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25/08/2023

'NA TEIXEIRA EU VOU FESTEJAR!': CESSO TEM TODOS OS LAUDOS E JOGA EM CASA NO CARIOCA DA SÉRIE B2


Bonsucesso estreia na Série B2 no dia 17 de setembro
Foto: Fanáticos pelo Cesso

O Bonsucesso tem todos os laudos em mãos para disputar seus jogos da Série B2 na Teixeira de Castro. O Fanáticos pelo Cesso apurou que dos 25 estádios chancelados para a competição pela FERJ, apenas oito possuem todas as autorizações até o final de 2023.

São quatro laudos que os estádios precisam ter para receber público e sediar partidas do Estadual. Os documentos são compostos pelo laudo da Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Laudo de Prevenção e Combate de Incêndio e Pânico concedido pelo Corpo de Bombeiros e o Laudo de Verificação de Engenharia, autorizado pelo CREA-RJ.

O setor social do Leônidas da Silva, com entrada pela Teixeira de Castro, será disponibilizado integralmente para os torcedores do Bonsucesso e os visitantes ficarão na arquibancada com acesso pela Rua Júlio Ribeiro. As saídas de emergência passam por reformas e um mini-bar seria disponibilizado também para os visitantes. O histórico placar do clube também passaria por uma mudança.

O Fanáticos pelo Cesso esteve recentemente no gramado e constatou que o campo ainda não estava nas melhores condições, até em virtude das inúmeras partidas da Série C realizadas no estádio, mas funcionários do clube garantiam que até a estreia no próximo dia 17, contra o São Cristóvão, o campo estará preparado para receber as duas equipes.

Além do Leônidas da Silva, o Aniceto Moscoso, Atílio Marotti, Eduardo Guinle, Joaquim de Almeida Flores, Mourão Filho, Nivaldo Pereira e Trabalhador possuem todos os laudos até o fim da temporada. Os demais constam com pendências.

Para fins contábeis o valor mínimo de uma arquibancada inteira não poderá ser inferior a R$ 10,00, de acordo com o regulamento da FERJ. Em contato, a diretoria confirmou que os ingressos custarão R$10 (inteira) e R$5 (meia). Confira abaixo a situação de cada estádio:

31/03/2021

'TÁ NO LIVRO' COM PAULO JORGE #01



O 'Fanáticos pelo Cesso' tem a honra de estrear a sua mais nova coluna, que contará histórias do Bonsuça através do trabalho do historiador Paulo Jorge, cria de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio de Janeiro e bacharel formado pela Unisuam em 2006. O pesquisador e criador da página Historiador Suburbano (@historyprofpaulo) no Instagram se junta ao blog para resgatar o passado de glórias do centenário clube da Leopoldina.


Por: Paulo Jorge

O futebol nasce como esporte da elite e aos poucos foi se popularizando graças a times como Bangu e Vasco, que introduziram negros, operários e pessoas pobres no novo esporte. No final dos anos 20, início dos anos 30, houve uma explosão de times amadores e semiprofissionais, que praticavam o esporte por todas as cidades. Times famosos da região leopoldinense disputavam campeonatos por toda a cidade, como o Portinho FC, time do Lobo Jr., Goulart FC, do 'Matadouro da Penha', o Cordovil FC e tantos outros.

No meio desse turbilhão de equipes, alguns se destacaram tanto que fazem parte até hoje da história suburbana e um dele é o Bonsucesso. Hoje, trago aos leitores a história que envolve a inauguração da sua casa, o eterno estádio Leônidas da Silva. O texto foi baseado em três recortes jornalísticos dos periódicos Luta Democrática, Tribuna Popular, Globo Esportivo e o A Noite.

Apesar de não estar vivendo um momento muito bom na parte esportiva e financeira, foi anunciado pela sua diretoria que o Rubro- Anil teria seu estádio. Essa façanha deve ser exaltada graças ao trabalho administrativo quase que perfeito de seu presidente, Afonso Lobo Leal. O presidente lançou uma campanha a nível local para que os comerciantes e pessoas ilustres da região ajudassem a levantar fundos para a construção da sede. A campanha se tornou um enorme sucesso, o presidente apresentou o projeto do local que incluiria a casa do futebol, local para festas, piscina e outras instalações.


O comércio local logo começou a se movimentar. O projeto estava sendo preparado para inaugurar em 1947. Além do gramado para a prática do 'certame', a sede contaria com quadras para outras práticas esportivas como basquete e tênis. A iniciativa deu tão certo que o quadro de sócios do clube aumentou de forma magnífica.

Numa sexta feira, 4 de julho de 1947, o Bonsucesso e a Leopoldina pararam para ver a grande inauguração. A Zona da Leopoldina estava vivendo um dia de festa e que entraria para a história. A primeira arquibancada do estádio em Teixeira de Castro foi inaugurada, pessoas se amontoavam para ver os jogadores. Cinquenta metros de arquibancada em concreto armado. Foi realizada um evento de gala para marcar aquele momento e que contou com a presença dos times do Madureira, Botafogo e Fluminense, os dois últimos os times mais antigos da cidade. Abrindo as festividades esportivas, os donos da casa fizeram as honras. 



Bonsucesso e Madureira abriram os trabalhos. Empolgado e melhor preparado fisicamente, o Cesso dominou boa parte da partida, mas foi o Madura quem abriu o placar. Logo, o Bonsuça se recuperou e massacrou o Tricolor Suburbano com três gols. No fim, o Madureira ainda diminuiu. 3 a 2.

Os gols foram marcados na ordem por: Zé Luis e Jorge (Bonsucesso), Beijinho (Madureira), Flávio (Bonsucesso) e Esquerdinha (Madureira).

Logo depois, o palco do show estava inaugurado e macio para o desfile dos craques de Fluminense e Botafogo. O clássico foi movimentado e em um jogão de bola, as equipes marcaram 10 gols naquela tarde. Placar final: 5 a 5.





 @fanaticospelocesso           Fanáticos pelo Cesso

01/10/2013

BONSUCESSO JÁ SE PREPARA PARA O DIA DO CENTENÁRIO NESTE MÊS


Fanáticos,


Está chegando o dia! O centenário do Bonsucesso acontecerá no próximo dia 12 e o clube já se prepara para realizar uma linda festa. O jornalista da Rádio Globo, Rafael Marques será o mestre de cerimônia. Ao longo deste sábado que marca os 100 anos, a diretoria já se programa para realizar alguns atos como a tradicional missa que acontecerá às 11 horas e antes às 9h haverá uma cerimônia solene.


As festividades não param por aí. A tarde terá o momento principal do centenário. O Bonsucesso irá homenagear os "Cem Mais". Pessoas, entre elas, ex-jogadores, ex-técnicos, ex-presidentes e conselheiros que marcaram época no clube durante todos esses anos.

O título da Série B não veio, mas a classificação para à elite do futebol carioca em 2014 está garantida e será o tempero a mais neste fim de semana que promete nas dependências da Teixeira de Castro.

12/09/2013

LÊONIDAS DA SILVA, 100 ANOS DE HISTÓRIA

Tem clube por aí que diz ter ídolo, mas nunca teve um prata-da-casa se destacando entre os profissionais e virando gênio nos gramados mundo afora. O Bonsucesso teve. E não foi qualquer um. Foi um Diamante Negro. Era assim que ficou conhecido Leônidas da Silva, o inventor da ‘bicicleta’.

Nascido em São Cristóvão, era filho de Dona Maria e do Sr. Manoel Nunes da Silva e na infância era torcedor do Fluminense. Conhecido também como "Homem-Borracha", Leônidas da Silva começou sua carreira em 1923 no infantil do São Cristóvão. Em 1929 passou a jogar pelo Sirio Libanês F.C, mas foi em 1931 que começou a ganhar destaque, quando vestiu a camisa rubro-anil pela primeira vez.

Apesar da curta passagem já que deixou o clube no ano seguinte, Leonidas ganhou o carinho e a admiração de todos. Era um jogador tão completo que até jogou basquete pelo clube da Leopoldina, tendo conquistado campeonato desta modalidade esportiva.

Em 1933 foi jogar no Peñarol, do Uruguai, onde ajudou o clube a conquistar o vice-campeonato. No ano seguinte retornou ao Brasil para jogar pelo Vasco da Gama, o qual ajudou a ganhar o campeonato carioca de 1934.

A sua primeira competição importante com a camisa da seleção foi a Copa do Mundo, em 1934, na Itália. O Brasil fez uma péssima campanha, perdendo logo na estréia e sendo eliminado, mas Leônidas marcou o único gol do Brasil na competição.

Em 1935 mudou novamente de clube, indo atuar no Botafogo, onde conquistou o bicampeonato carioca, e em 1939, pelo Flamengo chegou ao tri-campeonato estadual, por 3 equipes diferentes. No Flamengo, foi um dos primeiros jogadores negros a jogar pelo clube.

Em 1938, foi artilheiro da Copa do Mundo com oito gols, incluindo três marcados contra a Polônia. O Brasil conseguiu a sua melhor participação em mundiais até então, ficando com a terceira colocação. Posteriormente, Lêonidas foi escolhido o melhor jogador do mundial.

Em 1942 transferiu-se para a capital paulista e atuou no São Paulo. Foi cinco vezes Campeão Paulista, tornando-se um dos maiores ídolos da história do Tricolor, sendo homenageado no museu do clube com uma réplica de uma bicicleta que ele executou.

Durante a década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial, os mundiais que seriam realizados em 1942 e 1946 foram cancelados, prejudicando enormemente jogadores como Leônidas, que não tiveram a oportunidade de se tornar conhecidos e reconhecidos mundialmente.

DIAMANTE NEGRO

O apelido de "Diamante Negro" foi dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match, maravilhado pela habilidade do brasileiro. Já o apelido de "Homem-Borracha", dado pelo mesmo jornalista, foi devido a sua elasticidade.

Anos mais tarde a empresa Lacta homenageou-o, criando o chocolate "Diamante Negro", vendido até hoje. A empresa só pagou dois contos de réis à época (o equivalente a R$ 112 mil, aproximadamente), sendo que Leônidas nunca mais cobrou nada pelo uso da marca.

HOMENAGEM

Na semana em que se completaria 100 anos de seu nascimento, Leônidas foi homenageado por duas equipes pelas quais jogou. Pela Série A o Flamengo, diante do Vitória, utilizou uma camisa com a hashtag #Leônidas100 às costas.

Pela mesma competição o São Paulo, contra o Criciúma, concedeu a viúva de Leônidas uma camisa especial e bandeja de prata sobre a data. Foi também lembrado durante o dia 6 de setembro com um Google Doodle, do sítio de buscas Google, além é claro, do Bonsucesso, que conseguiu o acesso à série A justamente no ano do centenário também do próprio clube.


Quer conferir um documentário sobre Leônidas da Silva? Então curte abaixo e viaje nas histórias do Diamante Negro, ídolo do Bonsucesso.