Foto: Divulgação/Bonsucesso
A diretoria do Bonsucesso espera definir nesta sexta-feira a situação da equipe para o jogo com o Angra dos Reis, sábado, às 15h, no Jair Toscano. Já eliminado da Taça Santos Dumont após o W.O na última quarta-feira, pela 8ª rodada, os gestores do futebol pretendem chegar a acordo com os jogadores, que não atuaram contra o Artsul depois dos salários não serem quitados.
Os atletas chegaram a ir ao estádio Leônidas da Silva na última terça-feira, porém o empresário Bruno de Almeida, dono da H Carvalho, responsável pelo clube, não compareceu para resolver as pendências. O supervisor Rafael Silva concedeu entrevista ao site "Nosso Esporte RJ" e explicou o cenário caótico do clube nesta semana:
"Nos assumimos o clube na segunda-feira (12), os atletas só se apresentaram na terça-feira (13) e se recusaram a treinar ou jogar caso não recebessem os salários atrasados da H Carvalho, antiga gestora do clube. Propomos adiantar um salário seguinte, que será de competência da nossa empresa, para que entrassem em campo e todos concordaram. No final da tarde da terça, o antigo investidor entrou em contato com os atletas e informou que iria efetuar o pagamento, mas que não era para eles irem para o jogo. Daí, informei pelo Whatsapp que quem não fosse para o jogo poderia se sentir dispensado do clube. Hoje (15), tivemos a reapresentação dos atletas e os questionamos se tinham interesse em seguir no clube. Alguns revelaram que não tinham mais cabeça para continuar. Porém conseguimos reverter a situação com 12 ou 13 atletas, que darão sequencia ao trabalho com a nova comissão técnica e novos atletas serão contratados."
No Boletim Informativo de Registro de Atletas, o clube tem 27 jogadores regularizados, porém, nem todos devem continuar após a greve durante a semana. Seis novos atletas aguardam regularização: o goleiro Aranha, o lateral-direito Leonardo Campos, o lateral-esquerdo Wallace, o volante Ferreira, o meia Yago Sigmaringa e o atacante Marlon.
O clube precisa pagar as taxas de inscrição e transferência. Todo processo burocrático precisa ser resolvido até às 19h desta sexta-feira para que os seis jogadores estejam à disposição do técnico Paulo Veltri. Em caso de uma reincidência sem a presença mínima de atletas na próxima partida, o Bonsucesso corre o risco de ser rebaixado automaticamente para a B1, ou seja, a 3ª Divisão já que a FERJ criará a Série A2 (2ª Divisão) em 2021.
Segundo o site 'Futebol do Rio', o empresário Lorran Sena, que arrendou o Nova Cidade em 2019 para montar o time sub-20, assumiu o Bonsucesso em substituição a Bruno de Almeida e está tentando 'controlar o incêndio'. O vice-presidente do clube, Nilton Bittar tem sido o responsável por dialogar com os empresários. Segundo pessoas próximas, o presidente Ary Amâncio é 'figura decorativa' no Bonsucesso, sem poder de comando.
Atualmente, o time é o 6º colocado no Grupo B com seis pontos. Na classificação geral, o Leão da Leopoldina está na 13º posição. A arbitragem para o jogo com o Angra dos Reis está definida. José de Mattos Modesto será o juiz. Ele será auxiliado por Adolfo Roberto da Silva e Hugo Soares Pinto.