José Agnaldo Sena, atual gestor do Bonsucesso, esteve na Polícia Civil, nesta terça-feira, para prestar depoimento no inquérito que investiga supostas fraudes em exames de COVID-19 durante a disputa da Série B1 do Carioca de 2020. O dirigente contrariou a versão do médico Antonio Carlos Naine e afirmou que todos os atestados foram assinados pelo ex-coordenador médico do clube.
Naine havia informado em oitiva no fim de fevereiro, que deixou de ser responsável pela função (sem vínculo empregatício), tão logo Marcelo Salgado (ex-gestor) saiu do Bonsucesso, e garantiu não ter assinado nenhum outro documento após a 5ª rodada da Taça Santos Dumont. O médico disse que os exames nunca foram anexados nas partidas. Ele analisava os diagnósticos e encaminhava à diretoria do clube.
Ontem (9), José Agnaldo Sena garantiu que todos os atletas e membros da comissão técnica realizaram exames de COVID-19 regularmente até o fim do Estadual. Confrontado se possuía os testes em mãos, o gestor, entretanto, informou que não tinha mais acesso aos documentos.
Quanto ao atestado médico assinado pelo supervisor Raphael Silva, em 17 de outubro, no duelo contra o Angra dos Reis, José Sena disse que para a realização da partida, o delegado da FERJ (Aldemir Costa) exigiu o documento mesmo feito à mão.
À Polícia Civil, Naine afirmou que não reconhecia a assinatura na súmula desse duelo e expôs que a mesma além de parecer uma xerox, tinha uma assinatura diferente dos documentos apresentados por ele anteriormente, constatando, portanto, que era falsa.
À Polícia Civil, Naine afirmou que não reconhecia a assinatura na súmula desse duelo e expôs que a mesma além de parecer uma xerox, tinha uma assinatura diferente dos documentos apresentados por ele anteriormente, constatando, portanto, que era falsa.
A Delegacia de Defraudações continuará o inquérito e deve ouvir novas testemunhas nos próximos dias para concluir a investigação.