07/07/2012

COLUNA ''OPINIÃO E HISTÓRIA'' COM GEORGE JOAQUIM


O Regulamento Deve ser o Mesmo Aqui, Ali e Acolá.

O nome de Leônidas da Silva surge reluzente na Tabela do Grupo B da 1ª Fase da Copa Rio de Profissionais 2012. Depois de passar o 1º semestre sem jogos oficiais do Campeonato Estadual/ Série A por determinação da Federação, o digno, confortável, tradicional e seguro estádio da Teixeira de Castro está liberado, pelo menos até a publicação desta matéria. 

Duas observações passo aos amigos leitores do “Fanáticos”. A primeira é a liberação de nosso estádio para uma competição que não adota a “Lei de Descenso”. A Copa Rio é uma competição sem divisões, organizada de acordo com as classificações do ano anterior das séries A, B e C. Então o que se pode entender é o Bonsucesso não ameaçar mais ninguém como um potencial candidato a brigar por uma vaga de permanência na divisão de elite do futebol carioca. Se o nosso estádio não passou por novas obras para atender uma exigência no período do final do Estadual até o início da Copa Rio, o que pensar dessa liberação? O estádio se apresenta da mesma forma como na data do jogo Bonsucesso 3 x 3 Boavista em Edson Passos. 

A segunda observação é um artigo do Regulamento da Copa Rio. Observem o texto do Art. 10 da competição ao tratar do mando de campo:

Art. 10 - Os estádios utilizados pelas associações durante o campeonato deverão atender às exigências técnicas e de segurança, conforme determina a Lei 10.671 – Estatuto do Torcedor. A falta de apresentação dos laudos técnicos exigidos pela legislação implicará na impossibilidade de utilização do estádio, cabendo à FERJ, nesta hipótese, a indicação de qualquer outro que atenda às normas legais, obrigando o clube mandante a jogar suas partidas no local para onde forem marcadas, ou em caso excepcional, na realização das partidas com portões fechados, independentemente do local para onde forem designadas.”
Estranhei este texto e fui conferir o Regulamento do Estadual de 2012. Este texto não existe para a Série A. O interessante é a finalização do texto citando a possibilidade de se jogar com os portões fechados caso ocorra “o excepcional”. 

Por que o texto do Art. 10 do Regulamento da Copa Rio não está explicitado no Regulamento da Série A? O Poder Público deveria exigir da Federação um Regulamento Único para as competições, obedecendo apenas a individualidade nos critérios de classificação para a obtenção do título.


Resgatando a História.

A casa, São Januário. O jogo, Campeonato Carioca. O visitante, Bonsucesso. A postura, atrevido. O personagem, Arnaldo. O resultado, vitória. Há 70 anos, o Bonsucesso venceu o Vasco da Gama na “colina histórica”. Confira a ficha técnica desta partida: 

Vasco 2 X 3 Bonsucesso

Data: 05/07/1942
Local: São Januário
Árbitro: Durval Caldeira
Gols: Arnaldo (3), Figliola (2)

Vasco: Roberto, Florindo e Oswaldo; Figliola, Noronha e Dacunto; Birila, Ademir, Villadoniga, Ruy e Orlando.

Bonsucesso: Madalena, Aralton e Toninho; Filuca, Paulista e Careca; Lindo, Galego, Arnaldo, Irineu e Odir.

Fontes: Ferj e Blog do Marcão (Ficha Técnica).

Abração a todos.

05/07/2012

"A CRÔNICA CRÍTICA DE UM RUBRO-ANIL" COM DÊRAUÊ


Juan Roman Riquelme, confesso (ele, não eu), deixou de ser o mesmo; não delirou quem jura ter visto o Boca entrar em campo de amarelo; a Fiel cumpriu seu papel e embalou o Timão; e o Emerson, definitivamente, tem uma macaca (http://renatomussum.tumblr.com/post/26536056750/boca-campeao-da-libertadores-2012-meus-parabens).

Dizem, porém, que fundamental foi mesmo a torcida do ilustre “doze meias” de Villar dos Teles, ministro Tacleberry. "Dale, Boca!" foi a saudação oficial durante o dia da final. Já não bastava ter usado a camisa personalizada da azurra na final da Eurocopa. Como o dele e dos italianos, azar dos xeneizes.
(No dialeto da Ligúria, noroeste da Itália, xeneizes são os genoveses tais quais os que, trabalhando no porto em Buenos Aires, fundaram a equipe dos bosteros.)

Demasiado seria para este coração, galego de criação, sentir-se campeão duas vezes em menos de cinco dias, ainda mais depois daquele quatro a zero lindo da Roja na Ucrânia. Não, este torcedor convicto do maior dos "pequenos", o intumescível Bonsucesso Futebol Clube, não está acostumado, poderia até desenvolver uma síncope, veja só.

Azar o nosso, o de se envolver e torcer por contendas alheias, à falta dum calendário organizado a partir das necessidades do futebol como expressão de um povo, antes dos interesses das emissoras de TV e dos patrocinadores. À falta dum calendário que permita a todos os clubes - em todos os níveis e divisões dos quais se compõe o planeta bola - correr atrás da pelota durante toda a temporada, sem que tudo pare só para os olhos vidrarem no tubo, no led, no LCD, sonhando ao sol do plim-plim tudo a ver.

Esse brilho, esse luxo, no limite, servem ao entorpecimento daquela vista cotidianamente treinada para reconhecer-se - e deleitar-se - com vitórias tão reais quanto fictícias. Pois tanto a euforia do autor do gol quanto o choro do vice são absurdamente palpáveis, seja na esquina, no estádio ou na TV. Mas por lá ficam. O amor, no entanto, parece uma teimosa semente que cisma germinar por entre as entranhas mais inóspitas, nutrindo-se das lágrimas brotadas por chãos de navalha em vez dos perdigotos de gargalhadas frívolas, e cresce entre ramos e rumos dos mais improváveis. E mesmo na derrota.

Se as vitórias nos apaziguam a tormenta d'alma e aliviam as vias aéreas, em vista dos ares vindouros; sucumbir significa mais redescobrir-se no que não se quer, afirmando-se pelo que se pretenda manter. A vitória do Corinthians, a saber, é muito mais representativa do infortúnio de um futebol nacional autenticamente popular - e, por isso, honrosamente brasileiro. Não porque desrespeite um "estilo" de jogar - estes se forjam e desmancham ao sabor das vagas de treinadores em eterna transição -, mas sim pelo resultado odioso de engrossar o feijão das pilantragens em série proporcionadas pelo conluio entre a entidade (de segurança) máxima CBF com a FIFA, seus suportes financeiros e ainda os braços midiáticos.
(Ganhasse o Boca, poder-se-ia dizer o mesmo, só que em relação ao Futebol argentino).

As siglas, por sua vez, são apenas meios mais longos de se desvendar identidades; estas, as que operam e professam cotidianamente a política, a razão e as paixões do mercado. De José "das Medalhas" Marin, o ser que substituiu don Ricardo Teixeira, ao presidente do Ipicuí do Sul Atlético Clube; a qualquer um pode servir a carapuça. Entre a vala a céu aberto e a obra superfaturada de saneamento, a diferença pode estar no furo do ralo. Ou seria na totalidade do sistema de esgoto?

Há, contudo, os que resistem. Centenas de torcedores se encontraram no Obelisco da capital portenha ao embalo de “Aunque ganes, aunque pierdas, no me importa: yo te llevo dentro de mi corazón”. Camisa dez convicto e capitão honrado, Roman avisou que vai parar, pediu para parar, parou. O vazio declarado entre lágrimas pelo craque se instala no sentimiento boquense sem bater à porta. Riquelme se aposenta de maneira honrada, reafirmando-se bostero de nacimiento. Combatente incansável, embora já ofegante, sabe: sua marca só em muito tempo poderá ser batida, a do jogador que, sozinho, conquistou mais Libertadores do que o Curíntia e todos os clubes cariocas juntos.
Contando até o Bonsucesso.

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E falando em Praça das Nações...

O Fanáticos deu em primeira mão (http://fanaticospelocesso.blogspot.com.br/2012/07/dois-meses-antes-de-comecar-federacao.html); o colunista Herman já repercutiu (http://fanaticospelocesso.blogspot.com.br/2012/07/analise-da-semana-com-herman-rubro-anil.html); mas não é demais fazer coro: se deus quiser e a Federação de Futebol permitir, o Leão da Leopoldina voltará a rugir na Teixeira de Castro a partir do próximo dia primeiro de setembro, pela Copa Rio de 2012. Como adversário, ninguém menos do que o arquirrival alvi-anil da rua Bariri.

O clássico leopoldinense consta na história como o décimo quinto maior público do Campeonato Carioca de Futebol. Numa quarta, feriado do trabalhador de 1968, 155.098 pessoas testemunharam o rubro-anil bater o Olá por um a zero na preliminar de Vasco X Flamengo, partidas válida pela última rodada do primeiro turno. Os olarienses, penúltimos no grupo B, não se classificaram, mas o Bonsuça garantiu o quarto em seu reunido (que contava ainda com Botafogo, Flamengo, América, Campo Grande e Portuguesa, nesta ordem de classificação) seguindo à segunda etapa.

No último confronto, havido passado sábado de carnaval, pelo encerramento do primeiro turno do carioca 2012, tinha mando de campo do Olaria. A torcida – em sua maioria, rubro-anil – teve de se contentar com um empate simples, esperando até os 38 minutos do segundo tempo pela chegada do gol; e o primeiro ainda foi do time da casa. Naquela ocasião, estreava o técnico Marcão (ex-volante do Fluminense) no comando da equipe da Teixeira de Castro, algumas rodadas após sua demissão do Bangu, o pior colocado na Taça Guanabara.

O negócio é torcer para que, desta vez, a banda toque diferente.



02/07/2012

ANÁLISE DA SEMANA COM ''HERMAN RUBRO-ANIL''


TABELA DA COPA RIO – 2012

FALA, GALERA RUBRO-ANIL!!!!


E eis que finalmente sai a tabela da Copa Rio versão 2012. E eis que finalmente se concretiza um milagre há muito esperado: o Bonsucesso, depois de um interminável e pra lá de tenebroso inverno, FINALMENTE estreia em casa e vai ser no primeiro dia de setembro. E vai ser contra o Olaria, aonde? Na nossa querida Teixeira de Castro. Isso mesmo, caros amigos. 

O Bonsuça vai poder utilizar o alçapão na Copa Rio (finalmente). Não poderia haver lugar melhor para que nos reuníssemos todos para ver o rubro-anil novamente em ação, depois de quase seis meses (tempo muito longo). 
 
Na sequência da primeira fase teremos o Madureira, em Conselheiro Galvão, depois o Mangaratibense, na Teixeira e o Angra dos Reis em Angra; aí vem o returno com o Olaria na Rua Bariri, Madureira na Teixeira, Mangaratibense, em Mangaratiba e o Angra dos Reis, na Teixeira de Castro. Se o Leão da Leopoldina rugir alto dentro de casa, ganhando todas as partidas, as chances de classificação para a segunda fase serão boas. Só nos resta aguardar agora pelo início do campeonato. Que chegue logo o dia!!!

Avante (sempre avante), Bonsucesso!!!

Saudações rubro-anis!!!



FEDERAÇÃO DEFINE TABELA DA COPA RIO; BONSUÇA ESTREIA CONTRA O OLARIA



Dois meses antes de começar, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro divulgou a tabela da Copa Rio. A competição dará ao campeão uma vaga na Copa do Brasil ou no Campeonato Brasileiro da Série D. 

O vice fica com a vaga restante. A competição terá vinte times, divididos em quatro grupos.

Confira os grupos:

Grupo A: Duque de Caxias, Goytacaz, Macaé, Quissamã e Resende.
Grupo B:
Angra dos Reis, Bonsucesso, Madureira, Mangaratibense e Olaria.
Grupo C:
Americano, Audax, Barra da Tijuca, Serra Macaense e Volta Redonda.
Grupo D:
America, Bangu, Boavista, Friburguense e Nova Iguaçu.

Primeira rodada (folgam: Macaé, Angra dos Reis, Audax e America)

01/09 – 15h – Goytacaz x Quissamã – Ary de Oliveira e Souza
01/09 – 15h – Resende x Duque de Caxias – Trabalhador
01/09 – 15h – Bonsucesso x Olaria – Leônidas da Silva
01/09 – 15h – Mangaratibense x Madureira – José Maria de Brito Barros
02/09 – 15h – Serra Macaense x Barra da Tijuca – Cláudio Moacyr
01/09 – 15h – Americano x Volta Redonda – Godofredo Cruz
01/09 – 15h – Boavista x Friburguense – Elcyr Resende de Mendonça
01/09 – 15h – Nova Iguaçu x Bangu – Jânio Moraes




01/07/2012

"A CRÔNICA CRÍTICA DE UM RUBRO-ANIL" COM DÊRAUÊ.


 Os últimos serão os primeiros
(mas o quinto lugar não subirá)

Cajá é um distrito do município de Caldas Brandão, quase o meio do caminho das duas principais cidades da Paraíba - 60 km a oeste está Campina Grande; 75 para o leste, a capital João Pessoa.

1985: eleição indireta de Tancredo Neves, que não levou por veto do Departamento Médico. Os motivos de sua morte são tão controvertidos quanto o título do Campeonato Paraibano do mesmo ano. O Treze, time de futebol mais antigo da Rainha da Borborema, questionou na Justiça Comum a realização da competição. Resultado: enquanto os juízes determinaram a divisão do título entre o Galo e o Botafogo de João Pessoa, a Federação de Futebol até hoje não reconhece nenhum campeão.

Resultado: pergunte do sertão até Cajá, fim do agreste paraibano, e o campeão será o Treze. Dali pra Jampa, entra na Zona da Mata, litoral e o título passa ao alvinegro da estrela vermelha.

Vinte e sete anos depois, a história se repete num misto de farsa e tragédia. E, como se não bastasse, ao custo do atraso de um mês no início da Série C (a se iniciar na sexta, 29/6) e de três semanas para o pontapé da Série D do Brasileirão. Curioso é que os últimos na classificação geral foram os primeiros a correr, prejuízo à frente.

Quando a OAB do Ceará - Estado que possui quatro times na Terceirona (Fortaleza, Guarany de Sobral, Icasa e Horizonte) - ajuizou uma Ação Civil Pública pedindo a paralisação das séries A e B do Brasileiro, o calendário - e os orçamentos dos clubes das duas séries inferiores - já tinham uma defasagem de duas semanas. Em termos de grana, só os do Ceará, em 21/06/2012, somavam R$1,6 milhão (http://globoesporte.globo.com/ce/noticia/2012/06/sem-series-c-e-d-prejuizos-de-clubes-cearenses-ultrapassam-r-16-milhao.html).
Qual era mesmo o Estado da OAB?

“Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei; e, de preferência, burlada”

O regulamento do Campeonato Brasileiro da Série D previa, em sua edição de 2011, o ascenso de quatro equipes para a Série C. Tupi (MG), Santa Cruz (PE), Cuiabá (MT) e Oeste (SP) encabeçaram a classificação e, logo depois, havia o Treze da Paraíba.

Na série C, no entanto, nem tudo foram flores. O Rio Branco (AC) se envolveu numa briga de foice após o Ministério Público requerer - e conseguir - a interdição de seu estádio para a presença de público, acarretando punição por parte da CBF.

Recorrendo à Justiça Desportiva, o time do Acre chegou a ter suspensa a punição até o término da primeira fase, quando a sua exclusão foi confirmada. Partindo para a Justiça "comum", o time conseguiu a paralisação de parte da segunda fase da competição, mas um acordo envolvendo ainda a entidade então presidida por Ricardo Teixeira e o STJD reconhecia o exagero na dose e garantiria a permanência do clube acreano, desde que o mesmo desistisse do procedimento iniciado perante a justiça comum. Dito e feito.
Mas nem tanto. 

O Araguaína (TO), último colocado no grupo do Rio Branco durante a primeira fase - quando se deu a punição ao clube acreano, pleiteava manter-se na terceirona buscando no Judiciário a anulação do acordo entre o Estrelão - como é conhecido o time do extremo oeste do país - e a entidade (de segurança) máxima, visando sua permanência na divisão. O Treze da Paraíba, lembrando os tempos de Tancredo, embarcou na onda e também se achou no direito de pleitear a vaga que já não mais havia sido deixada pelo Rio Branco.

Como se não bastasse, o Brasil de Pelotas (RS) também recorreu à justiça comum para tentar reverter a punição sofrida pela escalação de jogadores irregulares na competição - o time perdeu seis pontos e, devido a isso, acabou rebaixado.

Pra formar o sururu, o Rio Branco resolveu entrar de novo na Justiça – acreana, lógico – exigindo da CBF o cumprimento do acordo firmado perante o STJD. 

Ajuizando suas demandas sempre "em casa", na prática os três clubes acabaram obtendo liminares para que fossem incluídos no campeonato deste ano. A resposta da Justiça Desportiva (STJD) foi a suspensão das séries C e D, que já tinham tabela divulgada com antecedência, na forma do Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/2003).

Enquanto os presidentes das federações paraibana, tocantinense e gaúcha esperavam o retorno do ora (?) todo-poderoso José Maria Marin de uma viagem à Disneylândia com direito a ver três jogos dum time que lembra uma seleção brasileira de futebol; diversos jogadores se desligavam de vários dos sessenta clubes que participam das duas divisões, seja por cortes de orçamento ou propostas externas. A angústia e as dívidas aumentavam, indefinição persitia.

Os dirigentes, então, conseguiram a desculpa para visitar Copacabana e, de quebra, participar de um rega-bofe na sede da Confederação quando Marin finalmente voltou da Flórida. Aproveitaram ainda a oportunidade alguns políticos como o senador paraibano Vital do Rego Filho, que é torcedor do Campinense - e aí param as coincidências com meu irmão, é preciso dizer.

Após a reunião, e mais algumas conversas, a pressão da CBF através da lembrança aos clubes de que a FIFA odeia qualquer tipo de controle externo levou Rio Branco, Araguaína e Brasil de Pelotas a desistirem das ações judiciais através de uma acordo com a CBF e a Justiça Desportiva. O primeiro permaneceria na série C, e os demais disputariam a D.
Com isso, o STJD liberou a quarta divisão, que começou no fim de semana de São João, o santo mais festejado do Nordeste, em todas as noites de 23 de julho, dois dias depois do dia em que a terra fica mais longe do sol, quando costuma começar o inverno.

Faltou, no entanto, acertar com o alvinegro algarísmico, que não tinha mais chances de jogar a série D novamente este ano, ao contrário dos demais envolvidos (o galo ficou em terceiro no Paraibano). Ora, havia um papel assinado pela juíza da 1a Vara Cível de Campina Grande dizendo:"- O Treze Futebol Clube foi o quinto colocado do Campeonato Brasileiro da Série D, versão 2011, e como consequência, é legitimado a ser contemplado, a título de ascensão, a vaga deixada pelo Rio Branco do Acre." Do mesmo modo, porém, o Rio Branco tinha outro papel em que algo parecido também estava escrito, porém a favor do Estrelão. O time do Acre, no entanto, resolveu acreditar nas palavras do Zé das Medalhas.

E, assim, diante do fato de que três juízos proferiram três decisões obrigando a CBF a fazer três coisas completamente incompatíveis entre si, a Entidade pôde então "escolher" uma - a que, aliás, parece a mais sensata. Afinal, o Rio Branco se manteve na série C ano passado - já que sua punição foi revogada por acordo - e o regulamento das competições previa que apenas quatro clubes ascenderiam na D. Antes de pensar como viável a "letra" do Treze, é preciso lembrar que, caso o Rio Branco fosse excluído da competição, mais lógico seria o Araguaína herdar sua vaga, uma vez que a equipe acreana passaria a último do seu grupo, salvando os tocantinenses do rebaixamento.

No domingo (31/7), o Madureira receberá o Brasil de Pelotas às 15h na Conselheiro Galvão, caso o STJD não suspenda o time do sul pelas "aventuras" na Justiça "comum". Já sábado (30/7), é dia de jogo para o Rio Branco, que jogará em casa contra o Salgueiro de Pernambuco. Enquanto isso, a torcida do galo da Borborema terá precisado torcer na sexta-feira (29/6) para que a equipe não saia do banco – dos réus, perante o STJD – punida e acabe deixando de participar da Copa Paraíba de 2012, a começar apenas em setembro.

O Bonsucesso vai jogar um mês antes, na Copa Rio, como sabem (http://estopim.net/y7/?p=1627).
***
O Friburgunse estreou com vitória fora de casa na Série D, sobre o Guarani de Minas, por placar simples. Já o Volta Redonda, que somente confirmou sua participação no último dia 22, após a desistência do Resende, fará sua primeira partida contra o tricolor serrano, em partida válida pela segunda rodada da peleja. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro tem direito a dois representantes na Série D, pelo fato de estar entre as nove melhores no ranking da CBF (http://www.cbf.com.br/media/346814/of%20dco-ger%20306.11%20de%2014.12.11%20-%20rnc%202012%20%28errata%29.pdf). 

Além destes, ainda participam do Brasileirão os quatro assim chamados “grandes” na primeira divisão e ainda Duque de Caxias, Macaé e Madureira na série C. Nenhum time do Rio joga, atualmente, na segundona.

Único time da Paraíba que já jogou a segunda divisão nacional, o Campinense (http://www.campinenseclube.net/) possui torcedores ilustres como o Senador Vital Filho, e o não menos conhecido José Laurentino Neto, também chamado de meu irmão. O rubro-negro da Bela Vista começou perdendo, mas virou bonito e definiu o placar no 2 a 1 contra o Petrolina-PE, num Amigão de público bom para um jogo adiado por um mês que foi parar no domingo depois da noite de São João. 

O destaque da partida, infelizmente, foi a arbitragem, que prejudicou todos os lados: dos times à torcida, que teve de acender isqueiros e luzes de celular para compensar a torre de refletores que permaneceu apagada boa parte do segundo tempo, devido ao risco de sobrecarga e pane no sistema de todo o estádio. A bem da verdade, o juiz paralisou por duas vezes a partida e consultou os capitães quanto às condições de jogo, e estes aquiesceram.
E ainda pode ter gente dizendo que eu não falei de futebol.