Pressão do Madura no colorido
Estádio Aniceto Moscoso.
Dois jogos, dois
resultados diferentes. A situação, porém, perdura. Preocupantemente.
Orlando Caulim
"comemorou" um mês no comando do Leão da Leopoldina com uma derrota
por placar simples para o Madureira, lá na Conselheiro Galvão. Se o resultado é
obviamente desanimador, de ver no gramado o futebol do azul e grená já se
sofria: o empate até os 40 minutos da segunda etapa foi recheado de passagens
bisonhas.
Passes errados,
marcação desatenta e posicionamento bagunçado também estiveram presentes na
partida de estreia contra o Olaria, mas a vitória sofrida, conquistada no
rebote do pênalti por Grafite, era o lavar da alma após quatro meses e meio
amargando o dissabor do rebaixamento por apenas um ponto. Que teve à sua
frente, justamente, o alvianil da Bariri.
No gol, o egresso dos
juniores Gustavo, apesar da pouca experiência e do vacilo feio no gol do
Olaria, tem demonstrado alguma confiança e já se aventura na grande área para
deter o ataque adversário. Medida necessária, já que a zaga, mantida intacta
por Caulim nas duas partidas, é puro desentendimento.
Se o lateral direito
da estreia, Felipe, teve a chance de mostrar seu futebol e, por isso, perdeu a
posição para Otavio, mais seguro, falta à equipe descobrir que também existe
campo do lado esquerdo do estádio para permitir que Alan Fernandes, mantido,
possa fazer mais do que o único chute a gol do Bonsuça na primeira etapa contra
o Madura. No meio, a saída de Ferreira - muito mal na primeira partida - e o
adiantar de Alex Alves, com a entrada de Patrick e Jonathan, não gerou mudanças
sensíveis.
Assim, com jogadas
pelo centro - na improvável situação de nenhum passe sair errado - ou
lançamentos - sejamos francos, chutões - buscando alcançar algum instante de
luz no centroavante, o rubroanil cria raras situações de perigo. Alguma coisa
melhorou no ataque quando, pela primeira vez, Alemão e Jeferson estiveram em
campo ao mesmo tempo (no jogo anterior, aquele substituiu este) e deram algum
trabalho à zaga do tricolor suburbano. Mais velozes que Grafite, substituído,
faltou-lhes a objetividade deste, demonstrada nos dois gols da partida na
Teixeira de Castro.
Vencer a Copa Rio e
conquistar uma vaga para disputar a Copa do Brasil no ano do centenário: este é
o objetivo de Rogério Amorim, convidado por Régis Melo, diretor de futebol, a
ser contraparte num chamado "contrato de parceria" com o Bonsucesso,
declarado a André Veras no programa "Papo de Doente" (http://www.youtube.com/watch?v=X4FqnCe4Lmc).
Vendo o que se passa no gramado, e só de olhar a tabela dos demais grupos da
competição
(http://georgejoaquim.blogspot.com.br/2012/09/classificacao-dos-grupos-da-copa-rio.html?spref=fb),
tem-se a noção de que passar à segunda fase não é o problema mas, sim, passar
dela.
Resta-nos, porque
preciso e necessário, torcer pela vitória do rubro-anil no estádio. Enquanto
fora, porém, não podemos nos furtar de analisá-lo.
E a vitória de hoje não altera, em substância, a análise. Infelizmente.
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