12/10/2013

BONSUCESSO COMEMORA CENTENÁRIO COM PENSAMENTO NO FUTURO


O Bonsucesso chega ao centenário neste sábado com uma conquista para comemorar. Vice-campeão estadual da Série B, o Leão da Leopoldina estará de volta à primeira divisão do Campeonato Carioca em 2014 e, desta vez, espera ficar. Para superar as dificuldades financeiras e retomar a tradição de revelar craques, o rubro-anil faz planos para um futuro distante do alçapão da movimentada Avenida Teixeira de Castro, onde fica a sede histórica, no coração do bairro.

O plano é deixar o atual endereço e mudar para um terreno, no outro lado da linha do trem, por meio de uma permuta. O clube a área atual, de 8 mil metros quadrados, e ganharia outro de 22, onde uma empresa parceira construiria uma nova sede social e um estádio com capacidade para 12 mil torcedores. De acordo com o presidente Zeca Simões, o projeto aguarda uma definição da empresa interessada, que tem o nome mantido em sigilo.

— Seria ótimo, porque teríamos uma nova sede, com equipamentos novos e variados para oferecer ao associado, e uma arena novinha. Hoje o Bonsucesso não tem espaço para crescer: está acuado, porque não pode expandir o estádio, que tem apenas 3.500 assentos, e também não pode oferecer novas opções de lazer para os associados. Estamos apenas aguardando a resposta deles — afirma o dirigente.


Com sete títulos na segunda divisão, o Bonsucesso é o maior vencedor do campeonato. Na primeira divisão, o ano em que esteve mais próximo do título foi em 1924, quando foi derrotado pelo Vasco e acabou com o vice-campeonato. Mas o clube espera entrar na seleta galeria de campeões estaduais com o reconhecimento de um título conquistado em 1919, o da Liga Suburbana, explica o historiador do clube, George Joaquim.


— Era uma liga paralela à Metropolitana, com custos menores e ela aceitava jogadores pobres, negros e analfabetos, não era tão elitista quanto a oficial, permitia um acesso mais democrático ao esporte. Ao longo do tempo, a Federação de Futebol Estado do Rio de Janeiro (Ferj) reconheceu títulos de ligas não oficiais, como o da Liga Carioca de Futebol que, na época, era considerada pirata. Mas, hoje, Bangu, Vasco, América e Fluminense são reconhecidos como detentores dos títulos obtidos entre 1933 e 1936. Pleiteamos o mesmo tratamento — analisa.


A força da tradição


Primeiro brasileiro a conquistar a artilharia de uma Copa do Mundo, em 1938, Leônidas da Silva é o maior orgulho do Bonsucesso. Revelado pelo clube, o Diamante Negro é reverenciado como inventor da mais bela jogada do esporte: a bicicleta. O lance teria acontecido pela primeira vez em 24 de abril de 1932, na goleada por 5 a 2 sobre o Carioca, do Jardim Botânico. O feito fez com que o estádio ganhasse o nome do ex-jogador após a sua morte, em 2004, e será lembrado na próxima camisa do clube, que terá a silhueta do craque praticando a jogada. A peça tem lançamento previsto para dezembro.


Contemporâneo de Leônidas, Gradim é um craque esquecido. Os dois formaram dupla de ataque no rubro-anil e repetiram a dobradinha até mesmo na seleção brasileira, que venceu a Copa Rio Branco de 1932, no Uruguai. Um feito raro para clubes deste porte, que destaca a relevância do Bonsucesso no cenário esportivo daquele período.


— Naquela época o Bonsucesso era grande, tinha dois atacantes na seleção brasileira. Leônidas da Silva se projetou aqui, de onde saiu. Mas ele não foi para Flamengo ou Vasco, isso só aconteceu depois. Ele despertou interesse internacional e foi para o Peñarol, uma potência mundial da época. Gradim virou treinador depois e deu ao clube seu único título estadual de juniores — conclui George.


Funcionário mais antigo do clube, Ronald Carvalho tem 73 anos, 60 deles dedicados ao Bonsucesso, primeiro como sócio e, desde 1977, como funcionário do departamento de futebol. Neste período, viu o manto ser envergado por craques e pernas de pau. Prestes a se aposentar, vê com preocupação o futuro do clube que aprendeu a amar.


— Estou animado com a volta à primeira divisão, mas é preciso ter dinheiro para conseguir manter o time lá em cima. Caso contrário, a queda é certa. A camisa tem peso, mas não joga sozinha — conclui.

Fonte: Jornal Extra

11/10/2013

COLUNA DO GEORGE JOAQUIM: VIVA O CENTENÁRIO!


Feliz Centenário!
O Sol brilhou mais forte no horizonte leopoldinense a 100 anos. Os “raios em vermelho e azul” transformaram corações suburbanos em apaixonados torcedores do Bonsucesso Futebol Clube, ou originalmente, Bomsuccesso Foot-Ball Club. Os amantes do esporte mais popular do Brasil presenciaram o nascimento e desenvolvimento do orgulho da região. O Bonsucesso é o Campeão da Leopoldina, de acordo com o Jornal Imparcial, edição nº 1063 de 30/11/1915:
Sul Americano F. Club "versus" Bomsuccesso F. C. 
Realizou-se domingo ultimo um match amistoso entre o campeão do Torneio Carioca e o campeão do Subúrbio da Leopoldina, sahindo vencedor nos primeiros teams o Sul Americano, pelo score de 3 a 2, e no segundo o Bomsuccesso, pelo score de 4 a 0.
Meninos sonhadores, desbravadores, fundadores e jogadores que desafiaram gerações e desfilaram seus talentos com a bola pelos campos suburbanos. O Bonsucesso ultrapassou limites, surgiu para o futebol carioca como uma nova opção de paixão.
O Bonsucesso acumulou títulos nas principais ligas que organizaram os campeonatos cariocas nos últimos 100 anos. São dois títulos na Liga Suburbana de Futebol, dois na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, três na Associação Metropolitana de Esportes Atléticos e quatro na Federação de Futebol com as equipes de 1º quadro, além dos títulos de 2º e 3º quadros, dos esportes de quadra, ciclismo e méritos individuais em outras modalidades.
Por onde andou, deixou seguidores. Por onde jogou, deixou admiradores. Foi classificado como “Esquadrão Academia” pela imprensa paulista e “Mensageiro da Paz” pela imprensa mineira. No seu berço de fundação foi classificado como “o fantasma”, por assustar os grandes adversários.
Os seus campos (Estação de Bonsucesso, Rua Uranos, Avenida dos Democráticos e Estrada do Norte, atual Teixeira de Castro) foram locais de reunião de craques. Grandes nomes do futebol carioca e brasileiro surgiram nestes gramados. Outros tantos foram acolhidos. Leônidas e Gradim são os líderes de uma lista extensa de ídolos que honraram o nosso escudo, a nossa bandeira e as nossas cores.
Do campo ao escritório, outros homens honraram o nosso escudo. Da fundação até hoje, grandes nomes que passaram pela presidência e diretorias também foram eficientes em diversos setores administrativos e consultivos do futebol carioca e nacional. De nossa sede, saíram membros que ocuparam cargos no CND, CBD, Federação e TJD.
Aos que dedicaram um minuto de suas vidas para o engrandecimento do Bonsucesso, o meu muito obrigado. Não são 100 dias, 100 meses, e sim, 100 anos. Com muito trabalho o Bonsucesso foi erguido. E devemos ter o mesmo trabalho para manter a sua história. A trajetória de conquistas não pode cessar. Então, rumo ao 2º centenário!
Salve o Cesso!
Resgatando a História.
No dia do 44º aniversário do Bonsucesso, a festa também foi no campo do Maracanã. No dia 12 de outubro de 1957, o Rubro-Anil da Leopoldina empatou com o Tricolor das Laranjeiras em 1 a 1.
Ficha Técnica: Fluminense 1 x 1 Bonsucesso.
Competição: Campeonato Carioca – 2º turno.
Local: Maracanã.
Data: 12/10/1957.
Árbitro: Gualter Gama de Castro
Gols: Jair, 45 e Léo, 73
FLUMINENSE: Castilho, Cacá e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Paulo; Telê, Léo, Valdo, Róbson e Escurinho.
BONSUCESSO: Barbosa, Bibi e Jorge David; Gilberto, Valdemar e Santoro; Jair, Geraldo, Nonô, Délson e Nilo.

Abração a todos.

CONFIRA A MÚSICA EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DO BONSUCESSO

Amigos, o centenário do Bonsucesso está chegando e o clube recebe homenagens de várias partes do Brasil. O compositor Becca Lopes fez uma música ao clube que foi interpretada por Weber Werneck com arranjos de Edgard Filho. Confira o clipe abaixo! Avante Cesso!

SERGINHO AFIRMA: "FALTOU ATITUDE E FOCO NA COPA RIO"

A virada sofrida pelo Bonsucesso na partida contra o Duque de Caxias acabou com a chance de classificação do Rubro-anil. O revés desta quarta (09), no Marrentão, considerado injusto pelo lateral-esquerdo Serginho, foi comentado pelo mesmo após a partida.

- Entramos bem no jogo, fizemos o primeiro gol e tivemos diversas oportunidades de matar a partida ainda no primeiro tempo. Na etapa final também começamos bem e o Duque teve um jogador expulso, o que nos ajudou. Mas não fomos felizes para fazer o segundo gol e os pequenos detalhes fizeram a diferença. Sofremos gols em dois lances bobos, que decretaram a nossa derrota – relatou Serginho.

Conciso em seu depoimento, o lateral do Leão da Leopoldina ainda explicou, em sua visão, os motivos que resultaram na eliminação “precoce” do Bonsucesso na Copa Rio.

- Perdemos os últimos jogos por detalhes e falta de atenção. Foi assim contra o Volta Redonda e se repetiu contra o Duque. Infelizmente na Copa Rio estamos saindo na primeira fase. Faltou um pouco mais de atenção nas partidas e os detalhes que citei anteriormente. Atitude e foco foram as nossas metas no Estadual e conseguimos o acesso. Na Copa Rio faltou isso. Tivemos oportunidades de estar tranquilos no grupo mas as desperdiçamos – finalizou o jogador.


Fonte: Futrio.net

10/10/2013

COLUNA DO GEORGE JOAQUIM: RESGATANDO A HISTÓRIA DO BONSUÇA

Um dos maiores historiadores do Bonsucesso e colunista dos 'Fanáticos pelo Cesso' George Joaquim trouxe nesta quinta-feira no 'Acervo Rubro-Anil' uma revista comemorativa de 1983 em alusão aos 70 anos do clube com um dos fundadores do Leão da Leopoldina, Miguel Onida, que também foi goleiro do Bonsuça. Confira abaixo e viaje no tempo: