26/12/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #56


Por: Paulo Jorge


UMA TROCA INUSITADA 

Geralmente um jogador projeta sua carreira com início em um clube tradicional, contrato com um clube médio ou grande, umas temporadas na Europa e termina sua trajetória em seu clube de coração, certo? E se eu te contar que um jogador trocou o Botafogo pelo tradicional Bonsucesso! Brandãozinho saiu de General Severiano rumo à Teixeira de Castro.

À Revista do Esporte, Brandãozinho dizia que enquanto servia as 'fileiras' do Exército, tirou serviço com um sargento que levantava peso pelo Botafogo. Nadim conhecia o potencial do jovem e disse que ele teria potencial para jogar pelo Alvinegro. Em um determinado momento, o sargento o levou a presença do lendário Gentil Cardoso, que gostou do garoto e fechou um contrato para ganhar C$1.600 cruzeiros mensais.

De início, Brandãozinho integrou a equipe de amadores, mas logo integrou o quadro de profissionais a pedido do próprio técnico e o salário aumentou para C$ 3.500 cruzeiros mensais. O 'back' jogou no Botafogo até 1956, mas chegaria a conclusão que jamais teria chances reais de se tornar ídolo no clube. Daí, pediu para sair, mas como tinha contrato a cumprir, aceitou um empréstimo para o América-MG.

Ficou apenas 22 dias em Minas Gerais e saiu devido a brigas por salários, luvas e não se adaptou ao clima da cidade. No dia que decidiu voltar ao Rio, encontrou-se com Gentil Cardoso que dirigia o Bonsucesso e na conversa entre os dois, o jogador expôs sua situação e o técnico não pensou duas vezes: “venha jogar no Bonsucesso!”.

Brandãozinho aceitou o convite, conversou com os dirigentes do Botafogo e aceitaram a ida do jogador para a Teixeira de Castro. Naquele momento, no ano da reportagem que era 1959, Brandãozinho era titular absoluto do time.

Essa é a última coluna 'Tá no Livro' do ano. Ao longo de 56 capítulos, resgatamos uma parcela da história do nosso querido Bonsucesso aos Fanáticos. Desejamos a todos um próspero Ano Novo! Em 2023 teremos muito mais histórias desse clube maravilhoso.


Fonte: Revista do Esporte (1959)

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