TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #58

Por: Paulo Jorge

UM ANO ESPECIAL PARA O BONSUCESSO: 1955

Julião; Edson e Gonçalo; Paulo, Valdemar e Pacheco; Nobre, Ubirajara, Naval, Nico e João.

No torneio Início, o Bonsucesso foi eliminado logo na primeira partida, perdendo por 2 a 0 para o Vasco. Mas, no Carioca desse mesmo ano, o time brilhou intensamente. Os 11 jogadores citados acima jogavam com calma. Mesmo na derrota era conhecido como um time calmo, de toque de bola e um emocional controladíssimo. Esse 'esquadrão' foi o sexto colocado na competição, ficando à frente do Botafogo e ainda venceu o Fluminense por 2 a 1.

Essa sexta colocação deu o direito ao time ir para o 3º turno e brigar pelo título. Nesse grupo com as seis melhores equipes, o Bonsucesso acabou ficando em último, porém isso não apaga o momento histórico vivido pelo clube.

Confira semanalmente a coluna 'Tá no Livro', com o historidador Paulo Jorge. O resgate da história do Bonsucesso você encontra aqui no Fanáticos pelo Cesso! 

Deixe seu comentário e faça crescer a legião de torcedores do Leão da Leopoldina! Vamos rugir alto em 2023!

Fonte: Manchete Esportiva/Biblioteca Nacional 1956

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #57

Leônidas da Silva em raro registro pelo Bonsucesso
Foto: Reprodução

A Coluna Tá No Livro está de volta em 2023! E como o ano começou com homenagens ao ídolo Leônidas da Silva, o historiador Paulo Jorge trouxe registros raros do jogador com a camisa do Bonsucesso.

Mas, você conhece a história do craque que dá nome ao estádio do Bonsuça? Vamos trazer aqui uma síntese da carreira do atacante.

Leônidas nasceu no Rio de Janeiro e começou a jogar futebol no São Cristóvão, passando ainda por Barroso, Syrio Libanês e Sul-América. Foi nesse último time que sua vida mudou. Convidado pelo companheiro Miro, decidiu ir para o clube do subúrbio carioca, pois lá, sabia que seria titular absoluto, mesmo com apenas 18 anos de idade. Chegou a recusar uma proposta do Vasco da Gama, como informado pelo Diário de Notícias.

Fechado o contrato, assinou com o Bonsucesso e aceito a inscrição pela AMEA no dia 15 de maio. Leônidas arrebentou tanto que já nesse primeiro ano foi assediado por times da Espanha, mas não quis saber de conversa. 

Era um homem de temperamento forte, tanto é que chegou a ficar suspenso, primeiro 60 dias, depois reduzido para 30 dias, pois ofendeu o arbitro da partida entre Botafogo x Bonsucesso, o que deu um verdadeiro “bafafá” na época. 

Em 1932, ele recebeu diversas homenagens devido a um gigante feito. Vestindo a camisa do Leão da Leopoldina, Leônidas foi convocado para disputar a Copa Rio Branco, um jogo amistoso contra o Uruguai. No ano anterior já tinha jogado e ganho a partida contra os campeões mundiais - esse jogo aconteceu nas Laranjeiras e terminou 2 a 0 para o Brasil, mas o atacante não obteve destaque. 

Já no torneio de 1932, o jogo seria em Montevidéu e não é que o jovem destruiu os uruguaios! O atacante marcou dois gols na vitória por 2 a 0, distribuindo passes e dribles desconcertantes, o que fizeram os uruguaios ficarem encantados com o seu futebol. Devido a essa exibição, por onde o time passava, ele recebia premiações, como foi em um jogo amistoso na Bahia. 

O Diamante Negro marcou 51 gols em 55 jogos pelo Bonsucesso e eternizou seu nome na história.

Fonte: Diário de Notícias

BONSUCESSO FARÁ LANÇAMENTO DE CAMISA EM HOMENAGEM A LEÔNIDAS

Nova camisa III do Bonsucesso homenageia Leônidas da Silva
Foto: Divulgação

A diretoria do Bonsucesso deu um spoiler e divulgou imagens da camisa III que irá homenagear Leônidas da Silva pelos 110 anos que o maior jogador que já defendeu o clube em todos os tempos faria em 2023 (6 de setembro). A camisa da Cítera, fornecedora de material esportivo do Rubro-Anil, é predominantemente preta com detalhes em dourado nas mangas. O escudo bordado é composto com uma estrela abaixo, que simboliza o título da Copa Rio em 2019, e as estrelas acima sintetizam as conquistas nas divisões inferiores de acesso do Estadual.

No centro do uniforme há a icônica bicicleta do 'Diamante Negro', marca registrada do ex-jogador que dá nome ao estádio na Teixeira de Castro. As peças estão sendo confeccionadas e devem chegar a boutique do Bonsucesso nos próximos meses. 

O Bonsucesso já vem recebendo alguns pedidos tão logo as imagens foram divulgadas nas redes sociais. O clube fará um evento de lançamento da peça com a divulgação dos valores em breve.

FERJ DEFINE CRITÉRIOS DE VAGAS PARA A COPA DO BRASIL DE 2024

FERJ define critérios de classificação para a Copa do Brasil
Foto: Reprodução

A FERJ divulgou a nova fórmula de classificação para a Copa do Brasil de 2024, baseado nos critérios adotados pela CBF. Segundo a entidade estadual, os quatro classificados para as semifinais do Carioca estão garantidos. O campeão da Taça Rio, que consiste provavelmente do melhor time de menor investimento e o campeão da Copa Rio também estarão garantidos no maior torneio de mata-mata do país na próxima temporada. 

A FERJ também informa que outras vagas que sejam eventualmente destinadas à entidade em razão da qualificação de clubes do estado para disputa da Copa Libertadores das Américas de 2024, serão ocupadas de acordo com classificação geral do Campeonato Estadual da Série A de Profissionais de 2023, excluídos, obviamente, os clubes já qualificados.

O Bonsucesso foi campeão da Copa Rio de 2019 e tinha escolhido disputar a Copa do Brasil, porém, a diretoria alegou que não teria condições financeiras para bancar a manutenção do elenco para a disputa do torneio e acabou abdicando da vaga, posteriormente cedida ao Boavista. 

Esse ano, o clube da Leopoldina está fora da Copa Rio. O Bonsuça disputará apenas a Série B2, equivalente a 4ª Divisão do Cariocão.

TÁ NO LIVRO, COM PAULO JORGE #56

Por: Paulo Jorge

UMA TROCA INUSITADA 

Geralmente um jogador projeta sua carreira com início em um clube tradicional, contrato com um clube médio ou grande, umas temporadas na Europa e termina sua trajetória em seu clube de coração, certo? E se eu te contar que um jogador trocou o Botafogo pelo tradicional Bonsucesso! Brandãozinho saiu de General Severiano rumo à Teixeira de Castro.

À Revista do Esporte, Brandãozinho dizia que enquanto servia as 'fileiras' do Exército, tirou serviço com um sargento que levantava peso pelo Botafogo. Nadim conhecia o potencial do jovem e disse que ele teria potencial para jogar pelo Alvinegro. Em um determinado momento, o sargento o levou a presença do lendário Gentil Cardoso, que gostou do garoto e fechou um contrato para ganhar C$1.600 cruzeiros mensais.

De início, Brandãozinho integrou a equipe de amadores, mas logo integrou o quadro de profissionais a pedido do próprio técnico e o salário aumentou para C$ 3.500 cruzeiros mensais. O 'back' jogou no Botafogo até 1956, mas chegaria a conclusão que jamais teria chances reais de se tornar ídolo no clube. Daí, pediu para sair, mas como tinha contrato a cumprir, aceitou um empréstimo para o América-MG.

Ficou apenas 22 dias em Minas Gerais e saiu devido a brigas por salários, luvas e não se adaptou ao clima da cidade. No dia que decidiu voltar ao Rio, encontrou-se com Gentil Cardoso que dirigia o Bonsucesso e na conversa entre os dois, o jogador expôs sua situação e o técnico não pensou duas vezes: “venha jogar no Bonsucesso!”.

Brandãozinho aceitou o convite, conversou com os dirigentes do Botafogo e aceitaram a ida do jogador para a Teixeira de Castro. Naquele momento, no ano da reportagem que era 1959, Brandãozinho era titular absoluto do time.

Essa é a última coluna 'Tá no Livro' do ano. Ao longo de 56 capítulos, resgatamos uma parcela da história do nosso querido Bonsucesso aos Fanáticos. Desejamos a todos um próspero Ano Novo! Em 2023 teremos muito mais histórias desse clube maravilhoso.

Fonte: Revista do Esporte (1959)