca;
Sobral, Bucheli, Anito, Bolinha e Nerino.

Vasco: Rodrigues, Augusto e Rafanelli; Berascochea, Ely e Argemiro;
Ademir, Lelé, Isaias, Jair e Chico.


Fonte: 'Almanach Eu Sei de Tudo'

14/03/2022

PORTUGUESA E BONSUCESSO FIRMAM PARCERIA PARA TEMPORADA 2022


Dirigentes se reúnem na Secretaria Municipal de Esportes
Foto: Divulgação

O Bonsucesso fechou uma parceria com a Portuguesa nos últimos dias para melhorar a estrutura física do estádio Leônidas da Silva em troca de ceder o espaço para o clube da Ilha do Governador mandar seus jogos das categorias de base. A reforma já iniciou com a pintura da arquibancada social e reparos na fachada do clube.

A Lusa também será responsável pela manutenção do campo, que irá receber os meninos do sub-13 ao sub-20. Essa parceria é importante já que o Luso-Brasileiro será palco dos jogos do time na Série D do Campeonato Brasileiro a partir de abril e há acordo com o Flamengo, a princípio, até maio para que o Rubro-Negro exerça a preferência de algumas partidas do time feminino no local durante o Brasileirão.

O acordo entre Portuguesa e Bonsucesso foi alinhavado entre os presidentes Marcelo Barros e Nilton Bittar, que se encontraram na última semana com o Secretário Municipal de Esportes, Guilherme Schleder. O gestor de futebol, José Agnaldo Sena, também esteve presente no escritório da Prefeitura.

O Bonsucesso estreia no Carioca da Série B2 apenas em setembro. As divisões de base do clube também jogam na Teixeira de Castro. As competições Sub-15, Sub-17 e Sub-20 da Série B2 começam apenas em maio.

O time Sub-20 da Portuguesa estreia na Série A no dia 26 de março. Os torneios do Sub-15 e Sub-17 da elite iniciam apenas em agosto.

Em 2019, o Bonsucesso conquistou o título inédito da Copa Rio sobre a Portuguesa por 1 a 0, gol de Denilson, no Nilton Santos. 




Fotos: O Rubro-Anil/Divulgação

10/03/2022

FERJ DEFINE TABELA DA SÉRIE C DO CARIOCA. DOIS SOBEM PARA A B2


Mageense foi campeão da Série C do Carioca em 2018
Foto: Úrsula Nery/FERJ


A FERJ definiu nesta quarta-feira a tabela e formato da Série C do Campeonato Carioca. 13 clubes participarão da disputa. Aprovado por unanimidade, o regulamento tem como fórmula de disputa os pontos corridos na primeira fase. 

Ao final, os quatro primeiros colocados se classificam para a semifinal - no cruzamento, em ida e volta, 1° e 2° lugares têm vantagem de dois resultados iguais e escolha do mando de campo diante dos 3° e 4°. Os dois melhores classificados garantirão o acesso à Série B2 do Campeonato Estadual. A competição tem início previsto para maio. 

Para a primeira partida do turno, somente poderão participar os atletas inscritos até o 5º dia útil que anteceder o início do campeonato e cujo registro conste do BIRA, sem pendências, até o último dia útil que anteceder a respectiva partida.

As associações deverão inscrever no mínimo 15 quinze atletas profissionais para disputa do campeonato sob pena de não poder iniciar a disputa. Após o início da competição no mínimo 11 atletas profissionais deverão estar inscritos na competição sob pena de impossibilidade de participação pelo clube faltoso enquanto perdurar e irregularidade.

A FERJ ainda confirmou em regulamento que poderá ser utilizado o número máximo de 10 atletas não profissionais (até a véspera de completar 21 anos) na relação de jogo de cada partida.

Confira os clubes que participam do Carioca e as três primeiras rodadas: EC Resende, Atlético Carioca, Belford Roxo, Brasileirinho, Barcelona, Vera Cruz, Brescia, Juventus, Caac Brasil, Império Serrano, Paraty, Rio de Janeiro e Uni Souza.