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01/11/2013

CORPO DE JOÃO RODRIGO É ENTERRADO EM SULACAP, NO RIO DE JANEIRO


Amigos e parentes do comerciante João Rodrigo Santos Silva, de 35 anos, sequestrado e decapitado na noite da última segunda-feira, prestaram as últimas homenagens ao ex-jogador que teve a cabeça deixada dentro de uma mochila na frente da casa da família, em Realengo. Na tarde desta quinta-feira, o corpo do ex-atleta foi sepultado no cemitério da Saudade, em Jardim Sulacap. Bandeiras do Madureira, Bangu e Duque de Caxias, times que João defendeu, cobriram o caixão do comerciante. Muito emocionada, a mulher do ex-jogador, a policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro de São Carlos, Geísa Silva, de 31 anos, vestiu a camisa do Bangu, time em que o marido jogou durante dois anos.

Um familiar, que preferiu não se identificar, contou que a família entregou o caso nas mãos de Deus. Ainda segundo esse parente, Geísa está recebendo atendimento de três psicólogos da Corregedoria de Polícia Pacificadora (CPP).

— Nós não temos forças, estamos arrasados. Só pedimos a Deus que nos dê forças e conforte o coração de Geísa — disse.

O ex-treinador de João Rodrigo no Duque de Caxias, Marcelo Buarque, contou que o comerciante jogou pelo time da Baixada Fluminense de 2007 a 2009. Segundo Marcelo, o ex-jogador era uma pessoa tranquila, divertida e engraçada. Para ele, a morte de João foi muito brutal.

— O que fizeram foi uma barbárie, um crime brutal de uma maldade sem fim. Estou muito triste, porque ele estava animado com o andamento da sua loja de suplementos — lamentou.

Polícia investiga se crime tem relação com roubo à loja da vítima

A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil investiga se postagens feitas numa rede social por João Rodrigo Santos Silva, podem ter relação com o crime. No dia 15 de outubro, o perfil da loja de João no Facebook publicou imagens que de três homens que teriam sido responsáveis por um roubo ao estabelecimento dois meses antes, em 13 de agosto.

Na página que leva o nome da loja do ex-jogador - “Força Natural Produtos” -, o comerciante escreveu: “Pessoal, me ajude a colocar esses ladrões de lojas na cadeia. Fui furtado por esses criminosos, quem reconhecer um desses me ajude!”. A postagem incluía 20 imagens de câmeras de segurança, que mostram três homens caminhando pela rua. O roubo, que causou um prejuízo de cerca de R$ 10 mil, foi registrado na 33ª DP (Realengo) na ocasião.

- Vamos comparar com a filmagem que flagrou dois homens, um deles armado, rendendo a vítima na porta da loja na noite de segunda-feira. A hipótese de que sejam as mesmas pessoas é uma das linhas de investigação - explicou o inspetor Rafael Rangel, chefe de investigação da DH.

Fonte: Jornal Extra

30/10/2013

CORPO DE EX-JOGADOR JOÃO RODRIGO É ENCONTRADO NO RIO GUANDU

O cunhado do ex-jogador João Rodrigo Silva, de 35 anos, disse ao G1, na manhã desta quarta-feira (30) que a família reconheceu o corpo achado nas margens do Rio Guandu, em Queimados, na Baixada Fluminense, como sendo do ex-jogador. Segundo o irmão da policial militar -  que é mulher da vítima, o corpo foi identificado por uma marca de nascença na barriga.

No entanto, de acordo com a Polícia Civil, Peritos do Instituto Médico Legal (IML) ainda vão confrontar o DNA do tronco encontrado no Rio com a cabeça de João, que foi deixada em uma mochila na porta de sua casa em Realengo, na Zona Oeste da cidade, na terça-feira (29).

Ainda segundo a polícia, a esposa da vítima esteve no IML e confirmou que o corpo parece com o de João Rodrigo Silva, de 35 anos. O resultado do exame deve sair até o fim de novembro, de acordo com a Polícia Civil. Inicialmente, o corpo foi levado para o IML de Campo Grande, na Zona Oeste, mas foi levado para IML do Centro para facilitar as investigações.

Investigações

 
Testemunhas também serão ouvidas. A mochila foi encontrada pela esposa de João, que é policial militar e trabalha na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do São Carlos, na Zona Norte. A polícia vai analisar as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar também a placa do carro usado pelos criminosos.


As primeiras informações coletadas por agentes do 14º BPM (Bangu) dão conta que traficantes das favelas Minha Deusa, Vila Vintém ou Curral podem ter cometido o crime. No entanto, segundo o delegado adjunto da DH, Willian Pena Júnior, nenhuma linha de investigação foi descartada.

“Estamos trabalhando com várias linhas de investigação. Segundo o depoimento de um funcionário do ex-jogador e de outras testemunhas, João manteve sua rotina normal no dia do crime”, explicou o delegado.

A vítima, que  já jogou no Bangu, no Madureira, no Botafogo do Distrito Federal e em times da Suécia e Honduras, não recebeu nenhuma ameaça, segundo relato da esposa à polícia.

"Era um homem bom, de família. Vivia para o futebol e até pouco tempo jogava. Ele chegou a jogar fora do país também. Assaltaram a loja dele faz pouco tempo. Meu amigo viu quando pegaram ele e me ligou. Um Astra preto com dois homens renderam ele. Ele não tinha inimigos”, contou Bruno Santos, amigo da vítima, que acrescentou que a vítima teve o carro roubado, um I30, em frente a sua loja de produtos naturais em Realengo.

Chacina em Realengo

Esse é, pelo menos, o segundo crime brutal em Realengo em menos de uma semana. Na quinta (25), sete pessoas foram mortas a tiros de fuzil e pistola em uma casa, supostamente utilizada para consumo de drogas. A Divisão de Homicídios investiga os responsáveis pela chacina, que teriam invadido a casa encapuzados.


Fonte: G1.com.br