Neste domingo, o ex-atacante Giriba completa 75 anos. O ex-jogador defendeu o Bonsucesso no fim dos anos 60 e início da década de 70. O jogador ficou marcado por dizer 'não' ao Flamengo quando defendia o clube da Teixeira de Castro.
Luis Carlos Vitali nasceu em Colatina, no Espírito Santo, e começou a carreira aos 16 anos no Juventude. Com poucos meses no clube, ele se transferiu para o Atlético Clube. Suas qualidades foram observadas pelo Flamengo, que acertou a sua chegada para a categoria juvenil.
No Rubro-Negro, ele permaneceu apenas seis meses. O Fluminense foi mais rápido e acabou conseguindo a contratação do jogador para o time profissional em 1965. Foram dois anos pelo Tricolor até o empréstimo ao Rio Branco-ES. De volta pra casa, Giriba foi campeão capixaba em 1966.
De pavio curto, o atacante não permaneceu no Rio Branco-ES porque acabou se desentendendo com o ex-treinador. Na volta ao Rio, Giriba chegou ao Bonsucesso.
“No Fluminense tive poucas chances porque era muito novo e sem experiência. Naquela época, o atleta não tinha categoria de base e muito menos estrutura. Então, minha passagem pelo Fluminense foi de um ano e meio, dois, quando me transferi para o Bonsucesso. Aí sim, fui vivenciar o que era jogar futebol profissionalmente", disse.
No clube, onde conquistou o Torneio Paulo Rodrigues, em 1967, Giriba voltou a atrair os olhos do Flamengo, mas recusou a investida do Mais Querido do Brasil.
"Eles me queriam e fizeram uma proposta para que eu jogasse no Flamengo. Mas a proposta seria por empréstimo, e eu não queria ser emprestado, e não acertei a transferência", afirmou.
Depois da recusa, Giriba se despediu do Bonsucesso em 1971 para se aventurar no futebol baiano. Ele acertou com o Vitória, onde foi campeão estadual na temporada seguinte. O ex-jogador permaneceu no Barradão até 1975, quando pulou o muro e foi vestir a camisa do rival Bahia. Lá, conquistou o tricampeonato estadual e encerrou a carreira em 1978.
“Não gostava de ficar de fora dos jogos e comecei a perceber que jogadores menos habilidosos estavam no time titular enquanto eu estava no banco. Então, como já estava querendo parar, aproveitei para pendurar as chuteiras”, disse o ex-jogador que se aposentou aos 33 anos.
Giriba ainda recebeu convite para voltar a jogar pelo Vitória e Rio Branco, mas não aceitou. O Fanáticos pelo Cesso deseja um feliz aniversário, Giriba!
Antigos gestores em comemoração ao aniversário do clube antes da pandemia
Foto: Arquivo Pessoal
Hoje é dia de assoprar as velinhas no Bonsucesso. Mas, nada que justifique comemorações. O clube completa sete meses sem ter um presidente reconhecido pela FERJ e CBF. Segundo o site da entidade, o último mandato se encerrou no dia 2 de setembro de 2020. Ao longo de todo o período até as eleições em 12 de dezembro do último ano, o candidato único Nilton Bittar bradou aos quatro cantos na Teixeira de Castro que o 'estatuto é soberano', dando o direito do pleito ocorrer somente na última quinzena do último mês, conforme rege o artigo 74.
Com a impugnação da chapa de oposição encabeçada por Jorge Ribeiro Marques, Nilton Bittar foi eleito sob desconfiança de sócios já que o então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, não esteve presente no dia mais importante da democracia rubro-anil.
O Grupo 'Bonsucesso Raiz' fincou suas raízes na sede social, porém, ainda não conseguiu registrar a ata da eleição no RCPC-RJ, o cartório central para clubes do Rio de Janeiro. Em três oportunidades, os dirigentes encaminharam documentos, entretanto, mantêm-se em exigências, que o Fanáticos pelo Cesso trouxe aqui com exclusividade.
A FERJ já deixou o Bonsucesso fora do arbitral sobre as contas do exercício de 2020 da entidade e a elaboração do Regulamento Geral de Competições de 2021, justamente por não ter um representante legal. Essa pendência persiste e isso pode impactar diretamente a participação do clube na Copa Rio e a Série B2 a partir de agosto e setembro, respectivamente.
Sem o reconhecimento da legalidade das eleições na FERJ, o clube fica impedido de inscrever jogadores. Nos bastidores, os dirigentes expõem que tudo será contornado em breve, mas esbarram nas próprias dificuldades. Uma das exigências do cartório é explicar a 'ausência de eleição para o Conselho Diretor'.
Como Ary Amâncio tomou posse através de uma eleição judicializada, sócios buscaram as medidas civis para comprovar que a decisão do Desembargador Mário Neto é explícita em garantir que o pleito deveria ocorrer dentro do período do escrutínio (até setembro de 2020). O artigo 69 do estatuto diz: "As eleições dos membros dos poderes do Bonsucesso serão realizadas de três em três anos, com direito a reeleição".
Nesta semana, um grupo de sócios encaminhou um ofício ao Procurador da FERJ, Sandro Trindade, cobrando uma intervenção no Bonsucesso pela vacância de cargo de 180 dias. Na carta, os torcedores alegam que Nilton Bittar infringe o artigo 23, inciso I - parágrafo C da Lei Pelé (confira abaixo). O clube ainda não apresentou os balanços financeiros de 2019 e 2020. Procuramos Sandro Trindade, mas ainda não tivemos retorno.
Há duas ações na justiça comum, na 10ª e 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça. A primeira ação ainda não teve sentença, porém, o juiz Ricardo Cyfer indeferiu inicialmente o pedido de tutela provisória contra as eleições ocorridas em dezembro. O outro processo segue aguardando apreciação do magistrado.
A Delegacia de Defraudações também analisa o caso. Além disso, a Polícia Civil investiga supostas fraudes em exames de COVID-19 durante a disputa da Série B1 do Carioca no ano passado. Além do médico Antonio Carlos Naine, do atual mandatário Nilton Bittar e do gestor José Agnaldo Sena, as autoridades ouviram uma funcionária do clube, Solange Lione.
Em um breve depoimento, apuramos que Solange afirmou que nunca levou nenhum exames para o ex-coordenador médico do Bonsucesso assinar. O único documento que ela encaminhava para a clínica de Antonio Carlos Naine era uma folha única, que o profissional rubricava. Solange Lione afirmou que não sabia as datas e o teor dos documentos.
Solange Lione é uma das funcionárias mais antigas do Bonsucesso
Foto: Arquivo Pessoal
Como o decreto municipal foi prorrogado até a próxima quinta-feira, a diretoria do Bonsucesso terá mais alguns dias de inviabilidade para agilizar a burocracia e garantir a transparência do processo eleitoral do clube.
O Fanáticos pelo Cesso seguirá acompanhando essa Via Crucis. Abaixo as exigências do RCPC-RJ ao clube.
1) Apresentar o edital nos termos do estatuto - ORIGINAL - folha inteira do jornal
2) A ata deve conter o CNPJ da associação
3) Informar na ata o período de mandato dos eleitos no formato: __/__/____ até __/__/____
4) Apresentar Qualificação completa de TODOS os eleitos
5) Esclarecer a ausência de eleição para o Conselho Diretor
6) Informar na ata: TODOS os eleitos declaram que não estão impedidos de exercer a administração da associação nos termos do art. 1.011 § 1º CC/02
*documento passível de novas exigências, pois não sei quem é o representante legal* caso tenha alterado, apresentar o REGIN para regularizar
Em,25/03/21
1) TODAS as páginas devem estar rubricadas (relação de presentes e qualificação dos eleitos)
2) Apresentar DBE de alteração de representante legal
3) Apresentar Capa do Requerimento Eletrônico com assinatura e reconhecimento de firma de Nilton Ricardo Bittar
4) Comparecer para PAGAR os REGISTROS complementares
O Fanáticos pelo Cesso lançou o desafio através das suas redes sociais e em poucas horas encontramos a torcedora mirim, que acompanhou o jogo contra o America, no empate em 1 a 1, em 2009, pela 10ª rodada da Série B do Campeonato Carioca. No vídeo, ela aparece ao lado pai, Genildo César, e do tio, Júlio César dos Santos, atual personal trainer do atacante Paulinho, do Bayer Leverkusen-ALE.
Está curioso para saber quem é?! Então, trata-se da Ysadora dos Santos, hoje, com 23 anos. O blog localizou a torcedora, que desde pequena sempre foi apaixonada por futebol. Atualmente, ela carrega o amor pelo Fluminense, sentimento passado pela família tricolor, mas guarda com carinho as idas à Teixeira de Castro para acompanhar o pai, ex-treinador do futsal do clube, e que após os treinos e jogos na quadra, sentava-se nas arquibancadas da social ao lado do ginásio, para ver de perto os profissionais do campo.
"Eu não lembro da partida em si, do resultado... Eu tinha doze anos na época. Costumava assistir vários jogos no clube. Eu só lembro desse momento do vídeo", disse Ysadora.
Acompanhada da família, Ysadora foi flagrada apoiando o Bonsucesso e fazendo coro junto à organizada.
"Eu amava as festas da organizada. Sempre gostei muito de torcer e cantar, de estar apoiando o time. Eu não sei dizer quem fez o vídeo, acho até que não o conheço e fiquei meio tímida quando percebi que estava me filmando (risos). Na época, eu estava acompanhada do meu pai e do meu tio, que eram treinadores do sub-13 de futsal do clube, que são os dois que estão conversando ao fundo. Na época, costumava frequentar o clube, assistia os treinos de futsal com meu pai, os jogos do futsal e quando acabavam, nós ficávamos vendo os jogos do campo. Tem bastante tempo que não vou mais ao Bonsucesso infelizmente", disse Ysadora ao ser surpreendida com a informação que foi a própria mãe Renata que gravou o vídeo.
Foto: Arquivo Pessoal
Ysadora dos Santos afirmou que não mede esforços para acompanhar o Fluminense e está por dentro de todas as notícias do clube de coração.
"Eu ainda sou muito apaixonada por futebol. Sempre acompanhei todos os clubes pelo qual meu pai passou como treinador de futsal e meu irmão, que foi jogador. Hoje em dia, frequento estádios no Rio e fora dele acompanhando os jogos do meu time de coração, o Fluminense", afirmou a estudante de jornalismo.
Torcedora mirim do Bonsucesso, Ysadora faz coro para que mais mulheres estejam nos estádios assim como ela e sua mãe.
"Eu acho importantíssimo o avanço da quantidade de mulheres no estádio. Essa cultura de que o futebol é um espaço para homens precisa ser desconstruída e está sendo. Nós também entendemos sobre esportes, somos tão capazes quanto. Ainda há muitas restrições, em alguns lugares a mulher não tem a mesma liberdade de torcer na bancada, tocar um surdo ou balançar a bandeira, é uma barreira que precisa cair, afinal, estamos todos no mesmo lugar com o mesmo objetivo, apoiar o clube que amamos. O nosso espaço ainda não é o mesmo, mas o futebol é emoção e não gênero, acho que estamos caminhando na direção certa", finalizou.
Passados 11 anos, a nossa torcedora mirim já é mãe das pequenas Maria Eduarda e Maria Clara e é um dos quatro filhos do nosso ex-treinador Genildo César (Yuri, Yago e Yngrid). Detalhe: ela é a mais apaixonada por futebol entre todos!
O 'Fanáticos pelo Cesso' tem a honra de estrear a sua mais nova coluna, que contará histórias do Bonsuça através do trabalho do historiador Paulo Jorge, cria de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio de Janeiro e bacharel formado pela Unisuam em 2006. O pesquisador e criador da página Historiador Suburbano (@historyprofpaulo) no Instagram se junta ao blog para resgatar o passado de glórias do centenário clube da Leopoldina.
Por: Paulo Jorge
O futebol nasce como esporte da elite e aos poucos foi se popularizando graças a times como Bangu e Vasco, que introduziram negros, operários e pessoas pobres no novo esporte. No final dos anos 20, início dos anos 30, houve uma explosão de times amadores e semiprofissionais, que praticavam o esporte por todas as cidades. Times famosos da região leopoldinense disputavam campeonatos por toda a cidade, como o Portinho FC, time do Lobo Jr., Goulart FC, do 'Matadouro da Penha', o Cordovil FC e tantos outros.
No meio desse turbilhão de equipes, alguns se destacaram tanto que fazem parte até hoje da história suburbana e um dele é o Bonsucesso. Hoje, trago aos leitores a história que envolve a inauguração da sua casa, o eterno estádio Leônidas da Silva. O texto foi baseado em três recortes jornalísticos dos periódicos Luta Democrática, Tribuna Popular, Globo Esportivo e o A Noite.
Apesar de não estar vivendo um momento muito bom na parte esportiva e financeira, foi anunciado pela sua diretoria que o Rubro- Anil teria seu estádio. Essa façanha deve ser exaltada graças ao trabalho administrativo quase que perfeito de seu presidente, Afonso Lobo Leal. O presidente lançou uma campanha a nível local para que os comerciantes e pessoas ilustres da região ajudassem a levantar fundos para a construção da sede. A campanha se tornou um enorme sucesso, o presidente apresentou o projeto do local que incluiria a casa do futebol, local para festas, piscina e outras instalações.
O comércio local logo começou a se movimentar. O projeto estava sendo preparado para inaugurar em 1947. Além do gramado para a prática do 'certame', a sede contaria com quadras para outras práticas esportivas como basquete e tênis. A iniciativa deu tão certo que o quadro de sócios do clube aumentou de forma magnífica.
Numa sexta feira, 4 de julho de 1947, o Bonsucesso e a Leopoldina pararam para ver a grande inauguração. A Zona da Leopoldina estava vivendo um dia de festa e que entraria para a história. A primeira arquibancada do estádio em Teixeira de Castro foi inaugurada, pessoas se amontoavam para ver os jogadores. Cinquenta metros de arquibancada em concreto armado. Foi realizada um evento de gala para marcar aquele momento e que contou com a presença dos times do Madureira, Botafogo e Fluminense, os dois últimos os times mais antigos da cidade. Abrindo as festividades esportivas, os donos da casa fizeram as honras.
Bonsucesso e Madureira abriram os trabalhos. Empolgado e melhor preparado fisicamente, o Cesso dominou boa parte da partida, mas foi o Madura quem abriu o placar. Logo, o Bonsuça se recuperou e massacrou o Tricolor Suburbano com três gols. No fim, o Madureira ainda diminuiu. 3 a 2.
Os gols foram marcados na ordem por: Zé Luis e Jorge (Bonsucesso), Beijinho (Madureira), Flávio (Bonsucesso) e Esquerdinha (Madureira).
Logo depois, o palco do show estava inaugurado e macio para o desfile dos craques de Fluminense e Botafogo. O clássico foi movimentado e em um jogão de bola, as equipes marcaram 10 gols naquela tarde. Placar final: 5 a 5.
Leãozinhos se preparam para mais um jogo da Copa União de Base
Foto: Divulgação
O Bonsucesso está disputando a Copa União, tradicional torneio de base, que engloba do Sub-9 ao Sub-20, com clubes de menor investimento e equipes amadoras. Devido ao decreto municipal, o torneio está paralisado até o próximo dia 4 de abril. Após o rebaixamento para a Série B2, o Rubro-Anil vem reformulando o projeto das categorias de base e está disputando a competição no Sub-15 e Sub-17.
Na categoria infantil, que conta com 20 clubes, os grupos estão divididos da seguinte maneira:
Grupo A: Serrano, Boavista, Flexeiros, Academia de Futebol Campo Grande, Barcelona, Duque de Caxias, Porto Velho, União, Ceres e Brasileirinho.
Grupo B: Trops, São Gonçalo, Bonsucesso, Cabofriense, Olaria, Juventos, Fábrica de Talentos, Barra da Tijuca, America e Real.
O Bonsuça é o 3º colocado no Grupo B com seis pontos em quatro jogos (duas vitórias e duas derrotas). Foram sete gols marcados e dez sofridos. O artilheiro da equipe é Lopes Jr. com três gols. As partidas em casa têm ocorrido no Estádio Leônidas da Silva, que foi liberado pela FERJ para jogos da Série C do Carioca de Profissionais.
Confira os resultados abaixo e a classificação:
Barcelona 1x0 Bonsucesso
Bonsucesso 2x1 União
Porto Velho 1x2 Bonsucesso
Bonsucesso 3x7 Serrano
Na categoria Sub-17, os grupos também estão divididos com 10 clubes cada. O Bonsucesso é o 3º colocado no Grupo B com cinco pontos em quatro partidas. Foram quatro gols marcados e quatro sofridos. Confira os grupos abaixo:
Grupo A: Boavista, Serrano, União, Flexeiros, Ceres, Barcelona, Academia de Futebol Campo Grande, Porto Velho, Brasileirinho e Duque de Caxias;
Grupo B: Olaria, Juventos, Bonsucesso, America, Trops, São Gonçalo, Cabofriense, Barra da Tijuca, Fábrica de Talentos e Real.
Os melhores de cada grupo em suas respectivas categorias se classificam para a fase mata-mata. A organização da Copa União de Base ainda não confirmou as datas dos próximos jogos.
Confira os resultados abaixo e a classificação:
Barcelona 1x2 Bonsucesso Bonsucesso 1x2 União Porto Velho 1x1 Bonsucesso
Bonsucesso 0x0 Serrano
A Copa União de Base já contou com a parceria de empresas importantes e já foi realizada a fase final no CFZ no ano anterior. André Bahia, ex-zagueiro de Flamengo e Botafogo, e atual empresário, marcou presença na premiação da última edição.
André Bahia entrega troféu para meninos na Copa União de Base
Ex-árbitro Luis Carlos Gonçalves 'garfou' o Bonsucesso contra o Flamengo
Foto: Arquivo Pessoal
O ex-árbitro Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada, virou um dos personagens do documentário da Globoplay, Doutor Castor, por ter beneficiado o Bangu em determinados jogos com a presença do patrono do clube em campeonatos estaduais.
Cabelada, porém, já teve o nome relacionado a outras polêmicas no Rio de Janeiro. De personalidade forte, mas de imparcialidade duvidosa, ele já chegou a ser apontado como rubro-negro por muitos durante sua carreira no quadro de árbitro da FERJ na década de 80 e 90. Entretanto, o coração do ex-juiz sempre bateu forte pelo Vasco da Gama.
Isso, porém, não se sobrepôs ao jogo Flamengo x Bonsucesso, em 1982, em Moça Bonita, pela 7ª rodada da Taça Guanabara. O jogo se encaminhava para um placar final em 2 a 2, mas nos acréscimos do segundo tempo, Adílio 'marcou de cabeça'. O gol é escrito entre parênteses porque a bola não entrou já que Ademir Vicente tinha salvado em cima da linha, mas Cabelada apontou para o centro do campo, favorecendo o Rubro-Negro. O Leão da Leopoldina era garfado na cara dura.
O ex-dirigente William Bittar chegou a invadir o campo e dias depois, pediu a anulação do jogo no TJD-RJ, sem sucesso. Em entrevista ao Globoesporte.com em 2013, Luis Carlos Gonçalves deu sua versão do lance e negou que o gol fosse irregular.
"O Bonsucesso tinha o mando de campo, mas não podia jogar em Teixeira de Castro e levou para o campo do Bangu. O Flamengo tinha o escrete com Andrade, Leandro, Zico... E virou o primeiro tempo 2 a 1 para o Bonsucesso. Aí voltaram para o segundo tempo, o jogo duro, e o Flamengo empatou. Naquela época, quando o time de menor investimento retardava a partida, eu ia até 49, 50 minutos. E saiu aos 49 o gol do Adílio. A bola bateu na rede e saiu. Na posição que eu estava, deu para me certificar de que a bola entrou. Foi um jogo difícil, me cercaram...", afirmou. (veja o vídeo abaixo).
Em contato exclusivo com o Fanáticos pelo Cesso, Dé Aranha, que tinha marcado o segundo gol do Bonsuça, relembrou a atuação patética do Cabelada:
"O Flamengo jogou com o time completo. Era aquele time com Zico, Mozer, Leandro... Um timaço. Mas, jogamos pra c***. A bola nem de longe pensou em entrar. O Ademir tirou a bola por trás do goleiro. Ele estava a um passo da linha (do gol). Mas, como estava em cima da hora, quarenta e porrada do segundo tempo, o Flamengo tinha que ganhar o jogo... o cara meteu a mão. O bandeira foi firme. Ele nem se mexeu. Foi muito longe do gol. Ele cabeceou e caiu para trás. Cabelada era esquema monstruoso. Todo mundo já sabia. Quando colocavam ele para apitar era porque o jogo era de risco. O Bonsucesso nessa época ficou em 5º lugar e disputou a Taça de Prata. Foi um timaço que foi montado! Foi um roubo filho da p***. Foi um dos maiores assaltos à mão armada. Na filmagem, parece que ele (Ademir) estava perto do gol, mas não estava. O Jurandir (goleiro) estava a uns três passos à frente, mas o Cabelada colocou a bola na marca do cal e encerrou o jogo uns dois minutos depois. Esse era o Cabelada. Quando ele apitava, time pequeno já sabia que ia perder", garantiu Dé Aranha completando.
"Ele roubou muito pra mim quando eu joguei no Bangu do Castor de Andrade, Vasco e Botafogo. Ladrão, mas gente muito fina. Gosto dele, pois é um papo sensacional. O bom malandro", terminou Dé Aranha sorrindo.
Designado a dedo para jogos importantes do Carioca, o ex-árbitro revelou, em recente entrevista para o Esporte Espetacular, usando uma figura de linguagem para se designar como um juiz que já sabia para qual lado ele deveria favorecer.
"Eu era esse árbitro confeiteiro, que confeitava o jogo. Existe o sistema. E para você ser fiel ao sistema, tem que ser confeiteiro, se não você não é fiel", disse.
Flamengo 3 x 2 Bonsucesso
Taça Guanabara: 7ª Rodada Data: 21/08/1982 Local: Proletário Guilherme da Silveira Pilho (Rio de Janeiro) Árbitro: Luís Carlos Gonçalves Renda: Cr$ 2 505 000,00 Público: 8 350 Gols: Peninha 16, Leandro 24, Dé 28 e Zico 42 do 1.º; Adilio 43 do 2.°
Bonsucesso: Jurandir, Ademir, Osmar, Denilson e Galvão; Carlos Roberto, Wilson e Edson; Peninha (Silvinho), Dé e Jorginho, Técnico: Carlos Roberto
Flamengo: Cantarele. Leandro, Marinho, Mozer e Júnior, Andrade. Adilio e Zico; Wilsinho, Tita (Zezé) e Lico (Jasson). Técnico: Paulo César Carpegiani
Cabelada foi um folclórico árbitro da FERJ no século passado
O Fanáticos pelo Cesso tem enorme prazer em divulgar que agora está também no Instagram e Facebook! Esse era um dos pedidos dos torcedores que estamos atendendo. Estamos ainda mais conectados agora pelas redes sociais desde a retomada do projeto em outubro de 2020!
O blog com conteúdo exclusivo voltado para o Bonsucesso foi inaugurado em 2007 com mais de 140 postagens no primeiro ano. Até 2015, contamos com alguns parceiros que contribuíram com o projeto. Foram cinco anos de paralisação, mas, voltamos com tudo em quase 100 matérias em quase cinco meses.
Vamos rugir alto na temporada 2021! Espalhe pra geral os nossos perfis! O Leão da Leopoldina tem um reino na grande rede!
Barbosa, posa ao lado de Bibi e Gonçalo, craques do timaço do Cesso de 1955
Foto: Blog Álbum dos Esportes/Reprodução
Por: George Joaquim
Passados sete anos da trágica decisão do dia 16/07/1950 entre Brasil e Uruguai, Moacir Barbosa Nascimento, ou simplesmente Barbosa, defendeu o Bonsucesso no Campeonato Carioca de 1957. O ex-goleiro completaria 100 anos neste sábado.
Barbosa nasceu em Campinas (SP) no dia 27/03/1921 e começou sua carreira no mundo do futebol como ponta esquerda no extinto Comercial de São Paulo. Chegou ao Ypiranga (SP) como goleiro e transferiu-se para o Vasco da Gama em 1944. Durante sua carreira e vida “carregou uma cruz” pelo gol que tomou de Ghiggia na final da Copa de 50.
Goleiro de grandes conquistas pelo Vasco e Seleção Brasileira, Barbosa foi Campeão Sul Americano de clubes em 1948 e Campeão da Copa América em 1949.
No Bonsucesso, iniciou a temporada de 1957 do Campeonato Carioca pelo Torneio Início. O primeiro jogo foi contra o America, 14/07. No tempo normal 0 x 0. Decisão nos pênaltis: 3 a 2 para o Cesso. A ficha técnica da partida:
Bonsucesso 0 x 0 América (14/07)
Árbitro: Pedro Morais Sobrinho.
Decisão nos pênaltis: Bonsucesso 3 x 2.
Batedores: Nilo (Bonsucesso) e Romeiro (América).
Bonsucesso: Barbosa; Bibi e Mauro; Gilberto, Eli e Carvalho; Sérgio, Valdemar, Nonô, Edil e Nilo.
América: Pompéia; Edésio e Edson; Aílton, Hélio e Maneco; Canário, Romeiro, Paulo, João Carlos e Meireles.
O primeiro jogo do Campeonato Carioca foi contra o Botafogo nas Laranjeiras com vitória para o clube da estrela solitária por 3 a 1. Os grandes momentos para Barbosa no campeonato são os jogos contra o Vasco, 18/08 e o Fluminense, 12/10 (aniversário do Cesso). Em General Severiano, contra o Vasco, e no Maracanã, contra o Fluminense, o veterano goleiro não saiu derrotado. As fichas técnicas destes jogos:
Bonsucesso 1 x 1 Vasco Da Gama (18/08)
Local: General Severiano
Árbitro: Frederico Lopes
Renda: Cr$ 247.284,00
Gols: Pinga (pênalti), 35 e Gilberto, 51.
Expulsões: Mauro e Bellini
Bonsucesso: Barbosa, Bibi e Mauro; Valdemar, Eli e Gonçalo; Jair, Gilberto, Nonô, Brandãozinho e Bira.
Vasco Da Gama: Carlos Alberto, Paulinho e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel; Lierte, Livinho, Roberto Pinto, Walter e Pinga.
Fluminense 1 x 1 Bonsucesso (12/10)
Local: Maracanã
Árbitro: Gualter Gama de Castro
Renda: Cr$ 138.842,00
Público: 5.449
Gols: Jair, 45 e Léo, 73
Fluminense: Castilho, Cacá e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Paulo; Telê, Léo, Valdo, Róbson e Escurinho.
Bonsucesso: Barbosa, Bibi e Jorge David; Gilberto, Valdemar e Santoro; Jair, Geraldo, Nonô, Délson e Nilo.
Em 1958, Barbosa voltou para o Vasco da Gama e sob o comando de Gradin (ídolo e maior artilheiro do Cesso) conquistou os títulos do Rio-São Paulo e o Super Campeonato Carioca. O grande goleiro faleceu no dia 07/04/2000 em Praia Grande (SP).
Na festa do Centenário do Bonsucesso, Barbosa foi homenageado como um dos cem maiores atletas que vestiram a camisa Rubro-Anil. A sua filha, Teresa Borba, compareceu a cerimônia e sob forte emoção recebeu os aplausos dos torcedores e convidados.
Teresa Borba recebe a homenagem do Cesso das mãos do Presidente Zeca Simões
Alecsandro abriu o placar em São Januário contra o Bonsucesso
Foto: Vasco.com.br
O Bonsucesso se tornou uma pedra no sapato do Vasco, em São Januário... Pelo menos em dois anos (2012 e 2014), o Rubro-Anil saiu da Colina Histórica com dois empates.
No primeiro encontro após a volta à elite do futebol Carioca, o Leão da Leopoldina buscou o ponto fora de casa após sair atrás no placar. Aos dois minutos, Alecsandro, em impedimento, abriu o placar. Aos 12 da etapa complementar, foi a vez de Felipe ampliar. Mas, o Vasco 'sentou' no resultado e acabou caindo.
O Cruzmaltino, que vinha de uma derrota dolorosa na final da Taça GB para o Fluminense, viu o Bonsucesso crescer na parte final do jogo, que marcava a estreia da Taça Rio. Aos 18, após uma falha defensiva coletiva, Diogo descontou na cobrança de falta, que passou por toda a área e foi direto para o fundo do gol de Fernando Prass.
O Rubro-Anil viu ser possível chegar ao empate. Aos 25, o experiente Marco Goiano deixou tudo igual após uma boa jogada do clube suburbano em uma troca de passes envolvente. A virada poderia ser possível, mas a expulsão de Jefferson complicou o cenário para o Bonsuça, que precisou segurar as pontas para somar um ponto no Estadual.
VASCO 2 X 2 BONSUCESSO
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 29/02/2012 - 19h30 (Horário de Brasília)
Árbitro: Eduardo Cordeiro Guimarães (RJ)
Assistentes: Diogo Carvalho Silva (RJ) e Wendel Gouvea (RJ)
Gols: Alecsandro, aos 2'/1ºT (1-0); Felipe, aos 13'/2ºT (2-0); Diogo, aos 17'/2ºT (2-1); Marco Goiano, aos 25'/2ºT (2-2)
VASCO: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Fellipe Bastos(Nilton, Intervalo), Eduardo Costa e Felipe (Diego Souza 28'/2ºT); Tenório (Juninho, Intervalo), Wiliam Barbio e Alecsandro
Técnico: Cristóvão Borges
BONSUCESSO: Saulo, Felipe Foca, Arthur, Admilton, Dieguinho(Antônio Carlos, Intervalo), Bóvio (Ferreira 9'/1ºT), Márcio Guerreiro, Diogo, Marco Goiano (Vinicius 36'/2ºT) , Juninho e Jefferson
Técnico: Marcão
O REENCONTRO DEBAIXO DE CHUVA NA COLINA HISTÓRICA
Fellipe Bastos foi muito criticado no jogo debaixo de chuva na Colina
Foto: Divulgação/Vasco
Dois anos depois, em 2014, o Bonsucesso voltava para a Série A. São Januário novamente foi palco para o reencontro e não é que o Bonsuça estragou a festa da torcida cruzmaltina de novo!? Pela 13ª rodada da Taça Guanabara, as equipes não saíram do empate em 1 a 1.
O Vasco dependia de si para buscar a vaga às semifinais. Já o Bonsucesso saiu satisfeito com um ponto, pois lutava contra mais um rebaixamento e chegava aos 12 pontos, abrindo quatro da zona de risco.
O Vasco foi dominante no início do jogo. O trio de ataque Douglas, Edmilson e Reginaldo tinha total liberdade entre os zagueiros do Bonsucesso, mas faltava capricho para tornar o duelo mais fácil. O Leão da Leopoldina resistiu bem aos 20 minutos de pressão. O Vasco começava a demonstrar descontrole ainda mais com dois pênaltis questionados e não marcados por Antonio Schneider.
Adilson Batista voltou para o segundo tempo com Everton Costa na vaga de Fellipe Bastos, que estava sendo muito vaiado, mas o time seguia perdendo um caminhão de gols. Aos 28, o Bonsucesso começou a gostar do jogo e na única boa chance, Geovane chutou forte para marcar. 1 a 0.
Thalles entrou na vaga de Reginaldo e na base do abafa, o Vasco chegou ao empate já aos 39 minutos. O falecido atacante, que era tido como promessa, deixou o lateral-esquerdo Marlon livre para chutar e superar o goleiro Rodrigo Viana.
VASCO 1 X 1 BONSUCESSO
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ) Data: 8/3/2014 - 18h30 (de Brasília) Árbitro: Antonio Schneider (RJ) Assistentes: Wendel de Paiva (RJ) e Romário do Carmo (RJ) Público e Renda: R$ 71.620,00 / 3.945 pagantes
O 'Fanáticos' se solidariza com os amigos e familiares do torcedor Danilo Noé, de 24 anos, que faleceu nesta quarta-feira. A causa não foi revelada. O rubro-anil acompanhava os jogos do clube nos estádios e era integrante do Esquadrão Rubro-Anil. A única organizada do clube emitiu nota oficial:
"Agora há pouco, recebemos a triste notícia de que o membro da nossa torcida, Danilo Noé, faleceu esta tarde. Deixamos aqui nossa solidariedade aos familiares do nosso amigo, e que Deus dê muita força, confortando o coração de todos nesse momento. Estaremos aqui para ajudar no possível!"
O Grupo 'Por Um Novo Bonsucesso' também se sensibilizou com a triste notícia:
"O Movimento: Por Um Novo Bonsucesso, envia, os sentimentos aos familiares e amigos, que nosso Guerreiro Rubro Anil, Danilo Noé, esteja nós braços de Deus e descanse em Paz, você irá fazer muita falta ao nosso Bonsucesso, torcendo e apoiando, nosso clube!"
Muitos amigos também comentaram através das redes sociais a morte do jovem Danilo Noé. O clube não se manifestou.
O sepultamento de Daniel Noé acontece nesta sexta-feira, às 10h, no Cemitério de Inhaúma. Não haverá velório devido à pandemia.
Que Deus conforte o coração de todos! Vai em paz, Noé! 🙏
Nilton Bittar ao lado de Arnaldo César Coelho no Leônidas da Silva
Foto: Arquivo Pessoal
O RCPJ-RJ (Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Cidade do Rio de Janeiro) sustou a terceira tentativa da diretoria do Bonsucesso de registrar a ata da eleição e fez novas exigências. Conforme o Fanáticos pelo Cesso trouxe a informação com exclusividade nesta quarta-feira, Nilton Bittar precisa apresentar novos documentos. O cartório irá ser suspenso a partir desta sexta-feira, respeitando o decreto municipal para conter a propagação do novo coronavírus. O funcionamento voltará ao normal a partir do dia 5 de abril.
De acordo com os novos pedidos, o clube precisa apresentar os seguintes requerimentos:
1) TODAS as páginas devem estar rubricadas (relação de presentes e qualificação dos eleitos)
2) Apresentar DBE (Documento Básico de Entrada ou Protocolo de Transmissão) de alteração de representante legal
3) Apresentar Capa do Requerimento Eletrônico com assinatura e reconhecimento de firma de Nilton Ricardo Bittar
4) Comparecer para PAGAR os REGISTROS complementares:
Doc - 05 páginas
Doc - 05 páginas
Ata - 04 páginas
Doc- 04 páginas
Anteriormente, o clube já tinha sido comunicado que precisa cumprir outras seis exigências para que a ata da eleição, do dia 12 de dezembro, fosse validada e consequentemente, apresentada à FERJ. Veja abaixo:
1) Apresentar o edital nos termos do estatuto - ORIGINAL - folha inteira do jornal
2) A ata deve conter o CNPJ da associação
3) Informar na ata o período de mandato dos eleitos no formato: __/__/____ até __/__/____
4) Apresentar Qualificação completa de TODOS os eleitos
5) Esclarecer a ausência de eleição para o Conselho Diretor
6) Informar na ata: TODOS os eleitos declaram que não estão impedidos de exercer a administração da associação nos termos do art. 1.011 § 1º CC/02
O RCPJ-RJ informa que o documento é passível de novas exigências, pois não apresenta quem é o representante legal, porém, caso tenha alterado, é necessário apresentar o REGIN para regularizar. O Sistema de Registro Integrado (REGIN) é um sistema informatizado que integra os órgãos públicos envolvidos no Registro de Empresas (Junta Comercial, Registro Civil das Pessoas Jurídicas, Receita Federal, Secretaria de Fazenda Estadual, Prefeituras) com objetivo de desburocratizar os processos de abertura e alteração de Empresas.
A diretoria montou uma força-tarefa para tentar a regularização em breve. O clube necessita reconhecer Nilton Bittar como presidente para poder registrar e inscrever jogadores para a disputa da Copa Rio, Série C e demais competições organizadas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
Nilton Bittar posa ao lado de Roberto Pinto, vice-presidente da Chapa Verde
Foto: Arquivo Pessoal
A diretoria do Bonsucesso ainda não conseguiu registrar a ata da eleição na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. O 'Fanáticos pelo Cesso' apurou que o clube ainda precisa cumprir seis exigências no RCPJ-RJ (Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Cidade do Rio de Janeiro) antes de entregar a documentação à FERJ. Nesta terça-feira, representantes estiveram no cartório, na Centro do Rio, para apresentar a papelada, que está em análise. Essa é a terceira vez que o Conselho Diretor tenta ratificar as eleições.
A FERJ reconhece apenas o último mandato de Ary Amâncio, que segundo consta ainda no site oficial, foi válido até 2 de setembro de 2020. Além dessa pendência, o Rubro-Anil ainda não apresentou os balanços financeiros de 2019 e 2020.
O processo está aberto no RCPJ-RJ desde 13 de janeiro. Enquanto isso, o clube segue acéfalo e sem poder registrar jogadores além de participar de decisões nas reuniões de arbitrais na entidade máxima do futebol estadual. Confira abaixo a lista com as exigências solicitadas ao Bonsucesso:
1- Apresentar o edital nos temos do estatuto - ORIGINAL - folha inteira do jornal
2- A ata deve conter o CNPJ da associação
3- Informar na ata o período de mandato dos eleitos no formato: ___/___/___ até ___/___/___
4- Apresentar Qualificação completa de TODOS os eleitos
5- Esclarecer a ausência de eleição para o Conselho Diretor
6- Informar na ata: TODOS os eleitos declaram que não estão impedidos de exercer a administração da associação nos termos do art. 1.011 § 1º CC/02
O artigo descrito acima está no Código Penal e refere-se à:
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.
§ 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
O cartório ainda informou que qualquer documento que foi apresentado é passível de novas exigências, pois não há representante legal. Cabe ressaltar que, devido o decreto municipal, o RCPJ-RJ suspenderá às atividades a partir da próxima sexta-feira, cumprindo a determinação da Prefeitura até o dia 4 de abril.
A eleição em 12 de dezembro foi questionada por diversos sócios já que foi realizada sem a presença do presidente da Assembleia, Brazelino Veira, que alegou estar com suspeita da COVID-19.
"Estou em quarentena e não posso sair de casa. Não sei quem presidiu as eleições. Só liguei ao fim da tarde para saber se tudo ocorreu bem e foi tudo certo, mas o resto eu não sei. Não assinei a ata, não pude ir. Tem que ligar para o (Nilton) Bittar ou o pessoal lá. O André Bittar é o vice (da Assembleia), mas estou por fora. Estou mais perdido do que não sei o que com o Bonsucesso", afirmou Brazelino ao Fanáticos pelo Cesso no dia da eleição.
Nilton Bittar ao lado de Brazelino Vieira, presidente da Assembleia Geral da sua chapa
Foto: Arquivo Pessoal
Apesar disso, a eleição teve 95 votos para a Chapa Verde, um nulo e um branco, garantindo vitória a Nilton Bittar, que concorreu sozinho já que Jorge Ribeiro Marques teve a candidatura impugnada dias antes.
Os sócios entraram na justiça tentando impugnar as eleições, porém, o juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível, não julgou procedente o pedido de tutela provisória. O processo ainda transcorre na justiça e o magistrado pretende ouvir novamente os réus antes da sentença. A ação, entretanto, está paralisada desde o dia 20 de março. O candidato da oposição também impetrou outro pedido na 17ª Vara Cível do TJ-RJ, mas, o caso ainda não avançou.
A atual diretoria tem certa pressa para resolver o imbróglio no RCPJ-RJ e na FERJ já que irá disputar a Copa Rio, em agosto, e a Série C, em setembro.
Meninos acompanham os jogos da categoria de base na Teixeira de Castro
Foto: Gabriel Farias
"Meus amigos, voltei! Eu tava ficando doido...", o refrão da música do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho nunca expressou tão bem o sentimento do torcedor rubro-anil sem jogos em casa desde 2014. Mas, a espera está próxima do fim (mesmo que sem público).
O Leônidas da Silva foi pré-aprovado pela FERJ para sediar jogos da Série C do Campeonato Carioca a partir de maio. O nome do estádio já consta na tabela da competição na 3ª rodada, na partida entre União Central e Império Serrano, dia 5 de junho, às 15h. O local só não receberá confrontos antes porque o clube da Zona Norte atuará na 1ª rodada, fora de casa, e na 2ª rodada, estará de folga. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro ainda não divulgou a tabela com os laudos técnicos de cada estádio, entretanto, o Leão da Leopoldina já possui em mãos a autorização do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária.
A Teixeira de Castro não recebe um jogo desde 2014. Com a ausência de público, os clubes não precisam dos laudos complementares da Polícia Militar e o LVE (laudo de vistoria e engenharia, feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura).
Como o Fanáticos divulgou com exclusividade, o Bonsucesso tinha conversas com o União Central nas últimas semanas para que o clube da Vila da Penha atuasse no Leônidas da Silva e o acordo foi sacramentado após a vistoria feita por representantes da FERJ no estádio.
Serão ao menos oito jogos do União Central agendados na Teixeira de Castro. Por cada jogo, o Bonsucesso receberá um valor não revelado, mas que gira em torno de R$3 mil.
Dezessete times vão participar da competição, que tem início previsto para o dia 22 de maio. As quatro melhores equipes farão as semifinais em jogos de ida e volta, consequentemente se classificando as duas melhores para a final. As duas agremiações finalistas estarão classificadas para a Série B2 Estadual.
Participam da Série C: AE Independente, EC Atlético Carioca, Barcelona EC, Bela Vista FC, CAACBrasil FC, Canto do Rio FC, EC Resende, Império Serrano EC, IQSL Brasileirinho CS, Itaboraí Profute FC, Juventus FC, Paduano EC, SE de Búzios, Santa Cruz FC, Uni-Souza FC, União Central FC e União de Marechal FC.
Confira abaixo os jogos da Série C do Carioca. Os dois melhores disputam a 4ª Divisão ainda em 2021 e enfrentam o Bonsucesso.