26/01/2021

'PENTE FINO' PARA APURAR FRAUDE EM EXAMES DE COVID-19 LIGA SINAL DE ALERTA EM CLUBES DO RIO


A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro ligou o alerta ao receber na última semana uma denúncia de que o Mesquita teria fraudado exames de COVID-19 para disputar a Série B2 do Campeonato Carioca. A acusação é muito grave já que houve o risco de transmissão do novo coronavírus em meio ao momento delicado que atravessa o Estado com o número de casos e óbitos em estágio elevado. A FERJ colheu documentos e apresentou nos últimos dias ao Ministério Público, TJD-RJ e a Delegacia de Defraudações, que investigarão o caso. 

Segundo a FERJ, os clubes são obrigados a enviar todos os exames de COVID-19 antes da realização das partidas e o que está sendo investigado pontualmente é a veracidade das informações nos laudos do Mesquita. Cabe ressaltar que, 
o atestado comprobatório do clube não consta na súmula/borderô do último jogo da Taça Waldir Amaral, contra o Campo Grande, no dia 16 de janeiro.

A presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio, Renata Mansur, confirmou que foi aberto um inquérito para apurar a denúncia e o tribunal tomará as medidas cabíveis. Em contato com a Polícia Civil, foi informado que a Delegacia de Defraudações está com diligências em andamento para esclarecer os fatos. O atual presidente do Mesquita, Angelo Benachio confirmou a informação. 

A notícia que já circula nos bastidores das divisões de acesso do Campeonato Carioca caiu como uma bomba em determinados filiados. O 'Fanáticos pelo Cesso' apurou que o Bonsucesso também está na mira da investigação criminal já que diante do Angra dos Reis, na última rodada da Taça Santos Dumont, o atestado médico foi assinado a mão pelo supervisor Raphael Silva e não por um médico responsável, comprovando que o elenco e integrantes do departamento de futebol estavam aptos para participar da partida. 




Segundo consta no documento, 16 atletas do Rubro-Anil tiveram testes negativos para o novo coronavírus assim como sete profissionais da comissão técnica. Cabe ressaltar que, esse foi o primeiro jogo depois do W.O para o Artsul, quando parte do elenco foi dispensado ao se recusar a entrar em campo por atrasos salariais e a troca de gestão do futebol.

A partir da Taça Corcovado, o ortopedista Antonio Carlos Naine de Souza, voltou a assinar todos os atestados dos integrantes do Bonsucesso até o fim do Estadual. O profissional já tinha sido responsável por confirmar o quadro clínico dos jogadores na Taça Santos Dumont. Na estreia da Série B1, porém, a diretoria recorreu ao ortopedista Yuri Tirelli Vieira. O Rubro-Anil corre o risco de ser também denunciado na esfera criminal e desportiva, caso os órgãos competentes encontrem irregularidades.


Pelo Regulamento Geral de Competições, o artigo 47 diz que: 'É de inteira responsabilidade do clube a veracidade das informações constantes nos documentos dos atletas profissionais e não profissionais encaminhados à Federação'. Além desse, o artigo 115 consta: 'A súmula e seus relatórios anexos, bem como o relatório do Delegado, são considerados documentos oficiais da partida e serão encaminhados ao TJD para verificação da ocorrência de infração disciplinar, infringência ao REC e/ou ao RGC, e adoção dos procedimentos pertinentes, independentemente das medidas administrativas previstas neste regulamento.'  A FERJ não fiscaliza a procedência dos exames apresentados pelos clubes.

O clube pode ser penalizado também no STJD através do artigo  234: "Falsificar,  no  todo  ou  em  parte,  documento  público  ou  particular,  omitir declaração  que  nele  deveria  constar,  inserir  ou  fazer  inserir  declaração  falsa  ou  diversa  da  que deveria  ser  escrita,  para  o  fim  de  usá-lo  perante  a  Justiça  Desportiva  ou  entidade  desportiva. PENA:  suspensão  de  cento  e  oitenta  a  setecentos  e  vinte  dias,  multa  de  R$  100,00  (cem  reais)  a  R$ 100.000,00  (cem  mil  reais)  e  eliminação  na  reincidência;  se  a  infração  for  cometida  por  qualquer das  pessoas  naturais  elencadas  no  art.  1º,  §  1º,  VI,  a  suspensão  mínima  será  de  trezentos  e sessenta  dias.  (NR).

§  1º  Nas  mesmas  penas  incorrerá  quem  fizer  uso  do  documento  falsificado  na  forma  deste artigo,  conhecendo-lhe  a  falsidade.

§  2º  No  caso  de  falsidade  de  documento  público,  após  o  trânsito  em  julgado  da  decisão que  a  reconhecer,  o  Presidente  do  órgão  judicante  encaminhará  ao  Ministério  Público  os  elementos necessários  à  apuração  da  responsabilidade  criminal.

§  3º  Equipara-se  a  documento,  para  os  efeitos  deste  artigo,  as  provas  fotográficas, fonográficas,  cinematográficas,  de  vídeo  tape  e  as  imagens  fixadas  por  qualquer  meio  eletrônico".

Segundo o Consórcio de veículos de imprensa, até o início da tarde desta terça-feira (26), o Brasil tem mais de 8,8 milhões de casos de Covid-19 e atingiu 631 mortes registradas nas últimas 24 horas. O país registrou 8.881.853 casos e 217.806 óbitos provocados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

6 comentários:

  1. Boa, Renan... vamos ver se os responsáveis saem do esgoto...

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  2. O médico, responsável por fazer esse tipo de trabalho não é um infectologista, no caso da Covid 19, Ortopedista, pode assinar esses exames, outra o supervisor de futebol, tem poderes para fazer essa coisa de dar o aval e assinar, dizendo que os jogadores podem jogar e estão aptos !

    Pode isso acontecer!

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  3. Conseguiram jogar no lixo mais de 100 anos de história .Quero ver quem vai se responsabilizar por mais essa denuncia .

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  4. Chegou o momento de arrumar as gavetas.

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  5. Leopoldino Rubro Anil1/26/2021

    Falei aqui uma vez que esse bittar não ia sair pela porta da frente e nem da dos fundos do BFC,ele vai sair pelo esgoto, respondendo processos e com seu patrimônio comprometido,lei Pelé taí para punir esses péssimos dirigentes,pai desse sujeito que sempre ficou em cima do muro e do lado do poder deve estar se remoendo no túmulo,sai daí bittar, está vindo mas trolhas que vão enfernizar mas sua vida por causa da tua incompetência e arrogância e cuidado vem mas denúncias, sai daí e deixe o BFC viver.

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  6. Pobre Bonsucesso ,clube que eu joguei nos infantis em 1972. O problema, não é tão simples. Investigação de Covid é café pequeno e o médico dr Antonio Carlos, tem um grande problema agora. Mas o clube está Acefalo de diretoria desde o dia 03 de setembro de 2020. A mais de 140 dias. Já é passível de uma Intervenção. Sócios devem se reunir e convocar uma Assembleia para eleger uma Junta Governativa , para assumir e deliberar. Um clube Centenário não pode virar um clube de pelada.Há muitas outras irregularidades e a principal é a Fraude no Sistema Gestão Web da CBF, que alimenta o BID. O clube provavelmente deve sofrer sucessivas acusações por descumprir o artigo 234 do CBJD. E ao Codigo de Etica da CBF que foi criado em 2019. O motivo é que como o mandato do sr Ary Amâncio terminou em 03 de setembro de 2020, quem assinou o contratos dos jogadores do clube após essa data ??? A punição é pesada mas deve toda ser colocada na conta dos Dirigentes que "prorrogaram" o mandato,de forma bizarra, criaram um Edital fajuto, achando que o Bonsucesso era um brinquedo. Um video game ou um joguinho de celular do tipo Brasfoot ou Elifoot.. O Artigo 27 da Lei Pelé espera por todos eles de braços abertos.

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