É fanáticos!
Estamos de volta. Não sabemos até quando, mas não poderíamos deixar passar em branco o empate com o América, neste domingo, em 0 a 0, no estádio Leônidas da Silva, na Teixeira de Castro, que se não levou o Rubro-Anil a mais um título da Série B do Campeonato Carioca, pelo menos, assegurou a vaga para retornar ao convívio dos gigantes na elite do futebol do estado.
Desde cedo o bairro da Leopoldina vivia um ar de decisão e um clima de apreensão e suspense pelo confronto que poderia marcar mais uma linda história entre tantas do Leão como também uma decepção a mais entre vários capítulos do esporte.
Filas tomavam conta no portão principal do estádio, onde torcedores se aglomeravam em busca de um ingresso para assistir o confronto. Do outro lado, na Rua Júlio Ribeiro, o panorama era o mesmo. Torcedores do 'Diabo' compareceram em bom número, porém prevaleceu o fator campo e a qualidade dos comandados do técnico Ricardo Barreto.
O apito inicial do árbitro Péricles Bassols anuncia uma batalha que estava por vir. Mas o Bonsucesso não parecia disposto a apostar na necessidade da vitória do América para poder se arriscar nos contra-ataques e o papel parecia inverso dentro de campo. Até porque, confiante e com o apoio das arquibancadas, o Cesso foi para cima em busca dos três pontos que também o consagrava como campeão.
Aos cinco minutos, Luiz Felipe ao tentar o cruzamento acabou por acertar o travessão do experiente goleiro Fábio Noronha. Mal deu para respirar. Dois minutos depois, o meia Renan perdeu ótima oportunidade ao aparecer livre na entrada da área, mas bater para fora. No lance seguinte, foi a vez de Marlon arriscar o chute para mais uma defesa do camisa 1 alvirrubro.
O América, desorganizado e apreensivo, errava passes e não conseguia sair para o jogo. A primeira oportunidade surgiu somente aos 19 minutos. Betinho cobrou falta e a bola passou na frente do atacante Allan, que se esticou todo, entretanto, não alcançou.
O tempo corria calmamente para desespero da torcida do Bonsucesso e aflição para os torcedores do América. Dois deles não conseguiram aguentar o calor no estádio e tiveram que ser atendidos pelos médicos.
Na volta para a etapa complementar, era o Rubro-Anil que continuava a ditar o ritmo. Logo aos cinco minutos, Renan fez uma excelente jogada individual pela esquerda e cruzou na medida para o goleador Marco Túlio. Com um toque apenas na bola, ele conseguiu desperdiçar a chance colocando para fora. Era a melhor chance até o momento do jogo.
Assim como em qualquer time, o treinador sempre tem uma carta na manga para o segundo tempo. E o técnico Ricardo Barreto apostou na entrada do amuleto Pardal para que o Bonsucesso conseguisse chegar ao gol e ao resultado que o garantia o título. O jogador entrou bem na equipe e aproveitando-se dos espaços já que o América começava a se arriscar mais ao ataque, Pardal virara o homem de referência, mas com a pontaria descalibrada.
Aos 48, a última chance. Justamente com o meia-atacante, queridinho da torcida. Pardal recebeu ótimo passo de Leandro Motta e da esquerda bateu cruzado. Fabio Noronha apenas acompanhou a trajetória da bola, que se perdeu pela linha de fundo.
O título ficou para trás. Mas o torcedor não queria nem saber. O Bonsucesso estava na elite do futebol carioca novamente! Festa na Leopoldina! Uma excelente homenagem ao ex-jogador Leônidas da Silva, que deu seus primeiros passos no clube e completaria 100 anos na última sexta-feira (06) e ao próprio Rubro-Anil, no ano do seu centenário.
Parabéns ao Bonsucesso!!!!
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