O troféu da discórdia
entre rubro-negros do Rio e de Recife,
em exposição na cerimônia de encerramento do CINEfoot
em exposição na cerimônia de encerramento do CINEfoot
(foto: Clarissa
Pivetta - www.arissasmultimidia.com)
O terceiro CINEfoot (www.cinefoot.org) traz para o
Espaço Itaú de Cinema, na praia de Botafogo, e para o Centro Cultural da
Justiça Federal (CCJF), na Cinelândia, quarenta e cinco filmes produzidos em
dez países que têm em comum a participação do futebol como ator principal ou
coadjuvante. Vinte e oito películas constam nas mostras competitivas de longa e
curta metragens, que são democraticamente decididas pelo voto popular após as
sessões, todas gratuitas. A retirada dos ingressos acontece cerca de quarenta
minutos antes da hora marcada.
No domingo (27/5), quem por algum acaso foi à sessão
das 21h pôde ver a homenagem feita aos 50 anos da conquista do bicampeonato
mundial de 1962, no Chile. A lembrança foi feita através de Aymoré Moreira, o
técnico da equipe, representado por seu sobrinho João Moreira, e Josef Jelinek,
então atacante da República Socialista da Tchecoslováquia. Quando perguntaram
ao tcheco quem ele considerava o jogador brasileiro mais surpreendente, ele
apontou, não sem antes tecer elogios a Vavá, Amarildo, Didi e Nilton Santos,
ninguém menos do que o anjo das pernas tortas, Garrincha.
Ao longo do festival, também foram rendidas homenagens
aos centenários da conquista do Campeonato Carioca da Liga Metropolitana de
Sports Athleticos pelo Paissandu A.C., do futebol do Clube de Regatas Flamengo,
do clássico Fla X Flu e do nascimento de Nelson Rodrigues.
Esta edição do festival trouxe ainda o Concurso
“CINEfoot 100 anos de Paixão”, que aceitou a inscrição de vídeos que rendessem
homenagem a clubes centenários como o Goytacaz de Campos, o América de Minas e
o Operário Ferroviário do Paraná. Ao saber da iniciativa do CINEfoot, o
sociólogo e diretor Guilherme Vargues e o escritor Rafael Maieiro se entusiasmaram
com a possibilidade da elaboração do roteiro de um documentário, e devem
iniciar em breve os contatos com beneméritos e diretoria do Clube com vistas a
viabilizar a proposta.
A versão carioca do festival terminou terça, 29/5, com
a entrega das Taças CINEfoot 2012. No próximo fim de semana (31/5 a 5/6), o CINEfoot
vai para São Paulo, mas deixa no CCJF, de quinta a domingo(3/6), a “Mostra
Prorrogação”. Serão dez filmes em quatro sessões lembrando feitos como o
Bicampeonato Mundial (1958 e 1962), figuras ilustres como Mário Filho, Heleno
de Freitas e Garrincha, ou nem tanto como Queixada, artilheiro da Copa de 50 e
o maior ídolo cruz-maltino até a chegada de Roberto Dinamite.
A programação
completa está no site lá no primeiro parágrafo, e tem também um perfil no
facebook (http://www.facebook.com/CINEfoot).
Fazer cem anos não é para qualquer um, e o Festival
CINEfoot é um simples exemplo disso. Mais profundo é o fato de que desde bem antes
de aquelas arquibancadas de concreto tomarem forma, bem antes de a Teixeira de
Castro ter esse nome, ou mesmo de o chafariz da Praça das Nações tomar o lugar
do nosso primeiro campo, ou seja, desde quando já não mais lembramos e
recorremos à memória dos que vieram antes, havia uma bandeira rubro-anil
portando o escudo tão bem analisado pelo Prof. George Joaquim (http://georgejoaquim.blogspot.com.br/2012/05/as-variacoes-do-escudo-do-bonsucesso_30.html)
a pairar sobre os ares da Leopoldina.
Parafraseando o Ronaldo, num comentário à coluna do
Veras (http://fanaticospelocesso.blogspot.com.br/2012/05/coluna-de-papo-com-doente-com-andre_29.html):
que a consciência da história ilumine a razão dos Conselheiros reunidos nesta
quarta e leve o nosso Cesso a uma nova fase de recuperação. Com base na
tradição do clube, nas suas raízes, priorizando o trabalho em equipe com
dinamismo e, principalmente, sem megalomanias.
Sem que um passo à frente
signifique dois para trás.
Meu pai se estivesse vivo concordaria com Josef. Abção Dêrauê.
ResponderExcluirValeu, prof. George! Grande abraço!
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