O cunhado do ex-jogador João Rodrigo Silva, de 35 anos, disse ao G1,
 na manhã desta quarta-feira (30) que a família reconheceu o corpo 
achado nas margens do Rio Guandu, em Queimados, na Baixada Fluminense, 
como sendo do ex-jogador. Segundo o irmão da policial militar -  que é 
mulher da vítima, o corpo foi identificado por uma marca de nascença na 
barriga.
 No entanto, de acordo com a Polícia Civil, Peritos do Instituto Médico 
Legal (IML) ainda vão confrontar o DNA do tronco encontrado no Rio com a
 cabeça de João, que foi deixada em uma mochila na porta de sua casa em 
Realengo, na Zona Oeste da cidade, na terça-feira (29).
 Ainda segundo a polícia, a esposa da vítima esteve no IML e confirmou 
que o corpo parece com o de João Rodrigo Silva, de 35 anos. O resultado 
do exame deve sair até o fim de novembro, de acordo com a Polícia Civil.
 Inicialmente, o corpo foi levado para o IML de Campo Grande, na Zona 
Oeste, mas foi levado para IML do Centro para facilitar as 
investigações.
Investigações
 
 Testemunhas também serão ouvidas. A mochila foi encontrada pela esposa 
de João, que é policial militar e trabalha na Unidade de Polícia 
Pacificadora (UPP) do Morro do São Carlos, na Zona Norte. A polícia vai 
analisar as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar 
também a placa do carro usado pelos criminosos.
 As primeiras informações coletadas por agentes do 14º BPM (Bangu) dão 
conta que traficantes das favelas Minha Deusa, Vila Vintém ou Curral 
podem ter cometido o crime. No entanto, segundo o delegado adjunto da 
DH, Willian Pena Júnior, nenhuma linha de investigação foi descartada.
 “Estamos trabalhando com várias linhas de investigação. Segundo o 
depoimento de um funcionário do ex-jogador e de outras testemunhas, João
 manteve sua rotina normal no dia do crime”, explicou o delegado.
 A vítima, que  já jogou no Bangu, no Madureira, no Botafogo do Distrito
 Federal e em times da Suécia e Honduras, não recebeu nenhuma ameaça, 
segundo relato da esposa à polícia.
 "Era um homem bom, de família. Vivia para o futebol e até pouco tempo 
jogava. Ele chegou a jogar fora do país também. Assaltaram a loja dele 
faz pouco tempo. Meu amigo viu quando pegaram ele e me ligou. Um Astra 
preto com dois homens renderam ele. Ele não tinha inimigos”, contou 
Bruno Santos, amigo da vítima, que acrescentou que a vítima teve o carro
 roubado, um I30, em frente a sua loja de produtos naturais em Realengo.
 Chacina em Realengo
 Esse é, pelo menos, o segundo crime brutal em Realengo em menos de uma semana. Na quinta (25), sete pessoas foram mortas a tiros
 de fuzil e pistola em uma casa, supostamente utilizada para consumo de 
drogas. A Divisão de Homicídios investiga os responsáveis pela chacina, 
que teriam invadido a casa encapuzados.
Fonte: G1.com.br