16/01/2022

'NA LEOPOLDINA EM CADA ESQUINA QUEM DOMINA É O BONSUCESSO'


Fanático que se preze pelo Bonsucesso sabe o hino do início ao fim. Mas, talvez, você não saiba que o compositor do hino mais famoso da Leopoldina tenha sido Lamartine Babo, um dos maiores gênios e personalidades do século passado no Rio de Janeiro. 

Nascido em 10 de janeiro de 1904, ele era um dos doze filhos de Leopoldo Azeredo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves, sendo um dos três que chegaram à idade adulta. Apesar de torcedor do America, o músico foi responsável pela criação dos hinos de 11 clubes do estado. O único fora da cidade era o Canto do Rio, de Niterói. 

A composição de cada hino não oficial (porém que veio para ficar) ocorreu em 1949 com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou LPs de cada um dos clubes que disputavam o Campeonato Carioca daquele ano.

Boêmio, Lamartine jamais se casou. Se dedicou a música e a cultura com inúmeras marchinhas de carnaval que estão na boca do povo até hoje na festa mais popular do planeta. Braguinha era grande amigo de 'Lalá' e dizia: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine".

Apesar de frequentador da Tijuca, Lamartine foi homenageado pela Imperatriz Leopoldinense em 1981, quando conquistou seu primeiro bicampeonato com o enredo "O teu cabelo não nega", de Arlindo Rodrigues, uma homenagem ao compositor. Em 2020, a escola reeditou o enredo, com o nome de "Só Dá Lalá", para voltar à elite do carnaval carioca.

Anos atrás, o Globo Esporte, da TV Globo, divulgou um documentário em dois capítulos sobre a obra e vida de Lamartine Babo. Confira abaixo a letra do hino do Bonsucesso e os vídeos:

Para a torcida rubro-anil
Palmas eu peço (clap! clap!)
Na Leopoldina em cada esquina
Quem domina é o Bonsucesso
Lá surgiu um jogador sensacional
Surgiu Leônidas, o maioral!
Quando a turma joga em casa
A linha arrasa
Que baile... Que troça!
A torcida grita em coro
Não há choro
A vitória hoje é nossa


24/12/2021

FANÁTICOS PELO CESSO APRESENÇA BALANÇO E DESEJA UM FELIZ NATAL


O blog Fanáticos pelo Cesso fecha a temporada 2021 com 146 postagens, um acréscimo de 77 publicações em relação ao ano anterior e mais de 700 mil visualizações. Criado em 2007, a página é a voz do torcedor e tem sido um resgate da história do tradicional clube da Leopoldina com a coluna 'Tá no Livro', com Paulo Jorge. 

Em 2021, o Fanáticos pelo Cesso também esteve nas redes sociais. Além da página no Facebook, o canal no instagram também superou a marca de mil seguidores ao longo de 135 publicações e um crescimento contínuo no número de acessos, comentários e curtidas.

Em 2022, a gente continuará na torcida pelo sucesso do Bonsucesso na Série B2 do Campeonato Carioca e a esperança de voltar a brilhar na elite do futebol carioca em um futuro não tão distante. A 1ª Divisão é o seu lugar, Bonsuça!

Desejamos a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo! Que Jesus abençoe cada torcedor e ilumine os passos de nossos jogadores! 

23/12/2021

FERJ DIVULGA CALENDÁRIO DE COMPETIÇÕES PARA O ANO DE 2022


Exposição de camisas tradicionais do futebol carioca
Foto: FERJ

Anota na agenda! A FFERJ divulgou o calendário de competições para a temporada 2022. O Estadual da Série A começa em 26 de janeiro e termina no dia 3 de abril. A primeira divisão de acesso, a Série A2 começa no dia 1º de maio e se estende até o final de julho.

A Série C (5ª Divisão) terá início também em maio, no dia 8. A competição será realizada até 14 de agosto. A Copa Rio que dá direito ao campeão escolher disputar a Copa do Brasil ou o Brasileirão da Série D começa em 10 de agosto. O torneio vai até 23 de novembro. 

As Séries B1 e B2 começam em setembro. Primeiro, a 3ª Divisão no dia 3 e a 4ª Divisão na semana seguinte, dia 11. O Bonsucesso que não conseguiu classificação para as semifinais tentará na próxima temporada novamente dar um salto para sonhar com a elite no futuro. 

Por fim, o Carioca Feminino fecha o calendário. A competição se inicia em outubro e será concluído na segunda semana de dezembro.

No sub-20, o Carioca da Série B2 começa em maio e se estende até julho. Em 2021, o Bonsucesso terminou com o vice-campeonato ao perder para o Barra Mansa. 

   

08/12/2021

A DECADÊNCIA DOS CLUBES DE BAIRRO NO SUBÚRBIO DO RIO


A Associação Atlética Vila Isabel já foi um importante centro esportivo do Rio de Janeiro
Foto: Reprodução



Sair de casa para encontrar amigos, parentes, vizinhos e conhecidos nos clubes de bairro já foi um hábito muito comum entre os cariocas. Contudo, a visita para atividades esportivas e sociais está cada vez menos presente na rotina dos moradores do Rio de Janeiro. Isso porque esses tradicionais espaços de convivência vêm passando por muitos problemas que acabam culminando no fechamento.

Estudiosos do tema estimam que a decadência dos clubes de bairro vem acontecendo desde a década de 1970. Segundo o professor Victor Melo, especialista no assunto, são alguns os fatores que culminam na situação: a “domesticação das experiências” (pessoas cada vez mais em casa, muito por conta das tecnologias); dificuldades financeiras da classe média; especulação imobiliária e a construção de condomínios residenciais que têm quase tudo o que um clube pode oferecer.

“A conjunção de tudo isso leva os clubes a não conseguirem pagar as dívidas, a manter os espaços, e a estrutura. Alguns clubes tentaram fazer festas, bailes, mas não é o suficiente para todos”, destaca o professor Victor Melo.

Um dos casos mais recentes de fechamento de um clube histórico para a cidade foi a Associação Atlética Vila Isabel. O local, que por um bom tempo passou por dificuldades, encerrou as atividades para virar um empreendimento imobiliário.

“A maior parte dos clubes que não resistem e fecham as portas viram empreendimentos imobiliários”, frisa Victor Melo.

A situação se espalha por outros bairros e clubes. No ano passado, o jornal O Dia publicou que o Olaria Atlético Clube devia, aproximadamente, R$ 100 mil reais à Ligth. Na mesma reportagem, o clube do Bonsucesso é citado em um débito de mais de R$ 224 mil com a Cedae. Há alguns anos, o Olaria chegou a tentar vender seu estádio para pagar dívidas. Em 2020, o Bonsucesso transformou o hall de entrada do clube em um estacionamento para tentar arrecadar algum dinheiro neste período de crise.

“A consequência desse problema é a perda de espaço de referência. Os clubes foram mais que espaços só de diversão ou só de esporte. Grande parte da vida politica, social, cultural, passaram pelos clubes. Os clubes são importantes agentes de identidade local. Em geral, envolviam uma elite local, mas também havia espaço de contato com os populares dos bairros. Importantes políticos da cidade vieram dos clubes, os clubes sempre foram centros sociais. Os clubes foram referenciais para a vida pública, comunitária. Quando você perde esse espaço, você perde espaço de convenção comunitária. Essa perda é relevante para entender os movimentos de construção dos cotidianos das cidades”, afirma o professor Melo.

Muitos dos clubes em crise ficam na Zona Norte, nos subúrbios da cidade do Rio de Janeiro, enquanto na parte de maior poder aquisitivo da cidade, a Zona Sul, espaços históricos de convivência e prática esportiva, como Clube Monte Líbano, Caiçaras, entre outros, se mantém firmes.

“É muito triste assistir a depreciação dos subúrbios sendo refletida nos clubes e agremiações de nossos bairros. O impacto é direto não só na autoestima, como também na identidade e na memória do local, que vão perdendo vida cada vez que os clubes vão encontrando a falência”, opina o historiador Vitor Almeida, criador da página Suburbano da Depressão.

Diante do problema, algumas soluções são apontadas por especialistas: “Estamos reconfigurando os espaços públicos. Hoje temos outros grupos que de alguma maneira têm uma atuação parecida com as dos clubes. ONGs, grupos culturais, que tentam ter seus espaços físicos ou usam espaços públicos, governamentais. Mas a dinâmica é diferente do funcionamento dos clubes, que tinham essa coisa da base associativa comunitária. Eu acho que era possível recuperar os clubes em crise se o Poder Púbico investisse nesses espaços. Em áreas, bairros que têm poucas opções de lazer e clubes estão em situação difícil, a Prefeitura poderia, ao invés de construir praças, vilas olímpicas, investir nesses clubes e torná-los públicos, em uma parceria entre o público e o privado. O fim dos clubes não significa o fim dos espaços de lazer, eles só se reconfiguraram e estão diferentes do passado, mas faz falta o espaço, a dinâmica dos clubes. Eles são muito importantes e mereciam mais cuidado para ou se manterem ou voltarem a ter o papel que já tiveram no passado”, declara o professor Victor Melo.

06/12/2021

BONSUCESSO PERDE JOGO DA IDA NA FINAL DA SÉRIE B2 DO CARIOCA SUB-20

O Bonsucesso perdeu uma ótima chance de abrir vantagem na decisão do Campeonato Carioca Sub-20 contra o Barra Mansa. No último sábado, o Rubro-Anil foi derrotado na Teixeira de Castro por 3 a 1 (ida). João Vitor, duas vezes, e Luquinha marcaram os gols do adversário. Gabriel descontou para os donos da casa.

Com menos de um minuto, o Barra Mansa abriu o placar. João Vitor aproveitou uma vacilada da defesa e cara a cara com o goleiro fez 1 a 0. O atacante do Leão do Sul estava com sorte. Aos 29, após cobrança de escanteio, a bola desviou no meio do caminho e encontrou novamente João Vitor que finalizou para ampliar. 2 a 0.

No segundo tempo, o Barra Mansa perdeu Igor Lyra, que foi expulso. Mesmo com a menos, o adversário manteve a postura ofensiva. Aos 12, Luquinha acertou o travessão. Seis minutos depois, o atacante não perdoou. Luquinha recebeu a bola, driblou o marcador e dentro da área completou pra rede. 3 a 0. 

Aos 39, o Bonsucesso descontou em cobrança de pênalti convertida por Gabriel. 3 a 1. 

No próximo sábado, as equipes voltam a se enfrentar no estádio Leão do Sul, às 15h. O Barra Mansa pode perder por um gol de diferença que garante o título. Se o Bonsuça vencer por dois gols de diferença, o campeão será conhecido nos pênaltis.