Cabelada, porém, já teve o nome relacionado a outras polêmicas no Rio de Janeiro. De personalidade forte, mas de imparcialidade duvidosa, ele já chegou a ser apontado como rubro-negro por muitos durante sua carreira no quadro de árbitro da FERJ na década de 80 e 90. Entretanto, o coração do ex-juiz sempre bateu forte pelo Vasco da Gama.
Isso, porém, não se sobrepôs ao jogo Flamengo x Bonsucesso, em 1982, em Moça Bonita, pela 7ª rodada da Taça Guanabara. O jogo se encaminhava para um placar final em 2 a 2, mas nos acréscimos do segundo tempo, Adílio 'marcou de cabeça'. O gol é escrito entre parênteses porque a bola não entrou já que Ademir Vicente tinha salvado em cima da linha, mas Cabelada apontou para o centro do campo, favorecendo o Rubro-Negro. O Leão da Leopoldina era garfado na cara dura.
O ex-dirigente William Bittar chegou a invadir o campo e dias depois, pediu a anulação do jogo no TJD-RJ, sem sucesso. Em entrevista ao Globoesporte.com em 2013, Luis Carlos Gonçalves deu sua versão do lance e negou que o gol fosse irregular.
Em contato exclusivo com o Fanáticos pelo Cesso, Dé Aranha, que tinha marcado o segundo gol do Bonsuça, relembrou a atuação patética do Cabelada:
Taça Guanabara: 7ª Rodada
Data: 21/08/1982
Local: Proletário Guilherme da Silveira Pilho (Rio de Janeiro)
Árbitro: Luís Carlos Gonçalves
Renda: Cr$ 2 505 000,00
Público: 8 350
Gols: Peninha 16, Leandro 24, Dé 28 e Zico 42 do 1.º; Adilio 43 do 2.°
Bonsucesso: Jurandir, Ademir, Osmar, Denilson e Galvão; Carlos Roberto, Wilson e Edson; Peninha (Silvinho), Dé e Jorginho, Técnico: Carlos Roberto
Flamengo: Cantarele. Leandro, Marinho, Mozer e Júnior, Andrade. Adilio e Zico; Wilsinho, Tita (Zezé) e Lico (Jasson). Técnico: Paulo César Carpegiani