A Coluna Tá No Livro está de volta em 2023! E como o ano começou com homenagens ao ídolo Leônidas da Silva, o historiador Paulo Jorge trouxe registros raros do jogador com a camisa do Bonsucesso.
Mas, você conhece a história do craque que dá nome ao estádio do Bonsuça? Vamos trazer aqui uma síntese da carreira do atacante.
Leônidas nasceu no Rio de Janeiro e começou a jogar futebol no São Cristóvão, passando ainda por Barroso, Syrio Libanês e Sul-América. Foi nesse último time que sua vida mudou. Convidado pelo companheiro Miro, decidiu ir para o clube do subúrbio carioca, pois lá, sabia que seria titular absoluto, mesmo com apenas 18 anos de idade. Chegou a recusar uma proposta do Vasco da Gama, como informado pelo Diário de Notícias.
Fechado o contrato, assinou com o Bonsucesso e aceito a inscrição pela AMEA no dia 15 de maio. Leônidas arrebentou tanto que já nesse primeiro ano foi assediado por times da Espanha, mas não quis saber de conversa.
Era um homem de temperamento forte, tanto é que chegou a ficar suspenso, primeiro 60 dias, depois reduzido para 30 dias, pois ofendeu o arbitro da partida entre Botafogo x Bonsucesso, o que deu um verdadeiro “bafafá” na época.
Em 1932, ele recebeu diversas homenagens devido a um gigante feito. Vestindo a camisa do Leão da Leopoldina, Leônidas foi convocado para disputar a Copa Rio Branco, um jogo amistoso contra o Uruguai. No ano anterior já tinha jogado e ganho a partida contra os campeões mundiais - esse jogo aconteceu nas Laranjeiras e terminou 2 a 0 para o Brasil, mas o atacante não obteve destaque.
Já no torneio de 1932, o jogo seria em Montevidéu e não é que o jovem destruiu os uruguaios! O atacante marcou dois gols na vitória por 2 a 0, distribuindo passes e dribles desconcertantes, o que fizeram os uruguaios ficarem encantados com o seu futebol. Devido a essa exibição, por onde o time passava, ele recebia premiações, como foi em um jogo amistoso na Bahia.
O Diamante Negro marcou 51 gols em 55 jogos pelo Bonsucesso e eternizou seu nome na história.