A estreia do Bonsucesso na Série B2 do Campeonato Carioca foi fundamental para reaproximar a torcida ao clube. Com os portões abertos após o pior momento da pandemia, o time voltou a contar com o apoio na Teixeira de Castro após oito anos em uma competição profissional. Anteriormente, o estádio Leônidas da Silva não possuía todos os laudos exigidos pela FERJ.
Mediante o dia e horário do jogo, a arquibancada social recebeu um bom público. Segundo o relatório financeiro da partida, 191 torcedores acompanharam a derrota para o Barra da Tijuca por 2 a 1, pela Taça Waldir Amaral.
O ponto alto do dia foi o título de patrimônio imaterial da torcida concedido pelo presidente interino Marcelo Etiene. A honraria aos torcedores constará na possível mudança de estatuto com anuência dos sócios após as novas eleições.
"'Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento'. Não bastassem as palavras de Nelson Rodrigues sobre o sentimento que é ver uma torcida, sobretudo a torcida do seu time, muito maior é o sentimento de ver essa torcida voltando para casa e entrando triunfante pela porta da frente do seu estádio, gritando o nome do seu time e sendo apoiada e aplaudida de pé por todos. O que foi feito pela torcida nada mais é do que reconhecê-la como uma artéria fundamental para que a emoção do futebol corra por todo o estádio e pulse em uma só voz através do coro dessa mesma torcida. Dar a essa torcida o merecido reconhecimento e o devido espaço não é nenhum favor e nem premissa eleitoral para quaisquer que sejam os presidentes de agora em diante, mas é obrigação de cada um deles zelar por esse patrimônio de agora em diante", afirmou Marcelo Etiene.
A Esquadrão Rubro-Anil e a Torcida Rubro-Anil terão uma sala na sede do Bonsucesso para guardar seus instrumentos e receberam a autorização para usar as dependências do clube para uma confraternização a cada mês para angariar fundos para a participação nos jogos fora de casa e na Leopoldina. Além disso, a diretoria também permitirá que acessórios e camisas sejam vendidas na boutique como peças oficiais.
"Foi uma emoção muito grande voltar para casa depois de tantos anos. Desde que foi fundada, a Esquadrão Rubro-Anil nunca pôde acompanhar o time profissional de perto no Leônidas. A gente sempre criou uma expectativa desde 2015. Foi único todo esse momento desde a concentração até o pós-jogo. Resgatou nosso sentimento de criança. Éramos levados pelos pais e avós. É um reconhecimento mais que merecido a todos torcedores do Bonsucesso, é um reconhecimento maravilhoso para quem tanto 'sofreu e sofre' por essas cores. É um novo ciclo que começa a partir de agora já que um time com uma torcida tão apaixonada, 107 anos depois reconhece de fato quem sempre manteve o clube vivo. É um título de todos nós", afirmou Enzo Vianna.
"Em nome da Torcida Rubro-Anil, queria falar inicialmente sobre a emoção e o descaso. A emoção sobre ter voltado aos estádios depois de sete anos de muita luta e sofrimento, jogando em Bacaxá, Bangu e etc. E o descaso das diretorias anteriores em não tentar o mínimo para poder voltar a ter jogos na Teixeira. Amamos o Bonsucesso, somos o coração do Bonsucesso e de tudo faremos por ele! Fizemos nossa festa com fumaça azul, bandeiras e gritos de apoios ao time!! Se Deus quiser, vamos conseguir o acesso! E pra mim e todos os outros membros estamos totalmente satisfeitos com o presidente atual e pela honra de ser reconhecido como patrimônio imaterial do clube! Somos a Torcida Rubro-Anil desde 2009. Por amor ao Bonsucesso, pelo Bonsucesso, tudo ao Bonsucesso", afirmou Diego Piva.
CARIOCA SÉRIE B2
No complemento da 1ª rodada da Taça Waldir Amaral, o Goytacaz venceu o Mageense por 1 a 0, no Antonio de Medeiros, nesta segunda-feira. Confira abaixo como está a classificação: