31/10/2013

CORPO DE JOÃO RODRIGO SERÁ ENTERRADO NESTA QUINTA-FEIRA

Está previsto para as 14h30m desta quinta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, o enterro dos restos mortais do ex-jogador de futebol e comerciante João Rodrigo Santos Silva, de 35 anos. Ele foi sequestrado, decapitado e teve a cabeça jogada em frente à casa da família, em Realengo, também na Zona Oeste, na madrugada desta terça. O velório será na capela B.

João era casado com a soldado da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro de São Carlos, na Zona Norte da cidade, Geísa Silva, de 31 anos. Foi ela que encontrou a mochila do marido na porta da residência e, quando a abriu, viu a cabeça de João. A PM e o comerciante era casados havia 11 anos.

A Divisão de Homicídios investiga a morte de João. Uma das pistas seguidas pelos investigadores são postagens feitas pelo ex-jogador no Facebook. No dia 15 de outubro, ele colocou fotos de três homens que seriam responsáveis por um roubo em sua loja dois meses antes. Na página, que leva o nome da loja - “Força Natural Produtos”, onde João vendia suplementos alimentares -, o comerciante escreveu: “Pessoal, me ajude a colocar esses ladrões de lojas na cadeia. Fui furtado por esses criminosos, quem reconhecer um desses me ajude!”.

A postagem incluía 20 imagens de câmeras de segurança, que mostram três homens caminhando pela rua. O roubo, que causou um prejuízo de cerca de R$ 10 mil, foi registrado na 33ª DP (Realengo).

Corpo encontrado em Rio

Na noite desta terça-feira, a polícia localizou um tronco, duas pernas e um braço no Rio Guandu, no trecho próximo à Rodovia Presidente Dutra, em Queimados, na Baixada Fluminense. A esposa de João reconheceu uma das pernas como sendo do marido, por conta de uma tatuagem. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro da cidade, e o exame de DNA que comprovará sua identidade só deve ficar pronto no fim de novembro.

A polícia não trabalha, em um primeiro momento, com a possibilidade de o crime ter relação com o trabalho da mulher da vítima, que cumpre apenas funções administrativas na PM. Até o momento, dez pessoas já foram ouvidas pela DH, que tenta localizar outras possíveis testemunhas que também possam prestar depoimento.

- Pedimos que quem tenha qualquer informações procure a polícia. Foi um crime de uma brutalidade sem precedentes - afirmou Rafael Rangel.

Carreira no futebol

Antes de se dedicar ao comércio, João foi jogador de futebol. A carreira durou nove anos - entre 1996 e 2005 -, durante os quais marcou 33 gols em 103 partidas. O comerciante era atacante, conhecido pelo apelido de Herói Humilde, e passou pelo Bangu, Madureira, Boavista, Volta Redonda, Tigres, Duque de Caxias, Olaria e Bonsucesso (times que disputam o Campeonato Carioca). Ele também jogou no paraense Remo, no Botafogo de Brasília e ainda em clubes fora do Brasil - o Oster, da Suécia, e o Olimpia, de Honduras.

Fonte: Jornal Extra

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