24/02/2021

POLÍCIA INTENSIFICA INVESTIGAÇÃO CONTRA O BONSUCESSO APÓS SUPOSTA FALSIFICAÇÃO DE ATESTADOS

Médico Antonio Carlos Naine representou o Bonsucesso na reunião do Jogo Seguro
Foto: Arquivo Pessoal

A Delegacia de Defraudações avançou no inquérito que investiga se houve fraude nos atestados médicos do Bonsucesso na Série B1 de 2020, conforme o Fanáticos pelo Cesso informou no último mês. Nesta quarta-feira, o Blog do Paulinho publicou que em depoimento à Polícia Civil, o médico Antonio Carlos Naine não teria assinado a súmula do jogo contra o Angra dos Reis, fora de casa, pela última rodada da Taça Santos Dumont. A suspeita foi levantada após o atestado epidemiológico ser escrito à mão e rubricado pelo então supervisor técnico Raphael Silva, que já deixou o Rubro-Anil.

Essa seria apenas a 'ponta do iceberg' da irregularidade dentro do clube no Estadual. O profissional teria dito que além dessa partida, teriam falsificado sua assinatura nas demais súmulas e atestados na Taça Corcovado. Naine prestou depoimento na última segunda-feira após pedir para adiar a oitiva em outras duas ocasiões. Um erro grosseiro na palavra epidemiologicamente ('apidemiologicamente') chamou a atenção dos policiais também.




Em contato com o médico nesta quarta-feira (24), Antonio Carlos Naine não quis se pronunciar e preferiu dizer apenas que o inquérito estava em segredo de justiça. Em contato com o gestor do clube, José Agnaldo Sena também optou por não falar nesse momento. Não localizamos o atual presidente Nilton Bittar até o fechamento desta reportagem assim como o ex-presidente Ary Amâncio.  

Antes do depoimento, o Fanáticos pelo Cesso entrou em contato com Antonio Carlos Naine para descobrir se ele tinha ciência das investigações na Polícia Civil sobre as supostas irregularidades em exames na Série B1 e confessou que parte dos documentos poderiam ter sido falsificados no Bonsucesso.

"Estou sabendo de modo superficial. Alguns eu realmente assinei, mas terei que ver todos os documentos. Vi que alguns eu tinha liberado, mas todos realmente eu não sei. Terei que ver documento por documento", afirmou Naine à época.

Perguntado se a rubrica na súmula contra o Angra dos Reis, no estádio Jair Toscano, no dia 17 de outubro de 2020, pertencia a ele, Naine negou.

"Não. Jogo fora (de casa) o médico não fica presente", garantiu.

Ao ser indagado que a assinatura na súmula pertencia a ele, o médico voltou a negar ser seu carimbo.

"Então não era eu. São coisas que eu preciso averiguar", disse Naine afirmando que não tinha sido chamado pelos dirigentes do Bonsucesso para prestar esclarecimentos sobre a denúncia. 

Ao longo das últimas semanas, a Polícia Civil intimou a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro a apresentar os documentos pertinentes ao clube na competição. A FERJ encaminhou à Ddef apenas exames realizados na pré-temporada (agosto) através do laboratório vinculado à Leve Saúde e não apresentou os testes durante a competição.

Os testes da empresa tinham a assinatura do médico José Ricardo Brizzi Chiani. Em contato, a Leve Saúde divulgou a seguinte nota:

"A Leve Saúde Clínica oferece serviços médicos à população carioca, dentre os quais se inserem o atendimento ambulatorial e serviços de diagnóstico, com a realização dos mais variados exames. 

Durante a pandemia do COVID-19, a Leve Saúde tem reforçado constantemente seu compromisso através da realização semanal de inúmeros exames de detecção do vírus, nos mais diversos pacientes. Todavia, em razão da impossibilidade de divulgação de dados de pacientes ou pessoas atendidas, imposta pela legislação brasileira, não podemos confirmar se determinada pessoa ou grupo de pessoas realizaram os aludidos exames por intermédio da Leve Clínica, permanecendo tais registros arquivados em nosso banco de dados à disposição das autoridades brasileiras, se solicitados.

Por fim, informamos que o Dr. José Ricardo Brizzi Chiani é o profissional médico Responsável Técnico da Leve junto ao CREMERJ, sem responsabilidade pela avaliação individual de nossos pacientes", concluiu a nota.

A denúncia deve ser enviada após a conclusão do inquérito nos próximos dias ao GAEDEST (Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor), núcleo do esporte no Ministério Público do Rio de Janeiro. O setor foi criado pela Procuradoria-Geral de Justiça em 2017 e tem por finalidade prestar auxílio em todo o Estado, sempre em caráter consentido, aos órgãos de execução do Ministério Público em matérias relacionadas à proteção do torcedor, ao direito ao desporto e ao regular funcionamento das diversas esferas do sistema nacional do desporto e da Justiça Desportiva, primordialmente nas searas criminal e de tutela coletiva.

Advogado que está responsável pela denúncia na Delegacia de Defraudações, Marcelo Santiago afirmou que irá anexar o inquérito policial na ação da 10ª Vara Civil, que averigua a suposta gestão temerária da atual diretoria.

"É mais uma prova da má gestão do Bonsucesso. Irei peticionar esses novos documentos para que o juiz Ricardo Cyfer tenha noção de tudo que está acontecendo no clube", alertou o advogado.

O Bonsucesso pode ser denunciado também na esfera esportiva (TJD-RJ e no STJD) com sanções gravíssimas.

Na estreia da Série B1, a diretoria recorreu ao ortopedista Yuri Tirelli Vieira, que assinou a súmula e o atestado epidemiológico, alegando que os atletas e comissão técnica estavam clinicamente aptos para a partida contra o Nova Iguaçu. A médica Valdete Narciso assina as súmulas contra o Serra Macaense, Rio São Paulo e Gonçalense. O doutor Sérgio Antonio dos Santos carimbou a súmula no clássico com o Olaria. As demais súmulas não constam assinatura de médicos. 

Confira abaixo a relação de súmulas que teriam sido falsificadas:

9ª Rodada Taça Santos Dumont - Bonsucesso x Angra dos Reis (súmula)
1ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Nova Cidade (súmula e atestado)
2ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Serra Macaense (atestado)
3ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Audax (atestado)
4ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Olaria (atestado)
5ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Duque de Caxias (atestado)
6ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Rio São Paulo (atestado)
7ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Maricá (atestado)
8ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Gonçalense (atestado)
9ª Rodada Taça Corcovado - Bonsucesso x Serrano (atestado)

MESQUITA NA MIRA

O Mesquita está na mira do TJD-RJ por supostos exames falsificados no Campeonato Carioca. A entidade convocou Alex Bousquet e Elbert Maia, médicos do Mesquista, além do gestor Antônio Carlos Dias de Souza para prestarem depoimento, dia 1 de março. Em 11/02, José Lannes, diretor técnico do Laboratório da UNIGRANRIO; Cléber Louzada, ex-presidente do Mesquita; e Angelo Benachio, atual presidente do clube, foram ouvidos e provas documentais foram anexadas no processo. O caso é grave e outros clubes estão sendo investigados.

20/02/2021

JUIZ INDEFERE TUTELA PROVISÓRIA CONTRA AS ELEIÇÕES DO CLUBE, MAS PROCESSO TERÁ DESDOBRAMENTOS


O juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do TJ-RJ, indeferiu o pedido de tutela provisória para anulação das eleições do Bonsucesso ocorridas em dezembro. A decisão saiu na última quinta-feira após a abertura do processo em outubro. De acordo com a justificativa do magistrado, o pleito não teve 'notícia de qualquer irregularidade na realização da mesma, estando, assim, regularmente ocupados os cargos de diretoria'.

Cyfer ainda cita que não foram apresentadas provas capazes ainda de considerar uma gestão temerária. O juiz cita que a foto da fachada sem o escudo foi contraposto com o referido emblema já reparado no estádio. Ele conclui que 'ao olhar de uma maioria de sócios do clube, a gestão do 2º (Ary Amâncio) e do 3º réus (Nilton Bittar) é satisfatória'.

O juiz, porém, convocou novamente o ex-presidente Ary Amâncio para pronunciar-se já que, apesar de receber o oficial de justiça em casa, o ex-dirigente se absteve de esclarecimentos na ação. Cyfer também cobra elucidação de Nilton Bittar, após o mesmo apresentar procurações em nome dele e do clube e posteriormente, apenas dele.

A decisão que nega o pedido de tutela provisória antecipada foi comemorada pela atual diretoria do Bonsucesso, que acredita ser uma evidência da legitimidade da eleição após o pleito judicializado em 2017. Os sócios que impetraram o pedido ainda não 'jogaram a toalha'. 

Os beneméritos irão apresentar nos próximos dias uma nova petição para exemplificar as supostas falhas administrativas, inclusive, com a ausência de balanço financeiro desde a temporada de 2018.

"O juiz anulou apenas a tutela, porém o processo continuará. Vamos reforçar. Ele diz que não apresentei provas, mas o que mais tem na ação é isso. Há um processo criminal em curso que estamos atentos. A resposta que saiu está confusa, mas ainda pode sair uma decisão que cancele tudo (as eleições)", afirmou o advogado Marcelo Santiago que está à frente da acusação.

A Polícia Civil segue as acareações na Delegacia de Defraudações após um registro de ocorrência contra a atual diretoria. O atual presidente Nilton Bittar já esteve prestando depoimento. Outros envolvidos também serão ouvidos nos próximos dias.

17/02/2021

BONSUCESSO APRESENTA O TÉCNICO JOÃO SANTOS: "SOU PAPO RETO"

João Santos esteve reunido com Carlos Chaves, diretor do Bonsucesso
Foto: Divulgação

O Bonsucesso acertou a contratação do técnico João Santos para a temporada 2021, conforme o Fanáticos pelo Cesso trouxe a informação na última semana. O treinador esteve no clube nesta quarta-feira para acertar os últimos detalhes e inicia o trabalho amanhã (18) pela manhã. Ao longo dos próximos meses, ele será responsável por analisar e indicar nomes para a montagem do elenco, que disputará a Copa Rio e a Série B2. A expectativa é ter o elenco regularizado até junho já que as competições retomam em agosto.

João Santos concedeu entrevista exclusiva ao Fanáticos pelo Cesso e se disse muito motivado com o convite feito pelo clube após uma passagem pela categoria sub-20.

"Já trabalhei aqui com o Ricardo Barreto, com quem aprendi muito. Vim agora para o profissional que é um cargo ainda mais importante. O Bonsucesso é um time de peso. Estou vindo com vontade e garra. O dinheiro ajuda pra caramba, mas venho com uma promessa de trabalho para reerguer o clube. Estamos abraçando a causa. Sou um cara muito transparente, sincero e de papo reto", disse.

O novo técnico do Bonsucesso afirmou que manterá a comissão técnica permanente do clube e projetou o número de atletas que o Rubro-Anil terá na Copa Rio e na 4ª Divisão do Estadual.

"Tenho minha comissão técnica, mas não seria justo não contar com os que aqui estão. Eles já conhecem o Bonsucesso com um trabalho de um ano. Acredito que teremos em média 28 anos atletas. Alguns que eu trabalhei estarão vindo para reforçar o time e outros podemos aproveitar da última temporada. São profissionais sérios. O Bonsucesso não merece estar onde está. Precisamos estar lá em cima pela tradição e história que temos."

João Santos confessou que já há um grupo trabalhando desde o início do ano no Bonsucesso e que será inicialmente observado por ele na Teixeira de Castro.

"Temos alguns jogadores já trabalhando aqui. Quando estivermos próximo ao início dos campeonatos faremos contratações pontuais. Vou trazer quem irá ajudar o Bonsucesso. O trabalho não é de um dia para a noite. Já estarei nesta quinta-feira para iniciar o planejamento", avisou.

João Santos foi jogador do Campo Grande na década de 90
Foto: Arquivo Pessoal

João Santos comentou sua trajetória pelo futebol e afirmou que chega para agregar com sua experiência na 4ª Divisão para ajudar o Bonsucesso a conseguir o acesso.

"A estrada é longa. Comecei com 12 anos. Sou ex-atleta e fiz vários cursos. Aprendi muito com diversos ídolos do futebol. Fiz um estágio de 20 dias no Botafogo com o PC Gusmão, que é meu amigo. Passei por clubes como o Friburguense, Americano, Bangu... Como treinador estive no Juventus, chegando às semifinais. Passei pela Coreia do Sul e também na Primeira Divisão do Campeonato Capixaba pelo Espírito Santo além do Campo Grande. Nada resiste ao trabalho com a união para conseguirmos o acesso."

Atual campeão da Copa Rio, João Santos afirmou que é possível dividir as atenções entre a competição e a Série B2.

"Vamos tentar esse feito. Vamos trabalhar para isso. Sei que é difícil, mas com luta e objetivo é possível. Temos essa meta. Que as palavras não fiquem só aqui. Temos que levar isso para dentro de campo", finalizou.

Como jogador, João Santos esteve no elenco do Campo Grande que conquistou o acesso em 1989 para a série A. Ele ainda a
tuou pelo América SP, Marília, Bangu, Ceres, Rubro Social, Olaria, Americano e Friburguense. Como treinador, passou pela base do Bonsucesso, Bangu, Juventus e de um núcleo do Fluminense. Nos profissionais, ele comandou o Juventus, Espírito Santo, Campo Grande e se aventurou na Coreia do Sul.

O Bonsucesso teve quatro treinadores ao longo da temporada de 2020.

NOVO PARCEIRO

Tiago Costa (coordenador do núcleo de base do Bonsucesso em Guaratiba) será o novo diretor de futebol do clube. Além da função, ele exercerá um papel de investidor para custear despesas operacionais na Copa Rio e na Série B2. A diretoria também busca parceiros da rede hoteleira e de alimentação. 

O time sub-15 está classificado para à semifinal da Bonsucesso Cup no próximo sábado, contra o Brasil 4You, às 16h. Antes, às 15h, o Bangu encara o Nova Brasil. Os jogos acontecem no estádio Leônidas da Silva. 

Tiago Costa conta com o apoio de Marcelo Salgado para expandir o núcleo de base do clube
Foto: Arquivo Pessoal

12/02/2021

JOÃO SANTOS DEVE SER ANUNCIADO COMO NOVO TÉCNICO DO CLUBE



O Bonsucesso está próximo de acertar a contratação de João Santos, de 54 anos, como novo técnico para a temporada 2021. Na próxima quinta-feira, ele deve ser apresentado aos novos jogadores, pois a diretoria já começará a traçar o elenco para a disputa da Copa Rio, que começa apenas em agosto e da Série B no mês seguinte.

João Santos é formado pelo curso da ABTF (Associação Brasileira de Treinadores de Futebol). O treinador que coleciona passagens por divisões de base em clubes como Juventus, União Central, Bangu e Ceres já esteve à frente do Sub-20 do Bonsucesso em 2013.

Nos profissionais, ele começou a carreira no Juventus, da Terceira Divisão, em 2007. Após uma experiência no Espírito Santo entre 2010 e 2011, ele se aventurou no Yong-in, da Coreia do Sul. Após sete anos longe do Rio, João Santos voltou ao Juventus em 2017 e comandou o time até as semifinais do 1º Turno da Série B2 e no ano seguinte, foi o treinador do tradicional Campo Grande com uma campanha elogiada. 

A ordem interna é planejar com antecedência a equipe para chegar preparado para voltar em menos tempo à Segunda Divisão novamente. Com a mudança de regulamento, o Rubro-Anil acabou sendo rebaixado da 2ª para a 4ª Divisão.  

Apesar da intenção dos gestores do futebol, o Bonsucesso ainda não registrou nenhum atleta na FERJ já que depende da regularização no recadastramento do BID além do reconhecimento do novo presidente na Federação.

João Santos fez estágio no Rio Preto-SP durante seis meses em 2006 e em 2005, foi observado por Paulo César Gusmão por 20 dias no Botafogo. Como jogador, ele coleciona passagens por Campo Grande e América-SP.

Marcus Amoroso seguirá no Bonsucesso na função de gerente de futebol após ter comandado o time na reta final da Série B1 no ano passado.

Diante do desafio interno com a briga política aflorada no Bonsucesso, José Agnaldo Sena vem tentando contornar as crises e para padronizar os uniformes do clube, entrou em acordo com a 
Carioca Sports, adquirindo novos materiais da empresa para a temporada 2021. No ano passado, o clube chegou a usar paralelamente o uniforme da WA Sports no Estadual. Confira abaixo os modelos da temporada.


BONSUCESSO SE ARTICULA PARA VOLTAR A JOGAR EM CASA EM 2021


A diretoria do Bonsucesso iniciou a temporada 2021 com metas audaciosas, apesar do clube ainda ser deficitário. Uma das medidas é a reforma pontual do estádio, que não recebe uma partida desde 1º de outubro de 2014, na derrota para o Resende por 3 a 1, pela Copa Rio. E a competição que estreia em agosto, com a presença do atual campeão já que em 2020 não houve o torneio devido à pandemia, deve ser o 'start' para a volta dos jogos em casa.

Essa é uma das promessas dos atuais gestores do futebol que articulam os laudos técnicos para reabrir o Leônidas da Silva e consequentemente aguardar a autorização da Prefeitura para receber o público.

Um dos responsáveis pelo processo de reestruturação do clube é 
Carlos Chaves, novo diretor de logística e planejamento, que já teve passagem como supervisor de base e profissional. Convidado pelo atual gestor José Agnaldo Sena, o dirigente defendeu o 'homem forte' do futebol, que assumiu o clube durante a crise administrativa causada pelos antigos administradores. Carlos Chaves garantiu que todos não estão medindo esforços para que uma das principais queixas da torcida seja atendida.  

"Tenho uma experiência adquirida na base e fui supervisor da Copa Rio em 2013. Fiquei honrado com o convite e estou feliz. Precisamos de pessoas que ajudem e não critiquem. Sou Bonsucesso Futebol Clube independente de administração. Hoje, não sou oposição ou situação. Não hesitei em aceitar essa proposta de trabalho. A gestão está trabalhando diuturnamente para resolver essa questão. Em breve, divulgaremos boas notícias. Temos um compromisso que é jogar na Teixeira de Castro. O (José Agnaldo) Sena não é responsável pelo rebaixamento como muitos apontam. Se não fosse ele, estariam rebaixados antecipadamente por mais um WO após o jogo com o Artsul. Ele foi um salvador naquele momento. Ele tem ajudado a quitar as dívidas do Bonsucesso. Temos que exaltar quem está nos ajudando", disse Chaves que é funcionário público há mais de 30 anos e esteve apoiando a Chapa 'Por Um Novo Bonsucesso' antes das eleições.

Carlos Chaves é o novo diretor de logística e planejamento do Bonsucesso
Foto: Arquivo Pessoal

Além dos laudos técnicos, a diretoria vai priorizar a pintura interna do estádio, melhorar as condições da concentração e departamento médico e 
irá substituir o tradicional placar na Teixeira de Castro, que estava muito castigado pelo tempo. A estrutura há décadas instalada à esquerda da arquibancada social receberá nos próximos dias um novo formato de lona no formato 3,40 x 1,80 e 16 placas numéricas de 40x40. Futuramente, a ideia é instalar um equipamento eletrônico no estádio Leônidas da Silva.

A gestão que assumiu o futebol do clube durante a Série B1 do Carioca em 2020 se responsabilizou pela dívida com a concessionária de energia elétrica e quitou parte dos atrasados em acordo para que a luz fosse restabelecida. Confira abaixo o protótipo do novo placar do Bonsucesso.

10/02/2021

GE.GLOBO TRAZ DETALHES DE GRAVE DENÚNCIA DE SUPOSTA FRAUDE EM EXAMES DE COVID-19 NA SÉRIE B1


O Globoesporte.com abordou outros detalhes da informação com exclusividade que o 'Fanáticos pelo Cesso' trouxe em janeiro sobre a suposta fraude nos exames de COVID-19 no Mesquita, durante a disputa da Série B1 do Carioca, que está sob investigação pela Polícia Civil, Ministério Público e o TJD-RJ.

Conforme o repórter Tébaro Schmidt informou, a suspeita gira em torno de dois exames (de um jogador e de um membro da comissão técnica). Segundo a reportagem, as coletas constam com a data de 7 de janeiro. A evidência cabal seria o carimbo e a assinatura de Rosângela Damasceno, ex-coordenadora do Laboratório de Análises Clínicas da Unigranrio (Laborafe), que faleceu no último dia 26 de dezembro, vítima de câncer no fígado.

De acordo com o GE, outra evidência é o número do pedido, idêntico nos dois exames: 136646. O site entrou em contato com José Roberto Lannes Abib, diretor-técnico do laboratório da universidade, que confirmou ser um 'indício de fraude porque o sistema nunca gera dois números iguais - o 136646 em particular foi gerado no dia 17 de dezembro, ainda segundo ele. Abib é o responsável pela supervisão dos exames de Covid desde a morte de Rosângela.'

A denúncia partiu do novo presidente do Mesquita, Ângelo Benachio, que desconfiou da fraude tão logo assumiu o clube em 2021. Durante a disputa do Carioca, o futebol do Mesquita era gerido pela empresa 'Passe Certo', classificada como responsável direta por todos os exames de COVID-19 apresentados à FERJ. 

Exames de COVID-19 que teriam sido fraudados. Foto: Reprodução/Globoesporte.com

Como informamos em 26 de janeiro, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro enviou documentos aos órgãos competentes para investigar a grave denúncia. A apuração está em andamento e alguns envolvidos têm sido chamados na Delegacia de Defraudações, que também está monitorando outros possíveis casos de irregularidades em exames e atestados nas divisões inferiores dos campeonatos organizados pela FERJ.

O Bonsucesso também está na mira da investigação após o supervisor Raphael Silva assinar a mão o atestado médico antes do jogo contra o Angra dos Reis, autorizando a participação de 16 jogadores e sete funcionários do staff.

De acordo com o protocolo 'Jogo Seguro' em 2020, os clubes da Série B1 deveriam realizar testes rápidos com pesquisa de IgM e IgG em todos os componentes do grupo de trabalho (jogadores, comissão técnica que participará dos treinos e staff envolvido), antes do início dos treinamentos e serviria como panorama inicial da imunidade do grupo e início do planejamento das atividades de treino. Um segundo teste deveria ser realizado com o objetivo de identificar falsos negativos do primeiro teste e novos infectados no período de 7 dias.

Nos jogos, 'os clubes, por intermédio de seus profissionais médicos, elaborariam inquéritos epidemiológicos e avaliações médicas diárias relacionadas aos seus atletas e membros das comissões técnicas, comprometendo-se a enviá-los à FERJ sempre na véspera dos jogos e a isolar, orientar e tratar quaisquer um que apresente sintomas clínicos que sugiram a infecção pela COVID-19'.

O documento ainda informava que 'os inquéritos epidemiológicos e avaliações diárias encaminhadas à FERJ devem ser instruídos com os atestados médicos, liberando a participação nos jogos dos colaboradores e atletas do clube, que se comprometerá, ainda, a informar na relação de jogo a data em que todos atletas e membros das comissões técnicas foram testados pela última vez'.

O protocolo avisava que 'os inquéritos epidemiológicos serão complementados por testes a serem realizados nos atletas e membros da comissão técnica com uma periodicidade de 15 (quinze) dias, ocasião na qual será coletado Swab de orofaringe e nasofaringe com exame PCR para COVID19, podendo ser acrescentados os testes de sorologia. Caso um atleta ou membro da comissão técnica tenha seu exame positivo (infecção em atividade), este será imediatamente isolado, não terá acesso ao estádio e entrará em observação rigorosa e receberá orientações do respectivo departamento médico'.

Havia um adendo no protocolo ao afirmar que 'a testagem também poderá ocorrer no dia do jogo, mediante a utilização de Teste Rápido para Antígeno Covid-19, em material coletado de nasofaringe. Nesta hipótese, o referido teste substituirá o exame de PCR por ter resultado imediato e, desta forma, servir como parâmetro de detecção do antígeno viral nas vias aéreas'.

Os atletas ou membros da comissão técnica e delegação que tivessem testagem IgG positiva para o novo coronavírus deveriam ter um aviso em seus crachás. O 'Jogo Seguro' era claro ao dizer que 'todos os novos casos da COVID-19 deverão ser notificados às autoridades de saúde competentes e informadas à FERJ'.

O médico Antonio Carlos Naine, que assina parte dos atestados médicos do Bonsucesso durante a B1, representou o clube e o Rio São Paulo na Comissão Médica Especial Temporária. Antonio Carlos Naine participou de três reuniões até a elaboração final do protocolo para a Segunda Divisão de 2020. A edição final do 'Jogo Seguro' coube ao médico do Maricá, André Luiz Oliveira.

Confira a matéria publicada no Fanáticos pelo Cesso!

06/02/2021

DO BONSUCESSO AO CATAR! TUCA FERRETTI PODE LEVAR O TIGRES-MEX À FINAL DO MUNDIAL DE CLUBES


O Bonsucesso tem um ex-jogador agora na figura de técnico no Mundial de Clubes da FIFA. Ricardo Ferretti, o Tuca, apelido que recebeu por ter sido a primeira palavra que ele aprendeu a falar, defende atualmente o Tigres-MEX, que enfrentará o Palmeiras, neste domingo, às 15h, no Catar, valendo uma vaga à decisão contra o Bayern de Munique ou Al Ahli-EGT.

Tuca foi meio-campo no esquadrão rubro-anil nos anos de 1976 e 77. Ao longo das duas temporadas, foram 17 gols nos Estaduais, com destaque para o último ano quando foi um dos artilheiros com 10 gols ao lado de Doval, do Fluminense. 

Assim como o irmão Fernando Ferretti, Tuca começou a carreira no Botafogo e permaneceu até 1974, quando rodou pelo Nordeste com as camisas do CSA e CRB. 

Após a passagem pelo Bonsucesso, o ex-jogador se transferiu para o futebol mexicano, onde defendeu o Atlas, Pumas, Deportivo Neza, Monterrey, Pumas e Toluca até voltar ao Pumas, clube que decidiu encerrar a carreira em 1991.

Como treinador, passou pelo Pumas, Chivas, Toluca e Monarcas. Em 2010, recebeu o convite para voltar ao Tigres após quatro anos longe e está até hoje no time. Tuca “se gaba” por nunca ter sido demitido. Ora saia ao pedir demissão ou se transferia ao fim do contrato.

Há mais de 40 anos no México, Tuca Ferretti coleciona sete títulos nacionais, cinco pelo Tigres. Ao lado de Ignacio Trelles, que tem conquistas entre os anos 1950 e 1980, ele é o técnico mais vencedor no país.

Volta ao Brasil não passa pela mente dele. Portanto, ver o brasileiro naturalizado mexicano na Teixeira de Castro é utopia:

“Nunca existe nada impossível, mas vejo como “quase impossível”, porque a estabilidade que tenho no México como treinador é muito difícil perder para arriscar. Ainda que não tenha um grande conhecimento do futebol brasileiro, acompanho muito, e a situação do Brasil que vemos com grandes treinadores é que se em quatro ou cinco jogos as coisas não dão certo já mandam embora”, afirmou em entrevista ao SPORTV em 2015.

Tuca Ferretti pode levar um clube mexicano à final de um Mundial pela primeira vez. A torcida do Bonsucesso estará na torcida! 

05/02/2021

BONSUCESSO PROMETE AULAS DE ARTES MARCIAIS APÓS REABERTURA DO PARQUE AQUÁTICO E DO BAR


A atual diretoria do Bonsucesso segue se movimentando para reativar a sede social após um ano de 2020 com as atividades paralisadas devido à pandemia e problemas administrativos. Mesmo aguardando a decisão judicial na 10ª Vara Cível que pode sair a qualquer momento anulando a eleição de dezembro, o presidente eleito Nilton Bittar já restabeleceu a rotina do parque aquático com aulas de natação e hidroginástica e publicou no quadro de avisos na secretaria a atividade de artes marciais (judô, karatê e jiu jitsu) em breve.

O bar também voltou a funcionar recentemente na tentativa de captar novos sócios e angariar receitas. Nesta quinta-feira, a diretoria instalou um telão ao lado da escadaria do salão nobre para transmissão de partidas finais do Campeonato Brasileiro com direito a rodada dupla de chopp.

O clube reduziu a taxa para sócios e tem cobrado R$40,00 a mensalidade. Essa era uma das principais reclamações dos associados que pagavam R$60,00 durante o período que o clube ficou fechado e não anistiou os torcedores.


Além da ação movida por beneméritos, o último candidato à presidência da oposição, Jorge Ribeiro Marques ingressou com um processo na 17ª Vara Cível do TJ-RJ também pedindo a anulação das eleições e o afastamento imediato de Nilton Bittar, Roberto Pinto e Brazelino Vieira além da nomeação imediata de um interventor.

Em compasso de espera, o Bonsucesso segue caminhando sem ter certeza do futuro. Confira abaixo o calendário de aulas na piscina do clube:

03/02/2021

RIBEIRO MARQUES CRITICA ATUAL GESTÃO DO BONSUCESSO: "VÃO TER QUE SE EXPLICAR NA JUSTIÇA"


Como o Fanáticos pelo Cesso trouxe a informação na última terça-feira, o candidato à presidência Jorge Ribeiro Marques ingressou com uma ação na justiça pedindo a anulação da última eleição ocorrida em dezembro além do afastamento de Nilton Bittar, Roberto Pinto e Brazelino Vieira, que se proclamaram eleitos após a votação com chapa única no pleito. A oposição alega que não há legitimidade no mandato após a data final do escrutínio em setembro.

Ribeiro Marques entrou em contato com o Fanáticos pelo Cesso para explicar a ação impetrada dois meses após a eleição. Segundo ele, todas as formas possíveis para buscar o diálogo foram feitas, porém, os atuais dirigentes recusaram, não restando outra alternativa senão a judicial. 

"A eleição do Bonsucesso realizada no último dia 12 de dezembro foi permeada de fraudes, uma prática que não é novidade no clube, mas que atingiu níveis de irregularidades jamais vistas. Lógico que eu não poderia ficar indiferente ao fato e entrei na justiça, depois de votado por todos os participantes do movimento "Por Um Novo Bonsucesso", para que a eleição seja anulada responsabilizando os réus Nilton Bittar, Roberto Pinto e Brazelino Vieira pelos desmandos", disse Jorge Ribeiro Marques.

O candidato da oposição afirmou que a petição de mais de 30 páginas apresentada no TJ-RJ é autêntica e ironiza a defesa de Nilton Bittar na ação movida por sócios do clube contra a atual gestão.

"A ação elenca uma quantidade de denúncias, cada uma comprovada por documentos anexados, que não deixam dúvidas quanto à veracidade. Se numa ação anterior o Nilton (Bittar) se defendeu afirmando textualmente que 90% das acusações eram falsas, esta com a mais absoluta certeza tem 100% de veracidade", garantiu.

Ribeiro Marques alega que Nilton Bittar comandou o Bonsucesso em substituição a Ary Amâncio, que se afastou devido à problemas particulares. Segundo ele, Bittar é responsável por todo o caos criado nos bastidores para tal confusão na política do clube.

"Acontece que o Ary Amâncio operou uma perna em 19 de dezembro de 2019, ficando todo o ano de 2020 afastado do clube convalescendo desta cirurgia e por ser diabético e fazer parte do grupo de altíssimo risco. Baseado no Art. 103 parágrafo 2º do Estatuto está explícito que é atribuição do Vice-Presidente (Sr. Nilton) substituir o Presidente em seus impedimentos temporários ou definitivos", disse complementando.

"Fica claro que por todo o ano de 2020 o Nilton (Bittar) era o responsável maior pela direção do clube", afirmou.

Ribeiro Marques citou a cessão de um imóvel do clube para terceiros, que beneficiou diretamente o atual vice-presidente administrativo, Roberto Pinto.

"O Nilton Bittar Bittar há muito exercia de modo efetivo suas atividades ao ponto de ceder um espaço no clube para o seu cabelereiro Tuca e sua manicure Tânia sem custos para ambos o que vai de encontro ao que determina o Art. 102 do Estatuto em seu item XIII que é competência do Conselho Diretor: 'Autorizar a assinatura de contratos de locação de dependências do Clube, de arrendamento e outros que envolvam responsabilidade para o Bonsucesso'. Sob a complacência do Sr. Nilton, o Sr. Roberto (Betinho) montou um salão de beleza para a sua esposa", garantiu.

Ribeiro Marques criticou a postura do então presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que indeferiu a 'Chapa Azul' às vésperas da eleição.

"Com o afastamento do Ary (Amâncio) o caminho estava livre. Rasgaram o veredito do Desembargador Mario Guimarães Neto prorrogando o seu mandato, não foram fornecidas as carteiras solicitadas em ofício enviado, não forneceram a lista de votantes por ofício enviado. Como se isso não bastasse para que a eleição seja anulada, o Brazelino publicou no dia 07 de novembro (sábado) o Edital de Convocação para a eleição que se daria em 12/12/2020. Este edital cerceia por completo que chapas sejam formadas visto que teriam que ser apresentadas 30 dias antes da eleição (12/11/2020), ou seja, teriam que ser formadas em 4 dias úteis. Como a 'Chapa Azul' já estava pronta desde a data correta de 03/09/2020, continuaram com a saga de impedir que houvesse uma disputa sadia e legal. No dia 02/12/2020 foi aberto um envelope onde constavam além das chapas, três cópias de um expediente emitido pelo Brazelino indeferindo a inscrição da 'Chapa Azul' por certidões vencidas, sem fazer nenhuma menção sobre a situação da Chapa Verde (na qual continua com Presidente da Assembleia Geral) e se foi analisada ou não", criticou.

O candidato da oposição afirmou que ficou internado por 37 dias com COVID-19, chikungunya, arritmia e pneumonia, ficando fora do ar um longo tempo após a internação. Segundo ele, como a inscrição da chapa tinha sido feita para o pleito em setembro, esperava-se que caísse em exigência os itens que estavam em desacordo com o Estatuto.

"O Art. 93 nos itens 'a' a 'g' só exige que seja respeitado o prazo de 30 dias antes da eleição para o item 'f' que diz: 'Apresentar declarações de bens 30 dias antes das eleições junto com a chapa a ser registrada'. O item 'g' fala: 'Apresentar certidões negativas dos distribuidores civis, criminais (sem sentença transitada em julgado) interdições e tutelas e da Fazenda Pública Federal e Estadual'. Como se denota o item 'g' não tem a mesma exigência do item 'f'", afirmou.

Ribeiro Marques negou que o atual vice-presidente Roberto Pinto tenha tentado falar com ele por telefone para pedir união dos grupos políticos.

"Chegou ao meu conhecimento que o Betinho esteve me procurando na Rua Bonsucesso por não conseguir entrar em contato comigo por telefone o que é uma inverdade, pois não existe nenhuma ligação perdida e ele sabe onde eu moro. Ele também esteve conversando com outros membros do 'Movimento' com o discurso de que a hora é de união, de ajuda ao clube, etc., etc. Uma verborragia extemporânea que se esvai rapidamente pelos exemplos de conduta dados pelas três pessoas citadas. O Nilton seria a pessoa indicada para tomar à frente das conversas e para obter o apoio do 'Movimento', mas é próprio da sua pessoa colocar outras pessoas como 'boi de piranha', e neste caso, fazendo de Betinho um garoto de recado. Infelizmente pessoas que prezo, mas acreditaram nele, vão ter que se explicar na justiça", bradou Ribeiro.

O candidato do grupo "Por Um Novo Bonsucesso" afirmou que já houve uma tentativa de apaziguar as desavenças políticas, porém, a situação não quis dar ouvidos.

"O discurso de que me admiram, que me respeitam, que gostam de mim, não me envaidece, apesar de no fundo não haver motivos para o contrário: Não vão encontrar uma vírgula sequer no caso de eu ter feito qualquer conluio em toda a minha vida pessoal e rubro-anil. Um clube no qual estou perto de completar 65 anos como associado e ter sido atleta amador de campo, de salão, técnico amador, diretor social e vice-presidente de Patrimônio", disse completando.

"No dia da eleição de 03/09/2017 o Movimento, na época com 20% dos membros que tem hoje, entregou uma carta de apoio à nova gestão da época, rubricada inclusive pelos eleitos e nunca houve uma reunião sequer para se colocar em prática juntando-se às inúmeras promessas não foram cumpridas. Como acreditar num gestor que não publicou um balancete sequer durante todo esse tempo? Que credibilidade tem alguém que descumpre uma determinação judicial de um Desembargador? Que pelo menos não respeita o Estatuto e muito menos os associados do clube que não se prestam a serem seus asseclas? Quero registrar que se alguém é nefasto ao Bonsucesso, o nome desse alguém tem seis letras", finalizou.

02/02/2021

RIBEIRO MARQUES PEDE ANULAÇÃO DA ELEIÇÃO E AFASTAMENTO DE BITTAR, BETINHO E BRAZELINO

Divulgação: TJ/RJ

A 'bandeira branca' não foi hasteada no pavilhão do Bonsucesso. Além da ação dos sócios contra a eleição ocorrida em 12 de dezembro com acusações de gestão temerária e improbidade administrativa, o candidato da oposição, Jorge Ribeiro Marques ingressou com um novo processo contra o clube no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pedindo a nulidade do pleito, o afastamento de Nilton Bittar (presidente eleito), Roberto Pinto (vice-presidente administrativo) e Brazelino Vieira (presidente da Assembleia Geral) além da imediata nomeação de um interventor.

Os três dirigentes foram citados como representantes do clube no processo e devem ser convocados em juízo. Foi anexado um dossiê com mais de 30 páginas que detalha o processo conturbado das eleições do clube ao longo de 2020, com documentos que reforçam a acusação do grupo 'Por Um Novo Bonsucesso'.

Na petição, Jorge Ribeiro Marques alega que os réus não realizaram o novo escrutínio até 3 de setembro de 2020, desrespeitando a sentença do Desembargador Mário Guimarães Neto. Os autos do processo apontam a tese da situação de que "o Estatuto do clube é soberano perante aos seus sócios", declaração dada por Brazelino Vieira a uma carta endereçada pelo sócio André Veras (candidato à vice-presidência pela chapa de oposição), que cobrava esclarecimentos sobre a data do pleito.

Ribeiro Marques cita que as carteirinhas de sócios não foram entregues no prazo correto, informação já divulgada aqui pelo Fanáticos pelo Cesso. A ação ainda diz que Nilton Bittar assumiu o Bonsucesso tão logo o ex-presidente Ary Amâncio foi acometido por problemas de saúde. 

SALÃO DE BELEZA SEM ALUGUEL

Jorge Ribeiro Marques acusou Nilton Bittar de 'conluio' ao ceder a pessoas próximas um espaço do clube para a inauguração de um cabelereiro sem que o Bonsucesso recebesse qualquer aluguel. O salão acabou fechando devido aos constantes cortes de energia. A acusação ainda afirma que houve favorecimento posteriormente a Roberto Pinto, vice-presidente administrativo, para montar um salão para a própria esposa no local.

Parte da ação diz que 'a intenção era a de tornar o clube um feudo em que os réus estivessem acima do Estatuto do Clube, das instituições e da justiça, e assim fazerem do clube o que bem entendessem irmanados que estavam para a meta principal que consistia em fraudar as eleições que se avizinhavam'.   
 
INSCRIÇÃO DE CHAPAS

Jorge Ribeiro Marques afirmou que inscreveu a 'Chapa Azul' no prazo correto para participar das eleições em setembro e que jamais a lista de sócios aptos a voto foi divulgada pelo clube. O candidato à presidência reforçou que Brazelino Vieira publicou o edital de eleições apenas no dia 7 de novembro, 'não informando o prazo para inscrição das chapas'. A oposição relembra a impugnação da 'Chapa Azul' às vésperas das eleições devido às certidões expiradas. Segundo a ação, foi uma atitude 'sumária e arbitrária'.

PATRONO DA CHAPA

Na véspera da eleição em dezembro, Jorge Ribeiro Marques teve conhecimento de uma postagem numa rede social na qual Diogo Manoel Coelho Pereira Bastos, numa carta manuscrita e sem data, não autorizava a utilização do nome do seu falecido pai, Manoel Pereira Bastos Filho, como patrono da Chapa Azul. Segundo a ação, esta carta seria mais uma tentativa de desclassificar a chapa de oposição já que Diogo é primo de Roberto Pinto.

Aos 73 anos, Jorge Ribeiro Marques terá prioridade de tutela urgente por ser idoso. O processo é semelhante ao que ocorre na 10ª Vara Cível e está próximo de uma decisão do juiz Ricardo Cyfer. Tentamos contato com todos os envolvidos, mas não conseguimos respostas.

01/02/2021

BANDEIRA BRANCA? SITUAÇÃO TENTA DIÁLOGO COM A OPOSIÇÃO EM MEIO A PRESSÃO NOS BASTIDORES


"Bandeira branca, amor. Não posso mais. Pela saudade que me invade eu peço paz". O refrão de Dalva de Oliveira se encaixa perfeitamente ao atual momento do Bonsucesso.  Pelo menos é o que pede uma parte. Apesar de ter ganho sob desconfiança a eleição em dezembro, a chapa 'Bonsucesso Raiz', que reabriu o parque aquático e o bar na sede social em janeiro, tenta uma reaproximação com a oposição, que foi impossibilitada de concorrer ao pleito 10 dias antes das eleições devido às certidões expiradas.

O Fanáticos pelo Cesso apurou que o vice-presidente Roberto Pinto, o Betinho, procurou o candidato à presidência, Jorge Ribeiro Marques, no último final de semana, para tentar aparar as arestas e acabar com o barril de pólvora que se tornou o Rubro-Anil com Registro de Ocorrência na Delegacia de Defraudações e ação na 10ª Vara Cível, apontando irregularidades no mandato com indícios de gestão temerária e improbidade administrativa. O encontro, porém, acabou não acontecendo em busca de aliança.

No último sábado, o dirigente se reuniu informalmente com Ronaldo Nascimento, um dos beneméritos que entrou com a ação na justiça. Roberto Pinto garantiu que o Bonsucesso precisa de união, está aberto a receber sugestões que possam ajudar o clube a voltar a crescer e que há gestores capacitados para comandar o Rubro-Anil. Betinho prometeu uma gestão transparente com todo o balanço disponível na secretaria. Em outra linha, Nilton Bittar tem procurado terceiros que ajudem a mitigar a pressão externa. Até os comentários no Fanáticos pelo Cesso e as matérias têm sido criticadas pela atual gestão. 

Internamente, os sócios afirmam que Nilton Bittar tem sido figura difícil de ser vista na sede e que outros funcionários estão à frente do processo de reestruturação, enquanto aguardam a decisão do juiz Ricardo Cyfer.

Apesar da tentativa de reaproximação, a oposição 'Por um Novo Bonsucesso' não promete baixar a guarda. Além do processo encabeçado pelos beneméritos George Joaquim Machado e Cláudio Menezes e do sócio contribuinte, Ronaldo Nascimento, o grupo deve intensificar as ações para comprovar a fraude nas eleições. Um dossiê já foi apresentado à Polícia Civil, que investiga o caso e outras denúncias.

"Eles estão sentindo a pressão e essa semana vai aumentar. Eles não merecem credibilidade. Agora é guerra", disse um representante da oposição.

No dia 12 de dezembro, a eleição não contou com a participação do presidente da Assembleia Geral, Brazelino Vieira, que alegou sintomas da COVID-19. Além disso, a lista de sócios aptos a voto também não foi disponibilizada. Há acusações de 'eleitores fantasmas', que sequer contribuíram no prazo mínimo estipulado no estatuto, mas participaram da escolha do novo presidente. A ata da eleição ainda não está disponível na secretaria, o que aumenta a especulação de fraude. A oposição alega que o pleito deveria ocorrer em setembro, de acordo com o processo eleitoral realizado após a inelegibilidade do ex-presidente Zeca Simões.

Na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a entidade não reconhece o atual mandato. Por isso, o Bonsucesso foi excluído da Assembleia Geral, que analisou o Regulamento Geral de Competições em 2021 e aprovou as contas da FERJ no último exercício.

O mês de fevereiro promete ser um ingrediente a mais nessa panela de pressão que está em ebulição.