Elenco do Bonsucesso comemora classificação para final Foto: Bonsucesso/Divulgação
Em um jogo muito movimentado, o Bonsucesso perdeu para o Niteroiense no jogo da volta da semifinal do Carioca, mas está classificado para a decisão contra o Campo Grande. O jogo terminou 4 a 3 para o time da Região Metropolitana do Rio, de virada, após o Bonsuça abrir 3 a 1 - todos os gols saíram no segundo tempo. A partida aconteceu na Bariri, com portões abertos, devido a interdição do Leônidas da Silva por conta da invasão de campo na última rodada da Taça Maracanã.
O Leão da Leopoldina entrou em campo com a ampla vantagem após vencer por 2 a 0, fora de casa, em Moça Bonita. Como teve melhor campanha, o time jogava por dois resultados iguais para chegar a final. O primeiro tempo acabou empatado após poucas oportunidades claras para os dois times. O Niteroiense ainda chegou a acertar o travessão de Léo Flores em tarde quente em Olaria.
O segundo tempo foi outro jogo e valeu cada ingresso para quem foi assistir - apesar da derrota rubro-anil. O Bonsucesso abriu o placar em contra-ataque rápido pela esquerda. Yago driblou o zagueiro e na saída do goleiro só rolou para Pedrinho completar para o gol vazio aos 8 minutos: 1 a 0.
Sassá teve a chance no minuto seguinte para empatar, mas esbarrou em Léo Flores. Aos 10 minutos, foi o Bonsuça que fez mais um. Pedrinho cruzou da esquerda e o zagueiro Thiago Silva subiu mais alto na grande área para marcar: 2 a 0.
Aos 14 minutos, Sassá completou um outro cruzamento e acertou o pé da trave do Bonsucesso. A sorte acompanhava o Rubro-Anil até ali. Mas tudo mudou. Aos 16, Guilherme fez uma linda jogada pela esquerda, cruzou para a área, Léo Flores defendeu parcialmente, e Sassá completou para o fundo da rede: 2 a 1.
Aos 20, o Bonsuça fez mais um com Vini. Luiz Gustavo deu uma fatiada do campo de defesa para o ataque. Com frieza, o ponta do Bonsucesso driblou o goleiro e quase na pequena área, escolheu o canto e tirou do zagueiro que estava em cima da linha: 3 a 1.
Com a ampla vantagem no placar, Luciano Quadros rodava o time já pensando na decisão. Depois da parada técnica, o Niteroiense voltou com outra postura em busca da vitória. Aos 27, Matheuzinho arriscou um chutaço de longa distância e pegou o goleiro Léo Flores desprevenido para diminuir: 3 a 2.
O Bonsucesso desperdiçava os contra-ataques e acabou por ver o adversário empatar aos 36 minutos. Matheuzinho entrou infernizando a defesa rubro-anil, driblou o zagueiro e na saída de Léo Flores completou pro fundo da rede: 3 a 3.
Aos 39, após pênalti a favor do Niteroiense, o experiente Bruno Gallo fez mais um e deu números finais ao grande confronto: 4 a 3.
O Cesso se segurou nos minutos finais e acabou vencendo no agregado por 5 a 4. Os jogos das finais serão nos dias 1 e 8 de dezembro. A primeira partida será com mando de campo do Bonsucesso, que tenta a liberação da Teixeira de Castro através de um efeito suspensivo. O duelo decisivo será em Moça Bonita. As duas partidas acontecem às 15h.
Ao fim da partida, os jogadores do Bonsucesso avaliaram o resultado:
"Fizemos um bom jogo no primeiro tempo. No segundo, voltamos ligados e fizemos o placar, depois relaxamos. Não poderíamos porque o time deles tem uma grande qualidade. Mas é isso, passamos. Agora é descansar para a final", disse o atacante Vini.
"Mais uma final aí. Conseguimos essa vaga com muito esforço e dedicação. Vamos buscar esse caneco. Descansar agora e trabalhar esses dias aí para acertar os erros e conseguir esse tão sonhado título", disse Léo Flores.
Vinicius Almeida foi demitido após empate com o Barra Mansa Foto: Matheus Vieira/Bonsucesso
Em campo, os resultados voltaram a acontecer após a chegada de Luciano Quadros, mas nos bastidores o bom momento vivido pelo clube não foi suficiente para manter o grupo de investidores, que angariava o projeto em 2024 no Bonsucesso. O Fanáticos pelo Cesso apurou que houve uma ruptura na parceria após episódios que envolviam a troca de comando da equipe.
À frente do Bonsucesso desde o início do ano, Vinicius Almeida chegou respaldado pelos empresários. O técnico, que comandara o time sub-20, assumiu os profissionais e chegou a ter um bom momento na Copa Rio, quando eliminou o Sampaio Correa e o Madureira, times da elite do futebol carioca, mas acabou caindo nas quartas de final para o Zinzane. Mesmo com a eliminação, ele seguiu à frente do trabalho em busca do tão sonhado acesso na B2.
Em 2024, o Carioca mudou o regulamento e concederia a quatro times a chance de disputar a 3ª Divisão no ano seguinte, mas o Bonsuça não engrenava nas mãos do treinador. Até a saída, foram quatro empates e uma vitória por WO, com a sétima colocação.
Nesse período na Taça Maracanã, dirigentes do clube apontavam que Vinicius Almeida tinha um trabalho aquém do aguardado, delegava treinamentos aos auxiliares e tinha uma postura conflitante no dia a dia.
Sem contrato assinado com os investidores, a diretoria do Bonsuça tomou as rédeas na reta final da Taça Maracanã e após o empate com o Barra Mansa, por 0 a 0, na Teixeira de Castro, comunicou que não seria possível continuar com Vinicius Almeida à frente da equipe.
Dos quatro empresários que estavam no Bonsucesso, Henrique Spetseri se solidarizou e convenceu o grupo a ajudar o clube com a chegada de um novo treinador até o encerramento da participação no turno único. Luciano Quadros foi o nome encontrado no mercado. Ele foi o último treinador de sucesso à frente do Bonsuça com o título da Copa Rio de 2019 e uma campanha que por pouco não conseguiu o acesso no mesmo ano.
Com uma ajuda de custos para residir em Bonsucesso e um acordo salarial por um número mínimo de jogos até o acesso, o treinador aceitou o desafio de voltar à Teixeira de Castro. Tão logo a vaga foi garantida na Série B1 de 2025, na última rodada, diante do Niteroiense, os investidores comunicaram que não continuariam no clube, avisando a decisão a todos os atletas posteriormente.
"Eles saíram porque acho que não concordaram com a atitude do clube de preservar a imagem do treinador que garantiu o acesso à B1 (Luciano Quadros). Foi uma luta pra convencê-los tirar o Vinicius do comando da equipe. O Vinicius foi um treinador que veio por eles e desde o momento que eles assumiram o futebol, a presidência, vice-presidência e qualquer outro poder do clube não interferiu em nada. Fazíamos alguns comentários pontuais porque temos um vice-presidente geral e de futebol, uma pessoa que conquistou e glorificou a sua vida no futebol e entende disso. Em nenhum momento, a direção do clube interferiu. Veio um nome totalmente sem expressão. Não que quiséssemos um novo Manoel Neto, Rei do Acesso, mas que fosse um nome conhecido e rodado. Fizeram uma equipe, mas não souberam colocar um bom comandante", disse George Joaquim, presidente do Bonsucesso.
A presença de Vinicius Almeida na 11ª rodada da Taça Maracanã, no Leônidas da Silva, causou questionamentos na diretoria. Segundo relatos, o técnico acompanhou a partida próximo ao banco de reservas, entrou no campo na festa do acesso e cumprimentou os ex-jogadores - sem se dirigir a Luciano Quadros, numa atitude embaraçosa de quem tinha sido demitido recentemente.
"Houve uma deselegância. Isso não acontece em clube grande. Já viu o Tite 'zanzando' nos bastidores do Flamengo em jogos decisivos da Copa do Brasil (após a demissão)?", disse um dirigente.
Na 'guerra fria', o estopim para a ruptura da parceria veio através de uma publicação nas redes sociais do clube. Gerenciado pelos investidores, a página oficial do Bonsucesso no Instagram publicou um agradecimento a Vinicius Almeida e aos ex-integrantes da comissão técnica pelo trabalho, que contribuiu para o acesso. Ao ver a menção, o presidente George Joaquim fez questão de exaltar o trabalho de Luciano Quadros e dos jogadores nos comentários, expondo o conflito de planejamento entre o clube associativo e os investidores, tendo como ponto central o ex-treinador.
O Fanáticos pelo Cesso apurou que houve outros episódios que causaram uma relação desgastante entre Vinicius Almeida e a diretoria durante o Campeonato Carioca.
Entre os episódios, o ex-técnico teria avisado aos atletas para que usassem a piscina do clube para um trabalho regenerativo em horário de expediente das aulas aos sócios e alunos - o parque aquático é arrendado. Outra medida que desagradou o clube foi autorizar os jogadores a cortarem os meiões (prática utilizada por atletas no futebol moderno) sem consentimento da vice-presidência, que acabara de adquirir o kit de material esportivo do terceiro uniforme alusivo ao da década de 50.
Já sem a presença dos investidores, que mantiveram o pagamento dos jogadores em dia até o fim do turno único da Série B2, o clube associativo assumiu o compromisso com Luciano Quadros e a equipe a partir das semifinais.
Flávio Guilherme, vice-presidente do clube, confirmou ao Fanáticos pelo Cesso, que havia um acordo com o elenco para o pagamento de uma premiação no valor de R$7,5 mil pelo acesso. O clube divulgou nesta sexta-feira à tarde que foi quitada a quantia após uma reunião entre os capitães do time e Cláudio Menezes, presidente do Conselho Deliberativo do clube.
Procurado, Vinicius Almeida ainda não se manifestou. Não conseguimos contato com os ex-investidores do Bonsucesso. A página está aberta para atualizar a matéria com o posicionamento.
No primeiro jogo da semifinal, o Bonsucesso venceu o Niteroiense por 2 a 0, gols de Matheus Carioca e Vini. O resultado dá uma vantagem enorme para o segundo jogo. O Bonsuça pode perder por dois gols de diferença que estará na decisão.
Como antecipado pelo Fanáticos pelo Cesso, a partida da volta será na Bariri, segunda-feira, às 15h, com portões abertos, já que a Teixeira de Castro está interditada após a invasão de integrantes de organizadas na última quinta-feira.
Leônidas da Silva está interditado na reta final da Série B2 do Carioca Foto: Matheus Vieira/Bonsucesso
O Bonsucesso trabalha com um 'Plano B' para o jogo da volta das semifinais do Carioca contra o Niteroiense, segunda-feira, às 15h. A Bariri, estádio do Olaria, é a opção após a vitória por 2 a 0, ontem, em Moça Bonita, que dá a larga vantagem de poder perder por dois gols de diferença para chegar a decisão.
A Teixeira de Castro está interditada após a invasão de torcedores não identificados na última rodada da Taça Maracanã, na quinta-feira passada, contra o próprio Niteroiense. Na súmula, o árbitro Hérikus Rocha dos Santos ponderou apenas que o jogo reiniciou com 23 minutos de atraso 'devido a problemas em torno do campo de jogo', mas o delegado Rodrigo Molina relatou minuciosamente a confusão, que ocorreu de fora pra dentro do estádio e interrompeu o reinício de partida para o segundo tempo.
"Próximo ao término do primeiro tempo da partida, se iniciou uma confusão entre 'torcidas organizadas' do lado de fora do estádio, próximo a entrada da torcida visitante (Niteroiense FC). As pessoas envolvidas nos confrontos estavam descaracterizadas, com blusas pretas ou sem camisas e com os rostos cobertos, não sendo possível identificar de qual associação pertenciam. No intervalo de partida, bombas e fogos de artifício foram arremessados de fora do estádio para as arquibancadas, em direção a torcida visitante. Neste mesmo momento, alguns torcedores que estavam brigando do lado de fora conseguiram arrombar o portão de acesso da torcida visitante e invadiram o estádio, sendo o restante contido do lado de fora do estádio pela segurança privada presente. Alguns dos torcedores que conseguiram invadir o estádio pularam o alambrado do gramado na tentativa de ir em direção a torcida do Bonsucesso FC para roubar faixas e brigar com a referida, porém sem sucesso. Os mesmos foram contidos pelos seguranças e retirados do estádio. Enquanto o fato narrado acima acontecia, o policiamento que encontrava-se no acesso da social do estádio foi solicitado para se encaminhar ao portão visitante, no intuito de controlar o lado externo do estádio e dissipar a confusão enquanto a segurança privada controlava o ambiente interno do estádio. A partida só foi reiniciada após reestabelecimento da ordem do estádio e a garantia da segurança de todos os presentes no estádio, com a chegada do reforço policial (duas viaturas e quatro policiais), em trabalho conjunto com a segurança privada. Devido a confusão no intervalo, o segundo tempo iniciou com 23 minutos de atraso e terminou sem intercorrências", relatou o delegado de partida.
Como publicado durante a semana no Fanáticos pelo Cesso, o Bonsucesso já tinha requisitado o reforço no policiamento ao 22º Batalhão, no dia 24 de setembro, para os jogos como mandante no Estadual. No relatório de jogo, a FERJ confirmou que o clube disponibilizou 20 seguranças privados e a Polícia Militar esteve presente com três viaturas e seis homens. A súmula apontou para um público de apenas 364 torcedores presentes.
A Procuradoria do TJD-RJ conseguiu aval do presidente da entidade, Dilson Chagas, que concedeu a liminar de interdição do estádio por 30 dias até o julgamento e impetrou uma punição de dois mandos de campo ao Bonsucesso pela confusão.
A diretoria terá uma reunião com representantes da FERJ na tarde desta quinta-feira, e aguarda a análise do efeito suspensivo para liberar o estádio novamente. Além da semifinal, o clube preocupa-se com uma possível decisão, em dezembro, contra Campo Grande ou Carapebus. Se o adversário for o Campusca, o primeiro jogo terá mando de campo do Bonsuça no dia 1. Se o Grandioso avançar, o Rubro-Anil terá a chance de mandar o jogo da volta em casa, no dia 8.
Matheus Carioca abre o caminho para a vitória na semifinal Foto: Matheus Vieira/Bonsucesso
No feriado da Consciência Negra, o Bonsucesso construiu um vantagem ainda maior na semifinal do Campeonato Carioca da Série B2. O time venceu o Niteroiense por 2 a 0, gols de Matheus Carioca e Vini, ambos no segundo tempo, de cabeça. Com isso, o time pode perder por dois gols de diferença que avança para a decisão contra o Carapebus ou Campo Grande. No Antonio Medeiros, o Campusca venceu por 3 a 1 e também está muito próximo da decisão.
O jogo da volta do Bonsuça está marcado para a próxima segunda-feira, às 15h, em local a ser definido pela FERJ. Após a invasão de campo na última rodada da Taça Maracanã na última quinta-feira, o TJD-RJ deferiu uma medida cautelar inominada interposta pela Procuradoria de interditar o estádio por 30 dias até o julgamento da denúncia a ser oferecida pelas questões de segurança. Além disso, o Bonsuça perdeu dois mandos de campo devido o episódio.
Um trecho da decisão diz que foram 'atos gravíssimos de
extrema violência e vandalismo nas dependências do Estádio Leônidas
da Silva, sendo a
responsabilidade pelos graves incidentes do Bonsucesso F.C. que, como
mandante, deveria providenciar segurança para todos os presentes.'
O pedido foi apresentado ao tribunal com farta documentação e vídeos com a invasão de uma organizada não identificada no estádio através do Setor Visitante, na Rua Júlio Ribeiro.
Apesar da súmula não constar o ocorrido, a peça no TJD-RJ relata que 'as declarações de Rodrigo Valentim Molina, Delegado da
partida, ratificam o dito por reportagens e pelos vídeos carreados aos
autos, informando que houve uma violenta briga do lado de fora do
estádio, com lançamento de bombas e fogos de artifício para dentro
do estádio seguido de invasão ao local do jogo, sendo certo que os
invasores somente foram contidos com a chegada de reforço policial.'
O TJD-RJ lembra que 'a segurança nos jogos de futebol cabe ao clube mandante por
expressa determinação legal'. O presidente da entidade, Dilson Neves Chagas, ainda aponta 'conduta
omissiva do clube mandante'. Segundo ele, em um primeiro momento, a confusão é 'responsabilidade
do clube mandante que não providenciou segurança capaz de elidir a
invasão ocorrida com risco intenso aos presentes no campo de jogo'.
O Bonsucesso impetrará um pedido de efeito suspensivo para que o estádio seja liberado para o jogo da volta na próxima semana e consequentemente na possível final no dia 1º de dezembro.
Um clibe de futebol só vai para frente com a atuação do presidente, buscando verbas, patrocínio e modos de captar dinheiro. O objetivo de Fernando Meireles era investir no clube, principalmente na parte amadora para reerguer o clube dos problemas financeiros.
O presidente teria um grande desafio: gerir o Bonsucesso com patrimônio de 50 milhões de cruzeiros. Isso não seria fácil já que o clube enfrentava graves problemas. A primeira medida adotada por ele foi a volta do escotismo no clube, que traria novamente a garotada para dentro dos muros da Teixeira de Castro e atrairia a população local.
Meirelles também queria reativar os esportes chamados amadores como basquete masculino e feminino, vôlei masculino e feminino e especialmente o ciclismo, esporte que o Bonsucesso se destacou bastante.
A ideia era construir uma sede do lado do antigo Cine Mello, onde seria a sede administrativa, deixando a Teixeira de Castro apenas para praça esportiva. O prédio deveria ter seis andares, com salão para festas e jogos com capacidade para 700 pessoas e inúmeras mudanças. Uma pena que as ideias acabaram se perdendo no tempo.
Essas e várias histórias você encontra aqui na coluna 'Tá no Livro', com o historiador Paulo Jorge. Compartilhe também seus momentos no Bonsucesso conosco! Enviem fotos, vídeos e arquivos raros do nosso clube que iremos registrar!