09/03/2021

GESTOR TENTA CONTORNAR MAL-ESTAR COM EX-JOGADOR POR PROJETO DOS VETERANOS NO BONSUCESSO

Ailton Couto esteve no Bonsucesso no último final de semana
Foto: Arquivo Pessoal

O gestor do Bonsucesso, José Agnaldo Sena, tenta contornar o mal-estar causado no fim de semana com o ex-jogador Ailton Couto, que havia sido convidado para comandar o projeto do time de Masters do clube. Apesar de ter aceito o convite, o presidente em exercício, Nilton Bittar, descartou a possibilidade já que o ex-atleta tem sido um crítico ferrenho à atual administração.

Ailton Couto foi convidado por terceiros para participar de uma reunião no próximo dia 21 com outros ex-jogadores no Bonsucesso, que pode reativar o projeto abandonado pelo clube há alguns anos. Sena, inclusive, havia confidenciado que poderia ajudar na realização de um amistoso internacional contra um time uruguaio que viria ao Rio de Janeiro para um tour.

Em contato com o Fanáticos pelo Cesso, Ailton Couto afirmou que vai participar do encontro, mas na condição de ex-jogador e refutou qualquer possibilidade de assumir algum cargo na atual diretoria.

"Não posso abandonar meu grupo de 20 anos, então estarei lá, mas não quero ficar mal com ninguém. Não vou assumir lado nenhum. Irei como ex-jogador. É a melhor coisa que posso fazer. Chega dessa história de diretor. Tem muito ciúme e ego", afirmou.

PROTOCOLO FURADO

Após a Bonsucesso Cup, o estádio Leônidas da Silva tem sido palco para a Copa União, competição das categorias Sub-15 e Sub-17. Porém, em um dos vídeos que estão circulando pela internet, familiares dos jogadores não mantém o distanciamento social e não usam máscaras na arquibancada da Teixeira de Castro.

Há cinco dias, a Prefeitura do Rio apresentou novas medidas restritivas para conter a propagação do vírus na cidade. O país registrou 1.114 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas e alcançou 266.614 óbitos. Dezenove estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: PR, RS, SC, SP, DF, GO, MS, MT, AC, AP, RO, TO, AL, BA, CE, MA, PB, PI, RN e SE.

07/03/2021

BITTAR VETA CONVITE DO GESTOR PARA EX-JOGADOR COMANDAR PROJETO DO TIME DOS VETERANOS

Carlos Chaves posa com Ailton Couto na Teixeira de Castro
Foto: Arquivo Pessoal

O Bonsucesso parece dividido com dirigentes não falando a mesma língua. Neste final de semana, o ex-jogador Ailton Couto esteve na Teixeira de Castro, após ser convidado pelo gestor José Agnaldo Sena e o diretor de logística e planejamento, Carlos Chaves, para capitanear o projeto da categoria de veteranos do clube, que disputa partidas de exibição.

Porém, depois uma conversa amistosa com os dirigentes e o coordenador de categorias de base, Marcus Amoroso, o presidente Nilton Bittar impediu a possibilidade do projeto já que Ailton Couto desferiu várias críticas públicas ao dirigente e pertence ao grupo de oposição 'Por Um Novo Bonsucesso'.

"Ele me retirou porque eu falei algumas verdades sobre a diretoria. Ele esperou eu sair do clube para avisar que não me queria lá pelas coisas que eu tinha dito. O Sena me tratou muito bem, mas não quero criar problemas para ele. Enquanto o Bittar estiver lá vai ser difícil fazer qualquer coisa quanto ao projeto", afirmou Ailton Couto.



Em 28 de agosto de 2020, Ailton Couto escreveu um depoimento extenso nas redes sociais para criticar a administração do clube. A intenção era realizar um amistoso contra os veteranos do Vasco da Gama, no Leônidas da Silva, porém, segundo ele, os dirigentes não deram importância ao pedido. 

"Liguei para o atual vice-presidente do Bonsucesso, Sr. Nilton Bittar, e tentei ver se poderia ceder o campo de futebol, sem custos para o grupo fazer o evento. Ele explicou que não iria cobrar nada, mas não informou o mais importante: Qual seria a data e horário que estaria cedendo o campo para fazer o evento. Assim, não adiantou de nada falar, pois prometeu e não resolveu nada, apenas prometeu! O Presidente do Bonsucesso, Sr. Ary Amâncio, não quis nem receber os ex-jogadores do Bonsucesso, falando que só aparecem no clube para pedir e com essa grosseria, só vou ao Bonsucesso, para tirar umas fotos e matar a saudade do clube que me projetou para o futebol e vou embora", disse Ailton Couto antes de complementar.

"Em outros clubes, vemos que os ex-atletas são tratados muito bem e com respeito e carinho, enquanto no Bonsucesso, somos maltratados. As coisas são diferentes e com isso, acaba nos deixando tristes e sabendo que em outros tempos fomos tratados com carinho e respeito por todos no clube e hoje, somos tratados com grosseria e desleixo", criticou Ailton Couto.

Em contato, o diretor de logística e planejamento, Carlos Chaves afirmou que as portas estão abertas para Ailton Couto.

"(José) Sena me ligou e o projeto está de pé. O Ailton não fica se ele não quiser. O Sena conversou com o (Nilton) Bittar e já está contornado esse mal entendido", afirmou.

Segundo o ex-jogador, o atual gestor do Bonsucesso irá ceder um kit de uniformes para os Masters. O time de veteranos tinha um amistoso agendado contra o União e Força, no último sábado, mas foi adiado.

04/03/2021

DA LEOPOLDINA PARA SÃO JANUÁRIO! MARCELO CABO VOLTA ÀS ORIGENS NA ZONA NORTE PELO VASCO

Novo técnico do Vasco teve curta passagem pelo Bonsucesso no início de carreira
Foto: Papo Esportivo

Marcelo Cabo está de volta ao Rio de Janeiro. O treinador, que começou a carreira na base do Olaria, retorna à Zona Norte da cidade para comandar, desta vez, o Vasco. Com passagens pelo Sub-13 a Sub-20 do clube da Bariri, o treinador teve a sua primeira oportunidade como profissional no Bangu. De lá, passou pelo São Bento-SP até a primeira 'parada' no exterior.

O treinador aceitou o desafio de dirigir, entre 2004 a 2005, o Sub-17 do Al Hilal, da Arábia Saudita, um dos clubes mais ricos do Oriente Médio. A experiência o fez chegar à Seleção do país no posto de auxiliar de Marcos Paquetá.

Após a chance do outro lado do mundo, Marcelo Cabo voltou ao Brasil. Apesar do currículo de Marcelo Cabo não constar o Bonsucesso, o técnico teve uma curta passagem pela Teixeira de Castro na Série B do Campeonato Carioca de 2007. Foram apenas dez jogos até a demissão após a partida contra o Duque de Caxias, no empate em 0 a 0, pelo returno do Grupo B. Foram três vitórias, cinco empates e duas derrotas.

A decisão partiu do diretor de futebol Jaider Moreira, que comunicou ao elenco a saída do treinador no vestiário.

"Futebol é assim mesmo. O time não jogou bem e nesse momento precisamos do resultado para nos classificar. Entendi que o momento de mudar era agora. Vamos definir se contratamos outro treinamos ou se vamos manter o Badú", disse Jaider Moreira à época ao Jornal dos Sports, confirmando que o auxiliar comandaria o time temporariamente. O Bonsucesso acabaria em 4º do grupo, avançando à próxima fase.

Após o Bonsucesso, Cabo passou pelo CFZ e Al Nasser (Kuwait) até chegar à Seleção Brasileira como observador-técnico de Dunga. O convite partiu de Jorginho, que assim como Cabo, dava os primeiros passos na carreira. Eles se conheceram justamente no período em que o treinador esteve no Bonsucesso.


Pela Seleção, Cabo conquistou o título da Copa das Confederações de 2010 e participou das Eliminatórias e do Mundial na África do Sul.

Conhecido no Oriente Médio, ele retornou para o Kuwait, desta vez, para o Al Arabi. Dirigiu ainda o Dibba (Emirados Árabes) entre 2012 e 2013 até acertar com a Tombense. Posteriormente, na Ponte Preta e no Al Wasl-EAU, ele foi auxiliar. Em 2015, retornou ao Rio para comandar o Volta Redonda. No mesmo ano, foi para o Macaé. A visibilidade do campeão da Série C do Brasileiro o levou para o Ceará.

A partir de então, Marcelo Cabo foi abrindo espaço em clubes mais estruturados do país. A sua primeira passagem pelo Atlético-GO durou de 2016 a junho de 2017, onde foi campeão da Série B do Brasileirão. No início de 2017, o técnico entrou nas páginas policiais após um desaparecimento por 40h até ser encontrado pela Polícia Militar-GO.


"O técnico Marcelo Cabo foi encontrado próximo de um motel. Agora, os detalhes são de foro íntimo, vão ficar a cargo dele esclarecer tudo. O motorista do táxi foi essencial para acharmos o paradeiro do treinador. A Polícia Civil foi acionada, e o trabalho foi feito sem problemas. Localizado normal, passa bem, sem nenhum problema, não temos essa informação de detalhes”, disse o tenente-coronel da PM-GO, Ricardo Rocha. O caso chegou a ser investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas terminou com o status de extorsão. Até hoje, o que ocorreu não foi bem esclarecido.

Ainda dirigiu o Figueirense, Guarani, Resende e CSA. No clube alagoano, foi bicampeão estadual. Em 2019, chegou ao Vila Nova, antes de assumir o CRB. Em novembro de 2020, ele voltou para o Atlético-GO, onde conquistou o Estadual e se despediu para comandar o Vasco, com o objetivo de levar o Gigante da Colina novamente à elite do futebol brasileiro.

Confira abaixo os jogos de Marcelo Cabo à frente do Bonsucesso:

Bonsucesso 2x1 Angra dos Reis (Leônidas da Silva)

Mesquita 1x0 Bonsucesso (Louzadão)

Bangu 1x1 Bonsucesso (Moça Bonita)

Bonsucesso 2x3 CFZ (Leônidas da Silva)

Duque de Caxias 0x0 Bonsucesso (Maracanãzinho)

Bonsucesso 1x1 Rubro Social (Leônidas da Silva)

Angra dos Reis 1x3 Bonsucesso (Municipal Angra)

Bonsucesso 3x3 Mesquita (Leônidas da Silva)

CFZ 1x2 Bonsucesso (Laranjeiras)

Bonsucesso 0x0 Duque de Caxias (Leônidas da Silva)

02/03/2021

EXCLUSIVO! FANÁTICOS TEM ACESSO A NOVOS TRECHOS DO DEPOIMENTO DO MÉDICO ANTONIO CARLOS NAINE

Antonio Carlos Naine atende João Carlos, um dos artilheiros do Carioca de 2020
Foto: Arquivo Pessoal

O 'Fanáticos' teve acesso a outros trechos exclusivos do depoimento do médico Antonio Carlos Naine à Polícia Civil na última semana, no inquérito que apura fraudes nos atestados de COVID-19 durante a disputa da Série B1 do Campeonato Carioca. O profissional que foi o representante do Bonsucesso na elaboração do protocolo 'Jogo Seguro' na FERJ, lavou às mãos ao afirmar que não assinou nenhuma súmula a partir da 5ª rodada da Taça Santos Dumont.

Naine revelou à Delegacia de Defraudações que chegou ao Bonsucesso para ser coordenador médico em meados de 2015, através de um convite do 'amigo' Marcelo Salgado, ex-gestor do Bonsucesso, entretanto, não possuía vínculo empregatício. O médico recebia apenas uma remuneração com valor fixado de acordo com o número de jogos que ele trabalhava, atendendo as demandas do time.

Antonio Carlos Naine afirmou que deixou o Bonsucesso tão logo Marcelo Salgado também se ausentou do futebol em outubro de 2020. Segundo o médico, ele não foi chamado para participar de nenhum outro jogo a partir dali.

Antes, porém, o médico confirmou que foi responsável por analisar os testes de PCR (COVID-19) realizados pelo elenco e staff em um posto de saúde em Ramos até a 5ª rodada do Campeonato Carioca, contra o Sampaio Correa, no dia 4 de outubro. Segundo ele: 'Diante do resultado, liberava ou não os jogadores, assinando a súmula". Naine disse que os exames nunca foram anexados nas partidas. Ele analisava os diagnósticos e encaminhava à diretoria do clube.

Questionado se ele reconhecia a assinatura na súmula do confronto com o Angra dos Reis, quando o supervisor técnico rubricou o atestado médico feito à mão, Naine garantiu que a súmula além de parecer uma xerox, tinha uma assinatura diferente dos documentos apresentados por ele anteriormente, constatando, portanto, que era falsa.

A Delegacia de Defraudações pediu o contrato de parceria entre o atual gestor, José Agnaldo Sena, com o Bonsucesso e deve convocá-lo para uma oitiva a fim de esclarecer os fatos. Uma denúncia da suposta irregularidade do Bonsucesso foi feita aos procuradores do TJD-RJ com mais de 30 páginas. A entidade já investiga irregularidades no Mesquita. Os clubes podem ser severamente penalizados além de seus representantes. Outras equipes também estão na mira.

O inquérito na esfera criminal deve ser encaminhado ao GAEDEST (Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor), núcleo do Ministério Público do Rio de Janeiro.


Na estreia da Série B1, o Bonsucesso recorreu ao ortopedista Yuri Tirelli Vieira, que assinou a súmula e o atestado epidemiológico, alegando que os atletas e comissão técnica estavam clinicamente aptos para a partida contra o Nova Iguaçu. A médica Valdete Narciso assina as súmulas contra o Serra Macaense, Rio São Paulo e Gonçalense. O doutor Sérgio Antonio dos Santos carimbou a súmula no clássico com o Olaria. As demais súmulas não constam assinatura de médicos.

Nesta segunda-feira, o TJD-RJ ouviu o gestor do Mesquita, Antônio Carlos Dias de Souza, que prestou depoimento sobre as supostas irregularidades nos exames do clube. Alex Bousquet e Elbert Maia, médicos do Mesquita, participarão da oitiva em breve. Em 11 de fevereiro, José Lannes, diretor técnico do Laboratório da UNIGRANRIO; Cléber Louzada, ex-presidente do Mesquita; e Angelo Benachio, atual presidente do clube, foram ouvidos e provas documentais foram anexadas no processo.

SÉRIE A DO BRASILEIRO

No Campeonato Brasileiro, foram 320 casos confirmados entre atletas e técnicos com a COVID-19. Desse número total, 18 foram treinadores. Vasco e Fluminense foram os recordistas de casos com 26 testes positivos cada. O Flamengo teve 21 e o Botafogo, nove. 

24/02/2021

POLÍCIA INTENSIFICA INVESTIGAÇÃO CONTRA O BONSUCESSO APÓS SUPOSTA FALSIFICAÇÃO DE ATESTADOS

Médico Antonio Carlos Naine representou o Bonsucesso na reunião do Jogo Seguro
Foto: Arquivo Pessoal

A Delegacia de Defraudações avançou no inquérito que investiga se houve fraude nos atestados médicos do Bonsucesso na Série B1 de 2020, conforme o Fanáticos pelo Cesso informou no último mês. Nesta quarta-feira, o Blog do Paulinho publicou que em depoimento à Polícia Civil, o médico Antonio Carlos Naine não teria assinado a súmula do jogo contra o Angra dos Reis, fora de casa, pela última rodada da Taça Santos Dumont. A suspeita foi levantada após o atestado epidemiológico ser escrito à mão e rubricado pelo então supervisor técnico Raphael Silva, que já deixou o Rubro-Anil.

Essa seria apenas a 'ponta do iceberg' da irregularidade dentro do clube no Estadual. O profissional teria dito que além dessa partida, teriam falsificado sua assinatura nas demais súmulas e atestados na Taça Corcovado. Naine prestou depoimento na última segunda-feira após pedir para adiar a oitiva em outras duas ocasiões. Um erro grosseiro na palavra epidemiologicamente ('apidemiologicamente') chamou a atenção dos policiais também.




Em contato com o médico nesta quarta-feira (24), Antonio Carlos Naine não quis se pronunciar e preferiu dizer apenas que o inquérito estava em segredo de justiça. Em contato com o gestor do clube, José Agnaldo Sena também optou por não falar nesse momento. Não localizamos o atual presidente Nilton Bittar até o fechamento desta reportagem assim como o ex-presidente Ary Amâncio.  

Antes do depoimento, o Fanáticos pelo Cesso entrou em contato com Antonio Carlos Naine para descobrir se ele tinha ciência das investigações na Polícia Civil sobre as supostas irregularidades em exames na Série B1 e confessou que parte dos documentos poderiam ter sido falsificados no Bonsucesso.

"Estou sabendo de modo superficial. Alguns eu realmente assinei, mas terei que ver todos os documentos. Vi que alguns eu tinha liberado, mas todos realmente eu não sei. Terei que ver documento por documento", afirmou Naine à época.

Perguntado se a rubrica na súmula contra o Angra dos Reis, no estádio Jair Toscano, no dia 17 de outubro de 2020, pertencia a ele, Naine negou.

"Não. Jogo fora (de casa) o médico não fica presente", garantiu.

Ao ser indagado que a assinatura na súmula pertencia a ele, o médico voltou a negar ser seu carimbo.

"Então não era eu. São coisas que eu preciso averiguar", disse Naine afirmando que não tinha sido chamado pelos dirigentes do Bonsucesso para prestar esclarecimentos sobre a denúncia. 

Ao longo das últimas semanas, a Polícia Civil intimou a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro a apresentar os documentos pertinentes ao clube na competição. A FERJ encaminhou à Ddef apenas exames realizados na pré-temporada (agosto) através do laboratório vinculado à Leve Saúde e não apresentou os testes durante a competição.

Os testes da empresa tinham a assinatura do médico José Ricardo Brizzi Chiani. Em contato, a Leve Saúde divulgou a seguinte nota:

"A Leve Saúde Clínica oferece serviços médicos à população carioca, dentre os quais se inserem o atendimento ambulatorial e serviços de diagnóstico, com a realização dos mais variados exames. 

Durante a pandemia do COVID-19, a Leve Saúde tem reforçado constantemente seu compromisso através da realização semanal de inúmeros exames de detecção do vírus, nos mais diversos pacientes. Todavia, em razão da impossibilidade de divulgação de dados de pacientes ou pessoas atendidas, imposta pela legislação brasileira, não podemos confirmar se determinada pessoa ou grupo de pessoas realizaram os aludidos exames por intermédio da Leve Clínica, permanecendo tais registros arquivados em nosso banco de dados à disposição das autoridades brasileiras, se solicitados.

Por fim, informamos que o Dr. José Ricardo Brizzi Chiani é o profissional médico Responsável Técnico da Leve junto ao CREMERJ, sem responsabilidade pela avaliação individual de nossos pacientes", concluiu a nota.

A denúncia deve ser enviada após a conclusão do inquérito nos próximos dias ao GAEDEST (Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor), núcleo do esporte no Ministério Público do Rio de Janeiro. O setor foi criado pela Procuradoria-Geral de Justiça em 2017 e tem por finalidade prestar auxílio em todo o Estado, sempre em caráter consentido, aos órgãos de execução do Ministério Público em matérias relacionadas à proteção do torcedor, ao direito ao desporto e ao regular funcionamento das diversas esferas do sistema nacional do desporto e da Justiça Desportiva, primordialmente nas searas criminal e de tutela coletiva.

Advogado que está responsável pela denúncia na Delegacia de Defraudações, Marcelo Santiago afirmou que irá anexar o inquérito policial na ação da 10ª Vara Civil, que averigua a suposta gestão temerária da atual diretoria.

"É mais uma prova da má gestão do Bonsucesso. Irei peticionar esses novos documentos para que o juiz Ricardo Cyfer tenha noção de tudo que está acontecendo no clube", alertou o advogado.

O Bonsucesso pode ser denunciado também na esfera esportiva (TJD-RJ e no STJD) com sanções gravíssimas.

Na estreia da Série B1, a diretoria recorreu ao ortopedista Yuri Tirelli Vieira, que assinou a súmula e o atestado epidemiológico, alegando que os atletas e comissão técnica estavam clinicamente aptos para a partida contra o Nova Iguaçu. A médica Valdete Narciso assina as súmulas contra o Serra Macaense, Rio São Paulo e Gonçalense. O doutor Sérgio Antonio dos Santos carimbou a súmula no clássico com o Olaria. As demais súmulas não constam assinatura de médicos. 

Confira abaixo a relação de súmulas que teriam sido falsificadas:

9ª Rodada Taça Santos Dumont - Bonsucesso x Angra dos Reis (súmula)
1ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Nova Cidade (súmula e atestado)
2ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Serra Macaense (atestado)
3ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Audax (atestado)
4ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Olaria (atestado)
5ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Duque de Caxias (atestado)
6ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Rio São Paulo (atestado)
7ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Maricá (atestado)
8ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Gonçalense (atestado)
9ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Serrano (atestado)

MESQUITA NA MIRA

O Mesquita está na mira do TJD-RJ por supostos exames falsificados no Campeonato Carioca. A entidade convocou Alex Bousquet e Elbert Maia, médicos do Mesquista, além do gestor Antônio Carlos Dias de Souza para prestarem depoimento, dia 1 de março. Em 11/02, José Lannes, diretor técnico do Laboratório da UNIGRANRIO; Cléber Louzada, ex-presidente do Mesquita; e Angelo Benachio, atual presidente do clube, foram ouvidos e provas documentais foram anexadas no processo. O caso é grave e outros clubes estão sendo investigados.