21/09/2022

PRESIDENTE INTERINO CONVOCA ELEIÇÕES PARA O PRÓXIMO DOMINGO

No penúltimo dia (20) como presidente interino, Marcelo Etiene emitiu um comunicado na sede social do Bonsucesso convocando novas eleições já no próximo domingo, dia 25. O chamado da reunião do Conselho seria inicialmente para tratar das normas do processo administrativo, mas foi modificada. Segundo a carta, 'há uma crescente que acredita deter em si a legalidade, o que não se traduz no comportamento adotado. Portanto, assim sendo, extraordinariamente a reunião que aconteceria torna-se-á pleito eleitoral'.

Seguindo as exigências do Estatuto, as chapas que irão concorrer ao mandato até o fim de 2023 devem apresentar os documentos necessários até a próxima sexta-feira com a inclusão do nome de 50 associados, 'conforme o artigo 72, ficando os dois primeiros signatários credenciados para prestarem esclarecimentos e tomar as providências que, eventualmente, sejam necessárias'.

A eleição para o 'mandato tampão' contará com os votos dos beneméritos, grandes beneméritos e natos, com exceção daqueles que tiverem seus direitos cassados na justiça ou pela Assembleia Geral e 'ainda mantendo-se o artigo 135, que veda voto por procuração'. 

Segundo o comunicado, a ata da eleição será registrada no dia seguinte à eleição, ou seja, no dia 26 de setembro, no cartório de registro civil de pessoas jurídicas.

O mandato interino de Marcelo Etiene se encerra nesta quarta-feira, 21. Apuramos que através de contato com o departamento jurídico da FERJ, o Procurador-Geral Vlademir Monje relatou ao Bonsucesso que a vacância de cargo poderia causar danos à instituição: 'A partir de uma eventual acefalia a partir de amanhã (21), serão todos os atos postos em exigência e/ou recusados.'

O Bonsucesso joga contra o Ceres, domingo, no Leônidas da Silva, pela Série B2 do Campeonato Carioca, às 15h. 

20/09/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #47



Por: Paulo Jorge

ARREBATADOR 

Em 1954, o Bonsucesso disputou uma série de amistosos e não deu chances para ninguém no Sul do país. Em um sábado, em Londrina, o Rubro-Anil esmagou o time do Transparaná por 8 a 0, com gols de: Valtinho (3), Cola (2), Jorginho (1), Soca (1) e Zezé (1). 

No dia seguinte, sem tempo para descanso, o Londrina esperava levar a melhor, mas foi derrotado por 3 a 1. O Bonsuça não tomou conhecimento do adversário e venceu por 3 a 1, gols de Soca (2) e Jorginho (1). 

Apesar do jogo ter tido um caráter amistoso, O Bonsucesso foi disposto a voltar para o Rio de Janeiro com 'os três pontos'. O técnico Silvio Pirilo, com medo de perder jogadores, sacou do time Bibi, Décio, Nicola e Tomazinho com os ânimos exaltados.

Fonte: Biblioteca Nacional (4 de maio de 1954)




O LENDÁRIO ARI

A coluna 'Tá no Livro' está inspirada nesta terça-feira e trará um outro tema em homenagem a um dos maiores goleiros que já passaram pelo Bonsucesso: Ari. Considerado um dos arqueiros mais seguro e com maior capacidade de defesas difíceis, ele aguardava uma oportunidade em um time gigante, mas sempre se mostrou eternamente grato ao Bonsucesso, que trouxe ele para os holofotes do futebol. 

Começou no futebol amador e jogou em um time chamado “Onze Cabuloso”. Já se mostrava muito versátil. Por isso, foi contratado pelo Bonsucesso, onde atuou por quatro anos (1950-1954). Indicado pelo jornalista Giampaoli Pereira, Ari chegou ao Flamengo e foi campeão carioca em 1955. 

Em 1958, foi emprestado ao America e no ano seguinte, contratado em definitivo. Lá, viveu o auge na carreira ao ser campeão estadual em 1960. Encerrou a carreira em 1966. Após o fim da carreira nos gramados, se tornou funcionário público do INSS até 1977, quando veio a falecer vítima de um derrame cerebral.

Acompanhe semanalmente a coluna 'Tá no Livro' com o historiador Paulo Jorge. Compartilhe nossas informações e deixe seu recado no nosso box!

Fonte: Diário Carioca 1954 (Biblioteca Nacional)

19/09/2022

BONSUCESSO VENCE A PRIMEIRA NA SÉRIE B2 DO CAMPEONATO CARIOCA


Bonsucesso derrota o Mageense na Série B2 do Carioca
Foto: Wandré Silva/Bonsucesso

O Bonsucesso fechou a 2ª rodada da Taça Waldir Amaral (Série B2 do Campeonato Carioca) com a primeira vitória na competição. O Leão da Leopoldina venceu, de virada, o Mageense por 2 a 1, no Alzirão, em Itaboraí. 

O time da casa abriu o placar aos 22 minutos com Ryan após uma falha da zaga rubro-anil. No segundo tempo, a equipe do técnico Ademilson Brito voltou com tudo. Aos nove minutos, Matheus Bastos empatou e Cris, aos 20 minutos, fez de cabeça.

O resultado deixa o Bonsuça com três pontos na 5ª posição, uma colocação abaixo da zona de classificação para as semifinais. O Mageense é o nono e ainda não venceu. As três últimas equipes estarão rebaixadas para a Série C em 2023. Somente o campeão e o vice subirão para a Série B1.

O líder do Estadual é o Barra da Tijuca, que goleou o Barra Mansa por 5 a 0 nesta segunda-feira. A rodada proporcionou uma chuva de gols com 19 bolas na rede. Confira abaixo a classificação, resultados e os próximos jogos: 





 

14/09/2022

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #46



Por: Paulo Jorge

O MAIOR TREINADOR DO BONSUCESSO?

Homem de frases marcantes, foi jogador e treinador do Bonsucesso e tinha um profundo amor e respeito pelo clube. Treinou todos os clubes da cidade, incluindo os quatro grandes e foi campeão carioca em 1946, pelo Fluminense, e em 1952, pelo Vasco. 

Estamos falando de Gentil Cardoso, técnico que marcou seu nome na história do futebol carioca e foi o primeiro 'professor' de Garrincha. Apelidado de “Moço Preto”, Gentil ficou eternizado por frases como:

"Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência";

"O craque trata a bola de você, não de excelência";

"Só me chamam pra enterro, ninguém me convida pra comer bolo de noiva"; 

"Se a bola é feita de couro, se o couro vem da vaca e se a vaca come capim, então a bola gosta de rolar na grama e não ficar lá por cima; portanto, meus filhinhos, vamos jogar com ela no chão".


Conhecido pelo seu megafone para se comunicar com os jogadores, Gentil Cardoso começou sua carreira no Sírio Libanês e aportou em 1931 no Bonsuça junto com Leônidas da Silva. A campanha no primeiro ano à frente do time teve destaque com a participação de Gradim na dupla de ataque.

Apesar do investimento baixo, o Bonsucesso teve o melhor ataque da competição com 58 gols em 20 jogos. Como o futebol condicionava muitos apelidos à época, o time rubro-anil no papel chegou a ser chacota devido os nomes para muitos, mas em campo foi um verdadeiro 'leão da Leopoldina': Medonho, Cozinheiro e Heitor; Lolô, Oto e Nico; Catita, Rapadura, Gradim, Leônidas e Prego.

No ano seguinte, Gentil Cardoso iniciou a temporada de forma avassaladora em amistosos em São Paulo. Bateu a Portuguesa Santista por 6 a 0 e derrotou o Palestra Itália por 3 a 1, gols de Miro, Leônidas e Gradim, tornando-se o primeiro clube carioca a vencer no Parque Antártica.

Entre 1935 e 1936, Gentil teve uma nova passagem pelo clube. Apesar da forte identificação com o Rubro-Anil, o técnico não conquistou nenhum título. Em Pernambuco, ele é 'rei'. Foi campeão estadual pelos três grandes times: Sport (1955), Santa Cruz (1959) e Náutico (1960).

Apesar de estrategista e grande conhecedor de tática, Gentil não foi muito valorizado no mundo do futebol em virtude de ser negro. Sim, o preconceito racial imperou no século passado. Apesar do diploma de técnico e engenheiro, ele nunca conseguiu alcançar o prestígio de Flávio Costa, por exemplo.

De todo modo, Gentil Cardoso rodou o país e chegou a comandar o Sporting, de Portugal, e a Seleção Brasileira para o Campeonato Sul-Americano Extra, em Guayaquil, no Equador.

Ao longo do fim da carreira, o técnico ainda encontrava seu porto no Bonsucesso para outras duas rápidas passagens. Devido uma úlcera gástrica, Gentil veio a falecer no dia 8 de setembro de 1970, no Rio de Janeiro, porém deixou uma legião de fãs e seguidores do seu futebol ofensivo.

Siga nossas redes sociais no Facebook (Fanáticos pelo Cesso) ou através do Instagram (@fanaticospelocesso) e confira todas as nossas publicações e a coluna 'Tá no Livro', com o historiador Paulo Jorge.



Fonte: Diário da Noite / Trivela

12/09/2022

TORCIDA DO BONSUCESSO VIRA PATRIMÔNIO IMATERIAL DO CLUBE


A estreia do Bonsucesso na Série B2 do Campeonato Carioca foi fundamental para reaproximar a torcida ao clube. Com os portões abertos após o pior momento da pandemia, o time voltou a contar com o apoio na Teixeira de Castro após oito anos em uma competição profissional. Anteriormente, o estádio Leônidas da Silva não possuía todos os laudos exigidos pela FERJ.

Mediante o dia e horário do jogo, a arquibancada social recebeu um bom público. Segundo o relatório financeiro da partida, 191 torcedores acompanharam a derrota para o Barra da Tijuca por 2 a 1, pela Taça Waldir Amaral. 

O ponto alto do dia foi o título de patrimônio imaterial da torcida concedido pelo presidente interino Marcelo Etiene. A honraria aos torcedores constará na possível mudança de estatuto com anuência dos sócios após as novas eleições.

"'Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento'. Não bastassem as palavras de Nelson Rodrigues sobre o sentimento que é ver uma torcida, sobretudo a torcida do seu time, muito maior é o sentimento de ver essa torcida voltando para casa e entrando triunfante pela porta da frente do seu estádio, gritando o nome do seu time e sendo apoiada e aplaudida de pé por todos. O que foi feito pela torcida nada mais é do que reconhecê-la como uma artéria fundamental para que a emoção do futebol corra por todo o estádio e pulse em uma só voz através do coro dessa mesma torcida. Dar a essa torcida o merecido reconhecimento e o devido espaço não é nenhum favor e nem premissa eleitoral para quaisquer que sejam os presidentes de agora em diante, mas é obrigação de cada um deles zelar por esse patrimônio de agora em diante", afirmou Marcelo Etiene.

A Esquadrão Rubro-Anil e a Torcida Rubro-Anil terão uma sala na sede do Bonsucesso para guardar seus instrumentos e receberam a autorização para usar as dependências do clube para uma confraternização a cada mês para angariar fundos para a participação nos jogos fora de casa e na Leopoldina. Além disso, a diretoria também permitirá que acessórios e camisas sejam vendidas na boutique como peças oficiais.

"Foi uma emoção muito grande voltar para casa depois de tantos anos. Desde que foi fundada, a Esquadrão Rubro-Anil nunca pôde acompanhar o time profissional de perto no Leônidas. A gente sempre criou uma expectativa desde 2015. Foi único todo esse momento desde a concentração até o pós-jogo. Resgatou nosso sentimento de criança. Éramos levados pelos pais e avós. É um reconhecimento mais que merecido a todos torcedores do Bonsucesso, é um reconhecimento maravilhoso para quem tanto 'sofreu e sofre' por essas cores. É um novo ciclo que começa a partir de agora já que um time com uma torcida tão apaixonada, 107 anos depois reconhece de fato quem sempre manteve o clube vivo. É um título de todos nós", afirmou Enzo Vianna.

"Em nome da Torcida Rubro-Anil, queria falar inicialmente sobre a emoção e o descaso. A emoção sobre ter voltado aos estádios depois de sete anos de muita luta e sofrimento, jogando em Bacaxá, Bangu e etc. E o descaso das diretorias anteriores em não tentar o mínimo para poder voltar a ter jogos na Teixeira. Amamos o Bonsucesso, somos o coração do Bonsucesso e de tudo faremos por ele! Fizemos nossa festa com fumaça azul, bandeiras e gritos de apoios ao time!! Se Deus quiser, vamos conseguir o acesso! E pra mim e todos os outros membros estamos totalmente satisfeitos com o presidente atual e pela honra de ser reconhecido como patrimônio imaterial do clube! Somos a Torcida Rubro-Anil desde 2009. Por amor ao Bonsucesso, pelo Bonsucesso, tudo ao Bonsucesso", afirmou Diego Piva.




CARIOCA SÉRIE B2

No complemento da 1ª rodada da Taça Waldir Amaral, o Goytacaz venceu o Mageense por 1 a 0, no Antonio de Medeiros, nesta segunda-feira. Confira abaixo como está a classificação: