16/10/2020

BONSUCESSO SE APEGA A 'NOVO SALVADOR' PARA GERIR O FUTEBOL

Foto: Divulgação/Bonsucesso


A dança das cadeiras não para no Bonsucesso. E não estamos falando de treinador. O buraco é mais embaixo no clube da Zona da Leopoldina. Após o empresário Bruno de Almeida, da H Carvalho, deixar o clube à francesa, deixando os jogadores e ex-integrantes da comissão técnica sem salários, Lorran Sena, parente do supervisor Rafael Silva, assumiu a responsabilidade de gerir o futebol na disputa da Série B1 do Campeonato Carioca.

O blog 'Fanáticos pelo Cesso' apurou que o novo empresário, que já esteve na gestão do time Sub-20 do Nova Cidade e possui experiência em outros ramos comerciais, acenou com um novo acordo com parte dos jogadores que realizou greve durante a semana e efetuou o pagamento de 50% dos salários que estavam em atraso. O 'X' da questão é que devido o curto prazo de tempo até este sábado, data do jogo com o Angra dos Reis, tudo foi feito às pressas e o Bonsucesso ainda não assinou nenhum acordo com a nova empresa gestora do futebol. O acordo, até então, foi verbal. 

Lorran Sena, entretanto, está disposto a ajudar. Nesta sexta-feira, prazo limite, o clube inscreveu outros seis jogadores para a última rodada da Taça Santos Dumont. Do elenco que estava disputando a competição, 10 deles devem permanecer. Amanhã, o time do técnico Paulo Veltri deve ter à disposição ao menos 17 atletas. Hoje pela manhã, inclusive, o treinador comandou a atividade final para o duelo com o Angra dos Reis.

O Bonsucesso inscreveu nas últimas horas após o pagamento das taxas de inscrições: o goleiro Aranha, o lateral-direito Leonardo Campos, o lateral-esquerdo Wallace, o volante Ferreira e os meias Miguel e Yago Sigmaringa. O meia Fabiano e o atacante Marlon ainda dependem do documento de transferência das respectivas federações. O prazo é até às 19h desta sexta-feira para regularizá-los.

Após a última rodada da Taça Santos Dumont, o Bonsucesso só volta a campo dia 28, contra o Nova Cidade, na estreia da Taça Corcovado
     

BONSUCESSO VIVE 'DIA D' PARA SEQUÊNCIA NA SÉRIE B

Foto: Divulgação/Bonsucesso 

A diretoria do Bonsucesso espera definir nesta sexta-feira a situação da equipe para o jogo com o Angra dos Reis, sábado, às 15h, no Jair Toscano. Já eliminado da Taça Santos Dumont após o W.O na última quarta-feira, pela 8ª rodada, os gestores do futebol pretendem chegar a acordo com os jogadores, que não atuaram contra o Artsul depois dos salários não serem quitados. 

Os atletas chegaram a ir ao estádio Leônidas da Silva na última terça-feira, porém o empresário Bruno de Almeida, dono da H Carvalho, responsável pelo clube, não compareceu para resolver as pendências. O supervisor Rafael Silva concedeu entrevista ao site "Nosso Esporte RJ" e explicou o cenário caótico do clube nesta semana:

"Nos assumimos o clube na segunda-feira (12), os atletas só se apresentaram na terça-feira (13) e se recusaram a treinar ou jogar caso não recebessem os salários atrasados da H Carvalho, antiga gestora do clube. Propomos adiantar um salário seguinte, que será de competência da nossa empresa, para que entrassem em campo e todos concordaram. No final da tarde da terça, o antigo investidor entrou em contato com os atletas e informou que iria efetuar o pagamento, mas que não era para eles irem para o jogo. Daí, informei pelo Whatsapp que quem não fosse para o jogo poderia se sentir dispensado do clube. Hoje (15), tivemos a reapresentação dos atletas e os questionamos se tinham interesse em seguir no clube. Alguns revelaram que não tinham mais cabeça para continuar. Porém conseguimos reverter a situação com 12 ou 13 atletas, que darão sequencia ao trabalho com a nova comissão técnica e novos atletas serão contratados."

No Boletim Informativo de Registro de Atletas, o clube tem 27 jogadores regularizados, porém, nem todos devem continuar após a greve durante a semana. Seis novos atletas aguardam regularização: o goleiro Aranha, o lateral-direito Leonardo Campos, o lateral-esquerdo Wallace, o volante Ferreira, o meia Yago Sigmaringa e o atacante Marlon. 

O clube precisa pagar as taxas de inscrição e transferência. Todo processo burocrático precisa ser resolvido até às 19h desta sexta-feira para que os seis jogadores estejam à disposição do técnico Paulo Veltri. Em caso de uma reincidência sem a presença mínima de atletas na próxima partida, o Bonsucesso corre o risco de ser rebaixado automaticamente para a B1, ou seja, a 3ª Divisão já que a FERJ criará a Série A2 (2ª Divisão) em 2021.

Segundo o site 'Futebol do Rio', o empresário Lorran Sena, que arrendou o Nova Cidade em 2019 para montar o time sub-20, assumiu o Bonsucesso em substituição a Bruno de Almeida e está tentando 'controlar o incêndio'. O vice-presidente do clube, Nilton Bittar tem sido o responsável por dialogar com os empresários. Segundo pessoas próximas, o presidente Ary Amâncio é 'figura decorativa' no Bonsucesso, sem poder de comando.  

Atualmente, o time é o 6º colocado no Grupo B com seis pontos. Na classificação geral, o Leão da Leopoldina está na 13º posição. A arbitragem para o jogo com o Angra dos Reis está definida. José de Mattos Modesto será o juiz. Ele será auxiliado por Adolfo Roberto da Silva e Hugo Soares Pinto.   

15/10/2020

BONSUCESSO VIVE O PIOR CAPÍTULO DA SUA HISTÓRIA


O Bonsucesso vive o pior momento de sua história centenária. E os problemas não são de hoje. Desde 2014 sem capacidade financeira, o futebol é gerido por uma empresa. Inicialmente a L&S Assessoria Empreendimentos e Participações LTDA ficou responsável por comandar o carro-chefe do clube, porém deixou a gestão há pouco tempo. Em seu lugar, assumiu a H Carvalho Consultoria e Gestão, de Bruno Lopes de Almeida, para a disputa da Série B1 do Campeonato Carioca. 

Em 2017, o clube chegou a ser ameaçado de rebaixamento por supostas irregularidades na administração durante o Quadrangular Final do Estadual. Marcelo Salgado, então sócio da L&S, assinava documentos como presidente do clube, enquanto a FIFA estabelecia que empresas que gerem as carreiras de jogadores não poderiam interferir na gestão de clubes. Isso tudo em meio a um presidente, Zeca Simões, eleito pelo quadro associativo do Bonsucesso.

Na justiça comum, a L&S ganhou o direito de continuar à frente do Rubro-Anil. Em matéria veiculada em 2017, o jornalista Fred Justo, do Sportv, trouxe informações que no contrato firmado entre a empresa e o clube, a L&S tinha direito a 95% dos lucros, enquanto o Bonsucesso ficava apenas com 5%. 

Apesar de Cabofriense, Carapebus/Campos e Tigres do Brasil ameaçarem irem à justiça, o 'Grupo X' ocorreu normalmente e o Bonsucesso se salvou do descenso com oito pontos.

Já com a nova empresa, a H Carvalho, os problemas financeiros vieram à tona. Na última semana, toda a comissão técnica e o diretor de futebol, Luciano Portela, deixaram o Bonsucesso pelo não cumprimento de acordos. 

Em nota, o técnico Ney Barreto e demais integrantes disseram: "Não seria ético aceitar, sem motivos aparentes, o afastamento de pessoas importantes da comissão técnica que estavam fazendo um trabalho correto e desafiador com tão poucos recursos disponíveis. Sabemos que o futebol de menor investimento tem seus obstáculos e presenciamos isso não é de hoje. Desta forma, a comissão técnica em nome do diretor executivo Luciano Portela, do coordenador técnico Marcelo Buarque, do supervisor Marcelo Mariano, do técnico Ney Barreto e seus auxiliares técnicos Ignácio Júnior e Marcus Dantas, do preparador de goleiros Wagner Doug, dos preparadores físicos Felipe Venturin e Guto Mendes, do fisioterapeuta Ricardo Bersot e do analista de desempenho Thiago Fortes, opta por se manter unida para seguir novos rumos."

Em carta enviada à FERJ, o vice-presidente do clube, Nilton Bittar, admitiu que a gestão está devendo um mês de salário aos funcionários e jogadores (são 45 dias de trabalho), porém acusou-os como responsáveis pelo W.O diante do Artsul, na última rodada da Taça Santos Dumont. Segundo o dirigente, uma reunião emergencial ocorrerá nesta quinta-feira para definir os rumos do clube na competição.

"Tenho um nome a zelar. Cobro direto. A todo momento. Essa empresa assumiu todas as responsabilidades para pagar tudo. Amanhã (quinta-feira) haverá uma reunião para saber quem continuará no grupo ou não. Existem alguns que querem permanecer no clube. No próximo jogo, teremos jogadores contra o Angra. Foi um problema de gestão hoje para essa partida. Os atletas não sabiam o que fazer e nessa ausência, prejudicaram o Bonsucesso. A diretoria foi enganada igual os sócios", disse o vice-presidente do clube, Nilton Bittar, em entrevista à Rádio Globo/CBN. 

"Todo mundo trabalhou na esperança de receber, mas ninguém pegou um centavo. Treinamos sem água. Fomos para jogo sem uniforme de viagem, ônibus de linha e trabalhamos com grama na canela. Prometeram salários e não pagaram. Como dá para acreditar? Fizeram uma covardia. Contávamos com esse dinheiro para presentear os filhos no Dia das Crianças. Esse cara é um vampiro (Bruno Lopes de Almeida)", disse um dos funcionários que não quis revelar o nome, indignado com Bruno Lopes de Almeida, atual gestor do Bonsucesso. 

Apuramos que além da promessa não cumprida pelo salário em dia, o clube também atravessa problemas estruturais na sede, falta de equipamentos para treinos e até mesmo a ausência de água para hidratação foi tema para o encerramento mais cedo de uma das atividades durante a preparação para uma das rodadas do Carioca da Série B1 em pleno calor no Rio de Janeiro com temperatura acima dos 30 graus. Além disso, a pré-temporada em Pinheiral ainda não foi quitada e a H Carvalho Consultoria e Gestão também tem pendências com um hotel e um restaurante nas adjacências da Teixeira de Castro.

Não conseguimos contato com o atual gestor do futebol do Bonsucesso. Para a partida contra o Artsul, Paulo Veltri comandaria o time. O treinador foi contratado às pressas para substituir Ney Barreto. 

COPA RIO

No ano passado, o Bonsucesso conquistou surpreendentemente a inédita Copa Rio diante da Portuguesa, por 1 a 0, no Nilton Santos. O título dava o direito ao clube escolher disputar a Copa do Brasil ou a Série D do Brasileiro em 2020. Inicialmente, o clube optou pelo torneio de mata-mata, mas acabou desistindo da vaga pela dificuldade financeira para montar um elenco com contrato extenso. A decisão fez o time perder R$500 mil e deu de 'bandeja' a vaga para o Boavista, melhor classificado pelo Cariocão.   



  

14/10/2020

ORGANIZADA COBRA DIRETORIA APÓS W.O NO CARIOCA


A torcida organizada do Bonsucesso emitiu nota oficial pelo momento conturbado que atravessa a diretoria após o WO na 8ª rodada da Taça Santos Dumont. O time volta a campo no próximo sábado contra o Angra dos Reis, no Jair Toscano, às 15h. Confira a nota abaixo: 

A Esquadrão rubro anil, vem por meio desta, repudiar o cenário caótico em que o Bonsucesso Futebol Clube se encontra.

Presidência, diretoria e departamento de futebol, deixaram nosso clube largado!
A entrada do nosso estádio, coberta por lixos, o escudo, localizado no ponto mais alto da sede, está caído aos pedaços em um estado de completo abandono da administração.

O Futebol, gerido por Marcelo Salgado, hoje, sofreu um W.O por falta de jogadores!
Na segunda-feira (12/10/2020), dia que completamos 107 anos de historia, a comissão técnica, e alguns jogadores se desligaram do clube por falta de pagamento (há mais de 50 dias atrasado).

Nós, desde o momento em que fundamos a torcida, nunca deixamos de apoiar o Bonsucesso, independente do momento, mas diante de um momento como esse, exigimos explicações que por muita das vezes nos foram escondidas, como a desistência da vaga na copa do Brasil, ano após ano jogando longe de casa, o aumento abusivo na mensalidade dos sócios (de R$ 15 para R$ 60), entre outras coisas.

A diretoria não se fez transparente, e permanece omissa por maior parte do tempo.

Exigimos que os senhores Ary, Nilton Bittar, e Marcelo Salgado cumpram com suas promessas de campanha, sendo transparentes pelo resto de mandato, e deixem de ser covardes como foram nesses 3 anos!

Att, Torcida Esquadrão Rubro Anil.

BONSUCESSO PERDE POR W.O E CLUBE RESPONSABILIZA JOGADORES


O Bonsucesso sofreu um duro golpe dois dias após completar 107 anos. O clube perdeu por W.O nesta quarta-feira, dia 14, após não ter o mínimo de atletas para a partida contra o Artsul, marcada para às 10h, na Rua Bariri, pela 8ª rodada da Taça Santos Dumont da Série B do Campeonato Carioca. 

O atual campeão da Copa Rio vive um problema administrativo. O futebol não é comandado pela diretoria e sim, por uma empresa. Desde o término do contrato com a L&S Assessoria Empreendimentos e Participações LTDA, a atual gestão encabeçada pelo presidente Ary Amâncio e o vice-presidente Nilton Bittar, assinou um novo vínculo com a H. Carvalho Consultoria e Gestão LTDA, representada por Bruno Lopes de Almeida.

Porém, com inadimplementos sucessivos da atual empresa, incluindo atraso no salário dos funcionários e jogadores em um mês, segundo a diretoria, os atletas se recusaram entrar em campo após a promessa de quitar os vencimentos antes da partida não ser cumprida.

Em carta enviada pelo clube à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, o Bonsucesso acusa parte dos jogadores como culpados pela derrota (3 a 0 pelo W.O). O clube reforça que 'tal fato não irá se repetir nesta gestão'.


Segundo informações, os atuais gestores do futebol rubro-anil precisam quitar acordos em atraso com parceiros na área de hotelaria, comunicação e restaurante além de toda comissão técnica que deixou o clube recentemente. Ney Barreto foi substituído nos últimos dias por Paulo Veltri. Entretanto, o novo treinador não pôde estrear no comando da equipe mediante ao problema enfrentado nesta manhã.

Nesta quinta-feira, os dirigentes do Bonsucesso devem se reunir com os gestores do futebol para buscar soluções para a grave crise institucional e administrativa. A sede social segue fechada, enquanto as mensalidades continuam sendo exigidas aos sócios.

Com seis pontos, o Bonsucesso está eliminado da Taça Santos Dumont (primeiro turno) e é apenas o 10º entre 17 clubes na classificação geral. O time volta a campo sábado, contra o Angra dos Reis, às 15h, no Jair Toscano.