19/05/2021

TV ALERJ VAI TRANSMITIR JOGOS DO CAMPEONATO CARIOCA EM 2021


A TV ALERJ divulgou nesta terça-feira que vai transmitir os jogos das Série B e C do Campeonato Carioca em 2021. As partidas terão transmissões pelo canal aberto 10.2 UHF digital, canal 12 da NET ou pelo canal no Youtube.

O  anúncio foi feito com a presença do presidente da FERJ, Rubens Lopes, e demais representantes das duas entidades. Outros detalhes do acordo devem ser anunciados em breve. A Série A2 começa em junho. Já a Série C inicia em maio. As demais competições ainda não possuem formato definido.

No ano passado, os clubes apostaram nas transmissões próprias pelas mídias digitais e a FERJ fechou acordo com a TVNSports. 

Esse ano, os clubes da Série A atravessam problemas para receberem as cotas de televisão e a premiação no Estadual. Segundo o portal UOL, a FERJ tem ciência do problema já que o valor previsto de receita com direitos de transmissão não foi alcançado com o acordo com a TV Record e o PPV. Os times pequenos ficariam com apenas 10% do valor do Pay-Per-View.

O campeão Carioca deveria faturar R$ 2 milhões. Já o vice, R$ 1 milhão. Os vencedores da Taça Rio (Vasco ou Botafogo) e da Taça Guanabara (Flamengo) ficariam com R$ 1 milhão cada. Os semifinalistas ainda levariam R$ 500 mil, o que ajudaria também Volta Redonda e Portuguesa.

17/05/2021

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #05


Por: Paulo Jorge

BONSUCESSO LÁ NO ESTRANGEIRO...

A equipe do subúrbio da Leopoldina sagrou-se campeã do Torneio Pentagonal da Segunda Divisão da cidade onde foi o campeonato - Tampico. Em um jogo muito disputado contra o Madero, venceu por 1 a 0. Uma rápida pesquisa mostra que esse time atualmente disputa a Segundona do México e possui um estádio para 19 mil pessoas.

Embora incentivado pela sua torcida, o Madero não conseguiu vencer o 4-2-4 bem armado do Bonsuça e a situação ainda piorou quando os comandados de Daniel Pinto abriram o placar logo nos minutos iniciais.

Pressionando demais, o Madeiro perdeu inúmeras chances de gol e ainda esbarrou em um muro intransponível: o goleiro Cláudio, que garantiu a vitória. Após o jogo, a torcida adversária aplaudiu de pé os jogadores do Bonsucesso.


CAMPANHA:


27/01/1963

Bonsucesso 2×2 Vera Cruz (México), em Tampico – México

03/02/1963

Bonsucesso 1×0 Poza Rica (México), em Poza Rica – México

05/02/1963

Bonsucesso 2×0 Seleção da Guatemala, em Vera Cruz – México

09/02/1963

Bonsucesso 1×0 Ciudad Madero (México), em Tampico – México



Fonte: Biblioteca Nacional e Arquivos do Futebol Brasil

12/05/2021

AUTOR DO GOL DO TÍTULO DA COPA RIO ACERTA COM O SAMPAIO CORRÊA


Denilson já treina com os companheiros no Sampaio Correa
Foto: Divulgação

O meio-campo Denilson, autor do gol do título do Bonsucesso na Copa Rio em 2019, acertou com o Sampaio Corrêa para a disputa da Série A2 do Campeonato Carioca. O jogador já foi apresentado e participa dos treinos desde o início do mês. Aos 32 anos, o experiente meio-campo conhece bem a competição já que disputou por nove vezes.

O jogador será um dos principais nomes da equipe e busca seu segundo acesso (em 2012 esteve no elenco do Audax). Denilson chamou a atenção ao vestir a camisa rubro-anil dois anos atrás. Ele participou efetivamente da campanha do título no torneio estadual e da Série B, com o Bonsuça chegando até às semifinais.

Denilson é um andarilho no futebol. Ele teve passagens por diversos clubes como Bangu, Portuguesa, Cabofriense, Osasco Audax, Juventude, Figueirense, Bahia, Santo André, Guarantinguetá, Red Bull Brasil, Grêmio Osasco e Portiguar. No exterior, ele atuou na Suécia, pelo Helsingborg, em 2008.

O Sampaio Corrêa estreia na Série A2 em 5 de junho, diante do Audax, antigo clube do meia. O time de Saquarema já trouxe outros reforços para a temporada como os goleiros Rafael e Filipe.

Relembre o gol de Denilson, aos 41 minutos do primeiro tempo, na final da Copa Rio, contra a Portuguesa, no Nilton Santos. O título garantiria o clube em uma competição nacional (Copa do Brasil ou Brasileiro da Série D) após 36 anos. Entretanto, a diretoria abdicou da vaga. 



11/05/2021

EDUARDO BIONDI SERÁ O AUDITOR QUE INVESTIGARÁ CASO DE SUPOSTAS FRAUDES EM EXAMES DE COVID-19

Jogadores do Bonsucesso em ação durante Série B1 do Carioca
Foto: Reprodução

Fonte: GE.globo

O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro (TJD-RJ) informou na última sexta-feira a abertura de inquérito para apurar denúncia de exames falsos de Covid-19 apresentados pelo Bonsucesso na Série B1 do Campeonato Carioca, que terminou em fevereiro. O caso também está sendo investigado pela Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil do Rio.

Esse é o segundo episódio de suspeita de exames forjados em competições do Rio. Em abril, o Mesquita Futebol Clube foi condenado no TJD-RJ pela falsificação de 57 exames de coronavírus durante a disputa da Série B2 do Carioca - um dos dirigentes foi punido com suspensão por 1.440 dias e R$ 30 mil de multa. Na esfera criminal, o inquérito policial ainda está sendo finalizado.

No caso do Bonsucesso, a denúncia partiu dos próprios sócios beneméritos do clube, que desconfiaram da assinatura do dr. Antônio Carlos Naine nos exames apresentados à federação mesmo após o desligamento do médico. Ele deixou o Bonsucesso no dia 4 de outubro do ano passado. Depois disso, a equipe disputou 11 jogos:


Goytacaz 2 x 1 Bonsucesso
Angra dos Reis 2 x 1 Bonsucesso
Nova Cidade 1 x 1 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 1 Serra Macaense
Audax 2 x 1 Bonsucesso
Bonsucesso 1 x 4 Olaria
Duque de Caxias 5 x 0 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 0 Rio São Paulo
Maricá 2 x 0 Bonsucesso
Bonsucesso 0 x 2 Gonçalense
Serrano 4 x 1 Bonsucesso


Em depoimento à polícia em fevereiro, Antônio Carlos Naine explicou que era o responsável por monitorar e coordenar os exames RT-PCR feitos pelo Bonsucesso até a quinta rodada da competição e disse que desconhece qualquer exame com sua assinatura após esse período. Perguntado se reconhecia um exame apresentado pelo clube no dia 17 de outubro (13 dias após sua saída), ele "respondeu que NÃO, ressaltando que, além de parecer uma xerox, a sua assinatura é diferente do documento apresentado".

O ge entrou em contato com o dr. Antônio Carlos Naine, mas ele não quis se manifestar. O Bonsucesso também não respondeu até o fechamento desta reportagem.


No despacho em que informa a abertura do inquérito, a presidente do TJD-RJ, drª Renata Mansur, definiu como "fatos gravíssimos" a denúncia levada ao tribunal. Eduardo Biondi foi nomeado como auditor processante do procedimento investigatório.

Com oito pontos em 16 partidas, o Bonsucesso terminou a competição em penúltimo lugar na classificação geral e foi rebaixado para a Série B2 do Carioca.


10/05/2021

TJD-RJ ABRE INQUÉRITO PARA APURAR POSSÍVEIS FRAUDES EM EXAMES DE COVID-19 NO BONSUCESSO EM 2020

Jogadores do Cascavel em ação. Clube foi punido por fraude em exames de Covid
Foto: Cascavel/Divulgação


Fonte: Jornal O Globo


Antonio Carlos Naine atuou por cerca de cinco anos como coordenador médico do Bonsucesso. Permaneceu na função até o jogo contra o Sampaio Correa, no último 4 de outubro, pela Série B1 — a terceira divisão do Carioca. Era ele, portanto, o responsável por conferir os exames de RT-PCR realizados pelos atletas e comissão e validar a relação dos aptos para as partidas, conforme protocolo da Federação de Futebol do Rio (Ferj). Só que, mesmo após sua saída, o clube seguiu apresentando atestados com seu carimbo e assinatura por mais 11 jogos, até o fim da competição.

O Bonsucesso é uma das duas agremiações investigadas pela Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Rio por suspeita de falsificação de testes de Covid-19. O outro é o Mesquita, que disputou a Série B2 (quarta divisão). Além dos dois, caso recente ocorreu no Cascavel Clube Recreativo, que joga o Paranaense. A preocupação de entidades que investigam e punem esportivamente é haver outros casos sem o conhecimento das autoridades — o que abre brechas para uma “contaminação em manada”, caso haja infectado.

— Nossa preocupação maior é que, ao fraudar exames, você coloca em risco a vida de várias pessoas, não só dos envolvidos numa partida. E esbarra num crime de saúde pública. Não é só infração disciplinar — diz a presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio, Renata Mansur. — Se dois casos chegaram ao nosso conhecimento, imagina quantos outros podem haver?

No caso do Bonsucesso, Naine explicou em depoimento que não tinha mais vínculo com o clube e que não era dele a assinatura nos documentos anexados às súmulas nas rodadas seguintes. Ao examinar um deles (contra o Angra dos Reis, em 17/10) foi taxativo ao dizer que, além de “parecer xerox”, a rubrica era diferente. A denúncia partiu dos beneméritos do clube, que perceberam que a assinatura de Naime constava na súmula após sua saída.

No Mesquita, uma das provas mais contundentes é a presença da assinatura da ex-gestora do controle de qualidade do laboratório usado pelo clube, vinculado à faculdade Unigranrio. Seu nome constava em dois lotes de exames apresentados antes dos jogos de 29 de dezembro e 7 de janeiro. Detalhe: ela já havia falecido.

— Ficou provado que aqueles laudos apresentados não correspondiam à verdade. Havia número de pedido duplicado, questões do sistema do próprio laboratório incompatíveis com o que constavam no documento — afirma o auditor Rodrigo Octávio Pinto, responsável pelo inquérito conduzido pelo TJD-RJ. — O diretor do laboratório nos apresentou exame legítimo e confrontou com um apresentado pelo Mesquita indicando vários pontos que denotavam, de fato, falsificação.

O inquérito concluiu que, ao todo, 57 exames foram falsificados. A 7ª Comissão Disciplinar do tribunal suspendeu os dirigentes do Mesquita. Apontado como cabeça do esquema, o gestor do futebol Antônio Carlos Dias foi afastado por três anos e 11 meses e multado em R$ 30 mil. O ex-presidente Cleber Louzada e o atual Ângelo Benachio (à época vice) foram considerados corresponsáveis e afastados por 120 dias.

— Eles mostram não ter noção da gravidade de não se fazer o exame. Porque me parece que a questão de fundo é economizar. Uma das razões levantadas, no caso do Mesquita, foi essa: ‘Ah, mas os clubes menores não têm recursos financeiros. São muitos atletas para fazer exame’. Isso requer recurso e eles não têm condição. Mas, quando você pensa no universo de propagação do vírus, vê que não há condições de se não fazer o exame. Porque é um risco de contaminação em manada caso haja um infectado — argumenta Renata Mansur.

Um inquérito relacionado às fraudes no Bonsucesso também foi aberto pelo TJD/RJ. Mas encontra-se em estágio inicial, no aguardo do sorteio do relator.

Este temor de falsificações sem o conhecimento das autoridades também acometeu a Federação Paranaense de Futebol e a Polícia Civil do estado. A FPF afastou quatro atletas do Cascavel CR antes do jogo contra o Athletico, no último dia 22, pelo Estadual, por suspeitar dos laudos.

Após detectar indícios de falsificação, a FPF contatou o laboratório responsável pelos testes e descobriu que nenhum deles havia passado por exames. E mais: na verdade, foram 14 os testes falsificados. O caso foi entregue à Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar não só este episódio.

“Nós também temos a preocupação de que em outros jogos esta situação tenha ocorrido. Sendo assim, vamos verificar se aconteceu falsificação de exames em jogos já realizados”, afirmou o delegado Luiz Carlos de Oliveira, em nota.

O TJD do Paraná puniu o clube com 180 dias de suspensão (cumpridos apenas após todos os recursos serem esgotados) e multa de R$20 mil. Considerado responsável, o membro da comissão Anthony Perekles recebeu 360 dias de gancho e multa de R$ 10 mil.

Por envolver uma situação específica dos tempos de pandemia, o caso é inédito para a Justiça Desportiva. Não há artigos específicos para ele. O que os tribunais têm feito é aplicar o 234 (“falsificar documento público ou particular”) e o 258 (“conduta contrária à diciplina ou à ética desportiva”). Além disso, como ultrapassam a esfera do desporto, os casos são encaminhados ao Ministério Público. Procurado pela reportagem, contudo, o MPRJ diz ainda não ter sido aberto nenhum procedimento específico para apurar fraude em testes de Covid-19.