30/05/2012

"A CRÔNICA CRÍTICA DE UM RUBRO-ANIL" COM DÊRAUÊ

O troféu da discórdia entre rubro-negros do Rio e de Recife,
em exposição na cerimônia de encerramento do CINEfoot
(foto: Clarissa Pivetta - www.arissasmultimidia.com)

O terceiro CINEfoot (www.cinefoot.org) traz para o Espaço Itaú de Cinema, na praia de Botafogo, e para o Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), na Cinelândia, quarenta e cinco filmes produzidos em dez países que têm em comum a participação do futebol como ator principal ou coadjuvante. Vinte e oito películas constam nas mostras competitivas de longa e curta metragens, que são democraticamente decididas pelo voto popular após as sessões, todas gratuitas. A retirada dos ingressos acontece cerca de quarenta minutos antes da hora marcada.

No domingo (27/5), quem por algum acaso foi à sessão das 21h pôde ver a homenagem feita aos 50 anos da conquista do bicampeonato mundial de 1962, no Chile. A lembrança foi feita através de Aymoré Moreira, o técnico da equipe, representado por seu sobrinho João Moreira, e Josef Jelinek, então atacante da República Socialista da Tchecoslováquia. Quando perguntaram ao tcheco quem ele considerava o jogador brasileiro mais surpreendente, ele apontou, não sem antes tecer elogios a Vavá, Amarildo, Didi e Nilton Santos, ninguém menos do que o anjo das pernas tortas, Garrincha.

Ao longo do festival, também foram rendidas homenagens aos centenários da conquista do Campeonato Carioca da Liga Metropolitana de Sports Athleticos pelo Paissandu A.C., do futebol do Clube de Regatas Flamengo, do clássico Fla X Flu e do nascimento de Nelson Rodrigues.

Esta edição do festival trouxe ainda o Concurso “CINEfoot 100 anos de Paixão”, que aceitou a inscrição de vídeos que rendessem homenagem a clubes centenários como o Goytacaz de Campos, o América de Minas e o Operário Ferroviário do Paraná. Ao saber da iniciativa do CINEfoot, o sociólogo e diretor Guilherme Vargues e o escritor Rafael Maieiro se entusiasmaram com a possibilidade da elaboração do roteiro de um documentário, e devem iniciar em breve os contatos com beneméritos e diretoria do Clube com vistas a viabilizar a proposta.

A versão carioca do festival terminou terça, 29/5, com a entrega das Taças CINEfoot 2012. No próximo fim de semana (31/5 a 5/6), o CINEfoot vai para São Paulo, mas deixa no CCJF, de quinta a domingo(3/6), a “Mostra Prorrogação”. Serão dez filmes em quatro sessões lembrando feitos como o Bicampeonato Mundial (1958 e 1962), figuras ilustres como Mário Filho, Heleno de Freitas e Garrincha, ou nem tanto como Queixada, artilheiro da Copa de 50 e o maior ídolo cruz-maltino até a chegada de Roberto Dinamite. 

A programação completa está no site lá no primeiro parágrafo, e tem também um perfil no facebook (http://www.facebook.com/CINEfoot).

Fazer cem anos não é para qualquer um, e o Festival CINEfoot é um simples exemplo disso. Mais profundo é o fato de que desde bem antes de aquelas arquibancadas de concreto tomarem forma, bem antes de a Teixeira de Castro ter esse nome, ou mesmo de o chafariz da Praça das Nações tomar o lugar do nosso primeiro campo, ou seja, desde quando já não mais lembramos e recorremos à memória dos que vieram antes, havia uma bandeira rubro-anil portando o escudo tão bem analisado pelo Prof. George Joaquim (http://georgejoaquim.blogspot.com.br/2012/05/as-variacoes-do-escudo-do-bonsucesso_30.html) a pairar sobre os ares da Leopoldina.

Parafraseando o Ronaldo, num comentário à coluna do Veras (http://fanaticospelocesso.blogspot.com.br/2012/05/coluna-de-papo-com-doente-com-andre_29.html): que a consciência da história ilumine a razão dos Conselheiros reunidos nesta quarta e leve o nosso Cesso a uma nova fase de recuperação. Com base na tradição do clube, nas suas raízes, priorizando o trabalho em equipe com dinamismo e, principalmente, sem megalomanias. 

Sem que um passo à frente signifique dois para trás.



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