Por: Paulo Jorge
ARREBATADOR
Em 1954, o Bonsucesso disputou uma série de amistosos e não deu chances para ninguém no Sul do país. Em um sábado, em Londrina, o Rubro-Anil esmagou o time do Transparaná por 8 a 0, com gols de: Valtinho (3), Cola (2), Jorginho (1), Soca (1) e Zezé (1).
No dia seguinte, sem tempo para descanso, o Londrina esperava levar a melhor, mas foi derrotado por 3 a 1. O Bonsuça não tomou conhecimento do adversário e venceu por 3 a 1, gols de Soca (2) e Jorginho (1).
Apesar do jogo ter tido um caráter amistoso, O Bonsucesso foi disposto a voltar para o Rio de Janeiro com 'os três pontos'. O técnico Silvio Pirilo, com medo de perder jogadores, sacou do time Bibi, Décio, Nicola e Tomazinho com os ânimos exaltados.
Fonte: Biblioteca Nacional (4 de maio de 1954)
O LENDÁRIO ARI
A coluna 'Tá no Livro' está inspirada nesta terça-feira e trará um outro tema em homenagem a um dos maiores goleiros que já passaram pelo Bonsucesso: Ari. Considerado um dos arqueiros mais seguro e com maior capacidade de defesas difíceis, ele aguardava uma oportunidade em um time gigante, mas sempre se mostrou eternamente grato ao Bonsucesso, que trouxe ele para os holofotes do futebol.
Começou no futebol amador e jogou em um time chamado “Onze Cabuloso”. Já se mostrava muito versátil. Por isso, foi contratado pelo Bonsucesso, onde atuou por quatro anos (1950-1954). Indicado pelo jornalista Giampaoli Pereira, Ari chegou ao Flamengo e foi campeão carioca em 1955.
Em 1958, foi emprestado ao America e no ano seguinte, contratado em definitivo. Lá, viveu o auge na carreira ao ser campeão estadual em 1960. Encerrou a carreira em 1966. Após o fim da carreira nos gramados, se tornou funcionário público do INSS até 1977, quando veio a falecer vítima de um derrame cerebral.
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Fonte: Diário Carioca 1954 (Biblioteca Nacional)