Equipe Juvenil Campeã de 1939. Em pé: Técnico Francisco de Souza
(Gradin); Auxiliar Técnico Antenor de Oliveria (Caluda); Mestiço, Justo,
Jahú, Carlos (Careca), Walter (Bolinha); Diretor Deptº Juvenil
Victoriano da Silva Porto. De joelhos: Haroldo, Jorge, Sylvio.
Sentados: Octávio, Maneco, Tião."
Como já introduzi alhures (estopim.net/y7/?p=1054), se
o Bonsuça não tem condições de repetir o feito de 1939, quando foi campeão
estadual nos juniores, o time do técnico Jorge Martins ainda pode alcançar o
quinto lugar geral na competição deste ano. Para isso, a última vitória, contra
o Boavista, fora de casa, por três a um foi fundamental, assim como também será
conquistar os três pontos sobre o Friburguense, amanhã (sábado, 9/6), na
Teixeira de Castro.
Infelizmente, também será preciso torcer para que, no
mesmo dia, o Duque de Caxias encontre uma pedra no caminho de Conselheiro
Galvão e não consiga vencer o Madureira. O arrendatário do Estádio “Marrentão”,
em Xerém, possui quarenta e seis pontos no somatório dos dois turnos, dois a
mais que o Bonsucesso. Vencendo o time de Friburgo, chegaremos ao mesmo número
de vitórias – primeiro critério de desempate – obtidos pelo Duque, mas levamos
vantagem no saldo de gols (seis a mais), o que nos deixaria à sua frente.
Há a chance de o campeonato terminar no próprio sábado,
caso o Nova Iguaçu vença o Vasco fora de casa. Logrando-o, se sagrará
“supercampeão” da categoria, uma vez que o time da baixada venceu a Taça
Guanabara com quatro pontos de vantagem sobre o Flamengo e o tricolor das
Laranjeiras. Caso empate, e o Fluminense vença o Olaria na Bariri, ambos chegam
a trinta e cinco pontos, igualando-se também em número de vitórias (treze). Mas
como o pó-de-arroz tem sete gols a mais de saldo, este terminaria em primeiro,
levando a decisão para uma final entre os dois, prevista para o fim de semana
seguinte.
Levando em conta somente a classificação do segundo
turno, por outro lado, parece que de alguma maneira o rebaixamento dos
profissionais abalou os ânimos dos meninos da antiga Estrada do Norte. O
retrospecto dos últimos jogos tem como marca a irregularidade. Antes da vitória
sobre o Boavista na quarta-feira, perdemos em casa para o Duque de Caxias por 4 a 3 no último fim de semana,
enquanto nas rodadas anteriores vencemos o Fluminense, fora, por 2 a 1; empatamos com o
Americano no Godofredo Cruz com um gol marcado; e batemos o Voltaço pelo mesmo
placar registrado contra o Flu.
Até o início da partida de quarta-feira, o Leão ocupava
a décima posição. Subiu dois lugares depois dos três pontos conquistados, chegando
a oitavo entre os dezesseis que disputam a Taça Rio. Com dezoito pontos e um
gol positivo em seu saldo, ainda pode ultrapassar o Macaé (com dezenove pontos
e seis gols negativos de saldo), que na última rodada enfrentará o Volta
Redonda na cidade do aço.
Além do Bangu, empatado na tabela com o Bonsuça em
pontos e vitórias, mas com cinco gols a menos de saldo, apenas o Americano
ainda pode, matematicamente, ultrapassar
o Rubro-Anil da Leopoldina. O time de Moça Bonita enfrentará o Resende em seu
estádio, enquanto a equipe do norte fluminense encara o rubro-negro da lagoa em
Godofredo Cruz.
De qualquer forma, a campanha do rubro-anil nos
Juniores demonstra como um trabalho sério e realizado com perspectivas de médio
prazo, em que pesem as dificuldades que impõem as limitações de estrutura
presentes no nosso amado Leão da Leopoldina. Além de servir de exemplo, não se
pode esquecer que os garotos são, além do presente, o futuro do futebol do
clube – e isto para muito além dos craques ainda à espera da revelação. Estes,
infelizmente, deixarão o clube mais cedo ou nem tanto.
Junto aos menos “cobiçados”, por sua vez, é possível
desenvolver um trabalho de valorização e identificação com o nosso Leão, com
vistas a desenvolver uma base – o nome não é à toa – sólida para o futebol rubro-anil.
Assim, poderemos cada vez menos ficar à mercê de patrocínios e eventuais
“doações” para conseguir observar os compromissos financeiros, além de
impulsionar – como na época da Escola de Instrução Militar 337, mantida pelo
Bonsuça em seus primórdios – o caráter humano e a formação profissional desses
jovens que buscam, em sua maioria, melhores condições de vida para si e para
seus familiares através do esporte mais popular do mundo.