22/06/2021

DOSSIÊ BONSUCESSO


Por: Globoesporte.com

O Estádio Leônidas da Silva, charmoso palco futebolístico do subúrbio do Rio de Janeiro inaugurado em 1947, já não pertence por inteiro ao Bonsucesso Futebol Clube. Chega a ser curioso, mas imagine que o time que vá jogar lá tenha um lateral que adora ir à linha de fundo ou um atacante que joga espetado pelas pontas. Pois bem, eles correm o risco de entrar e sair do terreno do qual o clube é proprietário diversas vezes durante a mesma partida. É que o Bonsucesso perdeu em leilão um pedaço equivalente a 23 m² do seu maior patrimônio: o campo de futebol.

A área (que agrega também o ginásio, os vestiários do estádio e seis lojas) foi arrematada em setembro de 2013 por uma empresa do ramo imobiliário, mas só no mês passado o clube chegou a um acordo com a 3 Relup Empreendimentos Ltda para desapropriação do espaço. Levou esse tempo todo principalmente porque foi preciso negociar um a um com os comerciantes que tinham contrato de aluguel com o Bonsucesso - ainda há ordens de despejo tramitando na Justiça.

Em outras palavras, embora seja dona legítima do terreno há aproximadamente oito anos, a empresa de fato só tomou posse agora em maio.

O leilão ocorreu graças a uma dívida de R$ 161.382,89 que o clube tinha com o INSS, e o espaço foi arrematado pelo lance único de R$ 1,8 milhão. Na ocasião, o Bonsucesso interpelou na tentativa de desfazer o negócio, alegou que desenvolve projetos sociais no espaço e citou a Lei Municipal nº 3.372/02 de 2002, que proíbe edificações em diversos campos de futebol da cidade do Rio de Janeiro. Mas teve os recursos negados.

"Por mim, eu iria até o Superior Tribunal de Justiça", garantiu ao ge o ex-presidente Zeca Simões, que foi acusado de improbidade administrativa e acabou sendo afastado do clube em 2017. Embora negue tais acusações, ele conta que se sentiu desgostoso após o episódio, não recorreu da decisão e acabou se distanciando do dia a dia da agremiação.

Mas, afinal, por que só aquele pedaço do gramado foi a leilão? Qual é o interesse de uma empresa do ramo imobiliário num terreno que avança sobre um campo de futebol? O Bonsucesso corre efetivamente o risco de perder essa área?

- Não vai haver nenhuma mudança no campo - garante Fernanda Costa Pagani, advogada da 3 Relup Empreendimentos e responsável pela condução do acordo com o clube.

Ela conta que sua cliente vislumbra apenas a parte do terreno que corresponde às lojas, ao ginásio e aos vestiários.

- O imóvel não pode ser arrematado pela metade. Todo e qualquer imóvel tem uma matrícula junto ao registro de imóveis com a descrição determinada da unidade. A Relup foi lá e arrematou, mas o interesse é nas lojas, que dão numa rua com bastante movimento (Avenida Teixeira de Castro) - explica ela, acrescentando que, embora não exista essa intenção no momento, a empresa pode passar a cobrar do clube uma taxa pela ocupação do pedaço do campo quando bem entender.

Em outubro de 2018, após a saída de Zeca Simões e com o clube já sob comando do presidente Ary Amâncio e de seu vice Nilton Bittar, a 3 Relup Empreendimentos notificou o Bonsucesso extrajudicialmente para que desapropriasse a área arrematada, mas a diretoria não respondeu. A empresa, então, entrou com ação em agosto de 2020 para garantir seu direito na Justiça. Com exceção do acordo firmado no mês passado em que aceitou deixar o terreno, desde que sejam construídos em contrapartida um vestiário de arbitragem, dois de visitantes e um banheiro público em outro pedaço do estádio, o Bonsucesso preferiu não se pronunciar no processo.

Três sócios do clube acusam a atual gestão, em processo ajuizado em outubro de 2020 (ou seja, antes mesmo da existência do tal acordo), de entregar o terreno de mão beijada.

"Sem qualquer defesa, os sócios e o próprio clube perderam parte gigantesca de seu patrimônio", afirmam eles na peça inicial.

Ary Amâncio, em novembro de 2019, precisou se afastar da presidência em função de consequências graves da diabetes (ele teve uma das pernas amputadas), de modo que Nilton Bittar assumiu como presidente desde então. Bittar foi procurado pelo ge para comentar sobre todas as informações contidas nesta reportagem, mas não respondeu. Nos autos do processo, ele informou que nada poderia fazer se o imóvel foi arrematado em 2013 e alegou que qualquer tentativa de responsabilizá-lo "chega ao ridículo".

Cláudio Francisco Menezes Filho, George Joaquim Ferreira Machado (ambos sócios-beneméritos do clube) e Ronaldo do Nascimento (associado há mais de 30 anos) acionaram recentemente o deputado federal Otávio Leite (PSDB), autor da lei de 2002 que proíbe construções em campos de futebol do Rio. Ao ge, ele afirmou que vai tomar "todas as providências cabíveis" para proteger o Estádio Leônidas da Silva.

- Fui procurado por sócios indignados com essa realidade e já abri um canal junto ao Ministério Público, minha ideia é levar ao MP essa possibilidade de invasão e usurpação do campo. Há nesse caso um nítido indicativo de desídia, de deixar rolar (por parte do Bonsucesso). É no mínimo uma desatenção inaceitável - destaca o deputado, antes de completar:

- O meu foco é essa questão do campo. Só que, pelo que me foi passado, mexendo com o campo a gente abre um fio de novelo...

CASO DE POLÍCIA

Com o afastamento de Zeca Simões da presidência do Bonsucesso em 2017, a Justiça determinou um novo pleito para o dia 3 de setembro daquele ano com vitória da chapa única que tinha Ary Amâncio Pereira como presidente e Nilton Ricardo Bittar como vice.

No dia seguinte, 4 de setembro de 2017, uma das primeiras ações da nova diretoria foi firmar um acordo de fim de litígio com a empresa L&S Assessoria e Empreendimentos, a quem o clube havia confiado sua gestão num movimento comum em times pequenos que terceirizam seu departamento de futebol. A L&S cobrava indenização por danos morais, multas, entre outras demandas. No acordo, além de aceitar renovar o contrato com a empresa por mais três anos, o Bonsucesso assinou uma confissão de dívida de R$ 2,5 milhões.


O sócio-proprietário da L&S Assessoria e Empreendimentos é Marcelo Salgado, ex-presidente da Superintendência de Desportos do Estado do Rio (Suderj). No ano passado, a Procuradoria do Estado pediu sua condenação por improbidade administrativa pelos tempos em que dirigiu a Suderj: Salgado é acusado de fraude de documentos e desvio de mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos. Ele comandou o futebol do Bonsucesso nos últimos seis anos (de 2014 a 2020).

Na ação que corre na 10ª Vara Cível da Comarca da Capital, os sócios alegam que a confissão de dívida feita pelo clube é irregular e criminosa. Segundo eles, principalmente por dois motivos: 1) ela se deu no dia seguinte (segunda-feira) à eleição que ocorreu no domingo, logo a ata do pleito ainda não havia sido registrada em cartório; 2) a decisão de assumir uma dívida de R$ 2,5 milhões deveria ter sido discutida pelo Conselho Deliberativo, o que não ocorreu.

Nilton Bittar respondeu à acusação (para ele, o "absurdo campeão") dentro do próprio processo e definiu o acordo como "uma negociação espetacular": "(No litígio) a empresa não só buscava o ressarcimento dos valores que foram inadimplidos pela gestão anterior, como também de uma multa no importe de R$ 5 milhões. [...] (Foi um) ato de extrema competência da gestão atual".

Outro ponto discutido pelos sócios, sendo esse o principal objeto da ação judicial, diz respeito ao tempo do mandato de Bittar. O artigo 69 do Estatuto do Bonsucesso diz que as eleições presidenciais devem ocorrer de três em três anos, e o desembargador Mário Guimarães Neto reforçou esse prazo quando, após a saída de Zeca Simões, decidiu marcar um novo pleito para 3 de setembro de 2017: "[...] devolvendo-se o período integral de 3 (três anos) para o exercício do novo mandato". Mas as eleições que deveriam acontecer em setembro de 2020 foram realizadas no dia 12 de dezembro.

Portanto, houve um vácuo de aproximadamente três meses no poder. Bittar foi reeleito em chapa única num pleito em que a oposição alega ter sido impedida de se candidatar. A ata do processo foi registrada no cartório central do Rio, o RCPC-RJ, apenas no dia 20 de abril deste ano. Advogado que representa os sócios, Marcelo Santiago acredita que o processo eleitoral foi estapafúrdio do início ao fim.

- Houve irregularidade logo na confecção do edital. Esse edital foi publicado sem qualquer prazo para apresentação das chapas e sem estipular uma comissão eleitoral para apreciar se a chapa está apta ou não, por exemplo. Sem cumprir essas exigências estatutárias, eles remarcaram por eles mesmos essas eleições, jogando lá para dezembro, descuprindo a ordem judicial - explica.

"Se você for ler a ata e ler as exigências do cartório, a gente comprova que eles não cumpriram essas exigências. E, mesmo assim, de forma estranha, a ata foi registrada", acrescenta.

Nesse tempo em que o Bonsucesso na prática ficou sem presidente, o clube teria fraudado as informações do mandato no BID da CBF para poder registrar jogadores e disputar a Série B1 do Carioca do ano passado, conforme publicou o jornal O Globo dois meses atrás. Os sócios acreditam que a diretoria acessou a Gestão Web, que é o sistema interno da CBF para qual cada agremiação do país tem seu acesso, e mudou a data do fim do mandato de Amâncio/Bittar de 2 de setembro para 31 de dezembro de 2020.

Pela denúncia dessa fraude, o Bonsucesso está sendo investigado em inquéritos abertos nas Delegacias de Defraudações e de Repressão aos Crimes de Informática do Rio. Além disso, o clube também foi denunciado à Comissão de Ética da CBF. O ge procurou a entidade para comentar o caso, mas não houve resposta até o fechamento desta reportagem. O Estatuto da CBF diz que os clubes são responsáveis por toda e qualquer informação lançada na Gestão Web.



EXAMES FALSOS DE COVID

Além da suposta fraude no BID, o Bonsucesso ainda é alvo de um segundo inquérito na Delegacia de Defraudações do Rio, que apura se o clube falsificou resultados de exames de coronavírus durante a disputa da Série B1 do Carioca do ano passado.

Mais uma vez, a denúncia partiu dos próprios sócios do clube, que desconfiaram da assinatura do dr. Antônio Carlos Naine nos exames apresentados à federação mesmo após o desligamento do médico. Ele deixou o Bonsucesso no dia 4 de outubro. Depois disso, a equipe disputou 11 jogos (todos com assinatura do médico nos testes PCR):


Goytacaz 2 x 1 Bonsucesso
Angra dos Reis 2 x 1 Bonsucesso
Nova Cidade 1 x 1 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 1 Serra Macaense
Audax 2 x 1 Bonsucesso
Bonsucesso 1 x 4 Olaria
Duque de Caxias 5 x 0 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 0 Rio São Paulo
Maricá 2 x 0 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 2 Gonçalense
Serrano 4 x 1 Bonsucesso

Em depoimento à polícia em fevereiro, Antônio Carlos Naine explicou que era o responsável por monitorar e coordenar os exames RT-PCR feitos pelo Bonsucesso até a quinta rodada da competição e disse que desconhece qualquer exame com sua assinatura após esse período. Perguntado se reconhecia um exame apresentado pelo clube no dia 17 de outubro (13 dias após sua saída), ele "respondeu que NÃO, ressaltando que, além de parecer uma xerox, a sua assinatura é diferente do documento apresentado".

O médico na ocasião foi procurado pelo ge, mas não quis se pronunciar.

Um dos pontos investigados pela polícia é a apresentação de um atestado clínico e epidemiológico escrito à mão e assinado pelo supervisor técnico do clube (e não pelo médico). O documento foi apresentado na partida contra o Angra dos Reis, no dia 17 de outubro - após a data em que o médico diz ter deixado o clube, portanto.

O Protocolo Jogo Seguro elaborado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), além da obrigatoriedade de exames de coronavírus na véspera de cada partida, obriga os clubes a entregarem ao delegado do jogo até 90 minutos antes de rolar a bola a relação com nomes de atletas e membros da delegação declarando que todos foram submetidos a testes e estão aptos para participar daquela partida. Sempre assinada pelo médico do clube, essa relação é anexada à súmula do confronto.

Na derrota por 2 a 1 para o Angra, consta na súmula um atestado escrito à mão e assinado por Raphael Silva de Sena, que se identifica como supervisor técnico do Bonsucesso. No documento, ele garante que os jogadores foram "avaliados clínica e epidemiologicamente, não apresentando manifestação ou dados indicativos da doença ou contagiosidade".



A Ferj diz que não vê problemas num documento escrito à mão e assinado por um dirigente, contanto que os resultados dos exames tenham sido enviados previamente por e-mail. À polícia, o presidente Nilton Bittar disse desconhecer qualquer fraude e alegou que o departamento de futebol estava cedido desde o dia 14 de outubro à empresa Alvo Certo Roupas e Eventos LTDA.

A reportagem procurou José Agnaldo de Sena e seu filho, Lorran Leandro Sousa de Sena, que são sócios-proprietários da empresa e responsáveis pela gestão do clube, mas eles não retornaram às tentativas de contato. Em depoimento na delegacia, José Agnaldo afirmou que o médico está mentindo.

Esse fato novo foi incluído nos autos do processo. Com base noo que foi apresentado desde o ajuizamento da ação, os sócios pedem para que haja uma intervenção da Justiça por gestão temerária e aguardam uma decisão do juiz Ricardo Cyfer, que é o titular do caso.

Enquanto isso, o Bonsucesso se candidata para sediar eventos que vão de encontro às normas de saúde pública impostas no município do Rio de Janeiro, como o da peça de divulgação abaixo, que anunciava uma festa para o Dia dos Namorados com presença de DJs e artistas. O ge comunicou ao Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) e à Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização (CLF) sobre o evento, e ambos imediatamente informaram que o clube seria inspecionado e notificado. A conclusão foi de que "o alvará do local não permite eventos com venda de ingressos" e que "o descumprimento desta norma acarretará multa gravíssima".

Pouco depois da denúncia do ge, a organização informou o adiamento do evento para uma data ainda indefinida.




O ESTRANHO CASO DO GOLEIRO

Os sócios autores da ação e algumas pessoas com quem o ge conversou viram com estranheza a campanha que culminou no rebaixamento do Bonsucesso à Série B2, o equivalente à quarta divisão do futebol do Rio de Janeiro. O principal motivo da suspeição foi a contratação de um goleiro que não atuava profissionalmente havia 12 anos.

João Paulo Sotero Fernandes, 32 anos, foi contratado no dia 21 de outubro, como consta no seu passaporte de atleta na imagem abaixo. O documento também aponta que, antes do Bonsucesso, o último (e único) clube pelo qual atuou como profissional havia sido o Pimentense, de Rondônia, do qual se desligou em junho de 2008.



Apesar do longo período de inatividade, João Paulo assumiu a titularidade logo que chegou e estreou no dia 28 de outubro, no empate por 1 a 1 com o Nova Cidade. Em seguida, atuou os 90 minutos de seis partidas consecutivas - uma delas foi a derrota por 5 a 0 para o Duque, cujos gols estão no vídeo abaixo.

Tentamos contato com João Paulo, mas ele não respondeu.

A campanha da equipe por si só foi toda conturbada. Ainda no primeiro turno da competição, os jogadores se recusaram a ir a campo alegando atrasos salariais, e a equipe perdeu por W.O. para o Artsul. Após esse episódio, diversos atletas, incluindo a comissão técnica encabeçada pelo treinador Ney Barreto, foram mandados embora, e outros tantos foram contratados às pressas - o goleiro João Paulo estava nessa leva.

O Bonsucesso volta a campo em setembro para a disputa da Série B2.

18/06/2021

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #09


BONSUCESSO CAMPEÃO DO 1º TURNO DO CARIOCA SERIE B DE 1984

O maior campão da Segunda Divisão do Carioca, o Bonsucesso enche de orgulho os suburbanos pelo seu passado marcado por glórias e uma vasta história. O campeonato de 1984 talvez seja um dos mais marcantes do clube, pois o time passou por cima dos adversários como um 'rolo compressor' no início de competição.

Não são fáceis os recortes e documentos das divisões inferiores do Rio de Janeiro, mas encontramos essa raríssima matéria do Jornal dos Sports, que exalta a vitória do clube sobre a Portuguesa. Com grande atuação, o resultado por 1 a 0 traduziu o que foi aquela campanha invicta e o título antecipado do primeiro turno. 

Dependendo de uma vitória para levar a disputa para a última rodada, a Lusa logo se jogou para o ataque na esperança de surpreender o Bonsucesso, mas a defesa rubro-anil era uma verdadeira barreira, um muro impenetrável o que levou ao adversário ter apenas um ataque com reais chances de marcar, entretanto, já no final da partida.

O Bonsucesso jogou bem plantado na defesa, com saídas rápidas no contra-ataque e quase sempre levando muito perigo ao 'guarda-redes' da Lusa. O gol do título foi marcado ainda aos 11 minutos do primeiro tempo e o herói foi o atacante Nunes.

A partida foi realizada no alçapão da Teixeira de Castro e o campeão invicto foi escalado assim: Júlio Galvão; Paulinho, Edmundo, Roberto e Márcio; Luiz Augusto, Orlando e Vasconcelos; Nunes (Mauricinho), Paulinho carioca e Edson (Manoel); Técnico: Carlos Roberto.

O público presente no estádio foi de 780 pagantes. O jornal concluía o texto dizendo que a torcida do Bonsucesso, chefiada pelo 'Rei Camilo', fretou três ônibus e chegou ao estádio fazendo festa e prometia um número bem maior na última rodada para defender a invencibilidade na competição.

Alguém lembra desse campeonato ou de alguma história? Queremos saber. Deixe nos comentários!

Fonte: Jornal dos Sports (1984)

16/06/2021

SORTEIO DEFINE CONFRONTOS DA COPA RIO. BONSUÇA ESTÁ FORA

Marcelo Vianna, diretor de competições da FERJ, participou do sorteio
Foto: Agência FERJ

Os confrontos da Copa Rio de 2021 foram definidos em sorteio realizado pela FERJ, na manhã desta quarta-feira. Atual campeão, o Bonsucesso não vai disputar a competição porque pelo regulamento, os times classificados para a atual edição se baseiam na colocação final nos estaduais da temporada passada. O Rubro-Anil acabou rebaixado para a Série B2 (4ª Divisão). As equipes da Série A entram somente na Segunda Fase.

Confira abaixo os confrontos da Primeira Fase da Copa Rio após a competição ter sido suspensa em 2020 devido à pandemia. 

Americano x Carapebus

America x 7 de Abril

Serrano x Pérolas Negras

Angra dos Reis x Campo Grande

Duque de Caxias x Barra da Tijuca

Artsul x Nova Iguaçu

Sampaio Correa x Audax

Gonçalense x Maricá

A competição tem início programada para o dia 4 de agosto. O campeão terá direito a escolher uma vaga na Copa do Brasil de 2022 ou a participação na Série D do Brasileiro do mesmo ano. Já classificada para a próxima temporada, a Portuguesa abdicou da Copa Rio e deu lugar ao Serrano, 9º colocado na Série B1 de 2020. 


14/06/2021

BONSUCESSO REABRE AS PORTAS PARA JOGOS OFICIAIS APÓS LAUDOS

Time de Masters realiza amistoso na véspera do jogo União Central e Belford Roxo
Foto: Divulgação/Bonsucesso

O gramado da Teixeira de Castro voltou a receber um jogo oficial dos profissionais após quase sete anos. No último domingo, o União Central enfrentou o Belford Roxo, pela 5ª rodada da Série C, mas perdeu por 2 a 0, gols de Hudson e Edinho (confira abaixo o primeiro gol da reabertura do estádio).

Antes, a estreia do União Central na nossa casa estava agendada para o duelo com o Império Serrano, pela 3ª rodada, mas o Bonsucesso conseguiu o laudo da Vigilância Sanitária somente às vésperas da partida, que foi remarcada para o Marrentão. 

No sábado, para celebrar o fato de ter o estádio novamente liberado para jogos oficiais, o time de Masters do Bonsucesso disputou um amistoso contra o combinado Banguense e venceu por 2 a 0. O clube ainda reinaugurou a boutique com produtos oficiais e licenciados, que funcionará de 9h às 17h. 

O próximo jogo do União Central no Leônidas da Silva está marcado para o dia 11/07, contra o Uni Souza, pela 9ª rodada. O confronto com o Brasileirinho, agendado para o dia 27 deste mês, será considerado W.O porque o adversário foi excluído da 5ª Divisão após abandono injustificado, segundo a FERJ.

Devido à pandemia, os jogos devem ocorrer com portões fechados, respeitando o protocolo Jogo Seguro. 

Com a exclusão do Brasileirinho, o União Central é o último colocado (14º) na Série C sem nenhum ponto em quatro jogos.




COPA RIO

O Serrano herdou a vaga  da Portuguesa na Copa Rio. O clube da Ilha do Governador desistiu de participar do torneio porque já está classificado para a Copa do Brasil de 2022 assim como a Série D do Brasileiro. 

O Serrano havia terminado a Série B1 de 2020 na 9ª colocação e aceitou o convite de integrar a competição estadual. Com isso, entrará na Primeira Fase e o Friburguense ocupará a posição da Lusa no chaveamento.


10/06/2021

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #08

Estádio do Bonsucesso sempre foi considerado palco complicado para adversários
Reprodução: A Noite


Por: Paulo Jorge

O 'ALÇAPÃO' DA TEIXEIRA DE CASTRO

Não é de hoje que o estádio na Teixeira de Castro é considerado por muitos um dos locais mais ‘hostis’ para se jogar. Acanhado e com um alambrado à beira do gramado, nenhum adversário encontrou moleza.

Os jornais do último século retratavam isso muito bem. Em 1948, às vésperas do duelo com o Vasco, a imprensa traduzia o que vinha pela frente para aquele esquadrão cruzmaltino, o 1º campeão sul-americano invicto da história.

Pelo Carioca, a partida ganhou destaque e era aguardada a forma como o Vasco de Barbosa e Cia. iria se comportar fora de casa. Até porque, o time suburbano sempre teve um histórico de “engrossar o caldo” para cima do Gigante da Colina.

Após o duelo pelo Torneio Início ter sido difícil para o Vasco, que durante a campanha do título, vencera o Bonsuça apenas por 1 a 0, o novo encontro prometia fortes emoções.

O Leão da Leopoldina até saiu na frente com Zé Luís aos 24 minutos do primeiro tempo, mas o Vasco voltou melhor na segunda etapa e com dois gols de Maneca, virou o placar. 2 a 1.

Campeonato Carioca 1948 - PRIMEIRO TURNO

BONSUCESSO 1 x 2 VASCO DA GAMA

Local: Teixeira de Castro
Data: 11/07/1948
Juiz: Cyril John Barrick
Renda: Cr$ 86.845,00
Gols: Zé Luiz 24/1ºT (BON), Maneca 3/2ºT (VAS) e Maneca 24/2ºT (VAS)

Vasco: Barbosa, Laerte e Wilson; Eli, Danilo e Aedo; Djalma, Maneca, Friaça, Ismael e Chico.

Bonsucesso: Alvarez, Nanati e Miguel; Vítor, Agostinho e Gato; Zé Luiz, Enguiça, João Pinto, Cola e Tampinha.



Fonte: A Noite e Blog do Marcão

08/06/2021

AGORA SIM! TEIXEIRA DE CASTRO É LIBERADA NOVAMENTE PARA RECEBER JOGOS APÓS QUASE SETE ANOS

O Bonsucesso conseguiu na última sexta-feira o laudo da Vigilância Sanitária para que o estádio na Teixeira de Castro possa receber jogos oficiais novamente. O documento foi enviado para a FERJ, que atualizou nesta segunda-feira a documentação do clube. Anteriormente, a diretoria já havia conseguido o aval da Polícia Militar além do LPCI (Laudo de Proteção contra Incêndio) e o LVE (Laudo de Vistoria e Engenharia) com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.

Com isso, o União Central poderá mandar sua partida no Leônidas da Silva no próximo dia 13, contra o Belford Roxo, pela 5ª rodada da Série C do Campeonato Carioca. O primeiro jogo na nova casa estava marcado para o último dia 6, mas o laudo não foi entregue a tempo. Com isso, o duelo com o Império Serrano foi transferido para o Marrentão. 

O Bonsucesso não atua em casa desde o dia 1º de outubro de 2014, na derrota para o Resende por 3 a 1, pela Copa Rio. Desde então, os jogos do Rubro-Anil aconteceram em diversos outros estádios da capital e interior do estado. O clube tem estreia prevista na Série B2 em setembro já que o time não disputará a Copa Rio, que começará um mês antes. 

FERJ CONFIRMA EXCLUSÃO DE CLUBES NA SÉRIE C

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro confirmou a exclusão do Canto do Rio e do EC Resende já que os clubes não inscreveram o número mínimo de atletas para a disputa da 5ª Divisão do Campeonato Carioca. 

Por conseguinte, ficam os adversários e árbitros dispensados do comparecimento aos jogos futuros já programados na tabela, sendo o Canto do Rio FC e o EC Resende declarados perdedores pelo placar de 3x0 em todos os jogos, conforme disposição regulamentar.

A FERJ informou que em razão do abandono, os clubes estarão sujeitos a aplicação das sanções estatutárias e regulamentares previstas.

07/06/2021

ATUAL CAMPEÃO, BONSUCESSO FICA FORA DA EDIÇÃO DA COPA RIO DE 2021

Bonsucesso foi campeão da Copa Rio de 2019 sobre a Portuguesa
Foto: Úrsula Nery/Agência FERJ

Atual campeão da Copa Rio (2019), o Bonsucesso está fora da competição esse ano. Após um ano sem a disputa devido à pandemia, a FERJ divulgou o regulamento do torneio que irá contemplar 24 times, sendo oito equipes da Série A, três associações do Grupo X da Série A, oito da Série B1 e cinco da Série B2, selecionadas dentre as de melhor classificação nos respectivos campeonatos estaduais de 2020. Rebaixado no ano passado, o Rubro-Anil está descartado.

As associações que já tenham vaga garantida nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro não participarão da Copa Rio de 2021, sendo opcional a participação na Copa Rio de 2021 para as associações que já tenham vaga garantida na série C do Campeonato Brasileiro.

A Copa Rio será disputada em cinco fases, no sistema de mata - mata, em partidas de ida. O saldo de gols será o critério de desempate nos duelos. Persistindo o empate, haverá decisão de pênaltis para definir quem irá se classificar para a fase seguinte. Os times da Série A entram somente após a primeira fase.

Para fase inicial, são denominados três confrontos entre clubes do Grupo X x B2, dois duelos entre equipes da B1 x B2 e outros três compromissos entre associações da B1 x B1.

Os clubes da Série A entrarão na segunda fase através de sorteio que será realizado posteriormente pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.

A equipe campeã terá direito à escolha de uma vaga na Copa do Brasil de 2022 ou no Campeonato Brasileiro da Série D do mesmo ano, ficando o clube vice-campeão com a vaga na competição preterida pelo campeão, salvo escolha inversa mediante acordo entre as partes.

O prazo para que o campeão escolha a competição em que participará em 2022 terminará no final do expediente da FERJ do segundo dia útil após o encerramento da Copa Rio de 2021. Na hipótese de não haver manifestação por parte do clube campeão no prazo estabelecido, caberá à FERJ indicar à CBF as associações que ocuparão a vaga estabelecida para a Copa do Brasil de 2022 e o Campeonato Brasileiro da Série D 2022.

Em 2019, o Bonsucesso optou pela Copa do Brasil, mas acabou por desistir da vaga logo após.

Confira abaixo os classificados para a Copa Rio de 2021:

Série A: Volta Redonda, Boavista, Madureira, Bangu, Portuguesa, Resende, Macaé e Cabofriense

Grupo X da Série A: Friburguense, Americano e America

Série B1: Nova Iguaçu, Sampaio Corrêa, Duque de Caxias, Maricá, Gonçalense, Angra dos Reis, Artsul e Audax Rio

Série B2: Pérolas Negras, 7 de Abril, Carapebus, Campo Grande e Barra da Tijuca



05/06/2021

BONSUCESSO É O MAIOR VENCEDOR DA SEGUNDONA QUE COMEÇA HOJE

Elenco do Bonsucesso posa com mascotes na Teixeira de Castro
Foto: Fanáticos pelo Cesso


Fonte: Futebol do Rio (Vinicius Batista)


Neste sábado (5) começa a Série A2 do Campeonato Carioca, nova nomenclatura para a Segunda Divisão do futebol do Rio de Janeiro. São 12 clubes na briga pela única vaga na elite em 2022. Por outro lado, o último colocado será rebaixado e disputará a Série B1 ainda este ano.

Até aqui foram 75 edições realizadas e ninguém tem mais título que o Bonsucesso, campeão em sete oportunidades (a última em 2011). Em 2021, o rubro-anil da Leopoldina está na Série B2, a quartona, pela primeira vez em sua história, caindo direto da segundona (então B1) em 2020, após ficar em penúltimo lugar.

Dos participantes deste ano, a Cabofriense tem cinco títulos; America e Friburguense, três troféus e três vices; Macaé, três vices; Americano, Angra dos Reis, Audax e Sampaio Corrêa, um vice.


Confira a lista de campeões:

1906 – Riachuelo
1907 a 1909 – não foi realizada
1910 – Paysandu
1911 – Bangu
1912 – Guanabara
1913 – Carioca
1914 – Bangu
1915 – Andarahy
1916 – Carioca
1917 – Cattete
1918 – Americano
1919 – Palmeiras
1920 – Carioca
1921 – Bonsucesso
1922 – River
1923 – Hellênico
1924 – não foi realizada
1925 – Andarahy
1926 – Bonsucesso
1927 – Bonsucesso
1928 – Bonsucesso
1929 – Carioca
1930 – Carioca
1931 – Olaria
1932 – Engenho de Dentro
1933 – São Cristóvão
1933 – Anchieta
1934 – Modesto
1934 – Brasil Suburbano
1935 – Confiança
1935 – Engenho de Dentro
1936 – Benfica
1936 – Carbonífera
1937 a 1964 – não foi realizada
1965 – São Cristóvão
1978 – Friburgo
1979 – Friburgo
1980 – Olaria
1981 – Bonsucesso
1982 – Goytacaz
1983 – Olaria
1984 – Bonsucesso
1985 – Campo Grande
1986 – Cabofriense
1987 – Volta Redonda
1988 – Nova Cidade
1989 – América-TR
1990 – Volta Redonda
1991 – Saquarema
1992 – Serrano
1993 – Bayer
1994 – Entrerriense
1995 – Barra Mansa
1996 – Portuguesa
1997 – Friburguense
1998 – Cabofriense
1999 – Serrano
2000 – Portuguesa
2001 – Entrerriense
2002 – Cabofriense
2003 – Portuguesa
2004 – Volta Redonda
2005 – Nova Iguaçu
2006 – Boavista
2007 – Resende
2008 – Bangu
2009 – America
2010 – Cabofriense
2011 – Bonsucesso
2012 – Quissamã
2013 – Cabofriense
2014 – Barra Mansa
2015 – America
2016 – Nova Iguaçu
2017 – Goytacaz
2018 – America
2019 – Friburguense
2020 – Nova Iguaçu

04/06/2021

LIBERAÇÃO DA TEIXEIRA DE CASTRO É ADIADA E PARTIDA DO UNIÃO CENTRAL É TRANSFERIDA PARA O MARRENTÃO

Diretoria trabalha para que o estádio Leônidas da Silva volte a receber jogos
Foto: Fanáticos pelo Cesso

Não será no próximo domingo que a Teixeira de Castro terá um jogo oficial do Campeonato Carioca novamente. O duelo entre União Central e Império Serrano, pela Série C, foi transferido para o Marrentão já que o estádio do Bonsucesso ainda depende da atualização do laudo da Vigilância Sanitária. Nos últimos dias, a diretoria já apresentou o aval da Polícia Militar para os jogos no local, restando apenas essa última pendência.

Internamente, a gestão do futebol aposta na liberação do estádio para o jogo do dia 13 de junho, entre União Central e Belford Roxo, pela 5ª rodada da competição. O Leônidas da Silva não recebe uma partida dos profissionais desde 2014, pela Copa Rio. 

Essa semana, o Bonsucesso divulgou que o evento 'Futebol Solidário' foi adiado, em cumprimento ao Decreto Municipal, que proíbe presença de público em praças esportivas. O jogo entre integrantes da Grande Rio e Portela seria liberado ao público, neste sábado, às 10h, com lugares limitados, segundo o clube. A entrada seria 1kg de alimento não perecível. O descumprimento da determinação municipal acarretaria em multa gravíssima. 

A estreia do Bonsuça na Série B2 está prevista apenas para setembro. Até lá, o novo técnico Anselmo Silva comanda as atividades com o objetivo do time retornar à Terceira Divisão.

01/06/2021

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #07


Flamengo e Vasco caem diante do Bonsucesso em 1967

O que significa uma vitória de um time pequeno perante a um gigante? Para o time maior, pode significar um pequeno deslize ou tropeço, mas para o pequeno é uma vitória a ser celebrada e colocada no currículo.  Se acontece em seus domínios fica melhor ainda, né?

Às vezes os deuses do futebol surpreendem os “semideuses” afim de lembrar que um "pequeno mortal" pode ferir um "gigante imortal". E tais milagres já ocorreram no estádio da Teixeira de Castro e também longe de casa.

No ano de 1967, em uma tarde de sol no subúrbio carioca, poucos se atreveram a pegar o trem ou algum ônibus para assistir o 'Golias contra o Davi'. Diante de pouco mais de 5 mil pessoas, o Vasco da Gama pisava no campo sagrado do Leônidas da Silva para enfrentar o Bonsucesso. No Campeonato Carioca daquele ano, os dois times realizaram campanhas discretas. 

Na primeira fase, o Vasco ficou em sexto lugar, com 11 pontos, empatado com o Campo Grande e America. O Bonsuça ficou em 9º, com 10, fora da próxima fase. De qualquer jeito, aquele campeonato marcaria de uma forma maravilhosa a trajetória do Cesso com dois resultados expressivos.

Antes de enfrentar o Vasco, o rubro-anil suburbano encarou o Flamengo, na Gávea e ganhou o jogo por 2 a 1, em um confronto bastante disputado e inesquecível para o Leão da Leopoldina. Confira a ficha do jogo:

Flamengo 1-2 Bonsucesso

Local: Gávea – Rio de Janeiro (GB)

Árbitro: José Mário Vinhas

Gols: Enos 1’ e 2’, João Daniel

Flamengo: Marco Aurélio, Murilo, Ditão, Jaime Valente e Paulo Henrique; Nelsinho e Reyes; João Daniel, Ademar, Luís Carlos e Arilson.

Bonsucesso: Jonas, Luis Carlos, Paulo Lumumba, Moisés e Albérico; Amaro e Ivo; Gilbert, Gibira, Enos e Valdir.

Técnico: Antoninho

O Flamengo caiu, por que não poderíamos derrotar o Vasco? Foi com esse pensamento que o Bonsucesso derrotou outro adversário de massa e pelo mesmo placar no Estadual: 'dois tentos a um'! Segundo a crônica da época, o time da Leopoldina foi superior em todo o jogo, sufocando o Vasco e aproveitando o fator campo. Essa derrota deixava o adversário numa situação bastante delicada e o Bonsucesso ainda com chance de classificação (o que não ocorreu). O Rubro-Anil fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo e o Vasco descontou apenas na etapa complementar.

O time do Vasco estava tão pilhado pela situação vivida que teve um jogador expulso após uma confusão. Jair Marinho trocou ponta pés com Enos ainda no primeiro tempo. Exaltado, Marinho teve que sair de campo escoltado pela polícia. Confira abaixo a súmula: 

Bonsucesso 2-1 Vasco

Local: Teixeira de Castro – Rio de Janeiro (GB)

Renda: Ncr$ 12.634,00

Público: 5.691

Árbitro: Gulater Portela Filho

Gols: Enos 3’, Gibira, Álvaro (p) 65’

Expulsões: Jair Marinho e Averaldo foram expulsos por troca de pontapés, aos 44’

Bonsucesso: Jonas, Luis Carlos, Paulo Lumumba, Moisés e Albérico; Amaro e Ivo; Gilbert, Gibira, Enos e Valdir.

Técnico: Antoninho

Vasco: Pedro Paulo, Jair Marinho, Alvaro, Sérgio e Oldair; Paulo Dias e Danilo Menezes; Luisinho, Adilson, Nei e Averaldo.

Técnico: Ademir de Menezes



28/05/2021

CLUBES DA SÉRIE C NÃO INSCREVEM ATLETAS E PODEM SER ELIMINADOS


A Série C do Carioca começa no próximo domingo, mas já tem os primeiros problemas. A FERJ confirmou nesta quinta-feira que Canto do Rio, EC Resende e IQSL Brasileirinho foram suspensos da competição, ficando seus adversários e os árbitros dispensados do comparecimento aos próximos jogos programados para as equipes, até que os clubes regularizem as pendências.

O diretor de competições da entidade, Marcelo Vianna, confirmou que os times não inscreveram nenhum atleta para a disputa da primeira partida do Campeonato Estadual da Série C de 2021. A FERJ já havia adiado o início do Estadual em uma semana, porém, nenhuma das equipes conseguiu dissolver os respectivos problemas. 

A resolução da FERJ ainda aponta que caso a suspensão perdure por mais de duas rodadas consecutivas o clube será eliminado da competição. Para os dois primeiros jogos, os adversários serão declarados vencedores por W.O (3 a 0).

O EC Resende vive situação delicada. Sem recursos financeiros após a morte do presidente Ricardo Igreja, vítima da COVID-19, o clube pode pedir licença. O Brasileirinho ainda tenta encontrar uma solução para se manter na Série C. Já o Canto do Rio foi mais incisivo, e segundo o jornal 'A Tribuna', a agremiação encaminhou desistência da disputa para se dedicar na reforma do CT Jair Marinho. 

Uma das reclamações das equipes da Série C era o alto custo com testagem contra o novo coronavírus em todo o elenco e staff, mas a FERJ manteve a obrigatoriedade com os próprios times sendo responsáveis pelos exames e apresentações dos inquéritos epidemiológicos a cada rodada.

LEÔNIDAS DA SILVA SEGUE SEM LAUDOS

O estádio do Bonsucesso foi escolhido como sede dos jogos do União Central, que será mandante na 3ª rodada, e tem jogo marcado contra o Império Serrano, dia 6 de junho, na Teixeira de Castro, mas a FERJ ainda não confirmou o recebimento do laudo da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar. Até o momento, constam apenas os laudos LPCI (até 10 de agosto) e o LVE até o fim da temporada.

Caso não haja regularização até a próxima semana, o União Central terá que optar por outro local para receber jogos da 5ª Divisão do Carioca em 2021. 

27/05/2021

EX-JOGADORES DO BONSUÇA SE DESTACAM NO CARIOCA E VÃO DISPUTAR SÉRIE B DO BRASILEIRO

Chay foi o artilheiro da Portuguesa no Carioca em 2021
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

O Bonsucesso pode se orgulhar de ter dois ex-jogadores na Série B do Campeonato Brasileiro de 2021. Destaque para Chay, que foi formado na base da Teixeira de Castro. O meio-campo de 30 anos, foi o 'cara' da Portuguesa no Carioca deste ano e acertou sua transferência para o Botafogo por empréstimo. O volante Mauro Silva é outro que vestiu rubro-anil em 2018, estava na Lusa no primeiro semestre e foi contratado pelo Sampaio Correa, do Maranhão.

A campanha surpreendente da da Ilha do Governador até às semifinais do Carioca despertou o interesse dos dois clubes nos jogadores. Em abril, o Fanáticos pelo Cesso transcreveu a entrevista do meia à Rádio Globo. Chay contou sua trajetória e a chegada ao Bonsuça através de um convite feito por um amigo.

Caso o Botafogo exerça a opção de compra ao término da Segunda Divisão do Brasileiro, o Bonsucesso pode se beneficiar pelo mecanismo de solidariedade. Já o volante defendeu o clube em 26 partidas com oito gols há três anos. Ele veio após uma passagem pelo Bangu. 

"Oportunidade muito boa em poder jogar pelo Sampaio. Clube de muita tradição, que tem uma bela história, e isso motiva bastante. Espero poder ajudar a equipe, dando o meu melhor, para atingirmos os nossos objetivos nessa temporada", disse Mauro Silva na chegada ao Sampaio Correa. Ele foi um pedido do técnico Daniel Neri.

Mauro Silva foi um dos destaques da Lusa em 2021 e defendeu o Bonsuça em 2018
Foto: Nathan Diniz / Divulgação
 

A 'Bolívia Querida' estreia na Série B na próxima segunda-feira, diante do Goiás, no Castelão, às 20h.

Já o meio-campo Chay, que se aventurou no Fut-7 após frustrações na volta da Ásia para o Brasil, terá a grande oportunidade na carreira. Com passagem pela society alvinegro, onde foi campeão, o meia está regularizado e à disposição do técnico Marcelo Chamusca para o duelo com o Vila Nova, nesta sexta-feira, às 21h30, fora de casa. Confira abaixo a entrevista do jogador na chegada ao Botafogo.

24/05/2021

BONSUCESSO MUDA TREINADOR DO PROFISSIONAL ANTES DO INÍCIO DA B2

Bonsucesso anuncia chegada do novo treinador para o time profissional
Foto: Divulgação/Bonsucesso

Contratado em fevereiro, João Santos não é mais técnico do time profissional do Bonsucesso. O treinador que durou apenas três meses no cargo, tinha sido contratado visando a preparação da equipe para o início da Série B2 do Campeonato Carioca. Em substituição, o clube anunciou nas últimas horas a chegada de Anselmo Silva. 

O novo treinador teve passagens por clubes de menor investimento em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, como o Ceres, Bela Vista e o Juventus, onde trabalhou com Marcos Amoroso, atual coordenador-técnico do Bonsucesso. 

Anselmo Silva foi apresentado na Teixeira de Castro e já iniciou o trabalho para montagem do elenco para o Estadual. A Série B2 tem início previsto no fim de setembro, mas a FERJ ainda não convocou o Arbitral para definir o formato da competição considerada a 4ª Divisão. 

No ano passado, o Bonsucesso teve quatro treinadores ao longo da campanha que rebaixou o time (Ney Barreto, Paulo Veltri, Rogério Pina e Marcos Amoroso).

21/05/2021

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #06


Por: Paulo Jorge

BONSUCESSO E GARRINHA: O NASCIMENTO DE UM CRAQUE

Mas que diabos têm haver o Bonsucesso e o Garrincha? Muitos de nós não sabemos de tal informação, mas a estreia do Garrincha aconteceu justamente contra o Bonsucesso e olha que o time suburbano saiu vencendo, mas tomou a virada. Vamos ver essa história?

O jogo em si pareceu fácil para o Botafogo já que o placar foi 6 a 3, porém aquele dia 19 de junho de 1953, marcaria e mudaria de vez o futebol mundial. O novato Garrincha (chamado no jornal de Garrincho), com seus 19 anos e pernas totalmente descompassadas, acabou se transformando no herói da tarde depois de um primeiro tempo apagado (deveria estar nervoso pela estreia). 

Também mais precipitado do que acanhado (o que mostra o nervosismo dele) parecia aguardar uma chance, o momento certo para o gol. Primeiro começou a mostrar o que sabia, criando um elo entre ele e a torcida, trazendo-a junto e a vibração foi escancarada a cada drible, a cada pegar na bola a torcida não acreditava no que via. Valente e corajoso, partiu para dentro da defesa e a deixou no chão algumas vezes os adversários e o show ficou completo quando “Garrincho” marcou o primeiro gol. O dia ainda reservaria mais outros dois do eterno camisa 7.

A partida era válida pela primeira fase do Campeonato Carioca. Aquela vitória tinha um sabor amargo para o Bonsucesso, que se mantinha sem derrotar o Glorioso há 15 partidas.

Garrincha comandou a virada alvinegra. Foi dele o cruzamento de escanteio para o gol de Vinicius após Simões abrir o placar. O Cesso vendeu caro a derrota. Após o empate, o time da Zona Norte passou à frente do 'score' novamente com Lino. Garrincha teve um gol anulado, mas não demorou muito para fazer o 2 a 2.

Dino da Costa fez o terceiro para o Botafogo e Garrincha, de falta, ampliou. 4 a 2. Garrincha iniciou a jogada do 5º gol marcado por Dino. Bené ainda descontou, mas Garrincha fechou a conta já aos 47 minutos do segundo tempo.

Para um jogador que custou apenas dois mil cruzeiros ao Botafogo, não restava a menor dúvida que foi uma ótima contratação e o Bonsuça teve a honra de ser o primeiro time infernizado pelo segundo maior jogador brasileiro.

O time de Bonsucesso entrou em campo com o esquema 2-3-5 com os jogadores:  Ary; Duarte e Mauro; Urubatão, Declo e Serafim; Lino,Wilson, Simões, Boca e Benedicto.


Data: 19/07/1953
Jogo: Botafogo 6 x 3 Bonsucesso
Local: General Severiano. Rio de Janeiro (RJ).
Público: -
Renda: Cr$ 68.577,40
Árbitro: Erick Westman.

Botafogo: Gilson, Gérson, Nílton Santos, Arati, Bob, Juvenal, Garrincha, Geninho, Dino, Ariosto e Vinícius.

Bonsucesso: Ari, Duarte, Mauro, Urubatão, Décio, Serafim, Lino, Wilson, Simões, Soca e Bené.

Gols do Botafogo: Garrincha (3), Dino (2) e Vinícius.
Gols do Bonsucesso: Simões, Lino e Bené.

19/05/2021

TV ALERJ VAI TRANSMITIR JOGOS DO CAMPEONATO CARIOCA EM 2021


A TV ALERJ divulgou nesta terça-feira que vai transmitir os jogos das Série B e C do Campeonato Carioca em 2021. As partidas terão transmissões pelo canal aberto 10.2 UHF digital, canal 12 da NET ou pelo canal no Youtube.

O  anúncio foi feito com a presença do presidente da FERJ, Rubens Lopes, e demais representantes das duas entidades. Outros detalhes do acordo devem ser anunciados em breve. A Série A2 começa em junho. Já a Série C inicia em maio. As demais competições ainda não possuem formato definido.

No ano passado, os clubes apostaram nas transmissões próprias pelas mídias digitais e a FERJ fechou acordo com a TVNSports. 

Esse ano, os clubes da Série A atravessam problemas para receberem as cotas de televisão e a premiação no Estadual. Segundo o portal UOL, a FERJ tem ciência do problema já que o valor previsto de receita com direitos de transmissão não foi alcançado com o acordo com a TV Record e o PPV. Os times pequenos ficariam com apenas 10% do valor do Pay-Per-View.

O campeão Carioca deveria faturar R$ 2 milhões. Já o vice, R$ 1 milhão. Os vencedores da Taça Rio (Vasco ou Botafogo) e da Taça Guanabara (Flamengo) ficariam com R$ 1 milhão cada. Os semifinalistas ainda levariam R$ 500 mil, o que ajudaria também Volta Redonda e Portuguesa.

17/05/2021

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #05


Por: Paulo Jorge

BONSUCESSO LÁ NO ESTRANGEIRO...

A equipe do subúrbio da Leopoldina sagrou-se campeã do Torneio Pentagonal da Segunda Divisão da cidade onde foi o campeonato - Tampico. Em um jogo muito disputado contra o Madero, venceu por 1 a 0. Uma rápida pesquisa mostra que esse time atualmente disputa a Segundona do México e possui um estádio para 19 mil pessoas.

Embora incentivado pela sua torcida, o Madero não conseguiu vencer o 4-2-4 bem armado do Bonsuça e a situação ainda piorou quando os comandados de Daniel Pinto abriram o placar logo nos minutos iniciais.

Pressionando demais, o Madeiro perdeu inúmeras chances de gol e ainda esbarrou em um muro intransponível: o goleiro Cláudio, que garantiu a vitória. Após o jogo, a torcida adversária aplaudiu de pé os jogadores do Bonsucesso.


CAMPANHA:


27/01/1963

Bonsucesso 2×2 Vera Cruz (México), em Tampico – México

03/02/1963

Bonsucesso 1×0 Poza Rica (México), em Poza Rica – México

05/02/1963

Bonsucesso 2×0 Seleção da Guatemala, em Vera Cruz – México

09/02/1963

Bonsucesso 1×0 Ciudad Madero (México), em Tampico – México



Fonte: Biblioteca Nacional e Arquivos do Futebol Brasil

12/05/2021

AUTOR DO GOL DO TÍTULO DA COPA RIO ACERTA COM O SAMPAIO CORRÊA


Denilson já treina com os companheiros no Sampaio Correa
Foto: Divulgação

O meio-campo Denilson, autor do gol do título do Bonsucesso na Copa Rio em 2019, acertou com o Sampaio Corrêa para a disputa da Série A2 do Campeonato Carioca. O jogador já foi apresentado e participa dos treinos desde o início do mês. Aos 32 anos, o experiente meio-campo conhece bem a competição já que disputou por nove vezes.

O jogador será um dos principais nomes da equipe e busca seu segundo acesso (em 2012 esteve no elenco do Audax). Denilson chamou a atenção ao vestir a camisa rubro-anil dois anos atrás. Ele participou efetivamente da campanha do título no torneio estadual e da Série B, com o Bonsuça chegando até às semifinais.

Denilson é um andarilho no futebol. Ele teve passagens por diversos clubes como Bangu, Portuguesa, Cabofriense, Osasco Audax, Juventude, Figueirense, Bahia, Santo André, Guarantinguetá, Red Bull Brasil, Grêmio Osasco e Portiguar. No exterior, ele atuou na Suécia, pelo Helsingborg, em 2008.

O Sampaio Corrêa estreia na Série A2 em 5 de junho, diante do Audax, antigo clube do meia. O time de Saquarema já trouxe outros reforços para a temporada como os goleiros Rafael e Filipe.

Relembre o gol de Denilson, aos 41 minutos do primeiro tempo, na final da Copa Rio, contra a Portuguesa, no Nilton Santos. O título garantiria o clube em uma competição nacional (Copa do Brasil ou Brasileiro da Série D) após 36 anos. Entretanto, a diretoria abdicou da vaga. 



11/05/2021

EDUARDO BIONDI SERÁ O AUDITOR QUE INVESTIGARÁ CASO DE SUPOSTAS FRAUDES EM EXAMES DE COVID-19

Jogadores do Bonsucesso em ação durante Série B1 do Carioca
Foto: Reprodução

Fonte: GE.globo

O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro (TJD-RJ) informou na última sexta-feira a abertura de inquérito para apurar denúncia de exames falsos de Covid-19 apresentados pelo Bonsucesso na Série B1 do Campeonato Carioca, que terminou em fevereiro. O caso também está sendo investigado pela Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil do Rio.

Esse é o segundo episódio de suspeita de exames forjados em competições do Rio. Em abril, o Mesquita Futebol Clube foi condenado no TJD-RJ pela falsificação de 57 exames de coronavírus durante a disputa da Série B2 do Carioca - um dos dirigentes foi punido com suspensão por 1.440 dias e R$ 30 mil de multa. Na esfera criminal, o inquérito policial ainda está sendo finalizado.

No caso do Bonsucesso, a denúncia partiu dos próprios sócios beneméritos do clube, que desconfiaram da assinatura do dr. Antônio Carlos Naine nos exames apresentados à federação mesmo após o desligamento do médico. Ele deixou o Bonsucesso no dia 4 de outubro do ano passado. Depois disso, a equipe disputou 11 jogos:


Goytacaz 2 x 1 Bonsucesso
Angra dos Reis 2 x 1 Bonsucesso
Nova Cidade 1 x 1 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 1 Serra Macaense
Audax 2 x 1 Bonsucesso
Bonsucesso 1 x 4 Olaria
Duque de Caxias 5 x 0 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 0 Rio São Paulo
Maricá 2 x 0 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 2 Gonçalense
Serrano 4 x 1 Bonsucesso


Em depoimento à polícia em fevereiro, Antônio Carlos Naine explicou que era o responsável por monitorar e coordenar os exames RT-PCR feitos pelo Bonsucesso até a quinta rodada da competição e disse que desconhece qualquer exame com sua assinatura após esse período. Perguntado se reconhecia um exame apresentado pelo clube no dia 17 de outubro (13 dias após sua saída), ele "respondeu que NÃO, ressaltando que, além de parecer uma xerox, a sua assinatura é diferente do documento apresentado".

O ge entrou em contato com o dr. Antônio Carlos Naine, mas ele não quis se manifestar. O Bonsucesso também não respondeu até o fechamento desta reportagem.


No despacho em que informa a abertura do inquérito, a presidente do TJD-RJ, drª Renata Mansur, definiu como "fatos gravíssimos" a denúncia levada ao tribunal. Eduardo Biondi foi nomeado como auditor processante do procedimento investigatório.

Com oito pontos em 16 partidas, o Bonsucesso terminou a competição em penúltimo lugar na classificação geral e foi rebaixado para a Série B2 do Carioca.


10/05/2021

TJD-RJ ABRE INQUÉRITO PARA APURAR POSSÍVEIS FRAUDES EM EXAMES DE COVID-19 NO BONSUCESSO EM 2020

Jogadores do Cascavel em ação. Clube foi punido por fraude em exames de Covid
Foto: Cascavel/Divulgação


Fonte: Jornal O Globo


Antonio Carlos Naine atuou por cerca de cinco anos como coordenador médico do Bonsucesso. Permaneceu na função até o jogo contra o Sampaio Correa, no último 4 de outubro, pela Série B1 — a terceira divisão do Carioca. Era ele, portanto, o responsável por conferir os exames de RT-PCR realizados pelos atletas e comissão e validar a relação dos aptos para as partidas, conforme protocolo da Federação de Futebol do Rio (Ferj). Só que, mesmo após sua saída, o clube seguiu apresentando atestados com seu carimbo e assinatura por mais 11 jogos, até o fim da competição.

O Bonsucesso é uma das duas agremiações investigadas pela Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Rio por suspeita de falsificação de testes de Covid-19. O outro é o Mesquita, que disputou a Série B2 (quarta divisão). Além dos dois, caso recente ocorreu no Cascavel Clube Recreativo, que joga o Paranaense. A preocupação de entidades que investigam e punem esportivamente é haver outros casos sem o conhecimento das autoridades — o que abre brechas para uma “contaminação em manada”, caso haja infectado.

— Nossa preocupação maior é que, ao fraudar exames, você coloca em risco a vida de várias pessoas, não só dos envolvidos numa partida. E esbarra num crime de saúde pública. Não é só infração disciplinar — diz a presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio, Renata Mansur. — Se dois casos chegaram ao nosso conhecimento, imagina quantos outros podem haver?

No caso do Bonsucesso, Naine explicou em depoimento que não tinha mais vínculo com o clube e que não era dele a assinatura nos documentos anexados às súmulas nas rodadas seguintes. Ao examinar um deles (contra o Angra dos Reis, em 17/10) foi taxativo ao dizer que, além de “parecer xerox”, a rubrica era diferente. A denúncia partiu dos beneméritos do clube, que perceberam que a assinatura de Naime constava na súmula após sua saída.

No Mesquita, uma das provas mais contundentes é a presença da assinatura da ex-gestora do controle de qualidade do laboratório usado pelo clube, vinculado à faculdade Unigranrio. Seu nome constava em dois lotes de exames apresentados antes dos jogos de 29 de dezembro e 7 de janeiro. Detalhe: ela já havia falecido.

— Ficou provado que aqueles laudos apresentados não correspondiam à verdade. Havia número de pedido duplicado, questões do sistema do próprio laboratório incompatíveis com o que constavam no documento — afirma o auditor Rodrigo Octávio Pinto, responsável pelo inquérito conduzido pelo TJD-RJ. — O diretor do laboratório nos apresentou exame legítimo e confrontou com um apresentado pelo Mesquita indicando vários pontos que denotavam, de fato, falsificação.

O inquérito concluiu que, ao todo, 57 exames foram falsificados. A 7ª Comissão Disciplinar do tribunal suspendeu os dirigentes do Mesquita. Apontado como cabeça do esquema, o gestor do futebol Antônio Carlos Dias foi afastado por três anos e 11 meses e multado em R$ 30 mil. O ex-presidente Cleber Louzada e o atual Ângelo Benachio (à época vice) foram considerados corresponsáveis e afastados por 120 dias.

— Eles mostram não ter noção da gravidade de não se fazer o exame. Porque me parece que a questão de fundo é economizar. Uma das razões levantadas, no caso do Mesquita, foi essa: ‘Ah, mas os clubes menores não têm recursos financeiros. São muitos atletas para fazer exame’. Isso requer recurso e eles não têm condição. Mas, quando você pensa no universo de propagação do vírus, vê que não há condições de se não fazer o exame. Porque é um risco de contaminação em manada caso haja um infectado — argumenta Renata Mansur.

Um inquérito relacionado às fraudes no Bonsucesso também foi aberto pelo TJD/RJ. Mas encontra-se em estágio inicial, no aguardo do sorteio do relator.

Este temor de falsificações sem o conhecimento das autoridades também acometeu a Federação Paranaense de Futebol e a Polícia Civil do estado. A FPF afastou quatro atletas do Cascavel CR antes do jogo contra o Athletico, no último dia 22, pelo Estadual, por suspeitar dos laudos.

Após detectar indícios de falsificação, a FPF contatou o laboratório responsável pelos testes e descobriu que nenhum deles havia passado por exames. E mais: na verdade, foram 14 os testes falsificados. O caso foi entregue à Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar não só este episódio.

“Nós também temos a preocupação de que em outros jogos esta situação tenha ocorrido. Sendo assim, vamos verificar se aconteceu falsificação de exames em jogos já realizados”, afirmou o delegado Luiz Carlos de Oliveira, em nota.

O TJD do Paraná puniu o clube com 180 dias de suspensão (cumpridos apenas após todos os recursos serem esgotados) e multa de R$20 mil. Considerado responsável, o membro da comissão Anthony Perekles recebeu 360 dias de gancho e multa de R$ 10 mil.

Por envolver uma situação específica dos tempos de pandemia, o caso é inédito para a Justiça Desportiva. Não há artigos específicos para ele. O que os tribunais têm feito é aplicar o 234 (“falsificar documento público ou particular”) e o 258 (“conduta contrária à diciplina ou à ética desportiva”). Além disso, como ultrapassam a esfera do desporto, os casos são encaminhados ao Ministério Público. Procurado pela reportagem, contudo, o MPRJ diz ainda não ter sido aberto nenhum procedimento específico para apurar fraude em testes de Covid-19.

07/05/2021

FERJ ADIA TODOS OS CAMPEONATOS DE BASE DO SUB-12 E INFERIORES

Rubens Lopes publica decisão sobre torneios de base organizados pela FERJ
Ivan Paulo/Agência FERJ

Preocupado com o estado de emergência em saúde pública de importância mundial, em decorrência da infecção humana pela Covid-19, o presidente da FERJ, Rubens Lopes, publicou um ato nesta sexta-feira determinando o adiamento sem previsão de início de todas as competições de base do sub-12 e inferior, que estejam programadas para serem realizadas ou chanceladas pela entidade neste ano.

Rubens Lopes ainda ressaltou na decisão que 'a FERJ não autoriza, sob nenhuma hipótese, a utilização ou vinculação de seu nome, suas marcas, insígnias, símbolos ou qualquer outro elemento que caracterize ou pressuponha qualquer adesão, vínculo ou concordância em relação a competições, jogos, partidas, provas ou equivalentes, das categorias acima citadas, que venham a ser realizados de forma paralela ou alternativa, por quem quer que seja, sem a devida, formal e imprescindível aquiescência a entidade.'

Segundo a determinação da FERJ, 'nenhum membro da Vice-Presidência, Diretoria, funcionários, prestadores de serviço diretos e indiretos vinculados à FERJ não tem permissão para qualquer interlocução que colida com o teor e objetivo desta RDP.' 

A entidade ainda destaca que 'continuará adotando todas as medidas sanitárias e de segurança necessárias à realização das competições por ela organizadas, estejam em desenvolvimento ou a serem desenvolvidas, e que possibilidades futuras de revisão poderão se constituir matéria de análise, em momento oportuno, ainda indefinido.'

A decisão se deu também pela imprevisibilidade de retorno à normalidade das atividades, necessidade de redução dos impactos econômicos e financeiros e ainda adequação às possibilidades e viabilidades operacionais, no momento extremamente reduzidas. Rubens Lopes também avaliou a necessidade de adotar medidas protetivas aos clubes (econômicas, desportivas e financeiras) e a preocupação da FERJ em salvaguardar responsabilidades e produzir melhores ajustes futuros.

O Bonsucesso segue disputando a Copa União de Base em seis categorias (sub-11, 12, 13, 14, 15 e 17).

No sub-11, o Rubro-Anil é o 3º colocado com seis pontos, no Grupo B. O próximo jogo contra o TROPS (ainda não tem data definida).

No sub-12, o time é o 3º no Grupo B, com sete pontos. A próxima partida também é contra o TROPS sem data definida. 

No sub-13, a equipe é a 6ª colocada com quatro pontos, no Grupo B. O próximo confronto contra o TROPS também não tem agenda divulgada. 

No sub-14, o Cesso é o 6º colocado com quatro pontos em quatro jogos, no Grupo B. A próxima partida contra o TROPS não tem data definida. 

No sub-15, o time é 7º com seis pontos em sete jogos. No último dia 27, o Bonsuça perdeu para o Boavista por 1 a 0, no CFZ. O próximo duelo é contra os Meninos do Duque, sem data definida. 

Por fim, no sub-17, o Rubro-Anil é o 8º colocado, com seis pontos em sete partidas. No último jogo, foi goleado pelo Boavista por 3 a 0. A próxima partida será contra os Meninos do Duque em dia, horário e local ainda a ser confirmado pela organização do torneio.

O torneio alternativo tem sido acompanhado por profissionais de capacitação de diversos clubes do Brasil.