12/12/2025

GE DETALHA VÍCIOS E FIM DA VIDA DE VALDIRAM, EX-VASCO E BONSUCESSO


Valdiram foi do protagonismo ao ostracismo no futebol e na vida
Foto: Carlos Júnior/FutRio

Fonte: GE.globo

O confronto entre Vasco e Fluminense que começa a ser disputado nesta quinta-feira, valendo uma vaga na final da Copa do Brasil, é uma reedição da semifinal de 2006. Naquele ano, um atacante analfabeto do interior de Pernambuco, bom jogador e problemático na mesma medida, decidiu a classificação para o clube de São Januário. Valdiram vivia o auge de uma carreira que seria devastada não muito mais tarde por causa das drogas.

Ele foi o artilheiro da Copa do Brasil, com sete gols — com direito a hat-trick na goleada por 5 a 1 sobre o Iraty, na segunda fase. Renato Gaúcho o escalou como titular na primeira partida da final contra o Flamengo, mas Valdiram não foi sequer relacionado para o jogo da volta porque apareceu embriagado no treino da véspera. O atacante confessou para a família no dia seguinte à decisão vencida pelo Fla que chegou para treinar ainda com um copo de cerveja na mão.

— Nossa, o que eu fiz para aquele rapaz, o que eu ajudei ele... — Renato Gaúcho contou em entrevista ao "Abre Aspas" do ge no ano passado.

— O que ele aprontava... Coisa pesada, então a gente segurava. O Eurico Miranda também foi um pai para ele. A gente segurava, segurava, escondia, segurava, escondia. Cara, para, para, para. Estava dentro dele que ele tinha que aprontar uma todo dia. Não foi fácil segurar o rapaz — completou.

Valdiram teve o contrato com o Vasco rescindido em 2007 e, depois disso, não conseguiu mais parar em um clube. Foram tentativas atrás de tentativas frustradas de se reerguer. O atacante desaparecia e voltava dias depois. Faltava aos treinos ao mesmo tempo em que era frequentador assíduo de bordéis e prostíbulos. Ele perdeu tudo o que tinha dessa forma, foi morar na rua, recebeu ajuda, mas nunca se livrou por completo do vício em cocaína e crack.

A dependência química, primeiro, abreviou a carreira como jogador de futebol. Em seguida, colocou um ponto final trágico na vida de Valdiram. No dia 20 de abril de 2019, ele foi encontrado morto numa calçada da rua Santa Eulália, em Santana, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Ele estava nu, com exceção de uma camiseta preta em volta da cintura, e seu corpo tinha sinais de espancamento.

Nove meses antes, Letícia Morais recebeu um vídeo no seu celular. O pai havia acabado de ter alta da clínica de reabilitação Jorge Jaber, no Rio de Janeiro, e gravou um recado a pedido de Jaider Moreira, seu empresário e amigo. Eles estavam no campo do Olaria, o último clube a abrir as portas para que o atacante ex-Vasco tentasse se recuperar.

— Valdiram?

— Oi?

— Um abraço para a Letícia aqui.

— Tu quer que eu mande uma mensagem ou não?

— Só fala "minha filha, está tudo bem". Fala aí para ela. Como é que você está se sentindo aqui no Olaria?

— Bem, graças a Deus. Um abraço, filha Letícia. Ao meu filho Valdiram Junior. Que Deus abençoe, que Deus continue guardando vocês, em nome de Jesus. Eu estou bem, saí de alta da clínica no sábado e estou aqui na equipe do Olaria. O Jaider, minha filha, que me trouxe para cá. Estou morando aqui na concentração, estou bem, fica tranquila. Quando eu estiver bem vou trazer vocês para morar comigo e nós vamos viver juntos novamente, tá bom? É só ter paciência, aguarde um pouco e deixa Deus trabalhar, tá bom, minha filha? Fica com Deus, um abraço.

O ge encontrou Letícia, que hoje tem 22 anos e vive em Petrolândia, município no sertão pernambucano que fica a 410 quilômetros de distância da capital Recife e a 292 quilômetros de Canhotinho, cidade-natal dos seus pais. A filha mais velha de Valdiram, a quem se refere como "melhor pai do mundo", permitiu a publicação do vídeo e também cedeu diversas imagens que foram usadas ao longo da reportagem.

— Hoje em dia eu sinto muita falta dele. Jamais imaginaria que isso iria acontecer tão cedo, sabe? Se eu pudesse voltar no tempo e impedir esse acontecimento, eu faria o possível para mudar isso. Eu amo muito ele, e isso nunca, jamais, vai mudar — garantiu em conversa com o ge.

"Ele vai ser sempre o melhor pai do mundo para mim", concluiu.

A polícia de São Paulo, por meio de um inquérito conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em junho 2019, indiciou quatro pessoas por envolvimento no assassinato de Valdiram, todas em situação de rua. O ex-jogador do Vasco tinha escoriações por todo corpo, com lesões concentradas na cabeça e na região dorsal. A causa da morte foi traumatismo crâniencefálico.

Os exames toxicológicos acusaram positivo para álcool etílico e para as substâncias benzoilecgonina, ecgonina e éster metil ecgonina, produtos da biotransformação da cocaína.

À polícia, dois dos quatro acusados contaram que presenciaram Valdiram abusando sexualmente de uma criança de três anos, num conjunto de barracas onde ele e outros moradores de rua viviam, sob o viaduto da Avenida Cruzeiro do Sul. Eles confirmaram que houve espancamento, mas disseram que tiraram o ex-jogador de perto para evitar um linchamento e o deixaram, consciente e com vida, na calçada da Santa Eulália.

Em seguida, se dirigiram de volta para as barracas e viram os outros dois acusados caminhando na direção de Valdiram com pedaços de pau nas mãos.

Presos preventivamente desde o indiciamento, os acusados foram levados a júri popular em fevereiro de 2022. O júri decidiu, por maioria de votos, pela absolvição de três deles. O quarto, que confessou ter sido o autor dos golpes fatais, foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Andrei Heberton da Costa Oliveira, de 49 anos, encontra-se na Penitenciária de Andradina — em maio deste ano, ele teve concedido o direito à progressão de pena e passou para o regime semiaberto.

Familiares e pessoas que foram próximas de Valdiram ouvidas pelo ge contestam a hipótese de que o ex-jogador teria abusado de uma criança. Eles disseram que Valdiram tinha dificuldade de se controlar perto de mulheres, em especial sob efeito de entorpecentes; que ele apresentava traços de sociopatia e não demonstrava sentimento de culpa; mas que nunca, em hipótese alguma, enxergaram indícios de pedofilia.

Por e-mail, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou apenas que os acusados "alegaram ter cometido o crime em razão de uma suposta violência sexual praticada pela vítima contra a filha de três anos de um deles". O ge questionou se foram realizados exames na criança e se as investigações confirmaram a prática do abuso sexual, mas não houve resposta.

"Pai, quero jogar bola"

Valdiram Caetano de Morais é filho de um dos pedreiros mais conhecidos de Canhotinho, no interior de Pernambuco. Mas se deu conta cedo de que não levava jeito para obras. Quando o filho completou 12 anos, Seu Valte começou a tentar levá-lo para o serviço, mas o pequeno Valdiram só queria saber de jogar futebol.

— Ele já nasceu com dom de futebol de Deus. Eu botava ele para trabalhar, mas eu via que o dom dele não era para trabalhar. Quando dava 14h, 15h da tarde, ele dizia "pai, vou embora para o treino, quero jogar bola". O negócio dele era só bola — contou Valte, com a ajuda de um dos filhos, o Wagner, para atender o ge por telefone.

A mãe de Valdiram e de suas três irmãs morreu vítima de um tumor cerebral quando ele era novo. O pai assumiu outro relacionamento e teve mais duas filhas e um filho, o que dá um total de seis irmãos. Família grande e humilde. Mas a comida nunca faltou, com exceção de um período em que Valte teve dificuldades para encontrar serviço em Canhotinho.

Wagner se lembra de sair com Valdiram pelas ruas atrás de pés de manga e de jaca para poderem se alimentar: "Nós passamos por tudo isso juntos, mas depois as portas voltaram a se abrir".

Valdiram passou numa peneira do CRB quando tinha 14 anos e foi viver sozinho em Maceió. Na época, o pai fazia o possível para dar o suporte nos primeiros passos da carreira do filho enquanto lutava para sustentar o restante da família. Menos de dois anos depois, ele assinou seu primeiro contrato profissional e passou a receber um salário.

"Ele ajudou a família todinha. Mesmo com o pouco que estava ganhando naquele tempo, ele conseguiu ajudar a família. Ele sempre teve o coração bom, por mais que surgiram reportagens...", contou Wagner, incomodado com a imagem que ficou do irmão após as polêmicas na carreira.

Quando terminou a temporada de 2002, depois de atuar emprestado pelo Anápolis, de Goiás, Valdiram foi passar as férias em Canhotinho e conheceu a mulher que seria a mãe dos seus filhos na quadra do colégio — local frequentado por ele só para jogar bola. Ela tinha 17 anos na ocasião.

"Bicho do mato", como se autodefine, Fernanda fugia dos holofotes quando o atacante estava em alta, se lembra de uma única vez em que aceitou conceder entrevista e só abriu a exceção para o ge sob a condição de conversar por telefone, sem vídeo.

"Eu era mais casa, ele era mais agitado, gostava de uma farra. Eu vivi oito anos com ele e só me separei por conta das drogas mesmo", contou.

Eles tiveram a primeira filha em Portugal, quando Valdiram foi jogar no Belenenses. Fernanda fala com encanto sobre a primeira vez que saiu do país: "Foi uma experiência assustadora, mas ao mesmo tempo mágica". Sozinha, ela contou com a ajuda essencial de uma funcionária do clube português que acabou virando madrinha da Letícia. Elas mantêm contato mesmo duas décadas depois.

Gols e polêmicas no Vasco

Analfabeto, Valdiram precisava de auxílio para assinar seus contratos, mas os empresários que intermediaram o negócio com o Vasco a princípio omitiram essa informação do clube com receio de se tornar um impeditivo. Um deles acompanhou o atacante até São Januário e, no momento de preencher o local da assinatura do contrato, o orientou disfarçadamente a copiar o "Rio de Janeiro" que estava escrito em "Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro".

Valdiram não entendeu e escreveu "federação de futebol...", arrancando gargalhadas da secretária do clube. "Acho que você está nervoso", brincou ela antes de rasgar o contrato, imprimir um novo e preencher todas as informações para o atacante de 23 anos.

— A gente olhou, gostou e contratou. Não procurei saber o histórico dele — explicou ao ge José Luís Moreira, que era o vice-presidente de futebol de Eurico Miranda na ocasião. — Só depois que as coisas vieram à tona.

Zé Luís se refere ao fato de que Valdiram teve seu passado vasculhado assim que chegou ao Vasco. A imprensa descobriu que ele havia sido acusado de estupro quando defendeu o Mirassol, de importunação sexual quando jogou pelo CRB e que teve que sair às pressas do Belenenses depois de esfaquear um homem num posto de gasolina.

Eurico não ficou contente quando tomou ciência dos relatos, mas fez o que estava ao alcance do clube para colocar o atacante nos trilhos: encarregou uma professora particular de tirá-lo da condição de analfabeto e posicionou um segurança em sua cola.

"A gente tentou de tudo que é maneira endireitar ele, entendeu?", resumiu José Luís Moreira.

O rendimento de Valdiram em campo ajudou a abafar as polêmicas fora dele, e a torcida logo tomou como xodó o atacante que marcou seis gols nos primeiros seis jogos com a camisa do clube. Na segunda fase da Copa do Brasil, ele foi o protagonista da classificação sobre o Iraty, com um gol no empate em 2 a 2 no Paraná e outros três na goleada em São Januário.

Certo dia, Renato Gaúcho reuniu os jogadores no campo antes de começar o treino e explicou os planos de poupar alguns titulares no Carioca de olho no compromisso da Copa do Brasil. Por fim, perguntou se alguém tinha algo a dizer. No que Valdiram levantou a mão:

"Como faz com essa torcida que quer ver eu mais Edílson jogar?", indagou de maneira inocente, provocando risos.

Renato Gaúcho revelou em entrevistas que Valdiram chegava atrasado com frequência aos treinos, não raramente embriagado. O clube aplicava multa, mas o ato se repetia poucas semanas depois. Wagner, o irmão do atacante, contou ao ge que Eurico Miranda ligou pessoalmente para o pai sugerindo que ele se mudasse para o Rio de Janeiro. "Nem eu consegui tirar ele da noite", lamenta com dor na voz Seu Valte, que viveu com Valdiram por cerca de sete meses no Rio.

A paciência de Renato Gaúcho e do clube foi minguando à medida que a indisciplina tornava-se mais recorrente e a quantidade de gols diminuía. A gota d'água foi o episódio na véspera do segundo jogo da final da Copa do Brasil. O Vasco foi o clube em que o atacante mais atuou na carreira: 29 partidas e 13 gols.

"Sabe onde está o Valdiram?"

O gaúcho Rogério Braun era um dos empresários que gerenciavam a carreira de Valdiram na época. Depois da rescisão com o Vasco, eles engatilharam acordo com um clube de Israel, mas descobriram que o atacante de alguma forma havia se vinculado ao Bonsucesso, do Rio. Rogério considerou o ato uma traição e largou a mão do jogador.

— Ele no início não tinha nada, eu que fui comprar chuteira, aluguei apartamento pra ele no meu nome, criamos toda estrutura. A gente fez tudo que podia. Foi um período muito curto e intenso. Depois eu entendi que nunca ia conseguir controlá-lo. Ao mesmo tempo em que, na convivência, ele era divertido, era impossível cuidar. Ele era um ser humano deteriorado — lamentou em conversa com o ge.

Eis o que ocorreu na ocasião: quando leu no jornal que Valdiram havia rescindido com o Vasco, um empresário do Rio correu para conseguir o contato do atacante e marcou uma reunião no mesmo dia. Disse que tinha o interesse em comprar o seu passe e ofereceu R$ 30 mil em luvas, com pagamento em dinheiro, ali no ato, para que ele aceitasse firmar um contrato longo com o Bonsucesso. Jaider Moreira entra na história a partir desse momento.

O plano de Jaider, então dono do Bonsucesso, era trabalhar a imagem de Valdiram e emprestá-lo para outros clubes até conseguir vendê-lo. O empresário se apegava à notícia de que, no ano anterior, o Bourdeaux de Ricardo Gomes quase havia desembolsado uma fortuna para tirá-lo do Vasco.

"Eu pensei 'cara, um jogador desse nível, que um ano atrás quase foi para a Europa, vai embora a qualquer momento'. Pensei que ia ser o meu maior negócio".

Valdiram aceitou o contrato com o Bonsucesso e foi com Jaider até o banco para retirar as luvas. Em seguida, o empresário deixou o jogador e sua mala de dinheiro na porta de casa. Era uma terça-feira. Eles combinaram de se encontrar novamente na sexta para viajar para São Paulo e assinar por empréstimo com o Ituano. No dia seguinte, quarta-feira, Jaider recebeu uma ligação de Fernanda, esposa do atacante.

— Seu Jaider, sabe onde está o Valdiram?

Ele havia desaparecido com os R$ 30 mil ainda na terça e só voltou a dar as caras na quinta, de ressaca e sem um centavo sequer. A pergunta de Fernanda seria feita a Jaider outras inúmeras vezes nos anos seguintes. No Ituano, por exemplo, Valdiram não durou uma semana: foi devolvido depois de faltar aos treinos e ser encontrado em um bordel.

Quando o Paysandu pagou adiantado R$ 15 mil em luvas para contratá-lo em 2008, a história foi a mesma: ele torrou o dinheiro numa boate conhecida de Copacabana e quase perdeu o voo para Belém. Em 2011, jogou pouco no Central, de Pernambuco, porque levou mulheres para a concentração e caminhou pelado pelas dependências do clube. Em 2014, foi encontrado "em condições deploráveis" numa boca de fumo de Viçosa, em Alagoas, quando defendia o Comercial.

Fernanda contou ao ge de que maneira conseguiu suportar aquilo tudo. Para ela, as farras e o vício em mulheres era tolerável, mas as consequências do uso de drogas e a proximidade desse universo dos seus filhos (Valdiram Junior, o segundo filho do casal, nasceu em 2007) fez com que a relação chegasse ao seu limite.

— Às vezes tinha (discussões), porque a gente sente ciúme, na pele. Queira ou não, a gente estava junto. Para ele, a gente era casado, eu era a esposa dele. Ele podia sair para a farra que fosse, ele voltava para casa. No outro dia, que estava em si, me pedia desculpa, dizia que ia mudar, tentava, mas depois caía de novo em tentação. Ele não conseguia se controlar — explicou Fernanda, que hoje é garçonete em um restaurante de Petrolândia.

— Eu vinha de uma criação muito rígida, meu pai sempre me cuidou como uma bonequinha de cristal. Mas quando a gente quer não tem quem impeça, parecia ser uma coisa que eu tinha que ajudar da maneira que eu podia, mas não adianta ajudar uma pessoa que não quer a sua ajuda. Mesmo assim eu insisti — acrescentou.

"Por que não deixei ele antes? Porque a gente não pode abandonar uma pessoa assim sem saber se a pessoa tem capacidade de mudança. Comigo eu vou até o limite", concluiu Fernanda.

Fernanda saiu de casa com os dois filhos em 2009, quando Valdiram tentava se reerguer no CSA, e não voltou mais. A gota d'água foi a vez que ele chegou em casa de manhã, molhado de água salgada, descalço e vestindo apenas uma bermuda. Visivelmente havia virado a noite bebendo e se drogando. Ele pediu dinheiro emprestado para pagar a dívida com um rapaz que aguardava na recepção do prédio, e ela pagou.

Depois disso, Fernanda criou sozinha as crianças, sem pensão ou qualquer tipo de auxílio. Quando Valdiram morreu, ela conseguiu (depois de muita luta, pois nunca foram oficialmente casados) sacar R$ 10 mil do FGTS do ex-marido e dividiu o dinheiro entre os dois filhos.

O pai chora até hoje

A relação entre Jaider Moreira e Valdiram durou muito mais que os três anos de contrato firmados com o Bonsucesso lá em 2007. O empresário virou uma espécie de pai. Quando o atacante aprontava, é para ele que ligavam. "Oh, acabei de ver o Valdiram lá na Avenida Brasil, hein". E Jaider ia pela milésima vez buscá-lo.

— Uma vez eu tive uma conversa com ele e falei 'Valdiram, eu já desisti, eu não quero mais ganhar dinheiro com você, eu só quero te ajudar'. Aquele dia me bateu esse sentimento, eu tinha tido um sonho — disse o empresário, que largou o futebol depois de um tempo para investir no ramo imobiliário e de confecção de roupas. Ele estima ter gastado cerca de R$ 500 mil nos anos em que tentou ajudar Valdiram.

Em fevereiro de 2018, o jornal "Extra" publicou matéria dizendo que Valdiram estava vivendo nas ruas do bairro de Bonsucesso. O caso causou tanta comoção que o Vasco acionou seu departamento de assistência social para encontrá-lo e colocá-lo numa clínica de reabilitação no bairro de Vargem Grande. Fernanda recebeu uma ligação dos médicos e permitiu que os filhos viajassem ao Rio de Janeiro para vê-lo.

Essa foi a última vez que Letícia e Valdiram Junior estiveram com o pai.

O atacante recebeu alta da em junho de 2018 "totalmente desintoxicado, bem nutrido, em boa forma e pronto para trabalhar e jogar futebol", de acordo com um comunicado da clínica. Jaider o colocou para treinar e morar no CT do Olaria, mas menos de um mês depois ele pediu dinheiro para comprar uma passagem para São Paulo sob a justificativa de visitar Rafaela, sua irmã caçula.

Rafaela contou ao ge que não pôde abrigar o irmão porque morava em uma casa que não era sua, mas que fez de tudo para ajudá-lo: deu comida, banho, roupas... E foi buscá-lo na Cracolândia em mais de uma ocasião. Um pouco antes do seu assassinato, ela aproveitou uma visita do irmão para ligar para o pai, que se recuperava de um acidente vascular cerebral. Seu Valte pediu para que Valdiram voltasse para Canhotinho e disse que pagaria a passagem. O filho prometeu que em breve retornaria.

"Eu tive dois AVC's. Se não tivesse, eu teria ido buscar o meu filho, ele não teria morrido lá, não. Ninguém tinha matado ele", disse, emocionado.

— Ainda hoje eu choro muito. Ele me deu casa, tem uma igreja aqui que foi feita com o dinheiro dele. Me deu carro, deu uma moto para o cunhado, ajudava a família todinha. Foi um bom filho pra mim. Eu tenho orgulho dele — concluiu.

10/12/2025

DUPLA DE ZAGA TITULAR DO BONSUÇA ACERTA TRANSFERÊNCIA PARA 2026


Bonsucesso perde dupla de zaga titular para 2026
Foto: Divulgação

A dupla de zaga titular do Bonsucesso está de saída. Daniel Felipe e Erick Landini vão reforçar em 2026 o Madureira e o Potiguar, respectivamente. Os dois foram importantíssimos na campanha do Leão da Leopoldina para voltar à Série A2. 

Daniel Felipe, aos 33 anos, está de volta pra casa. Ele vai disputar a 1ª Divisão pelo Tricolor Suburbano. Formado no clube, jogou pelo Madura até 2016. Depois, passou por inúmeros times como Volta Redonda, America-RN, Sampaio Correa, Portuguesa, Botafogo-PB, Remo, Mixto e Al-Quwa Al-Jawiya, do Iraque. 

Daniel conquistou a Série D em 2016 e a Série C em 2024 pelo Volta Redonda e, no Tricolor Suburbano, foi campeão da Copa Rio em 2011 e Taça Rio 2015. Também levantou títulos estaduais por Sampaio Corrêa-MA e Remo.

Esse ano, o zagueiro disputou 11 jogos pelo Bonsuça, conquistando o troféu do turno único da Taça Corcovado e o vice-campeonato da Série B2.

Já Landini, de 29 anos, terá sua primeira chance no futebol do Rio Grande do Norte. Formado no Tigres do Brasil, o jogador teve uma rápida passagem pelas divisões de acesso do futebol português, e chegou a defender o Timon-PI e Poconé até desembarcar na Teixeira de Castro em 2024. Nas duas temporadas, somou 25 partidas com uma assistência.

Nas redes sociais, Landini comentou a chegada ao novo clube e agradeceu a chance à frente da zaga rubro-anil:

"Final de mais uma temporada, e o sentimento é de gratidão a esse grupo e a esse clube por tudo que conquistamos nesse ano, objetivo principal foi alcançado, obrigado Bonsucesso. Muito feliz e motivado de fazer parte do maior do interior, que Deus nos abençoe e nos proteja nessa temporada!! Avante time macho", disse.

Além deles, outro que já tem destino conhecido é o atacante Cipriano. Ele vai defender a Tuna Luso-PA. No Carioca, terminou na ponta da artilharia com sete gols. 

O vice de futebol Léo Flores tinha dito que tentaria manter a base do time que garantiu o acesso para 2026, mas reconheceu ser difícil já que muitos tem potencial de jogar em divisões superiores. O Campeonato Carioca da Série A2 tem previsão de início a partir de abril. Apenas o campeão garante vaga para a elite no ano seguinte.

07/12/2025

BONSUCESSO EMPATA EM CASA E PERDE O TÍTULO DA SÉRIE B1 DO CARIOCA


Bonsucesso fica com o vice-campeonato da Série B1
Foto: Roeland Hellmann

O Bonsucesso encerrou sua temporada 2025 com o vice-campeonato da Série B1 do Carioca, mas com o objetivo alcançado de acesso à Segundona do Rio. Neste sábado, o time não conseguiu vencer o Serrano no jogo da volta da decisão e apenas empatou em 0 a 0, na lotada Teixeira de Castro.

Como foi superado na ida por 2 a 1, no Atilio Marotti, e precisava vencer por, pelo menos, um gol de diferença para levar a disputa do troféu para os pênaltis, o título ficou com a equipe petropolitana. 

O Rubro-Anil encerrou o Estadual com o título da Taça Corcovado, turno único de classificação, e invicto em casa com quatro vitórias e três empates em sete jogos, incluindo os jogos o mata-mata.

Com um gramado deplorável e muito desgastado pelo sucessivos jogos, o Bonsuça apelou insistentemente para as jogadas aéreas e lançamentos em busca dos três atacantes: Marcudinho, Yago e Cipriano.

Em uma tarde pouco inspirada do Cesso e com dificuldades de trocar passes, o time do Serrano soube se proteger muito bem e com uma base muito experiente sob o comando de Silvestre dos Anjos, a equipe da Região Serrana trabalhou com o relógio para garantir o título.

Walney, que encerrou o jogo como capitão, avaliou a trajetória até a final e lamentou o vice-campeonato na Teixeira de Castro.

"Acho que pagamos pelo nosso primeiro jogo. Era uma partida cheia de detalhes lá. Abrimos o placar e tomamos a virada. Futebol não tem justiça. Se fosse justo, sairíamos com a vitória e o título. Estou feliz por conquistar o nosso maior objetivo que era o acesso, mas triste porque ninguém gosta de ser vice. Acho que trabalhmos bastante em buscar de ser campeão, mas ninguém pode tirar nosso mérito de conseguir a vaga para a Série A2. Quero parabenizar a todos e a torcida pela linda festa. É claro que eles mereciam esse troféu, msa não foi possível. É deixar esse legado e agradecer pela oportunidade. Fomos guerreiros e sujeito homem", disse.  

O Bonsuça agora iniciará o planejamento para 2026. Destaque, o atacante Cipriano não permanecerá e já tem acordo com a Tuna Luso para a disputa do Parazão. Outros jogadores também devem deixar o clube na virada de ano.

O Leão da Leopoldina ainda vive a expectativa de se transformar na nova SAF no Rio de Janeiro e aguardará propostas oficiais nas próximas semanas para convocar os conselheiros para votação. Isso pode afetar diretamente os investimentos para a próxima temporada.  A tendência é que o Estadual se inicie nos primeiros meses do ano.

05/12/2025

DESTAQUE DO CESSO, CIPRIANO DEFENDERÁ A TUNA LUSO EM 2026


Cipriano deixa o Bonsucesso ao fim da Série B1
Foto: Reprodução

O atacante Cipriano não ficará no Bonsucesso em 2026. O artilheiro da Série B1 foi negociado com a Tuna Luso essa semana para a disputa do Campeonato Paraense. O jogador já foi anunciado pelo clube do Norte do país sendo destacado a 'velocidade, força ofensiva e competitividade' do atleta.

Cipriano é a esperança de gols na decisão da Terceira Divisão neste sábado, às 15h, no Leônidas da Silva, contra o Serrano. O time precisa vencer por dois gols de diferença no tempo normal para ficar com a taça. Ele ficou fora do jogo de ida (2 a 1 Serrano), no último domingo, no Atilio Marotti, por conta de um quadro de gripe, segundo o Bonsucesso. 

Cipriano chegou ao clube esse ano para a disputa do Estadual após ser destaque no rival Olaria. Na Bariri, marcou sete gols em 16 jogos. Agora, são sete em 11 partidas na Teixeira de Castro. No geral, são 14 gols em 27 jogos na temporada.

Aos 25 anos, o atacante coleciona passagens por Império Serrano, Uni Souza, Barra Mansa, Paduano, America e Rio de Janeiro. Ou seja, será sua primeira experiência longe da Cidade Maravilhosa. Ele desembarcou no bairro após um pedido do diretor de futebol Léo Flores. A chegada a Tuna Luso foi negociada pelo executivo Vinicius Pacheco. 

Confira os gols de Cipriano pelo Bonsucesso em 2025:

Bonsucesso 2x0 Duque de Caxias - 1 gol
Bonsucesso 3x2 Niteroiense - 3 gols
Bonsucesso 1xo Nova Cidade - 1 gol
Bonsucesso 2x0 Duque de Caxias - 2 gols


04/12/2025

JOMAR FAZ GRAVE DENÚNCIA CONTRA O BONSUCESSO EM SAÍDA CONTURBADA


Antes de tudo, o Bonsucesso vive mais uma turbulência, agora envolvendo o zagueiro Jomar, mais conhecido como Jomito, ex-Vasco da Gama. Aos 33 anos, o defensor chegou ao clube da Zona Norte em 17 de junho, contratado para disputar a Série B1 do Cariocão. No entanto, não entrou em campo nenhuma vez e acabou afastado sem explicações claras. O caso evoluiu para uma disputa judicial.

Jomar relatou que foi levado ao clube por um amigo para retomar a sequência da carreira. Ele afirmou que vinha treinando normalmente quando, a três dias da estreia na competição, um investidor assumiu o departamento de futebol. “Entrou um investidor lá… e mandou mais de oito jogadores embora para poder colocar os jogadores dele”, contou o defensor, destacando que foi afastado sem sequer receber motivos diretos.
Mudança de gestão no Bonsucesso

A partir de então, o zagueiro passou a treinar sozinho, uma vez que perdeu acesso aos horários do clube. “O Bonsucesso em si não falava os horários de treinamento que a gente podia treinar… então eu treinava em casa mesmo”, explicou. Ele afirmou que não foi desligado oficialmente, mas também não pôde atuar por outra equipe, já que permanecia registrado no time carioca.

Sem solução, Jomar entrou na Justiça. “Não me desligaram do clube. Eu também não poderia jogar no outro clube carioca… e até hoje eu não consigo jogar”, afirmou. Segundo ele, o objetivo é conseguir a liberação para assinar com outro time e seguir em atividade. Mas a situação ficou mais grave quando ele viu documentos que, segundo diz, não reconhece.

O defensor relatou surpresa ao se deparar com um comprovante de pagamento que, segundo o Bonsucesso, teria entregue a ele pessoalmente. “O clube alegou que eu tinha recebido em mãos… e quando eu vi lá o contra-chefe assinado, eu fiquei um pouco chateado, porque eu não assinei nenhum contracheque”, declarou. Ele informou que a defesa pediu perícia grafotécnica para contestar a suposta assinatura.

Jomar também negou qualquer quitação trabalhista atribuída a ele. “Nenhuma pessoa recebeu isso em meu nome, nenhuma”, garantiu. Agora, o zagueiro aguarda o andamento do processo enquanto busca manter a forma. O contrato com o Bom Sucesso termina no dia 15, e seus advogados tentam acelerar a liberação para que ele retome a carreira.
Qual é o clube que Jomito Jomar acertou sua transferência?

O jogador revelou que já treina em outra equipe enquanto aguarda a regularização. “Cheguei hoje aqui no clube, aqui no Espírito Santo é o Vilavelhense”, disse. A expectativa é disputar o Campeonato Capixaba de 2026. Ele afirmou ter sido recebido com respeito e destacou que a passagem pelo Vasco ainda abre portas em outros estados.

Apesar de seguir em frente, Jomar demonstrou mágoa. “Fiquei bastante chateado com o Bonsucesso pelo total desrespeito ao atleta. Nenhum atleta merece passar por essa situação”, afirmou.

Por fim, Jomito Jomar encerrou dizendo que torce pelos colegas que ficaram no clube e que seguirá lutando para manter a carreira ativa. A Rádio Manchete procurou representantes do atleta, sem retorno até o fechamento, e mantém o espaço aberto para a diretoria do Bonsucesso se manifestar.

Fonte: André Luiz/RTI Esporte

03/12/2025

ASSEMBLEIA APROVA ATUALIZAÇÃO DO ESTATUTO DO BONSUCESSO PARA PERMITIR CRIAÇÃO DA SAF NO FUTEBOL


Bonsucesso pode ser a nova SAF do futebol Carioca
Foto: Divulgação

Horas antes da classificação à Série A2 do Carioca, o Bonsucesso reuniu sócios para uma importantíssima reunião no Salão Nobre. A Assembleia Geral aprovou por unanimidade a criação de uma cláusula no Estatuto do clube que permite a criação da SAF do futebol. 

Diversos conselheiros fizeram questionamentos sobre o que a mudança irá impactar no dia a dia da estrutura física da sede social e uma nova reunião deverá ser agendada para esse mês de dezembro, detalhando o projeto e possivelmente apresentar proposta de interessados. 

O Fanáticos pelo Cesso procurou o presidente George Joaquim que trouxe detalhes da possibilidade de vender o carro-chefe do clube após a instituição já vivenciar uma terceirização do futebol com investidores nos últimos anos.

"Foi explicado a necessidade da inclusão do item de criação da SAF no artigo 73 do Estatuto, que compete justamente a Assembleia Geral outros termos como as eleições, atualizações, destituição de diretoria e eliminação de associado. Nós pedimos ao jurídico que explicasse a importância da SAF dentro do contexto atual do futebol e diante do contexto atual do clube em relação a captação de recursos e dos próprios sócios para colocar um time competitivo em campo. A parte social do Bonsucesso vamos nos virando como pode, mas a questão principal é o alto investimento que se faz no futebol. Segundo o Thiago (Abrahão, advogado em Direito Esportivo e um dos gestores do futebol), foram gastos cerca de 600 mil reais já nessa Série B1. Foi em um curto espaço de tempo já que eles (investidores) chegaram em agosto deste ano, 20 dias antes do início do Carioca", afirmou.

O presidente avisou que é preciso profissionalizar o futebol do Bonsucesso e que já não há mais espaço para amadores ainda mais com um clube cheio de problemas financeiros. Ainda assim, disse que dúvidas serão sanadas posteriormente já que a instituição jamais poderá abandonar os torcedores e associados, que usufruem da sede na Teixeira de Castro:

"Tudo que envolve futebol exige planejamento e um investimento maior. O Bonsucesso já não tem tanto investimento mais através de associados para progredir. Tivemos alguns questionamentos na reunião dos sócios preocupados com a situação dos seus direitos. Há uma dúvida sobre o uso da piscina e o título dos sócios-proprietários que será mantido e valorizado no novo contexto da SAF. A Sociedade Anônima vai abraçar o clube de uma forma geral, com investimentos em todos os setores. Interessa a SAF um lado associativo forte", disse.

George Joaquim também relembrou que os associados fizeram questão de resgatar a história do Bonsucesso e que isso não será esquecido. O dirigente também confirmou que já há interessados em adquirir a SAF do Rubro-Anil.

"Fernando Meirelles citou tudo que o seu pai fez pelo clube. Tivemos interações e como uma conversa puxa a outra, todos estiveram à vontade para falar e perguntar. Apenas tivemos a inclusão no Estatuto. Agora vamos para mais um passo. Há investidores que já estão querendo conversar. Falei com o Cláudio (Menezes, presidente do Conselho Deliberativo) e o Álvaro (Menezes, presidente da Assembleia Geral), que tem vasta experiência no futebol, e talvez tenhamos mais propostas ao saberem que podemos ser uma SAF. O que deixamos claro é que a tradição do clube não será mudada. Vamos continuar com as mesmas cores, a mesma bandeira, tudo aquilo que já conquistamos. Será tudo da forma que conhecemos. Não terá nada de parafernálias de designer que possam mudar até nosso escudo", concluiu.

No Rio, há alguns clubes que já são SAF como Vasco, Botafogo, Nova Iguaçu, Zinzane, Olaria e Boavista.

O Bonsucesso conta com investidores desde o fim do mandato do presidente Zeca Simões. Todas as participações de terceiros no futebol foram rodeadas de problemas e polêmicas. A proximidade com a criação da SAF talvez seja a última tentativa de resgatar as tradições do clube e levá-lo de volta à elite a partir de 2026.

Antes, o clube tem sua última missão na temporada 2025: vencer o Serrano no próximo sábado e ser campeão da Série B1. O jogo acontece no Leônidas da Silva, às 15h. Como perdeu a primeira partida por 2 a 1, o Bonsuça precisa vencer por dois gols de diferença no tempo normal para ser campeão. Em caso de vitória por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis. Cipriano estará de volta. O artilheiro do Estadual foi vetado do primeiro confronto por conta de um quadro de gripe.

Os ingressos serão vendidos na bilheteria na Avenida Teixeira de Castro. O bilhete custa R$20 (inteira) e R$10 (meia). São aguardados 500 torcedores no estádio neste fim de semana.

01/12/2025

CESSO PERDE PARA SERRANO E CONTA COM FATOR CASA PRA SER CAMPEÃO CARIOCA NO JOGO DA VOLTA


Bonsucesso perde jogo da ida da decisão da Série B1
Foto: Divulgação/Bonsucesso

Agora é em casa. Neste domingo, o Bonsucesso perdeu de virada para o Serrano por 2 a 1, no Atilio Marotti, e saiu atrás na decisão da Série B1 do Campeonato Carioca. Natan abriu o placar para o rubro-anil, mas Grasiani e Cleyton deram a vantagem do empate no jogo da volta ao adversário. 

A próxima partida será no Leônidas da Silva, sábado que vem, às 15h. O Leão da Leopoldina terá que vencer por dois gols de diferença para se sagrar campeão. Em caso de vitória por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis. 

Todos os gols saíram ainda no primeiro tempo. Aos nove, o Bonsuça reclamou de um gol mal anulado pela arbitragem que assinalou impedimento de Yago.

Aos 11 minutos, Marcudinho fez jogada pela direita, Yago foi travado e a bola sobrou para o lateral-esquerdo colocar no canto direito. 1 a 0. 

O Serrano chegou ao empate aos 23 minutos. Em falta cobrada pelo lado direito, o capitão Grasiani subiu sozinho pra empatar. O papo na parada técnica não fez o Bonsuça despertar e aos 27, depois de uma falta cobrada rápida pelo zagueiro Thiago Salles, Dieyson fez cruzamento pra trás e o atacante Cleyton completou pro fundo da rede. 2 a 1.

Após a partida, o zagueiro Erick Landini afirmou que não tem nada perdido e aposta no fator casa para reverter o placar. 

"Foi um jogo pegado e disputado. A gente sabe que é final e sabe como é. Não tem jogo fácil para ninguém ainda mais diante do Serrano. Sofremos a derrota de hoje, mas terminou apenas a primeira parte dos 180 minutos. Vamos trabalhar forte essa semana para ganhar o jogo e sair com o título", analisou.

O Bonsucesso chega ao último jogo da edição 2025 do Estadual invicto na Teixeira de Castro. Durante a Taça Corcovado, somou 11 pontos na Leopoldina em cinco jogos (três vitórias e dois empates). Foram seis gols marcados e apenas dois sofridos, com um aproveitamento de 73,3%.

Até aqui, Bonsucesso e Serrano se enfrentaram duas vezes com duas vitórias para os rivais fora de casa (1 a 0 na última rodada da fase classificatória e 2 a 1 na primeira partida da final).

O técnico Marcus Alexandre contará com a volta do artilheiro Cipriano na partida do próximo fim de semana. O atacante foi ausência ontem por conta de uma forte gripe. O jogador é goleador da competição com sete gols. 

Os ingressos para a grande decisão serão vendidos no dia da partida na bilheteria na Avenida Teixeira de Castro, 54, sede do clube. Os bilhetes custam R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada).

28/11/2025

TITULAR DO ACESSO PELO BONSUÇA, EZEQUIEL IVO: 'FICARÁ PRA SEMPRE NA MINHA MEMÓRIA'


Ezequiel Ivo tem sido um dos pilares do Bonsucesso na Série B1
Fillipe Nunes/Bonsucesso

Aos 22 anos, o atacante Ezequiel viveu uma das grandes emoções da sua carreira ao festejar no último sábado a ascensão do Bonsucesso à segundona carioca. Isso foi possível após a vitória por 2×0 diante do Duque de Caxias no jogo de volta das semifinais. Na partida de ida, quando atuou como visitante, o Bonsucesso havia sido derrotado por 1×0.

Das 13 partidas do Bonsucesso na campanha do acesso, Ezequiel esteve presente em 12 jogos, com: sete vitórias, três empates e somente duas derrotas. Além disso, o atacante contribuiu com dois gols marcados. Ele enalteceu a campanha do Leão da Leopoldina.

“Essa conquista ficará marcada para sempre na minha memória. Foi o meu primeiro acesso da carreira e acabou sendo muito especial por eu ter uma grande sequência de jogos. O nosso grupo merecia essa conquista, pois existe uma união enorme. Sem dúvida, foi o nosso diferencial para subir de divisão”, opinou o camisa 9.

Com a vaga na Série A2 do Campeonato Carioca garantida, o Bonsucesso agora traça como meta o título da B-1. Nos dois próximos finais de semana o Leão medirá forças contra o Serrano. O primeiro compromisso será neste domingo, às 15h, fora de casa e a partida da volta acontece no próximo dia 06 de dezembro no estádio Leônidas da Silva.

“Festejamos muito o acesso, mas agora a festa acabou. Estamos muito focados, pois queremos fechar o ano com esse título. Estamos confiantes, principalmente porque decidiremos a competição em casa e ainda não fomos derrotados como mandantes”, explicou Ezequiel.

LÉO FLORES QUER MANTER BASE DO TIME DA B1 EM 2026 NO BONSUCESSO


Léo Flores já iniciou planejamento para 2026 e pretende manter a base do time da B1
Foto: Divulgação/Bonsucesso

O Bonsucesso está garantido na Série A2 do Carioca de 2026. A vaga ocorreu no último sábado com a vitória sobre o Duque de Caxias, por 2 a 0, no Leônidas da Silva. O time ainda vai disputar o título da Série B1 nos dois próximos finais de semana, mas a diretoria já está de olho na próxima temporada. Com a Copa do Mundo pela frente, a FERJ terá que antecipar parte do seu calendário e existe a expectativa da Segundona começar já em janeiro.

O vice de futebol do Bonsucesso, Léo Flores, afirmou que não vai tirar férias e tentará manter o máximo possível de jogadores do atual elenco, apesar do interesse de outros clubes que chegaram a enviar representantes à Teixeira de Castro no duelo com o Duque de Caxias no último sábado:

"Essa competição (A2) é uma B1 com camisa diferente. Muitos jogadores da A2 disputaram a B1. Há times fortes e difícil. É preciso aguardar o arbitral para fazermos a programação. É seguir com a maioria dos guerreiros porque alguns também estão emprestados, mas o pensamento é brigar pra subir e fazer o que for possível para buscar reforços. O segredo é o papo reto e olho no olho do jogador. Isso é gratificante porque o jogador sabe que você está dando o papo reto e não está de conversa fiada. O futebol está precisando disso". 

Léo Flores que está no seu primeiro ano como dirigente após pendurar as chuteiras no ano passado - com o acesso à Série B1 com o clube - analisou o trabalho na Leopoldina, que passou por uma eliminação na Copa Rio por uma irregularidade na inscrição de atletas até o acesso no Carioca:

"O principal segredo dessa história é trabalhar com honestidade, falar a verdade e tratar o jogador como ser humano. Muitos tratam atletas com descarte. Eu trato todos eles como meus amigos. Trouxe um time que todos jogaram comigo. Quero agradecer ao Cláudio (Menezes). Um exemplo de ser humano. Me fez esse convite com uma dificuldade absurda. Eu estava parando de jogar e acabei assumindo essa guerra. Dei minha palavra a ele. Mesmo com toda a dificuldade que vínhamos tendo no clube, continuei ao seu lado porque quem dá a palavra tem que ir até o final. Aconteceram algumas coisas no clube, trouxemos um investidor para nos ajudar e isso clareou. Mas esses guerreiros estão desde a Copa Rio. Veio um ou outro jogador para dar uma elevada no nível. Eles são campeões. Sangraram dentro de campo. Estou muito feliz e satisfeito. O clube merece estar na Primeira (Divisão) pela tradição. Sem palavras", disse à Cariocão TV.

Léo Flores ainda comentou sobre a briga na janela de transferências e os holofotes no Bonsucesso com a excelente campanha no Carioca:

"Claro que isso vai acontecer. Mas a gente se cerca dali e daqui (risos). Vamos buscar. Eu quero que eles se deem bem mesmo. Esses garotos merecem jogar em time grande. Tem jogador que nem merece estar na B1. Tem atleta aqui que pode jogar a Série A do Brasileiro. São meninos do bem como o Cipriano, Luciano, Walney... Tem muito garoto bom aqui", encerrou.

Por unanimidade, o Bonsucesso atualizou o estatuto e aprovou a possibilidade de venda do futebol. Uma nova reunião deve ser marcada para dezembro para tratar de possíveis propostas. Há detalhes importantes que ainda serão debatidos, caso o clube se torne a mais nova SAF no futebol carioca. Atualmente, o time é gerido por investidores que já desembolsaram uma elevada quantia na Série B1 para buscar o acesso e a vaga na decisão.

25/11/2025

CARTA ABERTA DO PRESIDENTE DO BONSUCESSO: GEORGE JOAQUIM



"Povo rubro-anil,

Alma aliviada, coração leve e batendo tranquilo. No silêncio de casa, quero parabenizar vocês por esse acesso. Estou falando como torcedor que sou, vivo e amo a arquibancada. Amo estar perto dos meus queridos amigos. Somos uma família de arquibancada, uma família rubro-anil.

Não fala o presidente. Fala aquele que torce, chora, ri, zoa e abraça na hora do gol e do acesso. Graças a Deus, Nossa Senhora de Bonsucesso, e a todos os seus pensamentos positivos, seja de onde venham, você que se dedicou e teve fé no Bonsuça... Muito obrigado!

Obrigado a todos que foram, torceram, sofreram, choraram, gritaram e comemoraram! Muito obrigado por esse círculo vicioso de torcer pelo Bonsucesso.

Estou devolvendo a vocês o clube na Segunda Divisão de Profissionais. Passamos pelos maiores vexames de nossas vidas nessa série, inclusive com WO porque o time não compareceu, goleadas, e um rebaixamento duplo para a 4ª Divisão (2020). 

Na 4ª Divisão, aqueles que contribuíram para o descenso duplo do clube não conseguiram sequer levar o time às semifinais. 

Em 2023, batemos na trave com os problemas envolvendo o São Cristóvão. Aquilo queira ou não desestabiliza o grupo, mas no ano passado, retomamos o caminho, o rumo da vitória. 

Estamos indo para o final do ano com o clube na Série A2, a nossa tradicional Segundona. 

Como os meninos da Esquadrão escreveram: 'o campeão voltou!'. O maior campeão da Segunda Divisão de Profissionais está de volta. E como diz o nosso decano de arquibancada (Fernando) Meirelles: 'está na Segunda Divisão é um passo para a Primeira'.

Então, pelo menos, o nosso horizonte na elite está mais próximo.

Esse é o presente de Natal que ofereço a vocês: o acesso à Série A2 e a Taça Corcovado, que veio coroar o melhor time da primeira fase. Isso prevaleceu nas semifinais. Virá a decisão e agora cabe aos jogadores irem atrás do prêmio da FERJ.

Sejam felizes com o acesso. Acesso em vermelho e azul ou grená e anil... Seja lá como for que vocês queiram. 

Como está no estatuto, é o bordô e azul ultramar. 

O importante é que a nossa bandeira volta a tremular com dignidade, maestria e pelo bom futebol que foi apresentado aos torcedores, simpatizantes e moradores de Bonsucesso e da Leopoldina. Vimos muitos de Olaria, Ramos e Penha assistindo o jogo.

Obrigado, meus amigos. Feliz seja a A2 de 2026.

Abraços!"

George Joaquim foi colunista do Fanáticos pelo Cesso e escrevia no 'Acervo Rubro-Anil'. O Blog parabeniza a tão sonhada conquista de retornar à Segunda Divisão do Rio de Janeiro após cinco anos.

24/11/2025

EM TARDE DE CIPRIANO, BONSUÇA VENCE O DUQUE DE CAXIAS, GARANTE ACESSO E ESTÁ NA FINAL DA SÉRIE B1


Cipriano é o nome da classificação para a Série A2 de 2026
Foto: Divulgação/Bonsucesso

O Bonsucesso pediu e a torcida atendeu. Com a Teixeira de Castro recebendo um ótimo público, o time foi no embalo e não deu margem para erro diante do Duque de Caxias no último sábado, no jogo da volta da semifinal da Série B1 do Carioca. A tarde foi de Cipriano. Depois de perder um pênalti, o atacante fez os dois gols da vitória que garantiram o acesso à Segundona do Estadual de 2026 e a vaga na final contra o Serrano, que superou o São Cristóvão, e também está na Série A2 do ano que vem.

Com fila para comprar ingressos e entrar no Leônidas da Silva, a tarde quente na Leopoldina era a prova que a região nunca abandonou o clube. Era a chance do time voltar para a Segunda Divisão após a queda direta para a 4ª Divisão em 2020 com a mudança no regulamento.

O Caxias tinha a vantagem do empate depois de vencer por 1 a 0 na última semana no Marrentão. Ao Bonsuça, só a vitória interessava por ter sido campeão da Taça Corcovado, o turno único de classificação ao mata-mata.

Ciente da necessidade do placar favorável, o Cesso não deixou o time da Baixada Fluminense respirar. Com o gramado irregular da Teixeira de Castro, o rubro-anil apostava nas bolas longas, lançamentos e cruzamentos para a área. Em um desses, aos 10 minutos, o lateral-esquerdo Marcelinho foi tentar cortar de cabeça e meteu a mão na bola. Cipriano chamou a responsabilidade, mas bateu mal perdendo a chance de abrir o placar.  

Aos 29, o Duque de Caxias assustou numa cobrança de escanteio. Andinho fez o cruzamento com um primeiro toque na grande área, mas o ataque não conseguiu chegar na segunda trave e a bola foi pela linha de fundo.

Recuperado do susto e do pênalti perdido, o Bonsuça manteve o controle do jogo e seguia em busca do gol, que veio aos 33 minutos. Luiz Gustavo, o 'Bicho', alçou uma bola na área, Erick Landini mandou de cabeça em direção onde estava Cipriano. O atacante apareceu como um 'raio', dominou no peito projetando a bola pra frente e encheu o pé esquerdo pra cravar o primeiro gol no ângulo. 1 a 0. Na comemoração, o artilheiro do Estadual mostrou uma camisa homenageando o filho Lorenzo, de 3 anos.

Ciente que estava sendo eliminado, o Caxias mexeu aos 38. Pepeu entrou na vaga do volante Bruno. O adversário passou a jogar contra o relógio e pôs fim a cera. Mesmo com uma nova proposta tática em campo, o tricolor esbarrava nas próprias deficiências ofensivas para assustar.

"Treino bastante pênalti, mas estamos expostos a perder e não somos perfeitos. Marcudinho me passou toda a confiança. Fui bem pra bola, mas o goleiro acabou sendo feliz. Já o gol é uma jogada que trabalhamos bastante. Falei para o Landini que eu estaria ali. Sabia que essa batida ia chegar e encaixar. Graças a Deus ele me abençoou para marcar o primeiro gol", disse Cipriano à Cariocão TV no intervalo.  

Na volta do segundo tempo, o Bonsuça chegou ao segundo gol logo aos seis minutos. Em um contra-ataque rápido, Ciprino arrancou e bateu forte na entrada da área para superar o goleiro do Duque. 2 a 0.

Com a vitória nas mãos, o time de Marcus Alexandre administrou o resultado até o fim para alcançar o tão sonhado objetivo na Teixeira de Castro. 

Após o apito final da ótima arbitragem de Tarcizo Pinheiro Caetano, que não precisou sequer recorrer ao VAR em nenhum momento da partida, o gramado do Leônidas da Silva foi invadido pelos torcedores e familiares dos jogadores numa comemoração efusiva com a volta à Segundona do Carioca. Os fogos ecoavam por todo o bairro anunciando a conquista e o fim do calvário.


"Eu sabia do potencial da nossa equipe. Ficamos invictos a maior parte da competição. Perdemos apenas no final. Temos uma força incrível em casa do lado do nosso torcedor. Estávamos invictos aqui. Então, nunca duvidei. O Bonsucesso é grande e está retomando as origens. O lugar do Bonsucesso não é onde está. Graças a Deus estão chegando pessoas boas e acreditam no Bonsucesso para se levantar de novo. Conseguimos fazer esse feito. Quero agradecer ao Marcus Alexandre. Esse cara é sem palavras. Chegou com humildade e conseguimos o acesso", disse o capitão Daniel Felipe à Cariocão TV já projetando a final com o Serrano.

"É uma equipe que se dedicou bastante. Conseguimos o objetivo principal do clube, mas estão deixando a gente sonhar e vamos em busca do título. Sabemos que isso fica marcado na história do clube", finalizou.


Luiz Gustavo, que começou a carreira no Bonsucesso, revelou o quão gratificante foi alcançar a vaga para a Série A2.

"É um sabor de gratidão pelo clube. Quando eu cheguei da Sérvia, foi o Bonsucesso que abriu as portas de novo na Copa Rio. Foi aí que minha carreira deu uma alavancada. Ano passado subimos, esse ano de novo, e vamos agora pensar em ir para a Primeira Divisão. Esse grupo é de verdade. Estava uma situação difícil quando eu cheguei, mas não reclamávamos de nada. Nos abraçamos e deu tudo certo. Esse grupo é uma família."


Após ser cobrado ainda no primeiro tempo, o volante Walney cresceu de produção no jogo e foi peça importante neste sábado. O jogador elogiou bastante o trabalho da comissão técnica:

"Não é puxando o saco não, mas esse cara (Marcus Alexandre) eu vou levar para a eternidade. Foi um dos poucos treinadores que olhou na minha cara e foi sincero que eu precisava melhorar. Eu estava acima do peso e não escondo isso de ninguém. Após essa conversa e esse esporro, deu uma virada de chave na minha vida. Ele me deu uma bronca do bem. Precisamos melhorar sempre. É carinho de pai. Dá esporro e depois dá a mão. Muito obrigado! Nosso objetivo era subir. Subimos e queremos mais. Só é lembrado quem é o campeão. Isso é importante para nossa projeção."

O treinador rubro-anil também analisou o duelo tático com o Duque de Caxias, que dificultou ao máximo o acesso do Bonsuça:

"São vários profissionais de gabarito na Série B1. Temos um nível altíssimo. Sabemos que a divisão é abaixo da elite, mas o futebol não. Nos sentimos valorizados com a competitividade. Infelizmente, os Estaduais estão morrendo e precisamos de mais incentivo porque é onde surgem talentos. Agora vem uma outra equipe experiente pela frente na final. A nossa missão inicial já conseguimos. Será um enfrentamento com o Silvestre, que foi meu auxiliar no Maricá. Tenho certeza que faremos um grande futebol lá e cá".


Um dos batedores de pênalti, Marcudinho explicou por qual motivo Cipriano foi o escolhido ainda no primeiro tempo e detalhou a parceria:

"Ele também cobra assim como eu e o Walney. É uma batida que a gente vem treinando. O Pedro, goleiro do Caxias, foi feliz. Corremos atrás do resultado, saímos na frente e pegamos a classificação. Fizemos uma boa partida lá, várias chances, e disse hoje no vestiário que independente de qualquer coisa, a gente ia matar em uma bola. Só não podia sofrer gol. Conseguimos dois gols e o acesso. O nosso ataque é muito rápido. A gente marca em quase todos os jogos. Estou feliz em trabalhar nesse elenco maravilhoso. É uma boa safra. Íamos subir na marra." 

Autor dos gols, Cipriano foi muito festejado no gramado do Leônidas da Silva e comemorou efusivamente o acesso - ainda mais com dois gols de canhota:

"É muito treino. Não tem essa de perna ruim ou boa. Queria deixar uma palavra de Deus. É muito melhor o final das coisas do que o início delas. Papai do Céu conseguiu coroar a gente e essa torcida maravilhosa. Quero agradecer demais o torcedor e o staff. Deixar um abraço em toda a minha família. Claro que tem (gosto de revanche na decisão), mas é trabalhar, focar e fazer um grande jogo contra o Serrano. Foi uma semana tranquila e estávamos decididos que faríamos o resultado em casa. Esse fator casa foi muito importante. Agradeço ao Nielsen e o Marcus Alexandre por dar um feedback para cada um. Isso tudo demonstra a força do grupo. Nada acabou ainda e vamos em busca do título", afirmou.

O primeiro jogo da final será no próximo domingo, às 15h, no Atilio Marotti (o duelo sofreu mudança de data por conta da final da Libertadores da América, com a presença do filiado da FERJ, o Flamengo). A partida da volta está marcada para dia 6, às 15h, na Teixeira de Castro. Não há vantagem na decisão. 


21/11/2025

BONSUCESSO PERDE PARA 'PANELA DO ROMÁRIO' E AMERICA FATURA TITULO DO CAMPEONATO CARIOCA MASTER


Bonsucesso fica com o vice-campeonato do Carioca Master
Foto: Divulgação

O Carioca Master foi um acerto da FERJ. A primeira edição do torneio que reuniu craques da última geração terminou com o título do America sobre o Bonsucesso por 1 a 0, gol marcado por Richarlison, no Giulite Coutinho, ontem à tarde.

O alvirrubro foi superior na primeira etapa e deixou o Bonsuça acuado no campo de defesa. O goleiro Flávio foi responsável por garantir o 0 a 0 até os 38 minutos, quando Richarlison aproveitou um vacilo do camisa 1 e completou pro fundo da rede. 1 a 0.

Flávio mesmo assim foi o nome do Bonsucesso no jogo já que fez defesas espetaculares e também contou com a sorte já que o America carimbou a trave algumas vezes.

No segundo tempo, o Bonsuça chegou a equilibrar a partida já com Romário em campo e teve a chance de levar a decisão para os pênaltis. Aos 41, enquanto os torcedores do America gritavam 'é campeão', Jacaré encontrou um belo passe para Marcão. Em condição legal, o atacante dominou com a parte externa do pé direito e encheu a canhota, mas Luiz Henrique fez uma defesa de cinema.

O Baixinho ainda teve outra chance no contra-ataque, mas Flávio se agigantou e evitou mais um gol na carreira do eterno camisa 11.

O vice-campeonato, porém, não diminui a campanha do Bonsuça no Estadual. Sem apoio do clube, os jogadores que já defenderam a equipe na base e profissionais honraram a camisa e se desdobraram para chegar até a final diante dos favoritos. O elenco ainda sofreu com o falecimento do zagueiro Cleber semanas antes da estreia e o segundo lugar foi dedicado a ele.

Vinicius Macarrão, capitão do time, comentou sobre a campanha desse projeto de master do clube:

"Montamos um grupo forte e mostramos que futebol é dentro de campo. Ouvimos a semana toda que o America ia golear porque goleou o São Cristóvão de oito, o Bangu de cinco... No primeiro tempo, eles fizeram uma pressão que é normal, mas no segundo tempo, conseguimos igualar e no último lance o Luiz Henrique fez uma defesa milagrosa, se não iria para os pênaltis. Na hora de se despedir, o Romário falou: 'o time de vocês é bom pra c***'. Vamos continuar. Agora vem o campeonato em janeiro que será mais longo. Vamos honrar essa camisa"

O lateral-esquerdo também comentou sobre a falta de apoio da diretoria do Bonsucesso mesmo com toda a repercussão e visibilidade que o torneio deu, resgatando o nome e a história do clube da Leopoldina:

"Infelizmente não tivemos apoio do clube. Desde que me aposentei, entrei no mundo corporativo. Trabalho há 20 anos no Galeão e consegui alguns parceiros, que nos ajudaram até com massagistas e transporte para aqueles que não tinham condições. Fizemos até uma confraternização após a partida. Formamos um grupo legal. Foi uma visibilidade acima da expectativa. Pro ano que vem será ainda melhor. Todos os canais de imprensa estivemos lá. Nós não queríamos nada financeiro do Bonsucesso até porque sabemos das condições do clube, mas queríamos apenas apoio de irem aos jogos e cederem a Teixeira de Castro. Está em todas as páginas sobre o nosso jogo e nossa campanha", disse.

Macarrão agora já projeta novos voos do time de Master e os próximos desafios que virão ainda nessa temporada:

"Fomos convidados pela Prefeitura de Carapebus para disputar um jogo festivo na cidade, dia 14 de dezembro. E em janeiro, começa o campeonato carioca. Já fomos chamados para outros amistosos após a repercussão do torneio de Master. Saímos com uma boa sensação já que fomos muito elogiados pelos jogadores do America. Esperamos fazer uma boa campanha em 2026", finalizou. 

O Bonsucesso jogou com: Flávio, Adão, Jouber, Jorjão e Macarrão; Aurélio, Alexandre Carioca, Marcelo Buiú; Malhado, Marcão e Léo Cruzada. No banco: Adelino, André, Baruque, Ronald Murra, Jaílson, Marcos NH, Paçoca, Marcelo e Thiago Jacaré.

O America jogou com: Luiz Henrique, Rafael, Fábio Braz, Vagner Eugenio, Alan; André Gomes, Bruno Reis, Richarlison; Marcio Gomes, Rafinha e Romário. No banco: Douglas Vieira, Arcelino, Marcelo Cardoso, Da Costa, Claudemir, Washington, Esquerdinha e Ruy.