O goleiro Júlio César defendeu o pênalti cobrado por Matheus Bastos no segundo tempo
Vídeo: Maricá TV
A derrota para o Maricá por 2 a 0 na manhã desta quarta-feira colocou o Rubro-Anil na zona de rebaixamento para a B2 (4ª Divisão) de 2021. O time é o lanterna do Grupo B da Taça Corcovado com apenas dois pontos e na classificação geral, com oito, foi ultrapassado pelo Nova Cidade que venceu o Artsul com um gol aos 43 minutos do segundo tempo e chegou aos 10. O Campos ainda é o lanterna com sete. O time do Norte Fluminense foi goleado pelo Rio São Paulo por 3 a 0.
O Leão da Leopoldina tem ainda mais dois jogos para tentar se salvar. O time volta a campo sábado, contra o Gonçalense, às 15h, no Estádio Joaquim Flores e encerra sua participação no Estadual contra o Serrano, dia 25, no Atílio Marotti.
Em um jogo movimentado, o Bonsucesso abriu a 7ª rodada da Taça Corcovado, na Segunda Divisão do Campeonato Carioca, no Alzirão, contra o Maricá e novamente saiu de campo com uma derrota: 2 a 0, gols de Paulo Henrique e Zuca. Com o resultado, o Rubro-Anil chega a incrível marca de 12 jogos sem vencer no Estadual e corre o risco de entrar no Z-2 já que soma apenas oito pontos na classificação geral e o Campos e o Nova Cidade ainda jogam nesta quarta-feira (18).
O Maricá começou a partida pressionando o Bonsucesso e com algumas oportunidades desperdiçadas ou que pararam nas mãos do goleiro João Paulo, destaque no primeiro tempo. O Leão da Leopoldina conseguiu segurar a pressão inicial e equilibrou a partida a partir dos 20 minutos, porém, o gramado molhado do Alzirão atrapalhava bastante na construção das jogadas.
As melhores chances surgiram aos 38 e 40 minutos. O Maricá teve uma oportunidade incrível nos pés do camisa 8. Após uma jogada pela direita, a bola sobrou para Sidnei na pequena área. O meio-campo se esticou para finalizar, mas a bola acertou o travessão. Dois minutos depois, Vitinho por pouco não abriu o placar de cabeça para o Rubro-Anil.
Na etapa complementar, debaixo de muita chuva, o Maricá voltou melhor. Aos 13 minutos, o time da casa chegou ao gol. Paulo Henrique abriu o placar de pênalti, deslocando o goleiro João Paulo após um lance interpretativo de toque de mão do zagueiro Rafael. Aos 17, o Bonsucesso poderia ter empatado da mesma forma. Matheus Bastos foi derrubado na grande área, mas o próprio camisa 10 bateu muito mal e desperdiçou.
O Maricá seguia melhor. Aos 25 minutos, após cobrança de falta de Paulo Henrique, a bola acertou o travessão e no rebote, sozinho, Zuca mandou para fora. O Bonsucesso se desorganizou e nervoso virou presa fácil para o Maricá, que soube administrar o tempo e o resultado. Aos 45, Zuca se redimiu. Em uma triangulação, ele colocou no canto direito do goleiro João Paulo ao se antecipar a zaga e fechar o placar: 2 a 0.
VÁRZEA?
O Bonsucesso não adotou o uniforme completo da Carioca Sport durante a disputa da Taça Corcovado, mas diante do Maricá, a equipe usou o short da fornecedora de material esportivo e a camisa do antigo patrocinador, a Ícone. No banco, os reservas usavam os coletes da WA Sports. Cabe ressaltar que o goleiro segue usando o uniforme com a logomarca da H Carvalho, que deixou o clube com dívidas. O material da Carioca Sport foi uma doação feita ao ex-treinador Paulo Veltri, que assumiu o time na transição para a nova gestão do futebol, mas permaneceu no cargo por apenas uma semana. A 'Família Sena' preferiu reutilizar as camisas da temporada passada.
Confira abaixo os jogos da 7ª rodada da Taça Corcovado:
Duque de Caxias x Sampaio Correa Olaria x Goytacaz Serra Macaense x São Gonçalo Nova Cidade x Artsul Serrano x Angra dos Reis Gonçalense x Nova Iguaçu Rio São Paulo x Campos
O Bonsucesso encara o Maricá nesta quarta-feira, às 10h, no Alzirão, pela antepenúltima rodada da Taça Corcovado. O clube, que já está rebaixado para a Terceira Divisão em 2021 (será chamada de B1), luta ainda para não sofrer uma queda ainda mais dura para a B2 (Quarta Divisão) na próxima temporada. Para isso, precisa terminar fora das últimas duas colocações. Atualmente, o time é o 15º entre 17 clubes.
Diante do cenário difícil, o Blog Fanáticos pelo Cesso conversou com exclusividade com o capitão da equipe, o zagueiro Vladmir Bajsic, de 37 anos, brasileiro com descendência croata, que acumula ao longo da carreira passagens por clubes como Macaé, Cabofriense, America, Goytacaz, Portuguesa, Novo Hamburgo e Cruzeiro (ambos do Rio Grande do Sul) além de uma passagem pela Europa na Escócia e Alemanha.
Vlad reconheceu o momento ruim do Rubro-Anil no Estadual e classificou os problemas extracampo como decisivos no desempenho do clube.
"A Taça Corcovado não tem sido pra gente como todos esperavam até pela situação da troca de diretores do clube e jogadores. Muitos atletas nunca jogaram profissionalmente e estão tendo pela primeira vez a oportunidade. Não passamos também por uma mini pré-temporada. São jogadores que estavam parados. Infelizmente isso tudo atrapalhou para brigarmos por esse segundo turno. Agora, temos que se encaixar na realidade de brigar para permanecer na B1", afirmou.
O capitão do time esmiuçou como tem sido o trabalho mental com os companheiros para não deixar a 'peteca cair', restando apenas três jogos para definir o futuro do Bonsucesso em 2021.
"Não só eu como o Wellington Junior, Rafael e outros tentamos motivar os mais jovens da melhor forma possível, explicando que não é nada fácil e falando que há muitos que gostariam de estar no nosso lugar mesmo com as dificuldades. Não há motivação melhor do que acordar todo dia e poder fazer o que você mais ama que é jogar futebol", disse.
Confira outros trechos da entrevista com o zagueiro Vlad, do Bonsucesso.
FANÁTICOS: A troca de comando constante no time atrapalha o desempenho do Bonsucesso? Por que ainda não engrenou com o Marcus Amoroso?
VLAD: "Com certeza a troca constante de treinadores atrapalha qualquer clube. Estamos pegando a filosofia do Amoroso, tanto que conseguimos fazer um bom jogo contra o Rio São Paulo. Mesmo não saindo de campo com a vitória tivemos chances de gol claras, mas não conseguimos converter. Tenho certeza que vai andar e vai melhorar."
FANÁTICOS: Jogar no Estádio Joaquim Flores tem sido um complicador para o Bonsucesso? Se atuasse em casa na Teixeira de Castro o desempenho poderia ser melhor?
VLAD: "Quando podemos atuar na nossa própria casa, onde treinamos diariamente, facilita não só ao Bonsucesso como para qualquer clube onde se trabalha constantemente."
FANÁTICOS: Você é um jogador experiente e com passagens por diversos clubes Brasil afora. O que te fez aceitar esse desafio no Bonsucesso?
VLAD: "Sempre gostei de desafios. Aceitei quando recebi a ligação do Lorran (Sena) fazendo o convite para permanecer com o clube pelo menos na B1, não haver a queda mesmo com as dificuldades que tiveram no primeiro turno e que ainda existem no segundo por falta de entrosamento. A vontade de vencer não só minha como de todos fará com que o Bonsucesso permaneça pelo menos na divisão."
FANÁTICOS: O Bonsucesso não tem concentração e a energia elétrica no estádio está cortada. Esses problemas estruturais pesam para um desempenho irregular do time?
VLAD: "Quando os jogadores têm condições de ficarem num hotel e se alimentarem na hora certa e com descanso necessário ajuda muito. Mas, tenho certeza que todos os jogadores do Bonsucesso têm a conscientização de que precisamos descansar mesmo em casa para que no outro dia possamos dar o melhor, de acordo com o que o nosso treinador pede.
FANÁTICOS: A Família Sena tem sido responsável por administrar o futebol atualmente. Tudo tem sido pago corretamente após o antigo gestor não cumprir acordos? O presidente do clube tem apoiado vocês na luta contra a Série B2?
VLAD: "Não escutei nenhuma reclamação com relação a 'Família Sena' desde que cheguei ao Bonsucesso. Eles têm feito tudo certinho e pago tudo que foi prometido."
FANÁTICOS: Já tinha sofrido um rebaixamento na carreira?
VLAD: "Nunca tive um rebaixamento na carreira. Já passei por essa situação (luta contra o descenso) no Rio Grande do Sul e graças a Deus permanecemos. No Bonsucesso não será diferente. Vamos conseguir manter o clube na divisão que ele está."
Vladmir disputou cinco jogos pelo Bonsucesso. O clube soma apenas dois pontos no Grupo B da Taça Corcovado. O Maricá é o segundo com 10 no Grupo A. José de Matos Modesto será o árbitro. Ele será auxiliado por André Luis de Souza e Feliphe da Cunha Cabral.
O Bonsucesso está matematicamente rebaixado para a Terceira Divisão após não sair do empate em 0 a 0 com o Rio São Paulo, neste sábado, pela sexta rodada da Taça Corcovado, no estádio Joaquim Flores. O resultado deixou o Rubro-Anil na última colocação do Grupo B do segundo turno com dois pontos e na 15ª colocação no geral com oito, ainda fora da zona de rebaixamento para a B2 (4ª Divisão) em 2021 - caem os dois últimos colocados.
Os resultados da rodada impedem o clube da Teixeira de Castro de terminar entre os oito melhores, que se garantem na A2 da próxima temporada, já que o Serrano chegou a 18 pontos, restando três rodadas para terminar a fase classificatória do Estadual.
O Bonsucesso voltará a disputar a Terceira Divisão após 18 anos. A última vez foi em 2003. Na ocasião, o Rubro-Anil subiu ao bater o Mesquita na decisão com o estádio Leônidas da Silva lotado. No melhor dos cenários, o clube voltaria à elite em 2023, sendo campeão das divisões inferiores sucessivamente. Confira abaixo os resultados da última rodada:
O Blog Fanáticos pelo Cesso relembra o curta-metragem dedicado ao Leão da Leopoldina, na mostra "100 anos de Paixão", que ficou com o segundo lugar no Cinefoot, Festival de Cinema, em 2013.
O documentário que foi exibido no Espaço Itaú de Cinema, apresentou o amor incondicional dos torcedores pelo centenário clube. Ao longo das imagens, o diretor Wagner de Oliveira apresentou os bastidores de um dos jogos do clube para voltar à elite do futebol carioca. Cadu Vieira, jornalista (narrador) que morreu tragicamente em um acidente em Copacabana, aparece nas imagens durante a transmissão da partida.
O Bonsuça não atua na Teixeira de Castro desde 2014. Esse ano, todas as partidas estão sendo disputadas com portões fechados devido à pandemia. Que nostalgia.